Negros

Foto de Paulo Gondim

Esperanças

ESPERANÇAS
Paulo Gondim
15/04/2009

Eu vejo em cada estrela
O brilho de teus olhos negros
Os mesmos que me olham de longe
Em pensamento, em lembranças
Em devaneios calmos
Numa saudade doce

Eu vejo em cada nuvem
A silhueta leve de seu corpo
No seu caminhar suave
Na leveza de cada passo

Eu vejo em cada raio de sol
Seu sorriso de tanto encanto
Ora meigo, ora tímido...
Uma vez, calmo, místico...
Outras vezes, cúmplice

Eu sinto na brisa fresca
O cheiro de sua pele
O aconchego de seu peito
E a ternura de seu abraço

Na minha saudade, me perco
E viajo por seus pensamentos
Faço planos, idealizo desejos
Imagino o sabor de seus beijos
E me recolho às lembranças
E alimento as poucas esperanças
De tê-la novamente nos meus braços.

Foto de Cretchu

JOVEM E BELA COMO SEMPRE

Dedicado a J.
Sempre me ensinaram que anjos têm asas, mas agora sei que isto não é verdade. Anjos também sofrem acidentes, caem e se machucam. Mas eu sei que você vai superar tudo isto, minha querida, e voltar a pisar com seus lindos pés este chão que é abençoado com seus passos.

