Noite

Foto de syssy

Sonho

*
*
*
*

Noite,
fria,
melancólica,
confusa.

Desejo,
abraço,
calor,
amor.

Rosa,
Perfume
angelical,
você.

E tornou manhã o que
sonho foi por mim, nessa
utopia que é você em sonhos.

Foto de Sonia Delsin

NO QUARTO

NO QUARTO

Tirei cada peça de roupa com o olhos fitos em meu amado.
Os olhos dele grudados no meu corpo que se despia.
O olhar dele me acariciava.
Se deliciava e corria.
Ele nada dizia.
Apenas me apreciaria?
Com o coração aos pulos eu esperava.
Que ele me tomasse nos braços.
Deus, os seus abraços!
Os seus abraços têm o dom de me arrastar.
Para o paraíso me levar.
Mas ele nada fazia.
Acontece que fogo no olhar ele trazia.
Eu esperaria.
Nos seus braços não me jogaria.
Sua iniciativa esperaria.
Naquela noite quanto tempo fosse necessário eu esperaria.
Quando a última peça ao chão caiu ele me agarrou.
Sua boca a minha buscou.
O que aconteceu depois?
Fui ao céu... deparei com outra realidade.
Fui feliz de verdade.
Naquele quarto...
Minha saudade.

Foto de Raiblue

Contrária mente....

.
.
.
.
.

O que perdura na noite
Enquanto dormem?
O silêncio e as palavras
Gritam clandestinas
Nos meus labirintos
Cintilante desejo
Erógeno perfume
Amor tece
Engole medos
Acende a escuridão
Da alma faminta...
Nos meus avessos
A desordem cresce
Luas de carne
Giram em torno
Da janela amarela
Tela de fogo
Olhos me vigiam
Os seus?
Desejo sem dono
Ruas devassas
Do pensamento
Incorpóreo
Molhado
De suores
E vapores de mentes
Con sinto a ebulição
Há tração
No estranhamento
Um desejo
Quase líquido
De se misturar...

(Raiblue)

