Noite

Foto de Edmilson_jp

Me alimento de ti

Quando estou com cede,
te beijo exagerada mente
Quando estou com fome,
Te rasgo tua roupa e te lambo toda,
Quando estou sem respirar,
Com vc nua,te cheiro de corpo inteiro sugando o oxigênio de tua pele,
Quando estou com frio a noite,
ME abraço a te de corpo nu pra receber teu calor de teu corpo
me aquecendo e me dando um prazer delicioso.

Foto de Sentimento sublime

O mar! Osvania Souza

O Mar!

São ondas que choram.
Quando a tristeza contigo está.
Ele ouve teu lamento.
Sabe de teus sentimentos.
Fica tranqüilo a te escutar.
Ele também se revolta.
Com a tristeza de tua alma.
E quando ele o mar chora.
A areia ele vem molhar.
Você já ouviu o lamento.
Quando o mar também triste está?
Ele geme, ele chora.
E suas ondas começam a arrebentar.
Ele te aquieta, te acalma.
Vai no fundo de tua alma.
E começa a te tranqüilizar.
Quando é noite de luar.
Ele te convida a amar.
E na manhã ao por do sol.
Suas ondas contigo vem brincar.
Ele te renova, te enobrece.
Porque quem amou o mar.
Nunca se esquece.
De tua nobreza e beleza.
Que a nossa alma embriaga.
De fantasia de alegria.
Com sua triste e suave melodia.
O mar é como o mais puro vinho.
Que nos enche de alegria.
E ele está lá, sempre a nos esperar.
Para ouvir nosso lamento.
E conosco a lamentar.

Osvania

Foto de CarmenCecilia

ANOITE DO MEU BEM

A NOITE DO MEU BEM

Quero uma noite de lua cheia que tudo contagia.
Que venha brilhante a pratear magia
Refletindo a luz nas minhas vestes e lençóis de cetim
E como lendo pensamentos te traga pra mim.

Uma estrela cadente para o meu pedido mais eloqüente.Alucinante!
Quero te deixar marcas de marfim da minha boca carmin..
E no teu sorriso alvo insinuante.
Quero teu desejo ardente.Latejante!

Com a minha veia que salta.Os seios que arfam!
As mãos que tremem ...
Nesse frenesi que você me tem
Entrelaçando versos e em toda rima sentir-te
Assim todo perpetuado em mim...

E eu perdendo o controle do controle que tu me tens...
E nesse vai e vem ,te insinues.
Beijando continuamente minha pele nua...
Dizendo-me roucamente que sou tua

Saciando-me todos os anseios...
Quero que no romper da aurora em que você veio.
Desenhe-me de carinhos nesse novo dia que nasce
E eu enfim possa transparecer paz na minha face!

Carmen Cecília

Foto de @nd@rilho

Sentimento

Quando um sentimento aflora,
As palavras desabrocham,
Como um jardim na primavera,
Colorindo, nossos textos,

As palavras bailam, por entre os dedos,
Compondo o mais sincero sentimento,
Seja ele de amor eterno,
Ou de uma noite ardente,

E passamos nossos dias,
Dedilhando o teclado,
Como se estivéssemos,
Colhendo as flores desse jardim.

Foto de Cecília Santos

PREFIRO POEMAS

PREFIRO POEMAS
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Na noite.
Um brado rouco,
Rouba-me a paz.
Quem é você despida de vida.
Na noite perdida à vagar?
As sombras, te ocultam.
Só vejo, seu vulto,
A me assombrar.
Seus passos incontidos.
Seu grito maldito.
Querendo entrar.
Seu mundo é escuro.
Seu riso é um grito,
A me chamar.
Seu beijo é gelado.
Seu abraço é a morte.
Querendo me enlaçar.
A vida é tão bela.
Preciso viver.
Preciso de sonhos.
Eu quero alegria.
Quero versos.
Prefiro poemas.
Não quero você...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/05/2007*

Foto de Dirceu Marcelino

ESTÓRIAS QUE SE REPETEM

“ESTÓRIAS QUE SE REPETEM”.

