Noite

Foto de poetisando

Estou cansado

Quando acordo já estou cansado
Á noite ao deitar-me cansado estou
Cansado de tudo, de todos e de mim
Não sei porque tão cansado eu estou

O tempo a passar me deixa cansado
Tenho o corpo todo ele dormente
Cansado do que estou passando
Que não devia passar por a agente

Estou tão cansado quando acordo
Ainda mais quando me vou deitar
Cansado desta minha vida
Mais cansado de tanto penar

Estou cansado dos desencantos
Que tenho a cabeça toda dorida
Cansado de tanto chorar
Cansado da minha vida

Estou tão cansado de pensar
Cansado deste meu destino
A cabeça de estar tão cansada
Que já nem ela pensa com tino

Estou tão cansado de chorar
Até cansado estou de sorrir
Tão cansado desta vida
Cansado de não dormir

Estou cansado de mim
Cansado de estar cansado
Cansado do passado que não se vai
Cansado de não esquecer o passado

De: António Candeias

Foto de William Contraponto

Manhãs de Verão

Chegaram as tardes quentes...
As manhãs que atendem
Os pedidos de quem
Na noite pode se deliciar

Esses dias são frequentes
Quando vividos com prazer
São fontes inquietas e atuantes
Todos os instantes na vida
Daqueles que buscam o anoitecer

Horas que passam rápido
Significam os melhores momentos
Que aqui podemos ter
É melhor tirar todo proveito
O qual possa nos aparecer

Agora que a estação chegou
Trouxe com ela nova paixão
Por uma onda então perdida
Em outro verão

Mas será ali sentados na areia
O inicio da conversa
Ouvindo mãe sereia, pra quê ter pressa?
Deixa a noite chegar, a brisa conduzir
Aí veremos onde tudo vai parar

Louco, rápido... ou intenso
Isso já não faz diferença
A energia que você emana
Me sustenta até mágica manhã

Foto de Carmen Lúcia

Entardecer

Tanta beleza a tarde traz...
Perco-me em horizontes
desmaiados no infinito
englobando céu e mar,
envolvendo a terra na perplexidade
de não ser dia nem noite...
Ser cores foscas, nuvens afoitas,
embaçadas, a espera do que será...

Ser tarde, ao se despedir da manhã
e saudar a noite que virá...
Sou tarde no momento da transição,
quando o sol vai se apagando,
as cores abrandando
a intensidade de sua gradação.

Sou tarde no momento da aparição
do brilho da primeira estrela,
a anunciação...
Quando se acende a candeia
no auge da imaginação...

Quando o belo se personifica
na plenitude de meu sonhar,
quando tomo a atitude
de com a tarde me identificar,
de com a tarde esvaecer,
de com a tarde, entardecer
...e tarde ser.

(Carmen Lúcia)

Foto de William Contraponto

Manhãs de Verão

Chegaram as tardes quentes...
As manhãs que atendem
Os pedidos de quem
Na noite pode se deliciar

Esses dias são frequentes
Quando vividos com prazer
São fontes inquietas e atuantes
Todos os instantes na vida
Daqueles que buscam o anoitecer

Horas que passam rápido
Significam os melhores momentos
Que aqui podemos ter
É melhor tirar todo proveito
O qual possa nos aparecer

Agora que a estação chegou
Trouxe com ela nova paixão
Por uma onda então perdida
Em outro verão

Mas será ali sentados na areia
O inicio da conversa
Ouvindo mãe sereia, pra quê ter pressa?
Deixa a noite chegar, a brisa conduzir
Aí veremos onde tudo vai parar

Louco, rápido... ou intenso
Isso já não faz diferença
A energia que você emana
Me sustenta até mágica manhã

Foto de William Contraponto

Manhãs de Verão

Chegaram as tardes quentes...
As manhãs que atendem
Os pedidos de quem
Na noite pode se deliciar

Esses dias são frequentes
Quando vividos com prazer
São fontes inquietas e atuantes
Todos os instantes na vida
Daqueles que buscam o anoitecer

