Normas

Foto de Carmen Lúcia

No limiar da vida

Fiquei...

nas reticências que indeterminam a vida...
nas frases mal formuladas e indefinidas;
fechada, entre parênteses,
nos limiares das portas,
nas perguntas sem respostas.

Fiquei...

robotizada pelas conveniências,
confinada nos constrangimentos,
alienada a sapiências radicais,
enroscada em normas preestabelecidas,
estereotipada por padrões tradicionais.

Fiquei...

paralisada em becos sem saídas,
pés no chão, vontade de voar...
vendo os sonhos se distanciarem livres,
sem poder partir para os alcançar.

Fiquei...

numa esquina qualquer, esquecida,
nem um raio de luz a me brilhar,
onde o verso tropeça e muda de destino,
onde a poesia jamais irá passar.

Carmen Lúcia

Foto de Marsoalex

Não é assim

Como eu gostaria de ser louca
Para não pensar
Para não medir
Para não pesar...
Como eu gostaria de não ter consciência
Para não ter medo
De magoar, de ferir, de pecar...
Como eu gostaria de ser
Totalmente louca
E viver a inconsciência desse sonho
A verdade desse amor
A liberdade dessa emoção...
A loucura me daria a visão
Clara da pureza
Que a lucidez tolda, escurece, suja
A inconsciência me levaria
Por todos os caminhos que quero seguir
Que a consciência veta, fecha, lacra
Se eu fosse doida
Nãoteria regras e padrões a seguir
não teria tantas normas pré-estabelecidas
Irraigadas, plantadas dentro de mim.
Se eu fosse doida, inconsciente, louca
Seria só mulher e apagaria
Qualquer coisa que me limitasse
Me impedisse de viver eesse amor
já que, ele seria a única meta
Que a minha loucura visaria atingir
o resto, seria apenas resto
Mas infelizmente não é assim...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"PERIGO"

“PERIGO”

Não toque que é perigoso...
Cuidado você não agüenta este peso...
Não experimente, talvez não seja gostoso...
Calma, olhe para onde anda, não caminhe a esmo!!!

Você não pode você não deve você não precisa...
Chega!!! Não agüento mais tanto não...
Será que eu posso tentar algo na minha vida...
Ou o livre arbítrio é pura ilusão???

Placas me mostram que não posso parar...
Normas me proíbem até de comer...
Onde será que vamos chegar...
Talvez seja impedido até de morrer!!!

Quando será que eu vou poder decidir...
Tudo aquilo que eu quiser fazer...
Andar pelas noites, resolver aonde ir...
E não ter ninguém para me aborrecer!!!

Foto de Carmen Lúcia

Ame...

Ame...
Com toda intensidade...
Ame...
Sem medidas adotadas, normas ou condições.
Ame...
Não pela beleza exterior;
ela um dia se acaba.
Ame...
Não pela exacerbada admiração
que leva à alma, frustração.
Ame apenas...
Nada nem ninguém pode acabar
com um amor sem explicação.
É esse amor que me torna melhor...
Sem essa gota o oceano seria menor.
Que sua palavra brote do coração,
trazendo luz aos náufragos da escuridão;
sem julgá-los, discriminá-los...
Sejamos o porto seguro que irá ancorá-los.
Ame...Incansavelmente...Ame!
E o descanso?
Está no amor.
Ele é a fruta de qualquer estação;
está ao alcance de toda e qualquer mão...
Ame...
Sem limites estabelecidos,
caminhando e semeando amor...
Atrás de cada linha de chegada
há outra de partida...
Atrás de cada vitória,
há outro desafio.
Enquanto estiver vivo,
sinta-se vivo...
O amor é o combustível
que move a vida.
Torna-a substancial e admirável...
As palavras de amor podem ser curtas,
mas seu eco é infindável...
Ame sempre...
Com todo amor que de seu eu descerra
e terá cumprido seu desígnio na terra.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Lúcia

Revendo valores

Hoje revejo valores...
Conceitos e normas sem cabimento.
Preceitos a regularem procedimentos
que anos a fio insisti em preservar.
Perderam o significado, o quê de sagrado...
Tornaram-se fardo, aprisionando e aprisionados.
Guardados num cofre trancado
onde deposito o melhor de mim.

E o melhor de mim seria fruto
de conceitos padronizados?
Valores atemporais...Herança de ancestrais...

Fui palco de suas (im)posições;
platéia de suas (in)decisões.
enredo de suas (con)tradições,
curvando-me às suas (alien)ações.

Tornamos difíceis as fases da vida
sangrando expostas feridas,
quando a dor mais renhida
entra...sem bater.

