Noite

Foto de Carmen Vervloet

Lembranças

Lembranças

Nas profundezas do oceano
Afoguei mágoas e desenganos...
Sonhos não realizados...
Brotos de amores podados...

Joguei a aliança
Símbolo da minha esperança
Mulher ainda criança...

Afoguei a doída desilusão...
Matei a sofrida traição...
Afoguei raiva e decepção...

Velejei sem rumo
No meu barquinho de papel...
Fiquei a deriva, ao léu...
Olhando minha tristeza
No espelho do mar...
Até ouvir um passarinho
A me chamar...
Convidando-me a voar...
Fazer rodopios no ar...

Rodopiei... Rodopiei... Rodopiei...
E Voltei
Renovada... Leve...

Entendi que a felicidade é breve...
Deixa meu ser embriagado...
Mas preguiçosa cochila...
Por tempo indeterminado...

Mas sempre acorda
E faz florescer a alegria
Que me enche de energia
Que faz a noite
Se acender em dia!

Carmen Vervloet

Foto de Raiblue

Ponto de fusão

.

Minúsculas partículas
Átomos, íons ,divisão
Repulsão, atração
Fluxos de energia
Pulsação...
Pupilas, retinas
Fantasias...
Esferas que viajam
Pelo o espaço dos sonhos

Atmosfera mística...

Projeção, pressentimento
Guiando o fluxo
Da alma e dos corpos
Sem destino...
Mistura de elementos fluidos
Química entre delírios úmidos
Desejos ácidos que corroem a pele

Mas não dói...

Portais são abertos
Para encontro secretos
Marcados na linha de um tempo
Só nosso, habitantes da noite...
Na realidade, estrangeiros...
Oniricamente, companheiros
Tripulantes da mesma nave...

Viajantes insanos, demasiadamente humanos ...

(Raiblue).

P.S.:Todos os meus textos estão registrados na Biblioteca Nacional.
Lembre-se que plagiar é crime!!

Foto de YUSTAV

ETERNA SINA

Vídeo-Poético: "Eterna Sina" by Gustavo Adonias

ETERNA SINA

"A noite chega
E a pena do poeta
Põe-se a trabalhar
Lento processo solitário
De criar mundos com as palavras
Matéria-prima que vem do fundo
Do mar da alma
Sentimentos naufragados
Ilhas que voltam à superfície
Assim que a velha âncora prende-se
Ao profundo sentido da vida
Instintiva luta
Para encontrar
O próprio 'Eu'
E dizer sem máscaras:
'Este Eu morreu'
Renascer a todo momento
Eis a eterna sina do poeta..."

(Gustavo Adonias)

*Poesia registrada na Biblioteca Nacional*

Foto de Sonia Dias de Freitas

NOITE QUENTE

NOITE QUENTE

Aquele vinho na mesa...
Aquela música que marcou o nosso coração...
Meu coração acelerado... Ansiosa a sua espera...
De tanta emoção... Com a sua chegada... Fiquei perdida...
Não querendo demonstrar o meu desejo...
Seu rosto colado ao meu...
Dançamos a nossa música...
Nossa boca quente... Com beijos ardentes...
É o nosso corpo que queima a nós tocar...
Perdidos pela emoção... É pelo desejo...
Nós amamos... Com muita paixão.

Autora Sonia Dias Freitas

Foto de Carmen Vervloet

NÃO EXISTE FIM

NÃO EXISTE FIM

Frente ao oceano
Imenso... Desumano...
O pequeno rio
Treme e geme...
Recorda sua jornada...
Sentida... Arriscada...
Entre montanhas...
Caminhos sinuosos...
Florestas...
Campos espinhosos
Cumes...
E a noite, o lume
Das estrelas...
Guia na escuridão...
Afeição...
Porque rio tem
Coração...
E então
Floridos campos...
Encantos...
O manto
Do luar
E o rio
A caminhar...
Seguindo seu rumo
Ladeado por grumos
De branca areia.
Mas tudo é passado...
E o rio não pode
Voltar...
Seu destino é
O mar...
Mesmo com medo...
Tem que se atirar...
E penetra na
Escuridão...
Nesta grande
Extensão...
Vastidão...
E se transforma...
Já não é rio...
É oceano!
Desaparecimento...
Renascimento...

