Névoa

Foto de amandu

ALINHAVAR O SEU AMOR E PAIXÃO DE MAIS

SOL E DE POUCA DURA
VERDES ANOS DE CEMITÉRIO
COISAS BANAIS SE ENCONTRAM
SUAS ALMAS GÉMEAS
DISTANTES E OCAS
FALAM DE VERDADE
TROPEÇAM NOVAMENTE
E RIEM DE VERDADE
CEGOS SÃO OS OUTROS
ELAS NÃO SE AMAM
SEUS SUSPIROS OUÇO
E OS VEJO DEBRUÇADOS NA LUA.
DEUS PORQUE ME TRAISTE
APENAS DE NÉVOA ESTAVA O DIA
NÃO ERA UM DEUS VERDADEIRO
MAS A CHEGADA DE UM CEMITÉRIO.
AONDE IR NÃO SEI APENAS DIVAGUEI NA SOMBRA
E TE OUVI
ERAM OS PRIMEIROS A CHEGAREM
VINHAM DE NOVO DA RIBALTA
AONDE SE OUVIAM OS MARTÍRIOS
DE GRITOS E DE FOME NA CEGADA.
DEPOIS DE TUDO ABRI O LENÇOL ESTAVA FRIO
COMECEI A ADORMECER E ATÉ HOJE.
VEJO NA PENUMBRA MAS NÃO ME VI A MIM HOJE
ESTAVA PÁLIDO MAS DESEJOSO DE PARTIR
RUMO A UM FESTIVAL DE CONTOS
ALI ESTARIA NO FIM DO DIA
AONDE SE REZAVAM OS MESMOS CONTOS TODO O DIA.
SIM ESTARIA NO FIM DO DIA.
DEUS ESTÁ LIVRE E CONTIGO.

Foto de Lu Lena

EU SOU

Eu sou alguém que sonha
Que se agarra à ilusão
busco forças oclusas
tateando na escuridão...

descalça trêmula e confusa
corro sem rumo ao relento
lágrimas em minha face caem
congeladas ao sabor do vento...

Eu sou um enigma no ar...
que tenta decifrar os "porquês"
disso ou daquilo acontecer
que sofre, ri e chora...

das coisas da vida aqui dentro
e das coisas da vida lá fora...
sou a transição entre a vida e a morte
num destino em névoa lançado à sorte...

Eu sou como você, uma simples mortal
mas entre eu e você, nada é igual...
apenas em comum na procura de si mesmo
divagando em poesias num'alma imortal...

Foto de Cabral Compositor

Arvore

Arvore

Sou uma arvore
Nem alta nem baixa, mas vejo bem longe
Alguns campos verdes, outros morros e serras cinzas
Aos meus pés, incomodam uma grama amarelada e seca
Como estou agora, seca e com sede
Minha pele, digo minha casca está ressecada
Não uso cremes e hidratantes como os humanos
Meus braços, digo minhas galhas estão encolhendo
Os meus cabelos, digo minhas folhas andam caindo
Tenho sentido falta de ar, não estou respirando bem
Tenho notado a falta das estações
Aquele calor agradável dentro do seu tempo, o frio que a noite nos faz dormir bem
Sinto falta do sol claro e brando, uma névoa amarelada não me deixa ver mais o sol
A agua que tem vindo das chuvas estão pesadas, estão densas
Não estão mais suaves e leves, transparentes e saudáveis
Sei lá, acho, que deva estar acontecendo alguma anormalidade com o planeta
Mas deixa pra lá, são coisas da minha cabeça, digo das minhas raízes
Vou esperar, talvez um pássaro pouse em mim
E me diga o que está acontecendo...

Foto de Lu Lena

DELÍRIO ERÓTICO

mãos deslizam pelo corpo
movimentos libidinosos
nas pontas dos dedos
desvendando mistérios

em cada poro em cada ponto
bocas se buscam enloquecidas,
línguas entrelaçadas
num frenési molhado,

desvairado sem medida...
Uma névoa embriagadora,
amolece a alma se deixa levitar
a química toma conta do ar

entre gemidos sussurros
metáforas da paixão
intermináveis beijos ardentes
o calor se alastra extasiante,

queimando pele numa fogueira
incandescente gotas de suor gotejam
morro e renasço dentro de ti
delírio erótico desse gozo explêndido.

Foto de Carmen Vervloet

PRIMAVERA DO AMOR

PRIMAVERA DO AMOR!