Testemunhamos acontecimentos.
Os mais diversos e adversos.O viver!
Quando o embate conflitante faz prevalecer
a vontade de vencer...Ou se perder.

Hoje os vejo enfraquecidos,
desvalorizados, envelhecidos...
Perderam a garantia e por ironia
agora são espelhos a refletir legados...
por mim renegados.

Pobres valores desgastados pela vida
que não puderam acompanhar.
Ultrapassou-os a evolução do tempo
e hoje, sem tempo, coíbem o desejo de mudar.

Liberto-os e me liberto...
Que vão embora!
O tempo corre lá fora
e eu preciso o alcançar.

(Carmen Lúcia)

Foto de ek

Minha Pobre Lingua Brasileira

Eu, amante confesso da matemática, lutei por anos, para aprender as normas de nossa difícil língua portuguesa, as regras de nossa gramática.
Conheci alguns poucos textos que me levaram a amar as palavras, a desejá-las, corretas, belas, assim quase desenhadas...
Agora, decidem alterá-las, sem antes me consultar... Eu que hoje as amo como são, me recuso a abrir mão de meu dicionário, a aprender a nova gramática. Fico pois onde estou, como sou, com a forma que amo, minha língua já não é mais a portuguesa, minha gramática agora é brasileira. Minha amada língua brasileira.

Foto de Edevânio

A VERDADEIRA LOUCURA DE CHAPEUZINHO.

SÉRIE PLACEBO
Episódio Um
A Verdadeira Loucura de Chapeuzinho
Edevânio Francisconi Arceno

Dias atrás, estávamos passando pela sala quando ouvimos uma chamada de um filme na televisão: “Deu a Louca na Chapeuzinho”.Achei curioso, é claro que hoje em dia é muito comum retornar à moda coisas antigas , com uma roupagem totalmente moderna e as vezes até surreal, mas até contos infantis? Então resolvemos assistir. O Filme não tinha nada a ver com a versão antiga, até a história foi mudada. A chapeuzinho era a suspeita número um de estar trapaceando para obter vantagens em cima dos deliciosos docinhos que ela transportava em meio a floresta. Apesar da dinâmica surpreendente do filme, a crítica achou que ele retirava o brilho e a inocência da história, que por décadas vem alimentando nossas crianças e até mesmo nossas ex-crianças. Porém, isso não é nada comparado à verdadeira e triste saga da menina Chapeuzinho Vermelho. Preparem-se e entendam que apesar de ignorarmos certos problemas e mazelas sociais, eles existem, estão lá e depois deste relato, você poderá até fazer de conta que é só um conto, mas no fundo você sabe que tudo pode ser real!

A Chapeuzinho como vocês bem sabem, era uma linda garotinha que incansavelmente todos os dias levava docinhos para a vovó, e no trajeto vivia mil e uma aventuras.Acontece que as idas até a casa da vovó foi diminuindo, não por uma razão especifica, mas várias. A primeira delas é levar para a vovó o que? Sua mãe teve que trabalhar para ajudar a suprir as necessidades do lar, pois seu marido estava muito doente. Sim, o pai de chapeuzinho era um homem muito doente, se é que um alcoólatra pode ser designado assim. E como todo alcoólatra, uma das primeiras coisas que perdeu, foi o senso de responsabilidade. Responsabilidade com a família, com o trabalho e por fim com a sociedade. Diante disto, a mãe de chapeuzinho não teve mais como fazer docinhos para a vovó, pois começou a trabalhar dia e noite, muito mais a noite.

Cada vez que sua mãe se preparava para trabalhar, Chapeuzinho a abraçava como se fosse a última vez. Depois que a mãe saia, Chapeuzinho ouvia a voz de seu algoz, que se disfarçava de pai e culpava a bebida por seus crimes: ___ Filhinha vem com o papai, vem. Chapeuzinho então mais uma vez se submetia a perversão do seu inescrupuloso pai, que vinha abusando da pequena e indefesa filha a muito tempo. Mesmo ainda quando entregava docinhos para a vovó, era estuprada e obrigada a sair correndo pela floresta dizendo que havia sido vítima de um grande lobo. Você deve estar se perguntando, porque ela não denunciou este monstro. Acontece que o monstro morava com ela e dormia com a mãe dela e as ameaçava dizendo que mataria ambas se falasse. Depois que sua mãe começou a trabalhar a situação ficou insuportável. Chapeuzinho decidiu dar um basta, tinha que fazer algo para minimizar seu sofrimento, então conheceu o mundo das drogas e logo ficou viciada em “Crak”, uma droga de fácil acesso e extremamente destrutiva. Ela agora se submetia aos desejos criminosos de seu pai, completamente drogada, para proteger a si mesmo e sua mãe. Também começou a se prostituir em meio aos arbustos da floresta, com os caçadores infiéis, tudo isto, para manter o seu vício. Sempre orientada que se por ventura chegasse alguém, ela deveria sair gritando é lobo é o lobo, pois a maioria dos caçadores eram casados e não ficaria bem serem vistos com uma prostituta viciada.