Este conto se baseia na estória de “Eros” e “Lara” e de “Marcílio”, os dois primeiro personagens fictícios de nossa poesia denominada Súplica.
As estórias de “Eros” e “Marcílio” podem ser comparadas a do francês Jean Genet .
Sabe-se que “Genet nasceu de uma união ilegal. Sua mãe abandonou-o na primeira infância, tendo sido criado até a adolescência por uma família substituta e depois teria passado alguns anos em orfanato do governo, em Paris. Sempre se sentiu ‘um enjeitado’, pois seus irmãos adotivos o chamavam de ‘bastardo’, consideravam-no “ovelha negra” da família, a quem imputavam os atos mal feitos que fizessem e consta até que fora vítima de violência sexual”.
Aos poucos até os demais membros da pequena comunidade passaram a lançar-lhe a responsabilidade de todos os atos anti-sociais que aconteciam na localidade e passaram a chamá-lo de “ladrão” e “homossexual”. Desse modo, não tendo pai, não mantendo contatos com a mãe, sem ninguém com quem se identificar, foi assumindo a única identidade que poderia internalizar.
Porém, nosso personagem “Eros”, apesar de ter estória muito parecida com a de Genet, ao contrário, tinha pais e vários irmãos. Aliás, estes se destacavam no pequeno vilarejo em que moravam por serem trabalhadores, construtores de “calçadas de pedrinhas”. Eram muito requisitados para fazer seus serviços e “Eros”, com cerca de quatorze de idade podia ser visto acompanhando-os quase todos os dias pela manhã quando a família saia para o serviço diário e só à tardezinha retornava para casa.
Ao entardecer observa-se que “Eros” se associava ao grupo de adolescentes do bairro, pequeno grupo da vizinhança, grupo de amigos, autênticos. Passava a gozar dos folguedos juvenis típicos daquela região e sempre terminavam as brincadeiras em “peladas de futebol”. Após as mesmas, permaneciam por algumas horas conversando, raramente seu grupo mantinha contatos com meninas, apesar de que nas proximidades e no mesmo horário formar-se outro grupo de moças.
O primeiro dos adolescentes que passou a se associar com as moças foi “Eros”, que logo começou a namorar uma delas, a mais bonita por sinal – “Lara”. Esta aos dezesseis anos se destacava por sua beleza. “Eros” também era um rapaz bonito e logo começou a namorar “Lara”, um casal lindo de namorados e inseparáveis. “Lara” engravidou e apressou-se o casamento que sequer havia sido programado. Casaram-se e passaram a morar em uma casa doada pelos irmãos de “Eros”. Tiveram um casal de filhos, duas crianças que se destacavam por sua beleza e gentileza.
No mesmo período em outra pequena cidade vizinha eis que surge - “Marcílio”. Também, ao contrário de GENET, tinha pais. Mas eram ambos sexagenários. Alguns dizem que essa é uma grande dificuldade de pais que concebem muito tardiamente, pois quando alcançam a terceira idade já não tem energia suficiente para cuidar dos filhos adolescentes e acompanhá-los nos primeiros anos e após atingirem a maioridade. Parece-nos que foi o que aconteceu com “Marcílio”. Não teve o privilegio de ser assistido por seus pais já idosos, na sua infância e adolescência.
Mesmo sendo um belo rapaz, ao contrário de “Eros”, não se interessou por namoradas. Ao contrário, diziam que se interessava por rapazes. Apesar desses comentários na realidade nunca ninguém comprovara tal fato. Destacava-se no colégio onde estudava por ser inteligente e vivaz. Logo começou a ser chamado pelos colegas adolescentes de “Marcília”. Percebeu-se que não se preocupava com essas difamações, e aos poucos foi assumindo essa “identificação diferencial”. Como Genet assumiu a identificação de homossexual.
Porém, mais grave do que a assunção dessa identidade foi o fato de “Marcílio”, num mecanismo de fuga e evasão, passar a fazer parte de outro grupo pernicioso, uma “gangue” de usuários de drogas.
Talvez, tenha passado a associar-se a este grupo inconscientemente, induzido pelo casal que praticamente o adotou, fazendo-nos lembrar do slogan que hoje vemos afixados nas traseiras de ônibus caminhões e em alguns locais públicos:

“Adote seu filho, antes que ele seja adotado”.