- Mais alguma coisa, Barão?
Respondi negativamente, com um gesto. Pedro, meu mordomo de tantos anos pegou suas malas e saiu da mansão vazia. Olhei para aquelas paredes que antes estavam tão repletas de quadros, aqueles cômodos outrora adornados por móveis caros... Agora vazios. A mansão, herança de meus antepassados que agora pertencia a outra família, novos ricos que investiam nessas velhas mansões que resistiam ao tempo, à especulação, fomentavam sonhos e sofriam com o alto valor do IPTU.
Além do mais, minha antiga mansão precisava de empregados, e eu já não podia mais contratá-los. Aos 98 anos, só me restava partir como fizera Pedro. Mas a partida de Pedro tinha um destino traçado por sua aposentadoria. Quanto a mim, iria me aposentar da vida. Aproximei-me da janela e vi o mar lá embaixo. Uma linda vista para a praia particular que já não me encantava como antes, em minha infância e juventude. Em minha juventude antes de encontrá-la.
Sim, antes de encontrá-la. Foi um único encontro, e desde então eu quero que ele se repita. Ela me prometeu que viria me buscar, e cá estou esperando. Por isso, deixo a mansão e vou até a praia. A lua se reflete nas águas escuras do mar que, revolto, se choca contra a areia. Deito-me distante, recostado numa pedra, triste porque sei que ela não virá. Prometeu que viria me buscar, mas minha esperança de que sua promessa iria se cumprir, é em vão. Qual a razão de tornar a ver este velho, ela que está tão jovem e linda como antes? Sim, como naquela época...
Eu tinha vinte anos, naquela época, e estava no Rio de Janeiro, participando de um réveillon e gastando em demasia a fortuna de meus pais, como sempre fazia. O baile no grande hotel estava animado, com figuras de escol, todos bem vestidos. Lindas damas, gentis cavalheiros, nobres decadentes, empresários espertos, políticos corruptos, agiotas rapaces, toda a elite brasileira e estrangeira se encontrava comemorando a passagem de ano. Eu já havia beijado e agarrado em segredo mulheres casadas, solteiras, viúvas, desquitadas, ou seja, tudo aquilo que é permitido a um descendente direto dos primeiros colonizadores da nação.
Uma donzela, filha de paulistas produtores de café, flertava comigo a todo instante. Esperei a hora certa de agir. Quando a moça olhou para mim e se dirigiu ao corredor que, naquele momento estava deserto já que todos se reuniam como gado nos últimos minutos do ano velho, percebi que deveria agir. Eu a segui com dificuldade, abrindo caminho entre a multidão de felizes e embriagados foliões. Já a perdera de vista e temi que não a encontrasse mais. Finalmente consegui ter acesso ao corredor, mas não a vi. Andei lentamente pelo corredor, sem ver a donzela. No caminho, encontrei seu lenço caído no chão. Percebi que uma surpresa não muito agradável poderia estar à espreita. Dei mais alguns passos, quando ouvi um gemido vindo atrás de uma das portas fechadas. Auscultei com atenção. Uma voz feminina tentava gritar por socorro, mas estava muito fraca. Tomei coragem e empurrei a porta, conseguindo abri-la.
A donzela estava desfalecida nos braços de uma garota vestida de negro. Fiquei estupefato, a princípio, mas depois fui tomado pelo horror. Do pescoço da donzela jorrava sangue, sua jugular fora atingida por algum objeto cortante. Então, com maior horror, notei que o corte partira dos dentes da outra garota. Recuei alguns passos. A garota largou o corpo da donzela, que tombou ao chão, e literalmente voou até mim. Caí para trás, ao chão, quando a garota me pegou pelo pescoço com a mão direita, enquanto sua mão esquerda amparou minha cabeça ao segurar minha nuca. Fiquei estendido no chão do corredor, com a garota sobre mim.
Foi assim que eu a conheci há mais de setenta anos. Ela me olhou profundamente. Seu corpo era esguio, ágil e leve. Sua pele morena e suave, as mãos, que seguravam meu pescoço e minha nuca, firmes. Os braços compridos e fortes. As pernas também fortes, as ancas discretas. Cabelos curtos e castanhos. Os pequenos seios comprimiam meu peito. Olhei diretamente em seus olhos. Eram negros como a noite. Nunca havia visto olhos de um tão belo negror. De sua boca, onde dentes alvos e perfeitos sorriam ironicamente para mim, exalava um aroma de morangos silvestres. Seu corpo tinha o cheiro do mato molhado que, na fazenda de meu pai, tanto alimentava meus sonhos infantis.
- Vale a pena deixar que você morra em meus braços? ela me perguntou com sua voz grave, mas com uma docilidade infantil.
Eu não conseguia pronunciar uma palavra sequer. Fiquei extasiado com a beleza daquele ser misterioso. Ela me largou e se ergueu agilmente. Levantei-me também e, num gesto ousado, segurei-a pelo braço.
- Quem é você? consegui perguntar.
Ela me olhou como um felino. Desvencilhou-se de mim, mas eu tornei a segurá-la.
- Me solte! ela ordenou.
- Então, me diga quem você é. insisti, largando seu braço. Ela caminhou até a janela, e eu pensei que iria fugir. – Por favor. pedi. – Me diga quem você é.
Ela tornou a me olhar, veio até mim e me abraçou. Disse-me:
- Sua vida não existe. O que você faz é arrastar-se por este mundo ilusório. Mas você pode viver novamente.
Neste momento, ela me deu um beijo ardente no rosto e depois na boca. Apertei-a fortemente. Nunca tinha sido beijado daquela forma. Foguetes estouraram, gritos animados explodiram, pois chegara o novo ano. Não sei quanto tempo se passou, mas ouvi que algumas pessoas estavam vindo ao nosso encontro. Ela abriu os olhos negros. Quando nossos corpos se separaram, ela tornou a caminhar até a janela.
- Não vá. tornei. Apontei para o cadáver da donzela, estendido no outro cômodo. – Eu posso dar um jeito nisso.
Ela sorriu para mim.
- Você está tão morto quanto ela. disse. – Mas você pode viver novamente. E quando for morrer de verdade, virei te buscar.
Terminando de dizer estar palavras, saltou pela janela. Fiquei desesperado, imaginando que se suicidara. Estávamos quase no terraço do grande hotel. Mas, quando cheguei à janela, eu a vi voando... Sim, voando ela fez um rápido vôo contra a claridade da lua e desapareceu no manto da noite.
Gritos me despertaram de meu torpor. Acharam o corpo da donzela, as pessoas outrora alegres pela chegada do novo ano, estavam aterradas. Fui forçado a responder uma série de perguntas. Fui conduzido à delegacia, tive que lá voltar várias vezes, mas após algumas semanas minha inocência foi comprovada e me deixaram em paz.
Assim me lembrei das palavras de minha amada. Eu estava morto sim, pois tinha uma vida dependente dos sucessos de meus pais. Mas poderia viver novamente. E assim terminei meus estudos, formei-me, fui dar aula de filosofia num seminário e depois numa faculdade que acabou sendo incorporada, posteriormente, a uma universidade federal. Casei e tive filhos. Viajei pelo mundo. Mas meu único objetivo era reencontrar aquela garota. O tempo ia passando para mim, deixando suas marcas. Herdei uma fortuna de meus pais. Fiquei viúvo aos 59 anos. Quando ultrapassei os setenta anos doei meus bens a meus filhos, à exceção da mansão onde vivia, buscando evitar para eles o martírio de um inventário.
Estava me acabando, e não a via mais. Sempre olhava para a lua, sabendo que em algum lugar deste mundo ela voava contra sua claridade. Sabia que ela era a personificação do amor, mesmo sendo uma criatura sombria. Eu a amava mais do que tudo. O que importa se era um ser noturno? Ora, a claridade da lua só pode ser vista à noite, mas ela pertence ao sol que lança seus raios luminosos contra este frio satélite. E esta claridade lunar inspira histórias de amor e, claro, de lobisomens. De seres perdidos como eu. Eu estava perdido sim, pois minha vida, embora recuperada, não era completa sem aquela garota que eu encontrara há tantos anos.
Dissera para mim que viria me buscar quando eu fosse morrer de verdade. Por isso estou nesta praia. Já não tenho mais nada. Como eu disse, doei meus bens para meus filhos, exceto a mansão onde vivia, mas que agora eu a havia vendido porque não poderia levá-la para o túmulo, e depositara o dinheiro na conta bancária de meus netos. Dispensara os empregados, após lhes arrumar colocação em outras casas e empresas. Meu mordomo Pedro conseguira se aposentar. Tudo estava em ordem, mas eu não conseguia morrer assim, feliz, já que esperava por ela e ela não vinha.
Aqui estou olhando as vagas do mar que choca contra a areia da praia. Não me incomoda a pedra sobre a qual estou recostado, pois minha dor pela saudade é maior do que a dor que a pedra impinge a este corpo de velho. A lua está lá, como sempre, iluminada pelo sol. O mar negro se agita. E eu aqui, sozinho, sabendo que minha hora chegou, mas a promessa dela não será cumprida.
Neste momento de desespero, desesperança e descrença, sinto um toque de uma forte mão em meu ombro. Ergo os olhos e a vejo, jovem e linda como antes. Sorri para mim, seus olhos negros brilham em contraste com a lua.
- Eu não disse que viria? ela diz.
Sim, neste momento único ela cumpriu o que dissera no dia em que eu encontrei o verdadeiro amor. E agora posso também cumprir meu destino, tão diferente do dela que é viver para sempre, mas o cumprirei em seus braços. Sua mão roça meu ombro, e ela, ao voltar, me deu a paz.