E o caçador herói, onde anda? Cansado de pagar propina aos guardas florestais e entidades governamentais responsáveis pela prevenção das florestas, resolveu fazer um concurso e entrar para este seleto grupo, e logo também se tornou um corrupto. Agora não paga mais propina, apenas recebe! Da prostituição de Chapeuzinho e de muitas outras crianças viciadas, ele apenas cobrava em serviços, nada além de um delicioso...! Quanto aos caçadores, a prostituição também fazia parte de um pacote, com demais itens: podia cortar árvores, caçar, pescar, enfim pagando bem, mal não tem, pelo menos na ótica dele. Chapeuzinho agora estava em um degradante círculo vicioso, se drogava para prostituir, e se prostituía para se drogar.

Em uma de suas viagens alucinantes, lembrou-se do tempo que ainda podia visitar sua Vovó e levar-lhe os docinhos, bons tempos aqueles! Agora existe uma ordem judicial, que a impede de chegar a duzentos metros da residência da vovó, pois segundo o ministério publico, Chapeuzinho tentou culpar um animal conhecido como Lobo, pelos hematomas deixados na Vovó e por furtos misteriosos em sua propriedade. A Justiça não acreditou e chegou à conclusão de que Chapeuzinho era uma ameaça à integridade da Vovó. Ainda bem que temos justiça!

Agora gostaríamos de pedir sua autorização e começar a narrar, na primeira pessoa, pois gostaria de fazer algumas considerações pessoais sobre esta história, da qual fui testemunha e vítima. Primeiramente acredito que as violências sofridas pela menina Chapeuzinho, cujo autor foi aquele que se diz pai, no princípio eram cometidas sem o conhecimento da mãe, mas posteriormente ela soube, porque ela não denunciou? Talvez por medo de ser assassinada por ele, que cada vez mais se entregava ao álcool, ou talvez por medo e vergonha de admitir que o seu trabalho noturno, é tão imoral quanto o modo que Chapeuzinho conseguia dinheiro para se drogar. No contexto dessa inculpabilidade por atitudes erradas e criminosas na qual Chapeuzinho cresceu, tirou dela a possibilidade de valorar o que é moral, ético, certo, errado, justo, verdadeiro, falso, bom, mau, enfim muitos outros atributos disseminados pela sociedade como normas de conduta, ou seja, como ela podia achar que é errado prostituir-se para se drogar , quando era prostituía por seu “pai” , para preservar a vida. Quem culpar? Podemos simplesmente culpar o Estado, sim o Estado, afinal o guarda florestal representa a autoridade do Estado, se ele tivesse cumprindo suas obrigações e evitado que os caçadores se prostituíssem com jovens e crianças, escravizados pelo uso das drogas, o círculo vicioso se romperia e talvez a Chapeuzinho tivesse uma oportunidade. E a vovó, bem a vovó não tem nada a ver com isso, a única coisa que fez foi pedir para Chapeuzinho entregar umas encomendas na cidade, algumas pedras de Crak e alguns papelotes de cocaína. Talvez você não soubesse, mas a “boca de fumo da Vovó” era a mais freqüentada pelos usuários da cidade, e de vez em quando, Chapeuzinho era chamada para entregar droga a domicílio, em troca de alguns míseros trocados. Mas logo a vovó descobriu que Chapeuzinho estava viciada, desde então a menina que gentilmente levava docinhos para a vovó, perdeu sua serventia.

Bem, podemos também isentá-los da culpa e fazer como eles, vamos culpar o “Lobo”, afinal ele é um animal. Ele ameaça seus filhotes e parceiras e às vezes até come as suas crias. Também se escondem em arbustos para atacar e comer crianças desavisadas e depois desculpar-se dizendo que estava apenas caçando. Agride velhinhas inocentes, que não fazem mal algum e ainda rouba a inocência dela. Vocês podem também ignorar toda esta história e simplesmente dizer que tudo não passa de um faz de conta, que isto não é real. Pois não existem pais que estupram filhas, que não existem mães que se prostituem para manter a família, que não existem vovós que aliciam netinhas a se tornarem traficantes, que não existem homens que dizem vou caçar ou pescar e fomentam o mercado da prostituição infantil, não existem autoridades que são coniventes com todo o tipo de crime por dinheiro. E também que neste momento não existem milhares de crianças e jovens se prostituindo para manter o vício. Claro que se por ventura você se convencer de que isto não é um simples faz de conta, e que estas coisas podem existir realmente, não faça como eles, que apenas se preocupam em achar um culpado. Mas se esta história não fez você refletir, reavaliar seus conceitos e ainda quiser um culpado, aceite minha sugestão, culpe o Lobo!

