Olhar

Foto de Zozãoo

A mãe que não chora

Mamãe viva me falando:
Menino não faz isso
Você pode se machucar.

Mamãe sempre cuidou de min
Trocou minhas fraldas cheias de coco
Pegava-me no colo e balançava com muito amor
Dizia-me que era um anjo que Deus enviou.

Minha mãe que estava sempre a me olhar
A primeira pessoa que chamei
Nas lagrimas que derramei
Nos braços que me amou.

Minha mãezinha que nunca vi chorar
Uma guerreira que me educou
Um anjo que cantava belas canções de amar
Uma deusa que me criou
Simplesmente minha mãezinha
Que choraste por dizê-la que para sempre vou...
Amar.

Foto de cnicolau

Eu...Simplesmente Eu...

Outro Domingo, outra manhã, outro dia qualquer...

Me pego aqui neste quarto, olhando pela janela.
Chove lá fora. Pelo vidro, observo a água escorrendo.
Parecem lágrimas escorrendo pela face triste e vazia...

Ergo os olhos para o céu, nublado, e começo a orar
para Deus...Agradeço por tanta coisa, peço tantas outras,
mas não ouço suas palavras, não vejo nada...

Abro os olhos e começo a entender...
A água que escorre em minha janela, são as lágrimas divinas,
vindo a meu encontro, lavando minha Alma...

Já se passaram tantos meses, já se passaram tantos dias...
É chegada a hora de deixar esse sentimento ir,
deixar ele se apagar, deixar simplesmente que se
vá junto com a chuva, colina abaixo...

Tentei, mas agora, o tentar apenas não me basta mais.
Eu quero mais, eu quero muito mais.
Quero poder respirar mais tranquilo,
Quero poder viver mais...

Tudo até hoje foi uma conquista, foi uma vitória.
Mas nada foi da maneira ou do jeito que gostaria.
Foi sofrido, foi dolorido, foi doído...

Chega, basta...

Preciso parar de olhar para trás e olhas para frente...

Ao passado, agradeço de coração por tudo,
realmente por tudo...

Ao presente, peço apenas força...

Ao futuro, desejo a minha tão sonhada PAZ...

Obrigado

Cleverson Luiz Nicolau
09/10/2011

Foto de Elias Akhenaton

Teu Olhar

"Simplesmente,
Basta-me o teu olhar
Para me fazer levitar,
Amar... Flutuar sobre as
Espumas do mar,
Sob o sol ou luar...
Não vivo sem o teu olhar.
Ele é o farol que ilumina
Minha senda."

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Rute Mesquita

(Des)pedaços da vida

Sou um velho pensador,
caminhando sobre a saudade
carregando o pudor
da outrora vaidade.
Tudo o que me rodeia
nada me diz.
Só o trigo e a centeia
que para a minha família
jazia da raiz.

Hoje, não tenho nada
nem ninguém
sou apenas eu e esta estrada
que me leva ao além.

Já fui um homem honrado,
já fui agricultor
mas, hoje aqui me encontro irado
por ter perdido aquele amor.

Caminho… de mãos nos bolsos
de cabeça baixa
aparentando olhar os meus passos
vejo-me nos reembolsos
daquela caixa
em pedaços.
Hoje, é tudo o que tenho,
cartão onde me abrigo.
As recordações não detenho
pois só elas tardam o meu castigo.

Foto de Paulo Gondim

Sempre meu amor

SEMPRE MEU AMOR
Gê Moura
04/010/2011

Numa noite estava tão triste!
As lágrimas rolavam em meu rosto...
Debrucei-me na janela fria,
Fiquei a olhar a rua deserta.

Em minha solidão, buscava algo que jamais voltará.
E olhando o firmamento
Contemplei uma estrela
Que pensei brilhar só para mim.

Parecia me dizer baixinho.
Calma! Estou aqui a olhar por você
Não te deixarei jamais;
Mesmo distante, sem poder tocá-la..
Serás sempre o meu amor!....

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Poema postado a pedido de uma amiga que está dando os primeiros passos na escrita.
Futuramente, irá pedir seu ingresso nesse espaço.