“Marcílio” após ser adotado pelo casal, de alguma forma começou a se relacionar com outros jovens, pessoas de outra cidade, maior e próxima, e prosseguindo naquele mecanismo de busca de identificação, e de evasão, passou a fazer parte de um grupo formado por pessoas de fora do circulo familiar e da comunidade local, membros clandestinos, ocultos, que compareciam à pequena cidade para adquirir alguma coisa que só o “respeitável casal” comercializava muito livremente, pois além de vendedores de roupas – mascates – também eram respeitáveis no círculo dos ricos, dos mais abastados, pois moravam em uma das mais belas casas da pequena cidade e assim seus relacionamentos se estendiam aos altos círculos sociais.
Provavelmente, os pais legítimos de “Marcílio” gostaram do interesse do casal por seu filho, mesmo porque além de morar bem, do aparente sucesso material o varão exercia respeitável cargo público.
Com bom grado deixaram que “Marcílio” com eles permanecesse, trabalhasse, até morasse. Pensavam que ele trabalharia no bar, dormiria na casa do casal, mas na realidade o jovem passava os dias no bar, no recinto de jogo e à noite passava ao relento a perambular pela outra cidade vizinha, a “trotoir” pela praça e pelas ruas quase desertas até o amanhecer.
Ainda que se resumisse à jogatina ou a promiscuidade sexual o casal de velhos não teria muito com o que se preocupar. O problema era ainda mais grave. “Não percebia o velho casal que seu filho passava por problemas individuais que ‘induzia-o’ à fuga e ao refúgio no consumo de estupefacientes e ao cometimento de infrações conexas”
Aos poucos o respeitável casal que o “adotou” começou a utilizar “Marcílio”, para outros comércios que faziam além das vendas de roupas, que ofereciam para seus clientes de casa em casa.
Percebeu-se então que era um comércio clandestino e ilegal quando alguns cheques emitidos pelo casal foram objetos de registro de boletim de ocorrência na delegacia de polícia local e nas investigações procedidas constatou-se que apenas a assinatura era verdadeira, as demais escritas eram todas falsificadas. O casal dono do cheque, mesmo prejudicado desejava apenas resgatá-los, mas de forma alguma queriam que fosse aberto inquérito. Pois diziam que não pretendiam responsabilizar o adulterador, pois este era “Marcílio” “seu filho adotado” que já tinha naquela ocasião algumas passagens nesta mesma delegacia, por pequenos furtos e não pretendiam prejudicá-lo ainda mais. Por que será?
Ninguém sabia o que estava acontecendo, pois, geralmente, esses atos anti-sociais são imperceptíveis aos que não conhece a subcultura da localidade.
No seio dos grupos secundários que se interligam de modo imperceptível, através de um mecanismo de “transmissão cultural”, “alimentam uma tradição delinqüente com o seu peculiar sistema de valores anti-sociais, que se transmite de uma geração de residentes à seguinte”.
Na realidade “Marcílio”, não era apenas um pequeno delinqüente, hoje reconhecemos, também era vítima. Vítima tão culpada quanto aos delinqüentes traficantes de drogas. Durante as investigações dos estelionatos praticados por “Marcílio”, percebe-se que ele usava apenas camisas de mangas longas, com o propósito de esconder as inúmeras marcas de picadas intravenosas nas dobras dos cotovelos.