Atenciosamente: Ass. Lobo.

Foto de Registros do Site

Statuto do Site - Postagem de Vídeos

"A Assessoria do Site hoje esta representada na colaboradora Fernanda Queiroz"

Poemas de Amor, site de propriedade de Miguel da Cunha Duarte, na administração de Fernanda Queiroz, vem através deste manifesto, editar as normas para a postagem de Vídeos (Multimídia) a todos os usuários.

Poemas de Amor é um site voltado para a literatura, classificado junto ao MEC ( Ministério da Educação e Cultura ), como um dos melhores sites da internet, leito de promissores escritores.

Divulgado no Portal de Lisboa, como uma oportunidade vigente que desponta e aponta o poeta aos editores.

Poemas de Amor, tem projetos para 2009, em realizar, a edição de Livros Coletâneas, e lançamento de poetas, aproximando cada vez mais dos ideais que todos os poetas buscam, ideais que vão de encontro aos princípios de solidariedade e busca de oportunidades para todos, que prima no caráter de teu proprietário, Miguel da Cunha Duarte

Poemas de Amor tem como ideal, a expressa personalidade de teu proprietário, que é contribuir com a cultura, e o resgate, fazendo de um espaço de registro privado, uma oportunidade de todos em deixar em tuas páginas teu trabalho, tuas inspirações, tua poesia, tua integração, tua colaboração, em poesias, respeito e união.

A categoria Multimídia foi criada com o objetivo de que os usuários postassem ocasionalmente vídeos de tua preferência, porém muitos poetas sabem fazer vídeos e esta categoria hoje se destina quase que exclusivamente aos vídeos de poesias dos usuários, mantendo assim nosso tradicional principio, em sermos poesias, cartas, mensagens, noticias, reflexão e não uma segunda versão de um site com especialidade em vídeos.

Quaisquer vídeos postados serão analisados pela moderação do site os que vierem a denegrir a imagem do site, com imagens de caráter abusivas, serão eliminados e teus editores receberão por e-mails o motivo que se fizer presente, juntamente a uma advertência, qualquer reincidência acarretará a exclusão do usuário, sem nenhuma prévia, ou contato da parte da direção.

Quando menciono acima a palavra “quase”, é porque toda regra tem exceção, ficando qualquer outra que se difere da cita acima, passível de liberação pós consulta a administração do site, pela página de contato, de Miguel Duarte, ou Fernanda Queiroz.

Este é um statuto de normas, que visa manter a ordem e o principio ético, não um tópico de sondagem de preferências, quaisquer divergências só serão, aceitas por contato de e-mails com a direção já cita.

Obrigada
Fernanda Queiroz

Foto de Osmar Fernandes

Ano novo, velhos sonhos...

Ano novo, velhos sonhos...
Mas, qual esperança se renova?
Buscamos mil e uma formas
Para saudar o novo ano.
Eu não quero seguir tristonho...
Quero vencer a prova.
Quero desfazer as normas.
To de saco cheio de acender tanta vela pra santo...

Quero um novo ano desmistificado...
Deitado, de olhos pra lua... despragmatizado.
Onde eu voe nas minhas ilusãoes.
Onde o plano seja invólucro de desejos.
Quero que o novo ano não apague essa chama.
Quero apenas, de novo, o meu velho sonho.
Onde o homem possa ao menos brincar de ser feliz.
Onde eu possa me ver no espelho e me achar bonito.

Quero o velho sonho eternizado
dentro de minha esperança.
Onde urubus não se alimentem mais de minhas crianças...
Onde a justiça seja ao menos justa.
Onde o homem seja fiel na sua verdade.
Temos que renovar o guarda-roupa do nosso coração.
Temos que saber o que é ter liberdade.
Temos que estender as mãos sem nos preocupar com a linhas...

Ano novo, vida velha...
Temos que nos avaliar por dentro.
Palavras bonitas não resolvem o problema.
Atitude faz a diferença.
Estou de saco cheio de tanta hipocrisia.
É preciso acender a luz dentro da gente.
Apagar a fantasia, refazer a poesia...
Para que o novo ano realize o meu velho sonho.

Foto de luis eduardo ribeiro de sousa

Doutrina

Será impossível democratizá-lo esse país onde as pessoas estão levando tudo na brincadeira, onde os homens da lei estão doutrinando cada vez mais o país e eles próprios estão desobedecendo às normas. Brasil um país de nome tão bonito, de autoridades tão corruptas.

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