FELIZ DIA NACIONAL DA POESIA,GALERA!!!
Beijos bluepoéticos!
Rai

Foto de Senhora Morrison

O Aviso de Clarice

Era manhã de sol, bonita e incentivante, mas não para Clarice que a muito não reparava na beleza dos dias, ainda dormia, na noite anterior havia exagerado nos entorpecentes se encontrava ainda anestesiada, tinha que procurar um novo lugar para ficar estava preocupada até, mas o corpo já não correspondia. O contrato com o apartamento estava vencido e Clarice ainda devia alguns meses do aluguel, tinha uma vida corrida em meio a mentiras, dividas a traficantes e coisas do tipo. Não se preocupava em buscar um trabalho fixo, era jovem e muito bonita pra isso, o que queria trocava por “favores sexuais” e assim caminhava. Ouviu um barulho muito distante franziu a testa e esticou o pescoço tentando distinguir aquele som como se assim ouvisse melhor, identificou o inicialmente indistinguível toque, era o telefone, estendeu o braço deixando o corpo esparramado de bruços em seu colchão atendeu ainda tonta, era o Sr. Abreu, um velho imobiliário pelo qual procurara muito nos últimos dias, Clarice quase se arrastando levantou-se e tentou prestar atenção em tudo que ele disse fazendo caretas despertando a face ainda dormente, fez alguns rabiscos em um pedaço de papel qualquer, cheirou duas carreiras do para ela milagroso pó trocou-se nitidamente com dificuldade por conta dos exageros e com certa esperança foi ao seu encontro. Avistou o Sr. Abreu ao longe, um senhor robusto, cabelos brancos que usava um óculos gigantesco que só não cobria seu rosto inteiro porque este era muito largo, com uma barba mau feita que lhe dava um aspecto de desleixo e mistério ao mesmo tempo, lá vinha ele atravessando a avenida, Clarice era uma menina pequena, tinha traços finos, a pele alva, cabelos negros a altura dos ombros que realçavam ainda mais seus olhos igualmente negros, Sr. Abreu lhe cumprimentou e foi logo adiantando o assunto lhe entregou o molho de chaves da respectiva casa dizendo que não poderia realizar a visita com ela pois, tinha muitos afazeres pr’quele dia e como já estava acostumado com sua presença na imobiliária não via problema algum em deixá-la ir sozinha, ressaltou ainda que havia recebido a ficha daquela casa no final do expediente do dia anterior e que ainda não tinha tido tempo de vê-la pessoalmente, mas que segundo o proprietário ela se enquadrava no que procurava. Clarice agradeceu e seguiu sozinha para conferir a tal casa. Chegando ao destino andando pela rua que designava o papel escrito de forma quase ilegível pelo Sr. Abreu, foi observando tudo que lhe cabia aos olhos, a vizinhança, crianças uniformizadas com mochilas nas costas despedindo-se dos pais e entrando em seus transportes escolares, a rua arborizada que lhe trazia um odor do campo, tantas eram as árvores carregadas de inúmeras flores, as casas em sua maioria muito antigas dando o toque final a rua perfeita, estava entusiasmada, sentia que finalmente encontrara um decente lugar para morar. Agora era só não dar "bandeira" de nada, tinha que manter a descrição antes ignorada, assim não seria facilmente encontrada por seus credores. Entretida com o seu redor percebeu que havia passado do número indicado, voltou alguns metros e deparou-se com uma casa branca simples de muro baixo o que a fez lembrar da casa de seus avós marejando seus olhos, pois a muito não os via, conseqüência de sua escolha de vida. A casa parecia ser pequena, tinha detalhes de azulejo na parte superior da entrada principal como se fosse um enfeite em forma de quadrado, a casa era exatamente do jeito que queria, simples. Abriu o portão destravando uma pequena tranca e adentrou o quintal o qual se mantinha limpo apesar das várias árvores pela rua e em sua possível futura calçada, o que achou ótimo sinal de que o proprietário era zeloso. Na busca da chave certa para abrir a porta o molho caiu de suas mãos, ao se abaixar para apanhá-lo sentiu como se alguém estivesse parado as suas costas, ainda abaixada olhou para trás nada viu, não dando importância nenhuma a este fato, levantou-se e continuou a testar as chaves até encontrar a que servisse enfim, deu dois passos para dentro da casa e se viu numa sala espaçosa, espaçosa demais para quem a vê apenas do lado de fora, franziu a testa, era bem ventilada por uma grande janela que dava vista para a rua a que também pareceu menor do lado de fora. Estava a caminho da próxima dependência quando um forte vento fechou a porta principal as suas costas, voltou-se assustada e quando retornou seus olhos a passagem do outro cômodo deparou-se com um imenso abismo e duas gigantescas escadas uma a sua direita empoeirada, cheia de teias e com degraus de madeira quase toda podre e outra a sua esquerda limpa e iluminada com degraus de madeira vistosa que lhe parecia muito mais segura, ambas tinham o mesmo comprimento e a mesma nivelação, Clarice esfregava os olhos como a querer enxergar ou até mesmo entender o que diabos estava acontecendo, virou a cabeça repetidas vezes querendo encontrar a causa daquilo tudo girou o corpo em seus pés, apavorada segue pela escada da esquerda, mas não suporta a aflição quase a queimar seu corpo por dentro e desmaia.