Foto de Edevânio

UM NOVO MUNDO NO CAMINHO DAS ÍNDIAS

Edevânio Francisconi Arceno

AUPEX-UNIASSELVI

Estamos impressionados com os avanços tecnológicos, então indagamos onde o Homem vai parar? Acreditamos que a pergunta razoável seria: Onde o Homem quer parar? Dizemos isso porque cada dia mais limites são superados e quem afirmar categoricamente que a morte é o limite para o Homem, corre o risco mais tarde ser reconhecido como o Idiota que limitou a Humanidade. Entenderemos melhor estas afirmações se voltarmos no tempo para analisar as atitudes e estratégias adotadas pelo Homem diante das adversidades.

A convivência em grupo nasceu da necessidade de proteção, em virtude dos predadores. Através desta relação em sociedade, compreenderam que a união não só poderia deixá-los mais fortes tanto para defender-se como para atacar, tornando-se assim também predadores. Quando o Homem conseguiu impor sua superioridade diante das demais espécies, sentiu necessidade da disputa entre si, para descobrir quem é mais sábio ou forte. Desde então a força e o intelecto vem ditando regras entre a humanidade, no intuito de descobrir quem é o mais poderoso. Com o advento da escrita, todas as estratégias adotadas pelo intelecto e as proezas realizadas através da força, foram sendo registradas, propiciando ao Homem, aquilo que conceituamos progresso.