Talvez eu ame menos
do que possa amar...
O egoísmo circunda meu ser...
Abro os olhos para ver
e o coração para sentir...
Mas uma névoa insiste em persistir
e me cega, sem me deixar prosseguir...
Sei que o amor é o bem mais sublime...
Mas a dor o meu peito comprime
quando vejo, sem enxergar
as misérias que deveria sanar...
As que estão a minha volta
fome, dores, revoltas...
Males que eu poderia resolver
se o egoísmo me deixasse exercer
a bondade que tenho nas mãos
e que Deus não me outorgou em vão!...
É uma luta entre Deus e o diabo...
Males que foram criados
pela omissão...
E a razão nem sempre é capaz
e a vontade não é eficaz
para sobrepujar o egoísmo feroz,
que é meu algoz...
Que me deixa inerte... Sem ação...
Que bloqueia o meu coração!
Sinto-me pequeno, imperfeito...
Noites insones no meu quente leito...
Planos para mudar a realidade...
Amenizar tantas insanidades...
Estender, aos necessitados, a mão...
Aprender o bê-á-bá do amor...
Lição que Cristo ensinou
E que meu coração anestesiado
deletou!...

Quem sabe, nesta Páscoa,
eu passe do egoísmo para o amor
e dissemine um pouco a dor?!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor.

Foto de Paulo Gondim

Janelas da alma

JANELAS DA ALMA
Paulo Gondim
15/03/2008

Eu me vejo preso no meu pensamento
Enclausurado nos meus dias de tormento
Envolto em névoa fria, fosca, espessa
Que me expõe as entranhas, nesse padecer
Do lamentar diário, desse calvário
Que é minha vida sem você

E tento escapar pelas janelas da alma
Dou voltas pelo quarto, perco a calma
Olho mais uma vez a rua, a rua escura
A mesma rua que me viu crescer
Que já não é a mesma, envelheceu
Como eu, que perdi anos, sem te ver

E continuo preso, inerte, sem saída
Na expiação de minha culpa tão doída
Escapar dessa agonia é o que me importa
Antes que se torne em mim obsessão
Que já se avizinha, que já se prenuncia
Como castigo de viver só esta paixão

E aí, mais uma vez, nas janelas da alma
Olho para fora e vejo amarelada palma
Do velho coqueiro em frente à porta
Nele, vejo tuas mãos, agitando os dedos
Como sonho, que vagamente me conforta
E que ouve, calado, meus segredos

Foto de Henrique Fernandes

SURGE DE UM POEMA

.
.
.

Surge do silêncio
Espanto a palpitar
Névoa com anuncio
Que singela meu estar

Surge resplandecente
Um clarão sem luz
Focando o presente
De um amor que reluz

Surge do escuro
Nódoa de revolta
Esconde meu puro
Na paixão á solta

Surge de um poema
Melodia de um sonho
Paz de quem ama
Nos versos que componho

Foto de Marta Peres

Esperança

Esperança

Dia cinzento, chuvoso e triste,
Minha dor é maior do que o céu...
O caule de minha roseira está amarelado
pelo botão que dele nasceu e não quis ficar, partiu.
Minha rosa murchou, já não tem o viço nem
Alegria floral, meu quintal está triste e sem vida.
Tudo nele chora solidão que sangra...
Não me é permitido receber das nuvens do céu
Gotículas do orvalho no seio da minha flor,
Nem seguir os caminhos da água no canteiro
Que me leva ao caule a fim de entranhar-me na terra,
Buscar a raiz... padeço, ando debilitada, meus olhos
Morrem aos poucos...
Quero renascer!
Meu pensamento é forte, mais fundo que o mar,
O azul das águas irá se misturar ao cinza do dia
E sorverá a névoa triste, minhas pétalas se abrirão
E minha roseira irá respirar cheia de esperança,
Que a tristeza se transforme em alegria...

Marta Peres

Foto de Raiblue

Soneto de um sonho de verão...

Soneto de um sonho de verão

És um amor inventado
Um desejo inflamável
Que diante da menor faísca dos olhos
Explode em constelações de orgasmos

Teu rastro é tua luz vermelha
Que desgoverna e incendeia
Impregnando a noite de perfumes sutis
Doce ilusão das madrugadas anis...

Pura mágica que cega
Por trás do brilho, a névoa
Acinzentando os sonhos ainda verdes

Prematuramente abortados
Desejos,agora, amarelados
Como este poema,de lá de dentro,arrancado...

Raiblue

Foto de Joaninhavoa

Abandonado (Menino)

O menino chora gelado ao relento,
gemidos de dor...
Ficou abandonado com o tempo
no seu andor...
E a névoa vai com o vento!...

O menino chora atolado na lama,
indefeso...
Ficou perdido num andar que não conseguiu
acompanhar no tempo...
E a névoa vai com o vento!...

Ficou pr`a traz
Num piscar audaz
Num mudo e surdo
Pai, como foi capaz?
E a névoa vai com o vento!...

Lágrimas, anjo rejeitado
desejos ocultados, papel incapaz
meninos como este menino
que surge do nada ressuscitado
Mostrai e Apelai ao Mundo a Paz!...

JoaninhaVoa, em
09 de Dezembro de 2007

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