Horas que passam rápido
Significam os melhores momentos
Que aqui podemos ter
É melhor tirar todo proveito
O qual possa nos aparecer

Agora que a estação chegou
Trouxe com ela nova paixão
Por uma onda então perdida
Em outro verão

Mas será ali sentados na areia
O inicio da conversa
Ouvindo mãe sereia, pra quê ter pressa?
Deixa a noite chegar, a brisa conduzir
Aí veremos onde tudo vai parar

Louco, rápido... ou intenso
Isso já não faz diferença
A energia que você emana
Me sustenta até mágica manhã

Foto de poetisando

Vem a noite

Vem a noite sem me avisar
A solidão chega cruel e fria!
Vem atormentar o meu ser
Noite sombria
Fazendo-me sofrer
Ouço o som do vento
E eu aqui sozinho,
Saudade atormentando o meu ser
Lembro-me de momentos vividos
E o meu amor distante
Está longe e eu aqui a sofrer
Noite escura, saudade cruel
Fazendo-me sofrer e chorar
Da minha amada
Dos seus beijos saberem a mel
Anseio minha sede matar
Saudade da minha amada
É uma tortura sem fim
Quero-te minha amada
Aqui coladinha a mim
Saudade cruel vai-te por favor
Deixa-me ser feliz,
Chega de me atormentar
Traz a minha amada o meu amor
Sem ela o meu coração
Não vai aguentar esta dor.
De: António Candeias

Foto de poetisando

Está uma noite serrada

Está uma noite serrada
Toda a gente está feliz e alegre
E eu sentado na cama a pensar
Com as minhas lágrimas a cair
A pensar num amor impossível
Que não vou poder ter para abraçar
Toda agente feliz beijam-se e abraçam-se
E eu só posso continuar a sonhar
Chorando por não te poder ter
Só penso em ti meu amor
És a razão do meu viver
Minha vida meu amor virtual
Como amava te poder ter
Mesmo com a nossa distância
Estás dentro do meu coração
Nada nem ninguém me vai impedir
De te ter sempre guardada no coração
Irei sempre ter muita força
Mesmo tu estando ausente
Amar-te-ei meu amor
Estás no meu coração sempre presente
És a minha lembrança constante
Que nunca se irá apagar
Quero continuar a sentir-te
Mesmo que em imaginação
Desde o dia que te conheci
Que fazes parte da minha vida
Moraras eternamente no meu coração

De: António Candeias

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"LUZ MAGICA"

“LUZ MAGICA”

No final da noite...
Na ponta do açoite...
No lume da lâmpada...
No gume da faca...
No brilho do ódio...
No calor do sódio...
Na pureza da ilusão...
No calor da emoção...
Na clareza das ideias...
Na beleza dos ideais...
O mundo vive da luz...
Dos exemplos de Jesus...
De toda luz do sol...
Seguido pela fidelidade do girassol...
Até o nascimento da lua...
Que traz o brilho da emoção pura...
Que alimenta a mente do Poeta...
Em sua caminhada discreta...
A luz que ilumina a verve do Poeta...
É a mesma luz que a todos desperta...
Para uma vida de esplendor...
Onde tudo se resume em apenas um detalhe...
O brilho que emana do amor!!!

Foto de Fernanda Queiroz

Antes que o Ano Termine

Falta um dia para que o ano termine. Um dia intenso que pode mudar toda minha existência. Só preciso ter coragem e ir até onde você está... Antes, 450 km, agora 50 km. Por que veio para cá? Queria me confundir ainda mais? Estaria esperando que a proximidade me fizesse ser mais mulher... mais corajosa? Sabe que meu destino está traçado. Não me deixaram editá-lo. Sabe que não posso voltar, então porque não vem... Rouba-me, Toma-me, Leva-me para nosso mundo de sonhos; onde tua ausência presente foi marco de nossa história.

