Noite

Foto de Gazzola

Amor Perdido

"Sozinho,olhando para o céu à noite
converso com a Lua,escutando as estrelas,
rogando para falar as coisas certas,torcendo para ter alguma certeza,
certeza de que não estou ficando louco,
louco por este amor.
A brisa que bate em meu rosto,
revela minhas dúvidas,suas dúvidas
revelando nosso lindo e curioso amor.
Ao ver as folhas das árvores cairem,
chego-me as lágrimas,
tentando acender novamente essa chama em seu coração,
que não passa de uma brisa,
a brisa que eu gostaria de me queimar.

Foto de Arnault L. D.

Olhos de crepúsculo, pele de luar

Neste mundo tão imenso
de tantas ruas e esquinas
de enormes distancias
encontrei
você
que colocou luz sobre as cores

Preencheu de lirismo a vida
aqueceu um coração tão gelado
com um sol sempre brilhante
tornou-e minha querida
como se sempre a tivesse esperado
fez-se necessária e falta se ausente

Sonho em seus cabelos negros
como numa noite para dormir
e nas verdes aguas de seus olhos
adormeço à tarde banhada de ouro
olhos cor do crepúsculo no campo
tons de amarelo e verde mesclados

E nesta penumbra o céu e ornado
e era a sua pele nívea de luar
se banha em prata e mistério
quanto a imagino linda e nua
quanto me pego contigo a voar
sem senso e sem critério

Sem pensar em ses ou por quês...
apenas você veio e se plantou
florindo estrelas, parindo flores,
desabrochando infinitos buques
em jardim meu coração tornou
repleto de todas as cores
completo de todos os amores

Foto de Carmen Vervloet

SEM INSPIRAÇÃO - (Pelo dia do Escritor)

Se eu sou mulher de bom coração
e na madrugada estendida, onde o sono
passeia por caminhos ermos de solidão,
por que insisto em dissecar as palavras
para arrancar delas a poesia que não quer nascer?

Se as rimas não surgem no sangue das palavras
e não consigo entender a mensagem que se esconde
sob seus códigos é porque meus olhos estão cegos,
meus ouvidos estão surdos
e os meus neurônios estão mortos!
O coração está anestesiado e não consegue entrar
nas suas entranhas , gelado, perdeu as defesas
e tombou sem força e sem inspiração!

Não posso vomitar minha incompetência sobre minha ilha,
e nem quero destruir nenhuma bastilha,
nem tampouco cair nesta vil armadilha...
Vou por fogo em tudo que escrevi e recomeçar...

Vou aproveitar a hora de insônia que me resta,
e fazer na minha varanda uma poética festa...
Lá existe uma jardineira exuberante e faceira
coberta por cachos delicados de flores...
São flores simples onde se misturam as cores
e tingem em nuances de primavera o meu coração,
hoje esquecido de sua maior vocação...
E eu as chamo carinhosamente de BOA NOITE!
E elas sorriem pra mim.

Foto de Azke

"Encalço"

"Encalço"

da quimera inflamada em rasante acto de te abster...

na excessiva orbe de lasca rarefeita
aplicada à inópia dos iníquos
dos quais rapinam gotas de orvalho despido
por sede vasta e banal,
o sentido desferido de conclusão aguerrida,
é meramente informal...

do perante...

na dilatada noite fria
e intensa
e extensa
na extinção exacta em raspa imprecisa,
adiada de (in)decisão,
adiada por sonhos descendentes...

dela...

a menina alva dos olhos cor-de-leite
a nutrir os meus quadros reparados
de apreensão adjunta
e abnegada...

meta recta...

na dimensão rompida do conflito retido em lúrido padecer...
à resistência...
pois eu preciso deixar-te intercorrer
nas esferas obliquas e traçadas ao avesso,
em único ângulo de luz fluente que te sobressai
luz incessante
ofuscante...
a tua...
e lá, somente...
na calada vazia
da noite mais fria
em estrada desfiada
e expelida,
e conferida,
às curvas inferiores, ora quais, aquiescidas,
encobrem...

a pena esquálida do amanhecer em aresta letrada do rumo lascivo te verter,

ascendente...

parte de mim que levaste embora contigo...
na ofensiva alva de poder aplacado
(aos retóricos abrigos acossados de meus brados...)
e,
de algures tão remotos quais estamos a reter o toque,
que completa...
na ordem escassa e de horas incertas,
a comparar
e disputar...
oq?

em guerra das asas declaradas,
o que vale em pote de ouro,
é o lacrar de causas,
ao evento aos teus olhos...

quais fitam o atroante pulsar de minha toda vida.

