Ninguém

Foto de ale_rossetti

Almas Gêmeas

Ninguém jamais conseguiu explicar como foram
criadas as almas gêmeas,
mas eu lembro-me bem dessa história.

Estavam lá no céu, todas as almas, umas eram somente razão,
outras somente emoção, duas filas distintas.

Finalmente chegou a minha vez de ser colocada em uma das filas.
Olhei para ambas e identifiquei-me com a da razão,
acontece porém,
que quando avistei você na da emoção,
meus olhos brilharam,
foi como se fosse um imã a puxar-me.

Aproximei-me do criador e lhe disse:
Eu gostaria de ficar na fila da emoção, pode ser?....
é que existe uma doce alma lá, que encantou-me.
Está bem, falou-me Ele, você até poderá escolher seu lugar,
mas antes quero explicar-lhe algo,
depois então você fará a sua opção.

Existem almas que são gêmeas, tudo nelas é igual,
a única diferença que eu coloquei foi a razão e a emoção,
justamente para que elas possam se completar,
é como se fosse um encaixe.

Possuo uma grande percepção para distinguir
as almas gêmeas e por isso entendi,
que aquela que se encontra ali na fila da emoção , é a sua,
(falou apontando para você)
daí querer te colocar na da razão.
Caso vocês fiquem juntas,
o encanto das almas gêmeas se acabará,
ao passo que se ficarem separadas,
ele permanecerá.

No entanto, devo lhe contar algo,as almas gêmeas,
nem sempre encontram-se,
porém vivem sempre unidas pelo coração e por elas próprias.
Por outro lado quando se encontram,
jamais separam-se,
nem mesmo eu consigo executar esse afastamento.

Entendi naquele momento...
que a razão não sobrevive sem a emoção.
E a emoção por sua vez,
precisa da razão para viver.
Nesse instante fiz a minha escolha:
Prefiro a fila da razão!
Encaminhei-me para o meu lugar,
me posicionei e nesse mesmo instante, você ,
que não tinha até então percebido a minha presença,
olhou-me e sorriu!

Hoje, eu sou a razão, você a emoção,
eu te dou o chão e você me leva à lua.
Hoje , eu entendo o que o criador quis dizer-me com:
.....é como se fosse um encaixe.
Hoje , eu sou a razão correndo atrás da emoção e você a emoção
pedindo aos céus que eu possa pertencer a mesma fila que você.

Mas o que que você não sabe...
é que fui eu mesma quem escolheu o meu lugar,
só para ser a sua alma gêmea.
o que você não sabe é que mesmo antes de pertencer
a qualquer uma das filas, eu já te amei.

Quando voltarmos para o lado de lá,
você há de entender tudo isso e
se eu puder escolher uma das filas novamente ,
eu ainda vou querer ficar separada de você.
A única diferença é que escolherei a fila da emoção
para sonhar como você sonhou...
e que você fique na da razão para entender como eu sofri!

Foto de Stacarca

"Lágrimas silenciosas "

Ouça, são sussurros de lagrimas silenciosas.
Veja, são lágrimas de saudades de você!
Sinta, são lágrimas de tristeza por não ter mais o seu amor...
Sabe porque choro? Porque Eu Te Amo!
E te amarei até o fim dos meus dias...
Quando você partiu, me disseram que o tempo curaria a ferida.
Mas só agora posso entender.

Nem a eternidade me faria te esquecer.
Nem o mais longínquo e belo jardim brotará a felicidade em minha vida (novamente)
Nem a mais bela e gentil face faria eu amar mais uma vez...
Nem as mais doces palavras farão meu coração bilhar de novo!
Porque ninguém além de você poderia me dar vida.
Porque sem o seu amor o meu único desejo é morrer

Quando um novo dia começa ou termina...
Vejo tua face, linda como o céu!
Quando choro, sinto você perto de mim
Segurando minha mão e me dando força para continuar!
Quando acho que é o fim;
Você me mostra que é apenas um começo
Quando sinto vontade de morrer
Você me dá vida.

Essa minha tristeza, esse meu flagelo!
Esse meu amor, essa minha saudade;
Essa minha angústia, esse meu desespero.
Esse sentimento, essa paixão...
“É para você!”

Ouça, eu continuo a chorar...
Veja, ainda choro de saudade...
Sinta, choro de tristeza...
Você percebe porque choro?
Porque te amo!
E te amarei até o fim dos meus dias.