O Homem se organizou em Estado, após viver anos como sociedade tribal, ainda que existam sociedades tribais semelhantes, o Homem evoluiu, e quando a extensão territorial tentou-lhe impor limites, ele se lançou ao mar. Não demorou muito para perceber que o mar era uma grande oportunidade de ampliar seus poderes, com terras e povos a serem conquistados.

Deste modo os Fenícios, iniciaram aquilo que seria denominado de “Comércio Marítimo”. Segundo a Ilíada de Homero, as rotas comerciais do mediterrâneo foi o verdadeiro motivo de Agamenon ter unido toda a Grécia para lutar contra Tróia do rei Príamo, e não a desonra de Menelau, em virtude da paixão “avassaladora” de Paris e Helena. Por que tanto interesse de Agamenon e tantos outros, em monopolizar as navegações? A resposta parece obvia! Poder, isto mesmo, quem dominasse os mares e as rotas comerciais teriam mais poder sobre os demais. A soberania grega não levaria muito tempo, pois como todo império que se levanta, um dia cai, e assim tem sido durante toda a História.

No período medieval, outros povos dominariam o mediterrâneo, mas nenhum foi tão importante quanto às cidades italianas de Veneza e Gênova, que se transformaram nos centros comerciais mais ricos da Europa. Serviam de ponte entre os consumidores ocidentais e os produtores do oriente. Em virtude dos impostos aduaneiros, as mercadorias eram acrescidas de muitos juros. Depois da tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos, sérias restrições foram impostas ao comércio no mediterrâneo, o que fez encarecer ainda mais as mercadorias. Para uma Europa Feudal, em fase de transição, a situação ficou calamitosa, em virtude da escassez do ouro e demais metais preciosos, o que dificultou ainda mais o comércio. A única alternativa era tentar uma rota comercial alternativa. Mas quem poderia aventurar-se em busca de uma nova rota em meio ao caos urbano, escassez de moedas, êxodo rural e uma eterna queda de braço entre nobres e burgueses?

Este era o Cenário em quase toda a Europa, com exceção de um pequeno país banhado pelo oceano atlântico, que recentemente havia conquistado sua independência e a consolidando com a histórica “Revolução de Avis”, que conduziu ao trono de Portugal D. João I. Este governante conseguiu unir os interesses dos Burgueses e a maioria dos nobres, com total apoio do povo. Isto fez de Portugal, o primeiro Estado nacional da Europa, dando-lhe estabilidade política e econômica necessária para dar inicio a Expansão Marítima, em busca de uma rota alternativa rumo às Índias.

O pioneirismo em navegar em mares nunca d’antes navegados, era antes de tudo uma prova de coragem e do espírito aventureiro deste povo.Pois a navegação em águas desconhecidas eram povoadas de crenças e lendas medievais sobre fabulosos monstros marinhos.Além disto, haviam registros escritos pelo navegador italiano Marco Pólo, com histórias e personagens pra lá de fantásticos. D. Henrique, o terceiro filho de D. João I, fundou a “Escola de Sagres”, onde reuniu a experiência marítima italiana, a ciência herdada dos árabes ao espírito aventureiro do povo português. A primeira investida Lusitana foi à conquista de Ceuta, cidade do norte da África, que era uma importante rota comercial, que mais tarde perdeu seu valor, em virtude da mudança de rota por parte das caravanas árabes.

Depois de Ceuta, foi a vez da Ilha da madeira, em seguida o arquipélago de Açores, e a cada expedição, mais informações eram mapeadas. Após várias tentativas, o navegador Gil Eanes ultrapassa o Cabo Bojador, um obstáculo à pretensão portuguesa de chegar às Índias. Junto com a gloriosa vitória pelo seu feito, Gil Eanes desembarca em Portugal com a embarcação cheia de negros, para serem vendidos como escravos, tornando-se uma mercadoria muito lucrativa.