Mas como de fato cometera delito de estelionato, foi indiciado em Inquérito Policial e respondeu ao respectivo processo criminal.
“Marcílio” até então conhecido como “homossexual”, agora, também, passou a ser considerado “toxicômano” e “ladrão”. Embora a comunidade local o rejeitasse como sempre, surgem não se sabe como, pessoas abnegadas que espontaneamente oferecem ajuda nas horas de desespero e assim com colaboração de representantes de uma grande indústria local, conseguiu-se sua internação na instituição especializada na recuperação de toxicômanos.
Lá permaneceu por algum tempo nesta instituição, esperando o julgamento do mesmo processo a que respondeu, sendo condenado, foi recolhido à Cadeia Pública da Comarca, para cumprimento da pena de um ano e quatro meses de reclusão. Permaneceu recolhido no regime fechado até ser beneficiado com progressão para o regime de prisão albergue e passou a pernoitar na casa de albergado.
A Casa de Albergado era uma das poucas existentes, que pouco a pouco foi desativada, como as demais.
No mesmo período em que “Marcílio” permanecia internado, o “respeitável casal” que o adotara, também, foi preso, em flagrante por tráfico de entorpecente e ao final condenados as penas de três anos.
A “Respeitável Senhora” depois de um mês de reclusão na cadeia local foi transferida para uma Penitenciária Feminina do Estado. Lá teve algumas dificuldades de relacionamento com as demais reclusas, em face de ser esposa de funcionário público. Porém, com apenas nove meses de reclusão ela foi beneficiada com prisão albergue domiciliar e retornou para sua casa.
O “respeitável Senhor”, também, beneficiado com prisão albergue domiciliar, permaneceu preso apenas por um ano e dois meses.
Atualmente, ambos vivem felizes na mesma casa e continuam a ser respeitados na pequena comunidade. Consta que não reincidiram.
Ocorreu que, enquanto o respeitável casal saía do sistema prisional, logo depois, “Marcílio” ingressava, justamente, em razão daquele cheque adulterado cuja vítima era a “Respeitável Senhora”, pois fora condenado por estelionato.
Neste mesmo período Eros deu entrada na mesma cadeia em que estava recluso Marcílio, chegando a morar por pouco tempo juntos na mesma cela. Em razão disso saberemos a seguir o que acontecera com Eros.
“Eros” e sua bela mulher, também eram fregueses do respeitável casal e, provavelmente, além de roupas compravam outras “mercadorias”.
Logo a toxicomania de “Eros” o subjugou.
Inicialmente, por não conseguir acompanhar seus irmãos no trabalho de construção de calçadas, passou a ter dificuldades financeiras para suprir as necessidades da família e, provavelmente, para adquirir as substâncias entorpecentes de que necessitava, então passou a praticar pequenos furtos. Logo foi indiciado em inquérito. Mas sua primeira prisão ocorreu por porte de entorpecente. Tal infração era afiançável, porém, como nenhum de seus familiares se prontificou a pagar o valor arbitrado, chegou a ser recolhido à cadeia pública.