Foto de brgigas

Ninguém me alcança

Ninguém me alcança
Ou toca a minha esperança
Só se move por si
Constante no gostar de ti
E continua solitária
Ignorando tudo o resto
Seguindo te de perto
Sem controlo nem projecto
Segue tua esta esperança minha
É ridículo seguir assim
Sem consciência e sem força
Ninguém lhe põem um fim
Pois é minha essa esperança sem fim.

Foto de Mitchell Pinheiro

Ânsia

No escurentar do dia
No silêncio do quarto
Tento incentivar a vida minha
Procuro respostas no telhado
Hipóteses e mais hipóteses
Arrepender-se por ser inábil no passado
Sufocado com um talvez
Ansioso por um ser inefável
Famélico por uma vez
Pois até o inatingível é possível
Só é pouco provável
O problema é que sou inamovível
E pouco citável
Mas acredito que nosso desejo é mútuo
E nossa timidez também
Tornando tudo mais dramático
Sem atitude de ninguém
Mais o tempo não conseguirá afastar-me o sucesso
O clima irá surgir
E não poderemos mais fugir
Finalmente tocarei seu corpo recendente
Perderei-me em seus lábios
Afirmarei meu amor coexistente
Tornarei meu desejo aplicável
Tocaremos a vida para frente
Um destino, duas mentes.

Foto de Mitchell Pinheiro

Alguém

Um sentimento inexpressável
Que eu sinto por alguém
Um prazer ilimitável
Que vem vindo e não vem
A justiça não está sendo justa
A vida não está sendo vivida
O mundo não indulta
A razão não se habilita
Estimando por alguém
Que não tenho e me tem
Que não sei se posso ter
Pois não passo do querer
Estimando por alguém
Que respeito e trato bem
Que respeito, que respeito
E oculto no meu peito
Não quero dez
Não quero cem
Só quero este alguém
A quem me devo revelar
Para ter amor também
E ser igualmente estimado
Pois com atitude tudo vem
E quem a tem
Viverás como ninguém.

Foto de tizapoe

É o Amor??? Onde???

Dizem por aí,
Aos quatro ventos
E em alto e bom som,
Que o amor está escrito
No destino de cada um;
Que é inconfundível,
Se enxerga e lê de longe,
E que ninguém morrerá
Sem amar e ser amado,
Simultaneamente, é claro;
Pelo menos uma vez na vida...
Diante dos fatos,
pergunto-me, então:
Seria eu uma ‘analfa-cega cósmica’,
Ou condenada à ‘eterna provação'???

Foto de TrabisDeMentia

Amor é...

Nunca ninguém me ensinou a viver. Apenas me deram um corpo e me ordenaram: vive. Nunca ninguém me ensinou a amar. Apenas me deram uma alma e ordenaram: ama. Assim prossegui pelo caminho da vivência desfolhando significados. Mas nada! Nenhum livro, poema ou mandamento me fez crer em sua existência. Ele existia porém, os sábios assim contavam e sobre ele cantavam os enamorados. Mas nem em músicas eu achei o seu valor. Nem nos lábios em que o procurei eu achei o seu calor. E quando julgava ele pousando em minha mão logo vinha um pássaro maior e o levava. Foi com essa mão cheia de nada que eu cumprimentei a ilusão, que me dei a conhecer á saudade, que tomei em meus braços a dor (abraço forte, amargo afago). Com essa mesma mão escrevi sobre o amor como um cego que conta as estrelas. Escrevi como um surdo compondo a mais bela das sinfonias. Passei a correr atrás de borboletas, a perseguir pirilampos. Corri do mundo todos os cantos, vales e valetas. Desbravei á faca todas as matas. Mas nada, nada sobrou senão momentos! E sobre esse nada me debruçava e com todas as letras o descrevia. Das montanhas geladas que escalei e dos desertos em que me joguei só recolhi ecos e desesperos. E com esses restos o rescrevia. Descrevi céus e oceanos, grãos de areia e universos. Desenhei esboços complexos de todas as frentes, de todos os versos, de todos os objectos e sentimentos, mas do amor... Do amor nem o mais fino dos traços, nem o “era uma vez”, nem um ponto final. Foi então que larguei os vestigios dos pedaços dos porquês. Depois de tanto tempo decorrido me encontrava onde tinha partido. Tudo finda quando o frio aperta, a sede mata e a caneta se farta de tanta agonia. E para que não findasse, como que num ato de auto defesa, fechei os olhos para o que me rodeava (para nunca mais os abrir). E num ato de auto estima me fechei que nem ostra para a vida (para nunca mais me abrir). Mas ao me fechar e ao fechar dos olhos encontrei uma coisa linda! Enquanto o coração desacelarava e a respiração ainda ofegante acalmava, veio uma paz! Uma paz tão intensa que me fez chorar..Decidi abrir os olhos e me abrir para um nunca mais fechar. É que o amor não se encontra em vãos de escada ou escorrendo pelos passeios. Não está debaixo de nenhuma pedra de calçada nem escondido na cor do que quer que for, do que quer que seja. Amor não sobeja de uma fonte nem se esconde por detrás de um monte. Não há ponte que a eles nos leve. Amor não se almeja nem se descreve. Não se grita aos sete ventos. Amor não é momentos. Amor não é sentimentos. Amor é...