Carmen Vervloet

Foto de Sonia Delsin

NO SILÊNCIO DA NOITE

NO SILÊNCIO DA NOITE

Divido tempo, horas, com o silêncio.
Nele eu reflito, nele eu mergulho fundo.
Tento entender o mundo.
Toda a calma da hora que se arrasta lenta.
Toda onda que no meu imaginar se movimenta.
Tudo faz parte deste ser que pensa.
Que repensa.
Que de olhos fechados viaja lentamente.
Vai conhecendo lugares, gente.
Vai para trás, vai pra frente.
No silêncio sinto uma dor possante.
Angustiante.
Que vai se acalmando.
Que vai a um nada se tornando.
Então aspiro o ar da noite profundamente.
O perfume que me chega leve.
Penso em como tudo aqui é breve.
No silêncio eu e a noite dialogamos.
Ela me diz calma.
E eu me acalmo.
Ela me diz voa e eu vôo.
Ela me diz que tudo passa.
Que nesta vida somos como rolos de fumaça.
A noite é conselheira e eu a ouço.
Entre os fiapos de luzes escapo e alcanço uma paradisíaca ilha.
Nela adormeço.
Eu mereço.

Foto de Neryde

Desejos...

Nesta noite espero,
Que invadas meu quarto
E, num desejo ardente
Urgente...
Me faças tua de uma só vez.

Quero teu cheiro em minha tez!

Te beijar por horas
E, sentir-te aqui dentro...
Quero que te deleites em minhas quentes entranhas
E, me possuas de formas estranhas...

Deslize suas mãos pelo meu corpo,
Coxas, ancas, seios, cabelos...
Me ponha de quatro qual fêmea no cio,
Cubra-me com teu corpo e se faça meu macho.

Que de prazer enlouqueço pouco à pouco!

Nossos corpos ardendo com tanto calor...
Sem preconceitos, pudor ou receios
Apenas desejo, carinho, paixão e amor...

Foto de Poeta Desastrado

já fiz

Eu já ri até a barriga doer,
Já nadei até perder o fôlego,
Já dormi nu,
Já tive uma borboleta pousada na minha mão...
Já fiz cocegas na minha irmã só pra ela parar de chorar,
Já me queimei brincando com velas,
Já fiz bola de chiclete e sujei todo o rosto
Já conversei com o espelho,
Já quis ser astronauta, medico, mágico, caçador e professor.
Já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado,
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei seca por telefone,
Já quis ser uma ave e voar bem alto para longe...
Já tomei banho de chuva,
Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro para ela que não me quis
Já confundi sentimentos,
Já peguei atalhoss errado e continuo andando pelo desconhecido...
Já raspei o fundo da panela de arroz...
Já me cortei a fazer a barba apressado,
Já chorei por dentro ouvindo música no autocarro... (tanta vez!!!)
Já tentei esquecer algumas pessoas,
mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. (como eu concordo!)
Já tentei pegar estrelas,
Já caí da escada de cu..
Já conheci a morte de perto e agora anseio por viver cada dia...
Já fiz juras eternas, (que acabam por durar pouco tempo...)
Já escrevi no muro da escola, nas carteiras, no chão... (é mau exemplo mas já...)
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante...
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas...
Já corri pra não deixar alguém chorando,
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só...
E isso sempre acontece...
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado,
Já me atirei na piscina sem vontade de voltar,
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, (n foi wisky...)
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar...
Já senti medo do escuro,
Já tremi de nervoso,
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade... ( a culpa é daqueles cabronnes dos homens!!!!)
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
JÁ CHOREI AO VER AMIGOS PARTINDO...
Já descobri que a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção,
guardados num baú, chamado coração...
E agora um formulário me interroga,
me encosta na parede e grita:
'- Qual sua experiência?'
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
' Experiência... experiência..' Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Não???
Talvez eles ainda não saibam colher sonhos...

(autor desconhecido)

Foto de Raiblue

Noturna

.
Era uma loucura silenciosa
Discreta, quase secreta
Que acontecia na eterna noite
Que eu carregava dentro de mim...

Minha natureza noturna
Sonhava acordada
Não distinguia o dia da madrugada
Era tudo penumbra e mais nada...

Gostava de brincar
Com o indefinível
O implícito...
Intraduzível...

Escondia um lado
Uma parte...
Mostrava apenas a metade
Para que descobrissem o que faltava

O que me completaria...

Como se possível fosse
Ser inteira...
Como se fosse lua
E suas fases...

E que nesse movimento
De encher e minguar
Houvesse uma crescente possibilidade
De ser plena

Como a noite mais obscena
Que inspira meu poema...

(Raiblue)

P.S.: Todos os meus poemas estão registrados na Biblioteca Nacional.
Lembre-se que plagiar é crime!

Foto de Sirlei Passolongo

Sob um véu de estrelas

Sob um véu de estrelas

No entardecer,
o sol dança com a chuva
e um arco-íris
no horizonte tinge...
Espera a lua surgir
e entre as nuvens
uma estrela luzir.
Depois, a Terra sorri
quando na noite escura
o céu clareia...
Um véu de estrelas
abraça a lua cheia...
O poeta fecha os olhos
e sente o poema
correr em suas veias.
A lua deita no mar
e o sol, novamente
beija a areia.

(Sirlei L. Passolongo)

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