Bartolomeu Dias traz para Portugal, a travessia do Cabo da Tormenta, que para o Rei, nada mais é que a Boa Esperança, de que a Índia está próxima. Instituindo Feitorias e demarcando o litoral africano para a glória de Portugal, Vasco da Gama chega com sua expedição a Calicute. Apesar de não ter êxito no contato diplomático com o Rajá (Governante) daquela cidade Indiana, Vasco da Gama oficializa a abertura de uma rota alternativa às Especiarias. Veja a narração de um trecho do poema “Os Lusíadas”, de Camões ao avistar Calicute:

Já a manhã clara dava nos outeiros
Por onde o Ganges murmurando soa,
Quando da celsa gávea os marinheiros
Enxergavam terra alta, pela proa.
Já fora de tormentas e dos primeiros
Mares, o temor vão do peito voa.
Disse alegre o piloto melindano:
-Terra é de Calicute, se não me engano;
(RODRIGUE, apud Camões. p.103)

Nos relatos registrados no diário de bordo, Vasco da Gama faz menção de que ao afastar-se da costa africana em direção ao leste, percebeu a presença de aves, o que dava indícios da existência de terra não distante dali. (SOUZA; SAYÃO, apud Bueno, p.26)

No dia 08 de março de 1500, a maior e mais poderosa frota de Portugal, comandada pelo jovem fidalgo Pedro Álvares Cabral, composta por mais de 1.500 homens distribuídos nas dez naus e três caravelas, saiu em direção à Índia. Cabral afastou-se em direção leste da rota demarcada por Vasco da Gama. A mudança de itinerário causa polêmica até hoje, afinal, esta mudança foi proposital ou casual? Se foi prevista ou não, se houve tempestade ou não, estas respostas ficaram para sempre no campo das especulações, até que o Homem crie uma “Máquina do Tempo”e retorne até 22 de abril de 1500, dia que Cabral avista a Ilha de Vera Cruz, o nosso Brasil! Dez dias depois, ele retoma sua rota para a Índia, onde fez acordos comerciais muito lucrativos para Portugal e o Mundo.

Logo o pioneirismo português, faria seguidores. Os Espanhóis chegaram a América, sob o comando de Cristóvão Colombo, pois assim como Vasco da Gama, procurava um caminho alternativo para as Índias. Em seguida foram os Ingleses, Franceses, Flamengos e Holandeses. Ao dominar águas estranhas surgiram novas terras, que também foram dominadas, muitos mitos foram colocados abaixo e um novo mundo se formou.

Há muitas terras ainda a serem conquistadas, afinal a nossa Via Láctea, é apenas uma entre muitas, há ainda vários planetas a serem explorados e também novos povos ou seres a serem encontrados. Analisando o retrospecto do Homem, você dúvida que isto acontecerá?

REFERÊNCIAS

RODRIGUE, Joelza Ester. A História em Documento. 6ª Série. São Paulo. Ftd, 2006.

SOUZA, Evandro André; SAYÃO Thiago Juliano. História do Brasil Colonial. Indaial: ASSELVI, 2007.

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva IV

Feliz de dia quem lamenta o que não fez à noite. Infeliz ao deitar ela. A menos esforçada alma transparente. Que sempre penteou os cabelos louros pensando que eles eram azuis. Que sempre pintou os lábios transparentes, esperando que eles fossem pretos. Negros de morte. Daquele desaparecimento espiritual que leva a pintura de vida de quem faz realmente falta entre os quatro cantos de um planeta esférico.
Teimava em acidificar, a chuva. Não seria um aguaceiro, porque o céu lembrava mar depois de naufrágio poluidor. Mas também não era o dilúvio, porque o fim do mundo sente-se.
Entranha os ossos sem ser chamado, e faz das lamentações sangue amarelado. Pasta que lambuza a cara dos sofredores, e deixa os felizes, contentes até ao fim do segundo que vem a seguir.Menina frustrada, à chuva. Lembrou quando aprendeu a ler. Foi uma festa. Uma tempestade de sabores que a vida brinda em bolo de aniversário.
(continua)

Foto de Belinha Sweet Girl

Ao teu lado...