Foto de Carlos Donizeti

Eu acredito no amor

Eu acredito no amor

Sei que: Me darás as lagrimas mais puras
Aquelas que saem da alma e das profundezas do coração
Não sei, se quando chegar á hora irei suportar
Pois tudo que foi construído com muito amor terminar assim

Teu sangue igual ao meu, tua alma, minha vida tua continuação
Não sei se meus olhos segurarão tantas lagrimas
Meus lábios chocar-se-ão um no outro, em desespero e aflição
Tua dor será minha dor e sofreremos juntos

Sei também que o amor faz sofrer e não haverá ninguém
Que possa nos curar, pois, andaremos perdidos e sós, como no inicio
Quem hoje nos beija, friamente, e diz que nos ama traça seu destino
Só crescer, no mundo, na vida e depois friamente partir

Existiu alguém que andou com ELE, comeu com ELE
Beijou SUA face, e depois covardemente O traiu
Nós já estamos vendidos, e mesmo assim continuamos calados
Estamos acreditando que verdadeiro amor possa renascer

I believe the love.

I know that: You will give lagrimas to me purer
Those that leave the soul and the deepenings of the heart
I do not know, if when to arrive á hour I will go to support
Therefore everything that was constructed with much love to finish thus

Your equal blood to mine, your soul, my life your continuation
I do not know if my eyes will hold as much lagrimas
My lips will shock one in the other, in desperation and affliction
Your pain will be my pain and will suffer together

I also know that the love makes to suffer and will not have nobody
That it can in curing them, therefore, we will walk lost and alone, as in the beginning Who today in kisses them, cold, and says that in it loves them traces its destination
To only grow, in the world, the life and later cold leaving

Somebody existed that walked with IT, ate with IT
It kissed ITS face, and later covardemente it traiu It
We already are vendidos, and exactly thus we continue been silent
We are believing that true love can renascer

Creo el amor.

Sé eso: Me darás lagrimas más puro
Los que salen del alma y de los deepenings del corazón
No sé, si cuándo llegar hora del á voy a apoyar
Por lo tanto todo que fue construida con mucho amor para acabar así

Tu sangre igual el míos, tu alma, mi vida tu continuación
No sé si mis ojos sostienen tanto lagrimas
Mis labios darán una sacudida eléctrica uno en el otro, en la desesperación y la aflicción
Tu dolor será mi dolor y sufrirá junto

También sé que las marcas del amor para sufrir y no tendré nadie
Que puede en curarlas, por lo tanto, nosotros caminará perdido y solo, como en el principio
Quién hoy en besos ellos, el frío, y dice que en él los ama los rastros su destinación Para solamente crecer, en mundo, vida y tarde frío dejar

Alguien existió eso caminó con ÉL, comió con ÉL
Besó la cara, y un covardemente más último él traiu él
Somos ya vendidos, y continuamos exactamente así sido silenciosos
Estamos creyendo que renascer verdadero de la poder del amor

http://fotolog.terra.com.br/o_profeta

Foto de Mor

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

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EXPERIÊNCIA

EXPERIÊNCIA

Mário Osny Rosa

No mundo da experiência
Você tem experiência
O ser humano começa
Sua grande experiência
Quando da concepção
A primeira experiência
Viver nove meses no escuro
Num lugar bem seguro
É a maior experiência
Que o deixa mais maduro
Logo quando nasce
A sair daquela penumbra
A experiência de chorar
Experiência é ciência
Logo de muita vivência
Que começa na inocência
Em cada passo da vida
Até o demente vive sua experiência
Nem sabe bem porque
Vive a nova experiência
Numa família unida
Isso que é vivência
Num mundo de experiência.
Quem cai e levanta
Logo passa por uma experiência
Formula um é uma experiência
Na melhora da tecnologia
Tudo em volta do homem
É uma experiência
Ninguém vive sem ela
Essa linda donzela
Que é a experiência.

São José/SC. 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

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