Consta que nessa oportunidade um dos presos, também oriundo da mesma comunidade, tentou seviciá-lo sexualmente e por resistir com afinco aquele não conseguiu seus intentos. Saiu da cadeia, invicto, mas marcado por uma das mazelas da prisão. Ainda dizem que a cadeia regenera, não foi essa primeira experiência de “Eros” o suficiente para ele.
Pouco dias depois, novamente ”Eros” foi preso por violação de domicílio. Desta vez, consta que o presidiário “Bárbaro” investiu sobre ele com intenções inconfessáveis e para resistir ele fingiu que estava tendo um ataque convulsivo, inclusive, espumando pela boca. Nesse estado foi socorrido e de alguma forma separado de ala da pequena cadeia, onde não poderia ser alcançado por seu algoz.
Ao saberem do sucedido seus irmãos e esposa fizeram esforços para pagar advogado e libertá-lo. Porém, consta que sua bela esposa inconformada do ocorrido, ou seja, com as constantes tentativas de sevícia a que o marido sofria, ameaçava-o abandoná-lo, caso não se corrigisse e retornasse à cadeia.
Foi o que ocorreu, pois decorridos mais alguns meses, outra vez “Eros” foi preso em flagrante por furto. Neste terceiro período consta que, totalmente, subjugado foi presa fácil de “Bárbaro”. Pior do que isso ao saber do ocorrido, sua esposa, o abandonou de vez. Logo arrumou outro companheiro.
“Eros” não foi abandonado apenas por ela, mas também, por seus irmãos e pais. Abandonado, não tendo trabalho e condição de comprar drogas, tornou-se um verdadeiro alcoólatra “bêbado de rua” e nos quatro ou cinco anos que se seguiram, retornou à prisão por flagrantes e condenações por furtos e uso de substância entorpecente.
Este foi o relato de “Marcílio” do ocorrido com Eros, porém, reservou-se a contar se “Bárbaro” tentara alguma coisa contra si. Chegou a dar a entender, que, o que importava saber sobre isso, se ele já era conhecido como “homossexual”.
Infelizmente, não foi longo o período de observação de “Marcílio”, pois ele que era conhecido como “alcagüete”, algum tempo após revelar esses casos que segundo a subcultura carcerária deveria permanecer oculto, e ainda por dar informações sobre outros delitos praticados na região, principalmente os relacionados ao tráfico de entorpecente, em certa data ao ausentar-se, descumprindo o horário de entrada na casa de albergado, foi morto num bairro de uma grande cidade próxima.
“Marcílio” morreu por “over-dose’ de cocaína, mas segundo dizem poderia ter sido forçados a tomar uma dose excessiva, ou seja, fora assassinado. Por quem? Não se sabe, pois esta é uma das estratégias do crime organizado.
Casos como o de “Eros” e “Marcílio” nos fazem lembrar e comparam-se com o de Jean Genet, mas agravados por serem estigmatizados, além de ladrões e homossexuais como “toxicômanos”, “alcagüetes” qualidades negativas que não são aceitas na sub-cultura carcerária, colocando-os na última categoria da hierarquia existente entre eles.
Estórias como de “EROS” e “MARCÍLIO” mesmo fictícias comprovam a dura realidade de nossos dias, mas o que é interessante são estórias que se repetem. Repetem...