Olho para o céu nublado na noite fria
Deste falso inverno em que vivo,
Vejo as estrelas brilhando oscilantes,
E me lembro dos seus olhos.

Aqueles olhos negros que escondiam
Uma pessoa tão bonita e simples
Olhos que me contavam segredos,
A cada olhar diferente que me lançavam.

Olhei para a lua minguante e,
Lembrei da tua pele clara,
Da suavidade que ela tinha,
Sentia arrepios quando você segurava minha mão.

Até hoje tenho dúvidas se afinal,
Seus poemas eram sinceros,
Se sua inspiração era real,
Se eu representei algo para você.

Olho para as nuvens
Plenamente carregadas,
E lembro da tua coragem de andar na chuva,
Me chamando, dizendo que não ia fazer mal.

Sinto a chuva caindo sobre meu rosto,
Escorrendo sobre mim,
E lembro que você transpirava alegria,
E me abraçava, feliz, eufórico...

Escuto as músicas que você compunha.
Leio os poemas que você escrevia.
E sinto uma imensa saudade,
De ficar em silêncio, ao teu lado.

Sinto falta de quando deitava em teu colo,
Me sentia tão bem que esquecia de tudo,
Estar ao teu lado era o bastante.

Foto de ivaneti

Quando o Silêncio me Tocou

Quando o Silêncio me Tocou...

Quando o silencio me fez refletir
Lá no fundo dos meus sentimentos
Acordei as lembranças guardadas,
Sempre pensei em ti, meu amigo.

Sem saber que estavas sempre comigo
Viajando dentro de mim, lembrei,
De teus olhos, olhando os meus...
Alfinetou meu coração, então sofri!

Foi quando percebi, será amor
Oculto que sempre senti por ti?
Foi assim mais que de repente!
Buscando na saudade a tua imagem

Sem saber que ali, existia um grande amor!
Sem querer meus pensamentos saíram,
Em uma velocidade buscando aquele,
Que dentro de mim se escondia.

E em meus olhos agora carrego as lagrimas
Que percorrem a distancia que estou de ti, moreno!
Deste corpo com frescor de frutas suculentas
Com teus cabelos negros misturado ao tempo

É que busco teus lábios para aquecer o frio
Que queima os meus querendo os teus.

Autora: Ivaneti Nogueira

Foto de Rosinéri

AFAGO

Quando o vento afagar seus cabelos
e voce olhar para tras e se decepcionar
não chore ou fique triste
certamente ele afagou seus cabelos
para que voce não se sinta tão só.
Olhe, o vento que afaga o mar,
não pode ser afagado por mais ninguém,
tudo que lhe tocar será pelo vento.
O céu quando escurece pelas trevas
será porque os negros ventos o afagaram.
E voce não é só o vento que lhe pode afagar.
Os lábios, os olhos, até o coração lhe traz
um afago de amor.
Se alguém não lhe afagar mais
não se entristeça, pois mais triste é
não ter tido alguém para lhe afagar.
Então chore, pois mais lindo que um sorriso é
ver duas lágrimas sorrindo.

Foto de Rosinéri

ELE ENTROU NO MEU EMAIL

Ele entrou no meu e-mail com uma mensagem
E tirou o sossego do meu dia
Penetrou nas minhas nuvens,
Inundou-me com o seu Sol,
Fez-me rir com alegria.
Seus olhos negros como a noite
Vieram me ver
São olhos Tristes, profundos e vivos
Que adivinham o que não falo
Príncipe das terras geladas
De coração meigo e quente
trouxe-me de novo uma vida
Que há muito estava ausente
Imagino-o aqui comigo
Nos olhando
Numa vertigem envolvente,
Mergulho nas suas ondas
Inundo-o nas minhas estrelas
Mil sóis então explodem
E tornam o frio quente
Ele assustado tem receio
Não quer ser o responsável
Por inconseqüente sonho
Não se assuste meu príncipe
Digo-lhe eu no meu silêncio
Existe coisa melhor
Que deixar o coração
Sem chaves
Acordar do sonho
E expressar o que lhe vai no intimo
E o que sinto que sentes?
Ah príncipe doce e terno!
Que inundaste o meu dia
Deixa fluir o teu sol
Explodir mil estrelas
Dá espaço à poesia!

