Noite

Foto de Kuem

amores passados

Tem coisas que esquecemos
E coisas que não,
Um beijo, um abraço,
Uma dor no coração.

Aquele dia especial,
Aquela noite envolvente,
Tornando-se banal,
As vezes vago em nossa mente.

Vivo a vida como uma escada
De degrau em degrau,
Aprendendo com meus erros,
Mesmo sendo superficial.

Pensando ter amado
Uma, duas, três...
Mas sabendo que Amor é eterno,
E que ainda não chegou a minha vez.

Foto de Civana

Minha Canção do Exílio

Um exercício proposto na aula de Literatura Comparada, dos tempos da faculdade (1988).

Minha Canção do Exílio

No meu mundo não tem palmeiras,
Mas ouvimos o sabiá;
Todo amor do mundo,
Tenho certeza, está lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos olhos têm mais luzes,
Nossos corações têm mais esperanças,
Nossas vidas mais amores.

Em pensar, sozinha, à noite
Mais paixão me dá;
No meu mundo não tem palmeiras
Mas ouvimos o sabiá.

No meu mundo tem mais cor,
Coisas tal que não vejo aqui;
Em pensar, sozinha, à noite
Mais esperança me dá;
No meu mundo não tem palmeiras
Mas ouvimos o sabiá.

Não permita Deus que eu vá,
Sem que eu volte para meu lar.
Sem encontrar todo aquele brilho,
Toda aquela luz,
Toda a minha outra metade,
A qual se encontra lá.
No meu mundo não tem palmeiras,
Mas, tenham certeza, ouvimos o sabiá!

(Civana)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"O OBSERVADOR"

O OBSERVADOR

Senhor, o que tenho para relatar não será de seu agrado, O que, ouvi e senti nesta viagem a que fui por vós incumbido, não é digno de ti. Vaguei por todas moradas que me mandastes, percorri vales e aldeias, visitei cada coração existente na terra, perdoe-me Senhor, mas poucos serão salvos. Ainda que fosse dotado de tua capacidade de amar e perdoar, ainda assim não me agradaria com tudo que vi e que agora a ti relatarei.
Era inverno no continente Africano, quando aportei para esta missão de observação, cheguei a um vilarejo onde havia muita movimentação, as pessoas corriam de um lado para outro sem se entenderem, tudo acontecia nos arredores de um pequeno hospital. Aonde as pessoas chegavam as centenas, das mais variadas maneiras, no lombo de animais, na carroceria de caminhões, em ônibus, a pé, em fim, todas enfermas, estavam contaminadas por uma virose que em poucos dias ceifaria a vida de milhares de africanos.
Ali vi a precariedade das instalações, o pouco material de primeiros socorros, e, sobretudo o despreparo e a falta de amor dos profissionais envolvidos, Senhor, mesmo sabendo bastaria um gesto e muitas vidas seriam salvas ,nada pude fazer, pois a função a que me foi outorgada não me dava direito à interferência.
Era noite e a lua já ia alta quando cheguei ao continente americano, às portas de uma grande cidade dos Estados Unidos da América, minha condição era de um cidadão invisível, via e ouvia a todos, inclusive o que se passava em suas mentes, mas não era visto e nem ouvido por ninguém A minha função era de observar tudo e relatar ao meu Senhor, criador de todas as coisas.
Perambulei pelas ruas, vi roubos, assaltos, crimes, prostituição, vícios e muita pouca solidariedade, muito pouco amor, nem parecendo à terra de meu Deus. Visitei alguns lares a que fui incumbido e parti sem demora para outras localidades. Estive em todo o continente Europeu, Ásia, América do Sul, Oriente, em fim, visitei cada cidade de cada País de todos continentes, visitei também cada coração existente na terra, e o que vi Senhor, muito te entristecerá, vi irmão matando irmãos, vi incesto, presenciei catástrofes promovidas por lideres por pura vaidade, estive ao lado de pessoas que tombavam de fome em frente de armazéns lotados de comida se estragando.
Senhor, mesmo dotado por ti de sabedoria, muitas foram às vezes que tombei em prantos por saber que não foi isto que desejastes para teu povo.
Meu Senhor, vi também aquele menino se consumir em prantos pela perda de seu animalzinho de estimação, vi uma mãe com andar tropeço de fome levando as mãos o pouco alimento que conseguira para sua prole, vi também Senhor poucos homens comprometidos com grandes causas, vi mulheres com os rostos inchados preparando remédio para curar a bebedeira de seus algozes, Senhor de tudo que vi, poucas são as coisas que são dignas de ti.
Clemência meu Pai, é o que precisa o traficante, aquele que aniquila a família pela fome do dinheiro fácil, Clemência Senhor é o que precisa o político que trai a confiança de seu eleitor, clemência Senhor, é o que precisa o ladrão quando rouba a dignidade do seu semelhante.
Conheci homens ricos que varias gerações não seria suficiente para gastar toda sua fortuna, mas mesmo assim continuava a se aproveitar dos menos favorecidos.
Meu Pai, se é que posso opinar, se faz necessária uma interferência, que a majestosa benevolencia que emana de seu cérebro criador, varra toda extensão da terra para acudir aquele povo sedento de amor, compreensão, honestidade, mansidão e inteligência, que a justiça que teu nome é sinônimo seja uma constante na vida daquele povo, que se divide entre injustos e injustiçados.
Meu Pai, Senhor dos tempos, Criador de todas as coisas, Senhor absoluto de todo Universo, dono incontestável do passado, presente e futuro, perdoe-os, ensine-os e proteja-os de suas próprias falhas e ignorâncias.
Em certo lugar Senhor, via uma mãe se prostituindo para levar o alimento para seu filho, seu olhar era de satisfação, mas seu coração gritava de dor.
Conheci pessoas encarregadas de passar a tua palavra meu Pai, mas na verdade mentiam em proveito próprio.
O teu nome meu Pai, ainda é o mais falado em toda vasta extensão da terra, mas nem todas pessoas sabem do quão grande és tu.
Faz-se necessária, Senhor uma visita, para que os terráqueos relembrem a sua devida Divindade, muitos são os que chamam por ti, o resto precisa urgentemente de teus ensinamentos.
Meu Pai, tudo que vi e ouvi sempre terás acesso ao meu intelecto e ao meu coração, mas Senhor, se é que posso te farei um único pedido, continue abençoando o povo Brasileiro.