Clarice recobra os sentidos ainda sonolenta lembra da visão que teve com os olhos ainda fechados, prevê que tudo não passou de um sonho, esfregou os olhos querendo despertar e viu que se encontrava num lugar que decididamente não era o seu quarto.
Inexplicavelmente sem medo algum, Clarice se levanta e olha aquele estranho lugar,observa tudo que lhe cerca sentia o ambiente pesado, soturno, era uma espécie de igreja, templo, com várias fileiras de bancos ordenadas simetricamente, uma arquitetura indescritível medievalmente gótica, iluminações como a de uma aurora austral entrava pelas várias vidraças com imagens horríveis de supostos demônios multicoloridos, todos a apontar para ela, sentiu um arrepio aterrorizar seus poros. Clarice foi andando em direção a um suposto altar por um extenso corredor, encostou sua mão direita em um dos bancos cheios de teia e pó percebeu então que em cada banco havia um cadáver,levou a mão a boca em um repentino e milimetrado susto, os corpos eram de negros escravos, imagens que a deixou enojada afirmando seu ódio por esta raça, não suportava negros abria exceções quando estes ofereciam uma boa quantia em dinheiro para usufruir de seus serviços sexuais, mas mesmo assim tomava um longo banho querendo eliminar qualquer resquício daquele maldito contato, de crianças lindas crianças muito bem vestidas, mas todas imundas e defeituosas de alguma forma o que fez Clarice agradecer todos os abortos que praticou, definitivamente não nascera para procriar, quando chegou ao fim do corredor a frente das fileiras de bancos foi caminhado para o outro extremo desse estranho lugar, viu que os outros bancos estavam ocupados por mulheres muitas mulheres vestidas de noiva. Sem esboçar nenhuma comoção ou medo, apreensão ou curiosidade talvez, dirigiu-se ao centro do lugar ficando de frente a um mezanino de madeira todo trabalhado com vários objetos como castiçais de aparência antiqüíssima e um grande livro visivelmente pesado aberto ao meio, atrás deste mezanino a figura de um animal com chifres enormes em forma de caracol e olhos vermelhos como rubis estampados na parede. Clarice olhava tudo aquilo hipnotizada, reparou então que suas vestes mudaram, estava igualmente vestida de noiva em uma renda branca com rosas negras espalhadas sutilmente por todo o vestido que marcavam muito bem as curvas de seu corpo, deixando-o insinuosamente sexy, sentia-se incrivelmente atraente naqueles trajes e se admirava como se não tivesse nada ao seu redor, em uma volúpia vil de si mesma. Sentiu seus ombros acalentados por calorosos afagos, Clarice rodopiou o seu caloroso corpo a seus pés e deparou-se com o homem mais bonito que havia visto na vida, este era alto, esbelto, cabelos negros e os olhos azuis mais inebriantes que poderiam existir, sorriu, o misterioso homem também lhe sorria um sorriso branco e confiante e olhava-a com um desejo descomunal, entregaram-se a um ardente beijo, Clarice foi tomada por arrepios voluptuosos desta vez, olhou novamente para aquele homem que lhe estendia os braços oferecendo-lhe uma rosa, uma negra rosa. Clarice sentia-se desejada como nunca havia sentido antes, esta sensação lhe trouxe um conforto que jamais experimentara sua pobre alma, não se importava em sentir-se amada não acreditava em tal sentimento tudo o que desejava eram os olhos masculinos devorando-a em pura cobiça. Isso sim era real o prazer carnal, isso sim podia-se sentir. Interrompidos por um estrondoso barulho Clarice volta a si, escutando uma voz que gritava:
_ Ação de despejo, acorde! Sabemos que esta aí!
Clarice remexe-se na cama não querendo permitir que lhe furtem aquele momento tão intenso percebendo então que estava sonhando, e enfurecida pensa: _ Será que nem no inferno eu posso me divertir em paz? Levanta-se para abrir a maldita porta e vê cair uma única pétala da negra rosa que ganhara.
Sorriu!