Foto de angela lugo

Rosas de Amor

As rosas foram caindo despedaçando-se pelo chão
Em cada pétala que caia eu via lá teu coração
Sentindo ainda o perfume das rosas em minhas mãos
Ou será que sonhei que tu sempre foste uma
Deixando minha vida assim tão perfumada
Que bastava uma para sentir o odor
Para lembrar o teu amor
Rosas caindo seu amor foi se indo
Ficou apenas em meu jardim
O teu cheiro incomparável de rosas orvalhadas
Que na noite brilhavam como alvorada
Até ao meu sono chegaram e com elas sonhei
Deixando abrir a porta do meu coração
E lá teu cheiro chegou mais uma vez
Todo o dia se abria somente uma janela
E dela não conseguia sentir o teu odor
Acordei e fui ao meu jardim
Lá encontrei muitas rosas para mim
Peguei-as na mão e matei
Um sentimento que a muito me consumia
Esta saudade que de ti sentia
Sentindo o perfume de cada
Rosa de amor

Foto de miguelbaio

Poema a dois

Esta noite quero estar contigo, quero dizer que te amo
Sinto a tua ausência
Sinto a falta de um calor que senti há tão pouco tempo
Sinto a falta de umas horas
Que vieram...
Que me vieram aquecer as noites...
Que vieram como um sonho
Tornado realidade....
hoje.....
Quero-te de novo na minha cama
Rendida aos meus beijos
Nos meus braços aninhada
Como se o amor que vivemos
Fosse o nosso sopro de vida...
hoje.....
Quero-te como nunca te tive...
hoje...
Recordo-me dos dias felizes que passei
A algumas horas atrás contigo
Agora
Recordo apenas a beleza do teu corpo
O sorriso resplandecente
O mistério do teu corpo
Os lugares mais escondidos
Os lugares mais sensíveis
Onde te toquei
Onde te senti
Onde te ouvi gemer de prazer por mim
hoje...
agora...
Neste momento...
Sinto-te tão presente em mim
Sinto-te como se estivéssemos juntos
E estamos tão separados
Por uma distância
Mas hoje...
Talvez apenas hoje…….
Recorde os nossos momentos com tristeza
Pois queria ter-te aqui
Reviver o que vivi contigo
É dessa tristeza que me alimento
Para não morrer de saudade
É nessa tristeza que sonho
Com a felicidade prometida....
É nessa tristeza que de nada tem triste
Que me faço feliz para me veres sorrir...
Poetas tolos que sorrimos de amor...
Sonhar é sorrir...é amar...é viver...
E vivendo é que te amo....
E amando-te é que sonho....
Não há vitória nisto que somos...
Só a entrega dos corpos
A algo que já tem alma....
O amor que somos...o amor que vive em nós....
É vivendo que amamos...e vamos....
Em direcção ao futuro...

By…ANGEL & DUDU

Foto de Maria Goreti

INEVITÁVEL

Luzem em tua pele gotas de suor.
Exalas aroma de flores silvestres.
Descubro em ti um autêntico frasco de perfume...
Teu aroma é fresco, suave, inebriante!
Tua cor e transparência, sedutores!

Há um quê de castidade em teu olhar
E eu te desejo muito!
Sinto-me sucumbir diante de tanta beleza!
Atrai-me o teu jeito inocente de seduzir!
Tomo tuas mãos e conduzo-te.

Divino momento!

É meia noite...
Os sinos dobram.
Cinderela, a carruagem está pronta.
Hora de voltarmos à realidade.
Um abraço apertado, um beijo molhado,
Um adeus.

Não, um até breve!

Passam-se dias até nos encontrarmos novamente.
Corações pulsantes, olhares enternecidos,
Pernas cambaleantes, desejos incontidos.
Tu te mostras doce e ao mesmo tempo ardente.
Enquanto despes as vestes provocantemente,
Deixas cair o véu da inocência.

Abraço-te com furor,
Cravas as unhas em meu dorso,
Mordo tua orelha... Arrancas meus pelos,
Mostrando-te a mais felina de todas as mulheres.
Entre gritos e sussurros cantas a melodia da noite.
Embeveço-me a cada mistério desvendado!

Mergulho no mais profundo dos mares,
Tu me acompanhas nos movimentos oscilantes
Das ondas que espumam ao lamber a areia.
Transpiro patchuli.
Gotas sabor chocolate escorrem dos teus lábios.
Recebo-as na língua.

Um momento de loucura,
A pressa de chegar...
O desejo de que jamais acabe.
Suspiramos,
Aí morremos.
No gozo...

Mas só por alguns instantes.

Ressuscitamos...
E começamos tudo de novo!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 18/05/07

Foto de Fatima Cristina

Despedida.

Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. A paixão é mesmo isto, nunca sabemos quando acaba ou se transforma em amor, e eu sabia que a tua paixão não iria resistir à erosão do tempo, ao frio dos dias, ao vazio da cama, ao silêncio da distância. Há um tempo para acreditar, um tempo para viver e um tempo para desistir, e nós tivemos muita sorte porque vivemos todos esses tempos no modo certo. Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. Só o tempo te vai dar tudo o que de mim guardaste, esse tempo que é uma caixa que se abre ao contrário: de um lado estás tu, e do outro estou eu, a ver-te sem te poder tocar, a abraçar-te todas as noites antes de adormeceres e a cada manhã ao acordares. Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.

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