Foto de Rute Mesquita

Soluços embriagados

Ela chega embriagada,
feliz, contente
mas, mal encarada
num olhar descontente.

Embriagada ela chega
estafada de álcool se rega…

Pousa a cabeça
sobre a mesa
perdida em pensamentos…
será que mereça
estes jumentos?

De mão trémula
leva a morte à boca.
À boca tumula
e esconde-se nessa dita ‘toca’.

Canta…
com uma voz lenta.
Lentos são agora os seus reflexos…
Espanta
a foz sedenta
com os seus perplexos.

Recusa-se a ouvir
explicações, sermões…
Apenas se quer suprimir.

Lamenta-se
por entre sorrisos
melancólicos…
Afoga-se
pelos seus precisos
e albergados tons alcoólicos.

A cama?
Nem pensa nela…
Age como se o Mundo acabasse hoje…
Clama,
pel’aquela felicidade que lhe foge.

Fala em morrer…
despedindo-se,
promete enfraquecer
desmetindo-se…

Repete e repete
a música sem fim…
Será que compete? Que lhe compete
este destino assim?

Não aceita mudar
quando uma voz amiga lhe soa…
Conjuga compulsivamente o verbo ‘chorar’
até que a alma lhe doa…

Segreda-se
arrependida…
Desemprega-se
desta vida…

Vêm à tona não revelados…
e choram-se as almas
contam-se os desabafos…
Agrafos,
de vidas aparentemente calmas.

Assistem-se,
confrontadas…
Complicam-se
insensibilizadas.

E eu não aguento mais…
levanto-me e vou deitar-me…
Já amanheceu num ‘jamais’
onde nunca pensei encontrar-me.

Foto de Rute Mesquita

Sem palavras, Pensar, Verdade e Abstracção

Sem palavras

O que são as palavras se não um concreto proveniente de um abstracto? Ou um concreto muitas vezes tentando traduzir/reproduzir o abstracto. Falo destas palavras que antes de expressarem o nosso pensamento, constituem-no. Haverá palavras que traduzam o nosso pensar? Creio que sim, uma vez que no pensar as articulamos e no expressar usamo-las como argumentos. O pensar, o que é isto do pensar? É apenas articular estas ditas palavras e expressá-las? Estou ciente que não. Coloco agora uma lupa no meu pensar tentando que outro pensar, de um outro alguém por momentos, sejam o meu, seguindo a minha linha de pensamento.

Pensar

Primeiramente, o pensamento é sem dúvida uma linguagem, digamos universal, pois é algo que o Homem tem em comum. Somos seres racionais logo, pensamos. É verdade também, que como disse anteriormente, é através da argumentação que expressamos o pensamento/raciocínio. Mas será, será que o nosso pensar acaba? Faz pequenas pausas? Ou que adormece quando os nossos olhos se cerram? Poderei dar a garantia de que isso não acontece. Estamos constantemente a pensar e até quando dormimos pensamos, um pensar abaixo do nível consciente que se manifesta nos nossos sonhos, de uma maneira ou de outra pensamos.
O raciocínio é assim constituído. Em vários compartimentos onde armazenamos conceitos que seguidamente articulamos e formulamos juízos, originando o raciocínio.
Contudo, isto é uma sinopse muito superficial, breve e nenhum conceito pode ser dado como totalmente definido, pois está em continua evolução.
O ser humano é condicionado logo, tudo em si também o é, pois somos um só e se assim é, o raciocínio não é excepção, também ele é condicionado. É condicionado pelas nossas crenças, pela sociedade onde nos inserimos, pelas nossas origens (pelos seus costumes, ideologias), pelas interacções com o meio envolvente e inter-pessoais. O nosso pensar, varia subjectivamente. Contudo, várias vezes nos deparamos com pensares similares aos nossos o que nos dá a possibilidade de nos reorganizarmos/unirmos e lutarmos juntos por uma causa maior.
Mas, será que o pensar é sempre correcto? Será que nos conduz sempre à verdade? O que é a verdade?