O sol está se pondo, o alaranjado de céu é o contraste perfeito com a relva que se estende verde e úmida pelas chuvas de dezembro. Tanta calmaria vem de contraste a minha alma conturbada e sofrida. Posso sentir meu coração batendo forte, tão forte quando o podia ver por aquela janelinha mágica do computador, cenário de nossa história, testemunha de nosso amor, cúmplice de nossos segredos, arquivo de momentos que perpetuarão dentro de mim. A brisa suave sopra. Parece querer brincar com meus cabelos, alheia a tempestade que envolve meu coração. Deixo a mente explorar o passado... Tão presente... Teus olhos, tua mania constante e única de apoiar teu rosto nas mãos. O sorriso espontâneo, a cara emburrada, os olhos se fechando de sono, e a vontade de ficar um tempo mais...e mais ...até o galo cantar...a madrugada... o sol nos encontrar ...felizes ou tristes...juntos.

A noite traz a transparência de minha alma, negra, sem luzes, sem amanhecer. Preciso me movimentar, sair deste marasmo de recordações. Thobias, meu companheiro de peripécias, que um dia correu tanto quanto no dia em que estouramos uma colméia; está selado, entende o que me vai à alma, conhece meu estado de espírito, sabe quando é preciso deixar as paisagens para trás, mais rápido, mais rápido, até se tornarem uma massa cinzenta, sem cor, ou forma retratando o mais profundo que existe em mim. Agora, no embalo do cavalgar, meus sonhos se afloram. Estou indo ao teu encontro, nossas mãos se tocarão, nossos corpos se unirão, nossos corações baterão em um só ritmo. A brisa tornou-se um vento tão gélido quantos minhas mãos que seguram as rédeas de um futuro-presente. Gotas de chuva descem sobre minha face, misturam-se as minhas lágrimas. Tenho a sensação de não estar chorando e sim caminhando para você. Na volta para casa nem o aconchego da lareira, o crepitar constante elevando as chamas transmite liberdade, as sombras sobrepõe à realidade que trará o amanhecer, elevo ás mãos solitárias tentando voltar ao tempo de criança onde elas davam vidas retratadas na parede imagens de bichinhos animados, mas não se movimentam, parecem presas ao aro de ouro reluzente que por poucas horas trocarão de mão fecundando o abismo que se posta diante de nós. O cansaço e as emoções imperam. Entre sombras e sonhos, meu pensamento repousa em você, na ilusão, nos sonhos, na saudade pulsante de momentos mágicos vividos, onde nossas almas se encontravam, onde nossos corpos não podiam estar. De desejos loucos e incontidos de poder realizar, antes que o ano se finde, antes que as horas levem tudo que posso te dar.

O amanhecer desponta, caminho a esmo, no escritório, ao lado direito da janela que desponta para colina verdejante (cenário de nossa história). O computador me atrai.. Você está off, está há apenas 50 km, mas em meus arquivos de vídeo teu rosto se faz presente, tua boca elabora a mímica de três palavras mágicas “EU TE AMO”.A musica no fundo é a mesma que partilhamos tantas vezes juntos COM TI RAMIRO, gravada em meu studio amador ao som de flauta. As notas enchem o ar, a melancolia prevalece, meu coração se enternece, “POR FAVOR, VENHA ME BUSCAR”, não vou conseguir sozinha, você sabe disso, é exigir demais de quem só soube amar, sem nunca saber lutar, sem nunca poder gritar, com um destino a cumprir, um dever de tempos idos e protocolados nos princípios de toda uma existência. O dia se arrasta imortalizando o passado. Estou diante do espelho, o rosto moreno não consegue esconder a palidez, o vestido branco de seda cai placidamente sobre meu corpo inerte. Vestido que outrora minha mãe usara com os olhos brilhantes de felicidade. Os meus não têm brilho, este fora reservado às perolas que adornam meus cabelos negros, sempre me achei parecida com ela, mas a imagem reflete somente uma semelhança física onde a mortalidade de meu semblante contradiz a vida de tempos passados.