Edson Paes

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"BRISA"

BRISA

Folhas aos ventos
Ventos que traz
Lembranças dos tempos
Tristezas jamais.

Vento que sopra
Sussurra harmonia
Vida que passa
Na mente vazia

Memória esquecida
Na noite que vai
Revolta vivida
Sofrimento nunca mais.

Foto de Deoleones

Recordar

O meu pensamento vagueia…
Lembras quando víamos as gaivotas,
O mar, o Sol...
E me dizias:
Olha é lindo!!!
Belém!...
A torre,
o rio
e...
Nós.
beijos
palavras
vida.
O tempo passa!
Dia após dia,
hora após hora,
noite após noite.
Entre risos, lágrimas
Alegrias e dor.
Muito fica por dizer...
O sabor do beijo,
o cheiro da pele …
meu pensamento!
A torre, o rio e as gaivotas,
sim esses estão
continuam lá!
A vida também
essa,
continua sim.
E...
acompanha o meu
pensamento...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VIDA DE ARTISTA"

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um esportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Joãos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MENTE ABERTA"

MENTE ABERTA

Houve um dia que acordei achando tudo muito novo
E isso muito me agradou,
A casa, as ruas, as pessoas se tornaram mais bonitas.
E isso também me agradou.

Quando a noite chegou percebi que havia algo de novo
E isso aguçou minha curiosidade
Parei, e escutei o som do silencio.
E ele me trouxe uma novidade.

Olhando para o infinito, senti que saia do chão.
O céu vinha a meu encontro
Milhões de imagens, e num imenso clarão.
Vi-me nascer de novo.

Turbilhões de sensações
Arrepios de alegria
Lagrimas de emoções
Reencontro com a família.

Foi ai que descobri o meu ponto de origem
Fiquei feliz com a descoberta
Visitei cada lugar nesta viajem
E regressei com a mente muito mais aberta.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"LABUTA"

LABUTA

Acelero o passo...
Acerto o compasso...
E me entrego a labuta!!!

Confiro, organizo e distribuo...
Arrumo, harmonizo e destrincho...
Limpo, empacoto e despacho...
Carimbo, envio e recebo!!!

Tudo faço não deixo o tempo passar...
Termino a tempo antes do dia acabar...
Volto pra casa feliz...
Tenho onde trabalhar!!!

A noite agradeço um bocado...
Pra sempre me manter ocupado...
E nunca fique entediado...
Pois o ócio é preocupante...
Trabalho tem bastante...
E todo preguiçoso é desprezado!!!

Foto de Raiblue

Enquanto a noite durar....

.

O desejo rasgou o céu dos sonhos
Lá onde estou a esperar por ti
Estrela azul
Atravessando a noite
Ponte que te conduzirá até mim

Tenho a duração de um sonho
Intensamente vivido
Enquanto a noite durar...
Seu satélite gira em torno
Do meu eixo,viagem estelar...

Serpente sem veneno
Deslizando em teu juízo
Sussurros vermelhos
Tua língua em meu ouvido
Eternas noites de luar...

Enquanto houver sonhos
Desejo haverá...
E o meu azul há de se misturar
Ao vermelho das tuas palavras
Em chamas...sussurradas no meu céu

Incandescente céu..
Ao leve toque de tua língua...
E o mar vermelho se abre
E o desejo derrama na carne
Enquanto a noite durar...

(Raiblue)

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