Verdade

Verdade… para que o nosso pensar alcance a verdade, tem de estar na sua base a formula do argumento/raciocínio e esta formula diz-nos que pensar correctamente é avaliar os factos, interiorizá-los e após o exercício do pensar, concluirmos, nunca deduzindo uma conclusão, pois será precipitado e rapidamente se sentirá a margem de erro na acção proveniente desse pensar incorrecto.
O pensamento errante pode trazer não só consequências no indivíduo que errou no seu raciocínio como também a tudo o que depende de si naquele momento, tudo o que está contido na sua acção posterior.
A verdade é um caminho recto? Ninguém o disse mas, também nunca ninguém o negou nem contradisse. A verdade é a busca do Homem, uma caminhada que faz de espírito crítico, sempre insatisfeito com o saber por si adquirido, vai mais além. Aventura-se pelo desconhecido.

Abstracção

Abstraí alguém, possuidor de outro pensar, de outro olhar sobre a realidade. Fi-lo seguir o meu pensar, fi-lo crer nas minhas palavras sem que fosse minha intenção persuadi-lo. Abstraí e abstraí-me neste meu cogitar, tendo o cuidado de não me enrolar nos seus tecidos. Abstraí um outro ser racional, fi-lo por momentos concentrar-se no seu pensar e nada mais. Questionei-o e sem que se apercebesse respondi com novas questões. Fiz com que por pequenos instantes baralhasse tudo dentro daquele seu raciocínio e que quisesse continuar a ler o meu pensar para que não se perdesse.
Abstraindo-me mais um pouco, ‘Sem palavras’ comecei, enrolei-me no ‘Pensar’ querendo alcançar a ‘Verdade’, acabei na ‘Abstracção’.
Foto de Manuel Conde

A força dos pensamentos

Éh...
lembranças!!!
de certo que cada passo à vida, sorriem-nos as saudades
cá me vou... com um olhar inédito, veemente e sofredouro, cá me vou
vou ao abandono da ignorância,
vou a procura da insubestimaria
...mas cá me vou!

Eles disseram-me; é proibido olhar para traz,
como não olhar a traz se os olhares que la ficaram são o meu mundo?
o que seria de mim sem o vosso sorriso...?

Oh gente da Chikuanga...
...gente da moanba de bata-doce,
...gente da sakafolha de buzange mista com libutxi/kitaba
como vos poderei esquecer minha gente?

Cá me vou, como dissestes, não olhar para traz!
mas como não olhar para traz se lá estais oh amigos meu...
certamente que um dia voltarei por vós,
mas se me pedistes em não olhar para traz, lamento, porque quando chegar,
havemos de rever os velhos tempos...

Oh juventude Cabindense,
jovens lindos e belos, a amizade dum ciclo fraternal sem fim

Amo-vos jovens de Cabinda livre!!!!!!

Foto de Zozãoo

Amiguinhaa

Jamais esperava te amar
Em seu olhar me encantei
Simplesmente me apaixonei
Somente você desejarei
Como um sonho que terei
Amiguinha que sempre adorei.

Seus olhos desejo sempre ver
Iluminado este ser
Levando alegria ao meu viver
Vivendo pra amar você
Amando mesmo sem poder te ter.

Sua voz querendo sempre ouvir,
Aonde escuto meu coração
Nesta voz que me perdi
Todos os dias
Onde procurei por você
Simplesmente pra nunca te esquecer...

Foto de Arnault L. D.

Monólogo

Das palavras que eu não disse
por achar que haveria prazo,
doce comodidade do ignorar.
Agora soariam como tolice,
pois ficaram ali, no atraso,
não há mais como falar...

Dos sentimentos que perduram,
para além do seu momento,
onde não mais podem expressar,
como os amantes que juram,
como se espalhando no vento,
pétalas de rosa em pleno ar.

Das verdades que escurecem
sob a poeira, que as cobre,
até que não se pode olhar,
sepultadas, fundo, permanecem.
Mas, como o brilho do cobre
esverdelhado apaga-se no oxidar.

Das palavras que eu não falei,
trago um gosto amargo...
Mas, sei que eram doces ao paladar.
E embora não dizendo não as calei,
pois, ainda as ouço ao peito largo.
Elas não calam, elas não param de falar.

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