Pedi que me deixassem ir só, queria ficar com meus pensamentos, onde você é soberano. Que bom que ninguém pode me tirar isto: tua imagem, teu sorriso, tua forma única de existir para mim, mesmo que em sonhos, mesmo que em lembranças, mesmo que em minha morte para a vida que se inicia. A escada imperial e central se desponta com teu corrimão de prata por onde desci tantas vezes lustrando-o com minhas vestes. Minhas mãos se apóiam nele, trêmulas, frias, para que eu não quede diante da realidade... Apenas trinta degraus? Deveria ser trezentos, três mil, ou trinta milhões? Eu os percorreria com gosto, antes de pisar na relva verde coberta por um tapete de pétalas de rosas que conduziam à capela. Porque desfolhá-las? Porque enfeitar a vida com a morte? Rosas brancas, pálidas como minha alma, desfolhadas e mortas como minha vida. Ao lado o lago que outrora me fazia sorrir, brincar e acreditar....queria parar...descalçar o pequeno sapatinho branco e sentir a frescura das águas elemento mais forte e presente da natureza em minha vida...mas agora não posso parar a poucos metros está minha rendição, meu destino onde o oculto será sempre meu presente, onde o passado será minha lembrança futura, onde você viverá eternamente, onde ninguém poderá jamais alcançar. A capela parecia lotada, não guardei rostos, somente sombras. No altar uma face, feliz, despreocupada, livre, sentado em uma cadeira de rodas estava papai, tuas pernas não mais suportavam me conduzir, teus braços que muito me embalaram, já não mais me apoiavam...segui em frente. Pensei em me voltar ..olhar para trás, mas não iria te encontrar. Palavras ditas e não ouvidas... trocas de alianças...abraços de felicitações....buquê lançado ao ar, festividades...todo ar de felicidade.

Faltavam dez minutos para findar o ano...minha existência já tinha terminado, o celular em cima do piano da sala...8 minutos...mãos tremulam ao aperta a tecla da re-discagem...minutos eternos...do outro lado a apenas 50 km, tua voz ...doce...amada...terna, parecia querer ouvir o que eu queria falar e não podia...engolindo as lágrimas. Apenas um pedido: seja feliz, seja feliz por nós dois...uma resposta que mais parecia um lamento, que por mais suave, parecia um grito...Seja feliz também.....um tum tum era o sinal de desligado....zero hora. Fogos explodindo no ar...

Fernanda Queiroz

Direitos Reservados

Foto de Carmen Lúcia

Poetando

A noite estrelava em minha janela aberta...
Chamava-me até ela para que eu visse o quanto estava bela.
Num impulso “Bilacquiano”, comecei a vê-las...
Como é lindo entendê-las!Amar é ouvir estrelas...
Meu sonhar levou-me até elas...

Sonho é essência da vida...
E, segundo Neruda, em versos,
passa incólume por ela
quem não ousa o incerto,
sucumbindo no que julga certo
e desiste de seus sonhos...

Aprendi com Shakespeare,
que os acontecimentos do dia
é que tecem a fantasia...
E que nos fazem sonhar...
E tornam a vida espetacular...
Que o tempo não cura ferida nem dor.
Somente o Amor!

De Clarice, um pensamento Lispectoriano:
Não devemos passar o tempo enganando,
mentindo pra nós mesmos, quando não se ama mais...
“Ainda te quero como sempre quis”,
inverdade que com o coração não condiz...
Mas, de tudo, aprende-se lição.
Nada é em vão...

Sabemos do começo, nunca do fim...
A vida pode ser curta ou longa demais...
Cora Coralina, semi-analfabeta, ensina:
ninguém sabe de nada, de antemão...
Por isso, para que o viver tenha sentido,
pra que nada tenha sido inútil,
toquemos as pessoas com o coração...

E no tarde da vida, decorridos os anos,
quando a carência de afeto humano
bate tão forte... Desmedida e sem norte...
“Saudade de quem quero abraçar e não vejo”,
“Acabo de receber pelo correio, um beijo.”
Adélia Prado, em seu verso alado,
“Não quero faca nem queijo.Quero a fome.”
Todo o resto, agora, me consome.

(Carmen Lúcia)
09/07/2008

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