Senhora Morrison

14/05/2008

Foto de Drica Chaves

Noite de lua

Enluarada a noite vagueia
Procurando cores
Risos de um palhaço estonteante
Até que enfim encontra um amante.
Sai a divagar no horizonte
Serena,orvalhando as flores.
Para aonde vais?
Certamente ao encontro do mar
O lugar mais belo e profundo
Onde acha o seu abrigo.
Difícil conter-se diante do agito
Das ondas espumantes
Delírios repletos de esplendor.
E o amante?
Sorri junto a ela,
Envoltos numa atmosfera de sonhos
Românticos
Clareados por um raio fascinante
Por ser multiplicador
De quê?
Amor,amor,amor...

Drica Chaves

Direitos autorais reservados

Foto de syssy

As plangências de um sadismo

As plangências de um sadismo

Passos errados cometidos na flor da juventude;
Mas que no futuro pesará:
De incertezas uma certeza que amores foram envãos...
E os tempos idos já não retornarão.
E hoje traz a sua raiz e descendência; em marcas inocentes
- aprendez de você... Ontem!
Serve quem te vence; luta com quem?
No escuro solitário, acha companhia inane, para uma noite fria.
Demonstra medo e se põe em desistência (...)
Manhã tão incerta quanto ontem, mais tão real quanto o que já foi um dia.
Não sabe que o tempo desconhece seu tempo, e que se faz de acaso;
De uma poeira arcana e longínqua (...)
Sabe amar sem que te amem, se dá por vil capital, de uma cérvice
Que te vicia da polução eminente de um amor pervertido.

Foto de syssy

Manhã


Manhã
Como um vento impetuoso laçou-me á destinos intocáveis...
E nos pés arborizados pelas folhagens de uma relva calma
E branquiada, nas preces pedidas por uma casta devoção ao
Infinito.
Sorriram-se os passarinhos que em seus ninhos moldam o futuro
Melancólico de suas espécies e vai voar e alcançar a velhice (...)
Doce manhã que trás teus ventos, segredos de gritos longínquos
Por uma inerme solidão... Vivida!
Nos prados verdejantes da manhã vou podar os espinhos lúcidos
Da noite, e cultiva a manhã seguinte na lucidez de um louco...
Foto de Sirlei Passolongo

Faço-me

.

Faço-me lua
pra iluminar
sua noite

sol
pra te aquecer
do frio

flor
pra te perfumar
os olhos

peixe
pra navegar
em teu rio

Faço-me anjo
pra velar
teu sorriso

mulher
pra adormecer
em teu peito

Faço-me poeta
pra gritar... que
te amo e preciso.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Sonia Delsin

RISOS NA RUA...

RISOS NA RUA...

A rua é uma guardadora de segredos?
É?
A rua é solidão e pedras.
Mas além disso a rua é guardadora sim.
Dos nossos risos.
Lembra aquela noite, amor?
Nós dois... um abraço apertado.
Um olhar apaixonado.
Nem faz tanto tempo assim.
E eu aqui a contar.
De uma rua quieta.
Dos passos...
De um intenso amar.

Foto de pétala rosa

QUERIA AMAR UM POETA

QUERIA AMAR UM POETA

Vestida de luar te espero meu Poeta!!

Tambem de paixão me vesti para te amar, Poeta!!

Vem !!!!

Abraça o romantismo duma pétala abrindo e beija-me

nos cotornos do meu olhar.

Quero-te num caminho atapetado de mil desejos

E numa ilha de damascos

Pintar aguarelas desta paixão.

Vem !!!

Quero ouvir de ti gemidos de eternamente

E nos olhares da tua fantasia

Embriagares-me em chamas de desejo.

No cetim dos lençóis dançar a valsa da vida

E

Pintar um espaço branco em arabescos dourados,

na noite

onde te beijo, depois de te amar.

Ah! Meu Poeta Amante como posso esperar

Mais um outono para te amar, se os meus

olhos

Se perdem nas margens da minha cálida nudez, como?

Não quero segredos nem solidão, não quero escutar o vasio

das paredes, não quero o medo no perfume duma rosa.

Ai, saberás o que é o amor, um gesto, uma caricia,

Uma luz que cintila nas fronteiras do tempo.

Vem!!!

Lentamente...caminha no silêncio desta noite, onde a ternura

Se vestiu de madrugada, dentro de mim...

Amália Lopes

Numa noite de luar, março 2008

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