Foto de annytha

MEU QUERIDO!

Meu querido...

Desculpa-me a intimidade com que te trato...
Mas, não saberia te chamar pelo nome, pois, mesmo sem conhecer-te.
acho que me apaixonei. Há quem diga tratar-se de um amor platônico!
È... Talvez seja verdade, pois alem de estarmos longe e não nos conhecermos pessoalmente, sem nem o mesmo o sentimento que sinto por ti não ser correspondido.
Sabe, neste momento estou só e a pensar em ti. Pareço estar ouvindo tua voz e calorosa Sim! Deves ter uma voz calorosa, palavras tuas que nunca ouvi.
Por isso, penso em ti e pareço estar vendo o brilho do teu olhar negro, pois imagino que tens olhos negros como a escuridão da noite.
Ah, se fosse verdade e eu pudesse te abraçar...De poder ficar contigo ao menos uma noite pra te mostrar todo o meu mais puro e incondicional amor que sinto por ti, querido!
Na hora de me despedir de ti, talvez pedisse pra ficar. Nada te diria...Apenas aproveitaria a cada minuto e segundos pra ficar te acariciando, te beijando com sofreguidão, beijando todo o teu corpo partícula por partícula , colar o meu corpo ao teu, sentir as batidas aceleradas dos nossos corações, sentir nossas respirações ofegantes, nossos sussurros e gemidos ficariam impregnados por todo o teu quarto, os lençóis ficariam molhados com o nosso suor,e do perfume predileto da deusa Afrodite e iriamos às raias da loucura! Mas tudo isso é fruto do meu desejo, da minha imaginação! De onde estás, não consigo ver-te, és apenas um rosto que tento desenhar... Risco e rabisco até conseguir os teus traços fazendo assim teu retrato pra poder admirar-te!
Sem saber, despertas em mim uma vida já quase sem vida, tu que és a própria vida!

Foto de von buchman

POR QUE ME OLHAS ASSIM ?resposta da Kiss & SolEterno & Lob@ & Cumplicidade ... Multiplix

Teu olhar me seduz
Me faz ver um horizonte que nunca vi
Me envolves num mar de amor e paixão...

Porque me olhas assim?
Com teu simples olhar
Me envolveste
Me seduziste
Me encheste de desejos...

Por que me olhas assim?
Nada tenho para te dar
Só meu coração
E meu corpo cheio de tesão,
que tanto desejas e quero te dar...

Porque me olhas assim ?
Teu olhar de fantasias,
Me envolve nos teu sonhos
e me faz sonhar...

Por que me olhas assim?
sei que te agrado,
vejo no teu olhar, desejos
atração e muito amar...

Por que me olhas assim?
Com este olhar safado,
Cheio de malícias.
Maldades e desejos
Sem nenhum pudor.
Sabes,quero muito te amar...

Por que me olhas assim?
Crias coragem , e vem para mim
Quero te dar meu amor,
Minha paixão
Minha tesão
E tuas loucas fantasias,quero realizar...
Von
...........................................................

Resposta Kiss

Por que me olhas assim ?

Te olho
com olhar sincero
com carinhos eternos como nosso amor

Te olho
com ternura
te amo como jamais amei em minha vida
Meu olhar te chama pedindo que me ame
alucinadamente desesperadamente
mas me ame

Te olho
pedindo que me toque

Te olho
pedindo que me provoque

Te olho...
Te quero..
Te desejo...
Te sinto....
Te amo....

(♥)
Mil...kiss_Kiss
doce...como...Mel
.............................................

resposta SolEterno...

Esse meu olhar ....