Foto de JOE BROWN

LUAR DA NOITE

LEMBRO-ME DO SOM DAS GOTAS DE CHUVA
QUE CAIA AO CHÃO QUANDO TE CONHECI
O DIA ESTAVA LINDO,
APESAR QUE O SOl NÃO QUERIA DA O AR DE SUA GRAÇA.
OS MOMENTOS QUE PASSEI PERTO DE VOCÊ
PASSARAM TÃO RAPIDOS QUE MEUS OLHOS
NÃO CONSEGUIA ENXERGA NADA A MINHA VOLTA.
A NOITE CHEGOU,ESPLENDIDA ILUMINADA
NOSSO AMOR NAQUELE MOMENTO
CRESCIA A CADA TROCA DE OLHARES
VOCÊ MAGNIFICA MARAVILHOSA
TÃO BELA QUE POR UM ESTANTE PERCEBI
A LUA SE ESCONDER PARA
NÃO OFUSCAR SUA BELEZA QUE TANTO ME ENCANTAVA
AO AMANHECER ABRI OS OLHOS MAS NÃO A VI
SENTIR UM APERTO DENTRO DE MIM
CHOREI RIOS DE LAGRIMAS
LEVANTEI DA CAMA QUASE SEM FORÇAS
OLHE PARA O HORIZONTE
E VI COMO O DIA ESTAVA LINDO
AS ROSAS SE ABRINDO QUASE TÃO ENCANTADORAS QUANTO VOCÊ
QUERO QUE SAIBA
QUE O TEMPO PODE PASSAR
A TEMPESTADE CAIR
SAIBA QUE EU TE AMO
E COM VOCÊ QUERO SER FELIZ

Foto de Carmen Vervloet

SONETO PARA UM AMOR QUE ACABOU

Recordo ainda dos dias bonitos
Acesa a vida em ardente chama
O nosso amor indo ao infinito
Trazendo estrelas para nossa cama

Aqueles dias de luz tão intensa
Gravados em ouro na minha lembrança
Um arco íris pincelado em querenças
Ávido sol... depois a noite mansa!

Mas tudo tem seu ponto final
E o amor murchou qual pálida e doente flor
Num jardim esquecido, sem viço e banal.

Brindo ao que foi bom com vinho tinto
Recordo os momentos felizes deste amor
E assim dou vida ao sentimento extinto.

Carmen Vervloet

Foto de Lady Godiva

Ele

Ele, é a primeira coisa que lhe vem à memória ao despertar.
É a energia revigorante do banho de água tépida,
que ela consome religiosamente pela manhã.
É a maciez do algodão do roupão branco que a cobre
nos momentos em que tem o espelho por companhia.
É o aroma intenso do creme de moringa
espalhado pelo corpo sem vontade que lhe sobre,
é o vestido que ela escolhe com cuidado
e as sandálias com que no final o complementa.
É o chilrear dos pássaros que a acompanham até à cozinha,
é o cheiro a café acabado de fazer,
é a fome de uma noite inteira sem comer!
É fruta madura que ela descasca com minúcia,
é o pão que ela barra com a compota de amora
enquanto ouve as notícias e pensa,
está na hora...
E sai,
feliz,
porta fora.
Ele,
acompanha-lhe os dias...
mas à tardinha
vai-se embora.

Foto de Olenka

O que resta depois do amor?

Era noite quando vagueava pela rua, embrenhando-me na escuridão.
A rua estava deserta mas eu não me sentia sozinha pois levava comigo um raro sentimento.
Eu, banhada em felicidade, desejei partilhar essa saudável emoção com quem encontrasse pelo caminho.
Acontece que, a medida que caminhava, a emoção dissolvia-se e, o espaço que libertava foi reabitado por um novo sentimento: um sentimento doente, que lentamente cerceava a alma,
assemelhava-se muito ao cansaço porém não era físico. Dei por mim desnorteada... completamente perdida nessa rua que outrora fora-me familiar.
Ah, senti na carne o corroer das correntes de dependência… que em tempos passados, de bom grado envolvia em torno do meu corpo. A maravilhosa emoção que conheci há pouco deixara de ser doce, ingénua e gentil e transformara-se num vício, num hábito, numa vulgaridade… Assim partiu, deixando a minha mente abalada pelas recordações agradáveis… Que fim miserável teve o meu amor…
E, quando já não restavam vestígios dessa emoção, senti-me livre, concretizada… Mais tarde descobri que essas novas emoções eram de pouca dura pois o espaço que o amor ocupava no meu coração ia sendo preenchido a pouco e pouco pelo vazio, pela saudade, e, talvez até pelo desespero…
Eis o que resta depois do Amor!

Foto de Olenka

Amigo

É de noite, reina o silencio profundo,
Eu caminho pelas estradas do mundo
Procuro aquilo que encontrar não consigo
Procuro um fiel amigo

Nessa imensa escuridão
Vejo a lua que me cativa:
(eu:) -Que fazeis vós? Tendes ocupação?
(Lua:)-Ilumino a Terra adormecida! Porque andais a deriva?
(eu:) -Vagueio pelo mudo a procura de um amigo!
(Lua:)-Os amigos na altura certa hão-de aparecer!
(eu:) -Sinto-me só! Posso ficar contigo?
(Lua:)-Os amigos não se fazem por fazer!

Despedi-me da lua
Levado comigo a sabia lição,
E, persegui pela rua
Com uma nova visão.

Foto de Olenka

Amigo

É de noite, reina o silencio profundo,
Eu caminho pelas estradas do mundo
Procuro aquilo que encontrar não consigo
Procuro um fiel amigo

Nessa imensa escuridão
Vejo a lua que me cativa:
(eu:) -Que fazeis vós? Tendes ocupação?
(Lua:)-Ilumino a Terra adormecida! Porque andais a deriva?
(eu:) -Vagueio pelo mudo a procura de um amigo!
(Lua:)-Os amigos na altura certa hão-de aparecer!
(eu:) -Sinto-me só! Posso ficar contigo?
(Lua:)-Os amigos não se fazem por fazer!

Despedi-me da lua
Levado comigo a sabia lição,
E, persegui pela rua
Com uma nova visão.

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