Mostra um corpo sedento de carinho ...
É um chamado para você me amar....
Quero desvendar seus mistérios ....
Te proporcionar muito prazer ...
Esse convite expresso com meu olhar fatal...
Não tenha duvidas das minhas intenções...
Espero que o convite seja aceito...
Te olho assim por que ...
Meu olhar tem gosto de aventura..
uma mistura de Amor e loucura
com meus olhos de mulher-menina
enfeitiço seus sonhos
Deixa seus olhos espelhar sua alma,
o seu olhar o meu olhar confunde
Dá-me um olhar expressivo que me acaricie ...
me encante e me deixe cheia de tesão!
Não sei seu pensamento
Nem tampouco o mistério que oculta por trás desse seu olhar
Sei que quando eu te olho
Deixo claro minhas intenções ...
Que ... Vem matar meu desejo
Vem saciar-me
Vem percorrer o meu corpo que chama pelo teu
Vem mostra-me o que é paixão
Vem enroscar seu corpo no meu
Vem e leva-me ao Céu
Vem ........Faça Amor comigo!!!
Quero sentir a Paz de um coração
Em um encontro de Almas idênticas
Você é um sonho impossível, uma realidade distante,
uma ilusão que maltrata
Você é uma verdade diferente
Você é a presença distante
Você uma difícil realização, você é um horizonte muito além
É um sonho constante
Você é tanta coisa impossível
Mas é o meu grande objetivo.

SolEterno
.................................
resposta Lob@
Te olho com a força do amor
Te olho com magia e devoção
Te olho somente com alegria e satisfação
Por fazer parte de minha vida
Te olho por olhar somente te cuidar
Acarinhar seus lábios
Te olho para te seduzir e encantar
Te olho com emoção
Por me fazer rir
Viver simples
Te olho por me permitir seu genuína
Por não ter que omitir quando estou triste
Te olho por te amar somente
Te olho dormindo acordado
Em meus sonhos
Te olho nos olhos onde deixamos livres nossos sentimentos
Os olhos são as janelas d’alma rompida na flor d’água
Te olho tecendo segredos
Te olho devorando seu cheiro
Te olho querendo me entregar
Te olho seus olhos negros me fascinam
Te olho pois em seus olhos vejo meu reflexo
Te olho com cobiça
Nossos olhares sorrateiros não tem nada de ingênuos
Olhares de adrenalina que corre sob a pele
Em seu olhar já leio suas palavras
Te olho pois em seu olhar encontro
O espelho mágico do universo
A morada das estrelas
Te olho com água na boca a espera de seu beijo
Te olho pedindo que suas mãos venham brincar em meus cabelos
Simplesmente nossos olhares que tanto nos atrai
Sem palavras através deles podemos nos amar
Nos entregar
Te olho somente por te amar...
By Lob@
.......................................

Resposta Cumplicidade

Então, pare e me olhe
Pra você sou transparente!
Você entende o porquê?
Te olho, mesmo não te vendo
Te olho, sonhando
Te olho, acordada
Te olho, mas...
Não sei se ainda está aí,
No mesmo lugar que te deixei
Da última vez que te vi!
Esse meu olhar maroto e levado
Reis e príncipes o desejaram
E, até hoje se perguntam:
Pra quem ela o guarda?
É o olhar que à ti pertence,
Pra mim és o único,
não há outro no mundo!
Que saudades de te ver
Sem ter que te imaginar,
No dia que enfrentarmos nossos sentimentos
Vamos nos encontrar,
Só aí, vou acreditar que o seu olhar
procura, desesperadamente, o meu.
Porque o meu sempre foi seu,
desde de quando ouvi tua voz,
pela primeira vez,
antes mesmo de te olhar
E, então, uma batalha vai se travar,
quem sairá o vencedor?
Não sei?!
O teu olhar, a tua voz, o teu pensar... ah!

Cumplicidade

............................................

Agradeço as minhas queridas lindinhas pelas belas e lindas palavras neste gostoso Multiplix, com muito :

AMOR
SONHO
PAIXÃO
DESEJO
TESÃO
FANTASIA
UM ETERNO E GOSTOSO AMAR...

Os versos das respostas,
me fizeram um eterno delirar,..
amei e como amei...
Este poema com estas respostas,
ficou mui gostoso mesmo, meus anjos...

Meu carinho, meu eterno admirar,
mil beijos, xeros e mimos de paixão ...
ICH LIEBE DICH ...

von buchman

Von Buchman

Páginas

Subscrever Negros

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma