Palavras

Foto de Sonia Delsin

ESDRAS...

ESDRAS...

É um sonho. Um louco sonho.

A estrada é de pedras. Esdras caminha só.

Esdras é um lobo solitário. Sonha amores, sonha paixão. Sonha um encontro.

Esdras é um homem que deseja adormecer nos braços de uma mulher. Descansar todo seu cansaço, sem palavras inúteis.

No sonho ele caminha em busca de emoção, e mais que isso. Busca uma maneira de amortecer a solidão.

Ele está perdido em suas lembranças, em seus anseios. Em sua estrada de pedras.

As pedras lhe doem sob os pés e Esdras sabe que o caminho é longo e ele deve encontrar um caminho só de flores um pouco à frente.

Ele confia na sua forte intuição de que tudo vai mudar, que a história vai se reverter, porque seu coração de menino lhe diz que um novo sol a cada dia trará um novo tempo.

Um céu colorido de papel crepom entra no sonho. Nuvens coloridas lhe recordam algodão doce. Algodão de tantas cores.

O pôr-do-sol do sonho possui mais que as cores do arco-íris. Milhares de cores lhe estonteiam.

Uma mulher lhe abre uma janela, uma janela dentro de um outro tempo, de uma dimensão que Esdras não compreende bem; mas lhe faz sentir tanta emoção. Ele deixa que a forte atração o leve a caminhar por caminhos antes não percorridos.

Ela o faz sentir-se vivo. Dá-lhe asas para voar ao seu lado, porque é uma mulher alada. Umas destas mulheres de outro planeta, outro tempo. Uma mulher borboleta, que voa e revoa sobre a matéria que consegue entender e viver. Sem ignorar a matéria nua e crua, ela vive num mundo particular, só seu, e leva Esdras para caminhar um pouco ao seu lado.

Ela o convida para sonhar o sonho dos mortais e dos imortais e o lobo solitário a segue, a busca.

Ele a encontra e não sabe que ela surgiu do nada... de um sonho, de uma estrada que começa dentro de um tempo que não se compreende. Só se vive e se revive... sem entender.

Foto de wellingtondias

UMA CARTA DE AMOR

Meu amor
Você não sabe o quanto te amo
Este amor que sinto por você e muito grande
Ele não cabe dentro do meu coração,
pôr isso ele transborda
Gostaria muito de estar junto de você neste momento,
Você não imagina tudo que sinto,
pois amor não dá pra ser visto
Só dá pra ser sentido,
mas mesmo assim fica um pouco difícil
de mostrar seu verdadeiro tamanho.
Escrevo estas palavras agora
com todo meu sentimento aflorando pelos poros.
Escrevo estas palavras não com os dedos no teclado,
mas com o coração pulsando,
pulsando muito,
e cada vez que penso em você,
te sinto ao meu lado,...
choro pela distância que nos separa,...
choro por não ser do "jeito" que gostaria que fosse.
Este "jeito", é você ser minha (meu),
somente meu (minha), de mais ninguém,
não dividir você.
Será que sou egoísta?
Penso que sim.
Mas quando o amor é verdadeiro como o meu,
acabo me tornando uma pessoa egoísta.
A cada dia que passa ele aumenta mais e mais,
e a cada telefonema seu parece sempre ser a primeira vez.
Tudo entre nós sempre vai parecer ser a primeira vez,...
a primeira emoção ,
....o primeiro momento,....
o primeiro encontro,
... o primeiro beijo.....
e vai durar os 400 anos que foi prometido entre nós.
Faço esta página cheia de coraçõezinhos e cupidos,
será que virei adolescente novamente? Acho que sim.
Mas o amor que sinto por ti é um amor adulto...
Muito Obrigado Por Você Existir...

Foto de Raiblue

Saliv(ando)...

.
Nas noites brancas
De sua pele
Me dis traio
Guardo Dostoiéwisk
Num canto do quarto...
Nos olhos
O ópio prolongando
Colóquios do tato
Con textos e texturas
Da língua
Corroendo tédios
Catando cacos
Cactos na superfície
Da carne árida ...
Arranhando as horas
Sangrando os minutos
Dissolvendo dores
Anti-corrosiva língua...
Sal e saliva
Lambendo as feridas
Fechando cortes
Subcutâneos labirintos
Na sanha da linguagem
Esquecida no tempo
O toque...
Palavras diluídas no suor
Poesia líquida
Numa noite dis traída...
Na pausa da razão
No dança dos sentidos...

(Raiblue)

Foto de housy

Que se lixe !

Que se lixe !

Que se lixe a piscina quando há o mar...
Que se lixe a toalha quando há areia...
Que se lixe o branco quando há tinto...
Que se lixe a sopa quando há peixe e carne...
Que se lixe o choro quando há o sorriso...
Que se lixe o frio quando há Sol...
Que se lixe a TV quando há vida real...
Que se lixe o passado quando há futuro...
Que se lixe a passividade quando há rebeldia...
Que se lixe o aquecedor quando há lareira...
Que se lixe o candeeiro quando há a vela...
Que se lixe a cortina quando há vista...
Que se lixe os conhecidos quando há amigos...
Que se lixe a cidade quando há campo...
Que se lixe o beco quando há caminho...

Que se lixe o que se escreve quando há palavras!

Foto de doxinho...

Palavras que ferem!

Daqueles cujo domínio próprio não controla
São como bisturi, ferem a aorta contundente.
Provocam grandes terremotos, vítimas fatais
Corações destroem, intrinsecamente.

Armas potentes, machucam, ferem
Envenenadas de puro rancor, deixam feridas.
Golpes premeditados duramente
Fazem sangrar, quando friamente proferidas.

Quem as usa, tem consciência do mal feito.
Geralmente das regras e limites é conhecedor
Porem um prazer mórbido é sentido
Vendo no alvo do ódio, do sangue o sabor.

Ironicamente, não se dão conta os desatentos.
Os mesmos lábios que profetizam mansidão
Pregam o amor, falam de paz e harmonia.
Deixam marcas indeléveis, destroem coração.

Ousam citar de Deus o nome, fria realidade.
E incapazes de perceber espontaneamente
O tronco que lhes atravessa o olho, e os cega.
Apontam o cisco, no olhar do semelhante.

Talvez, em nome de uma vingança infundada.
Quem sabe o coração ferido, seja o argumento.
E para pisar, esmagar e ferir brutalmente.
Só esperam por uma brecha, um momento.

Quantos defeitos soterrados veríamos.
Pudéssemos a alma, em estado bruto sondar,
E remexendo escombros reconheceríamos.
Que apenas Deus tem poder para julgar.

Talvez , com nossos defeitos aparentes.
Pegaríamos à mão a esperar estendida.
E mesmo quando feridos e machucados
Entoaríamos apenas palavras de vida

Autor:Glória salles

Foto de Henrique Fernandes

CADA INSTANTE

.
.
.

Cada instante
Que conquisto tua atenção
Impulsiono-me
Num vácuo que me enche de eterno
O sorriso que te provoco
Faz-me acreditar na imortalidade
Desperto homem
Na tua voz de mulher e respeito
Tuas palavras
Que apontam meus defeitos
Com modéstia aceito
Teus elogios atentos e ouço
Entenderes
O que quero que ambiciones de mim
Afeiçoado ao teu ser
Que fascina e me veste de paixão
Armazeno todos meus sentidos
Nas palmas das mãos
Guarnecidas com o dom
Dos deuses protectores do amor
Caio nas carícias
Que distribuo pelo teu corpo
Numa entrega que me prega á felicidade
Mesmo que te tenha longe é uma hora de ponta
Enfrascando emoções e sensações
Que domam o meu tempo
No dorso de uma força
Sedutora que me atrai a ti
Elevo-me numa vontade colossal
De levar a ti o meu enlaço
Com a paixão de nunca no nosso todo-o-sempre

Foto de Dirceu Marcelino

DUETO DA AMIZADE - CARMEM CECÍLIA & DIRCEU MARCELINO

*
* Homenagem a Poetisa e Musa dos Corcéis Negros
*

“Dirceu! Como tuas gentilezas somam...
Romântico como o último dos românticos
Versos e prosas contigo se irmanam...
E aos poucos com todos se identifica...

Tens sempre a alegria no rosto estampada
E ficas de musa em musa como um beija flor
A semear e cultivar o amor...
E assim vais seguindo de flor em flor...

Não conhece rancor nem dissabor...
Pois estas palavras do dicionario riscou.
E assim vais passando teus ensinamentos...

Pra que a felicidade impere por favor...
Pois já basta o mundo lá fora...
E assim nos vídeos sonha sim senhor...” ( Carmem Cecília )

* * *
Carmem! Como teus vídeos nos encantam,
Além do encanto de tua beleza...
Também, as tuas poesias nos acalantam
Pois, são exaladas com a tua pureza.

A pureza de tua alma de rosa,
Beleza d'alma que te faz uma flor,
Uma flor radiante e esplendorosa,
Mulher esplendorosa cheia de amor.

Traze-nos o teu mundo encantado,
“As emoções, cravadas em teu peito”.
Os sonhos desse teu mundo sonhado.

Arranjados com arte e do seu jeito,
D’um belo mundo por ti poetizado.
Não guardas só para você...é seu jeito! ( Dirceu Marcelino )

Foto de pétala rosa

ÉS LOUCURA DE MIM

ÉS LOUCURA DE MIM

Com palavras me entrego nesta vontade
de ti...
Os meus dedos seguram os
minutos que existem nesta extensão
de estrelas que me seguem
na madrugada
em que te quero.
Sinto o momento em que tu existes
como o sol
no fim do dia.
Sinto a tua poesia dançando
em arabescos
de cristal
entre
os meus dedos.
Real, sonho, fantasia
és loucura de mim...
Despertaste sonhos
transparentes
no fundo dos meus olhos.
Ocupaste este espaço de purpura
dourada
onde partilhámos sons de ternura
e esta
Inocência perfumada....

Amália LOPES

Foto de Sandra Ferreira

Meia-lua...

Meia-lua
Infinito céu
Acumulado de névoas
Desaparece e volta
Num vai e vem
Contagiante, hipnotizante
Não tiro os olhos dela
Meia-lua
Pensamentos vagueiam
Solitária cama
Estendida sobre os lençóis
Deslumbro a noite
Cortinas por correr
Quero adormecer
Contemplando a meia-lua
Relembrando teus braços
Circundando meu corpo
Protegida, querida
Atraída
Com palavras e afectos
Adormecer
Vou adormecer
Com o desejo
Que o meu querido
A esteja a contemplar
Pelo menos
Nesta noite
Nossos olhares
Estarão unidos.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Foto de Raiblue

Inv(f)ernais...

.
Sempre gostei do inverno, seu hálito de mofo e cheiro de sombras frescas com as quais adorava brincar de adivinhar o que havia por trás delas. O mistério das coisas sombrias me fascinava!Talvez existisse em mim um lado desconhecido, submerso em águas profundas do meu ser inquieto e inconstante.
Alguma coisa acontecia, quando chegava o frio, era como se rompesse a placenta naquele momento e eu nascesse ali, naquele instante, ele era aquecedor para as geleiras da minha mente,irrigava mais intensamente o sangue que parecia parado nas demais estações,as mãos formigavam como se começassem a existir a partir dali...
Finalmente, resolvi sair de casa, estava ansiosa por rondar a cidade à noite, após meses de silêncio quase fúnebre. Foi quando,de repente,o avistei,atravessamos o mesmo caminho.Destinos cruzados?Almas gêmeas ou corpos desesperados ,ansiando carne...? Seu olhar parecia perfurar meu corpo, um punhal rasgando impiedosamente meu coração há muito tempo enclausurado nos porões da alma.Cada um seguiu seu caminho,retornei para casa com uma estranha sensação,estava ardendo,tudo em mim era só chama vermelha, incandescente...,.tudo era só desejo....uma vontade de devorar aquele desconhecido,e,quando pensei nisso,senti um gosto diferente na boca, um cheiro forte impregnava em todo meu quarto,era dele,eu sei,eu reconheci,ficou no ar,ficou em mim...
Acendi velas brancas, coloquei lençóis vermelhos na cama,e me deitei,completamente nua,cheirava apenas à carne crua...fresca...estava ali pronta para ele,num ritual apocalíptico,iria exterminar a solidão. Em meio às sombras da noite, entreguei-me àquele desconhecido, senti seus dentes em minha carne como se quisesse mastigar-me em pedacinhos e aquilo deixou-me louca!De repente, um gosto de sangue na boca e um orgasmo misturado à dor da carne arrancada por suas presas afiadas, prazer infernal!!Despertei gritando!Um misto de sensações me tomava, passei a mão no pescoço, procurei o sangue jorrado ou alguma marca, mas só havia suor, quente,cheirando à coisa antiga,um incenso talvez...As contrações no meu corpo continuaram por um certo tempo,meu sexo estava vivo e explodindo...Como poderia tudo ter sido apenas um sonho?
Levantei absorvida pelo tédio dos dias sempre iguais. O sonho trouxera o gosto amargo da decepção, ao acordar.Continuava sozinha, na minha escuridão de sempre.Antes, ela não me incomodava,mas agora era dilacerante,deixava-me angustiada e faminta...uma fome esquisita que nenhum alimento saciava...
Na noite seguinte, tornei sair, porém,dessa vez,parecia determinada a encontrar algo ou alguém específico,alguma coisa me impulsionava e me atraia de forma irresistível...morte! Essa palavra se repetia em minha mente como um mantra mórbido,eu sei,mas de salvação,eu adorava seu eco, engraçado, ela tinha um sentido diferente...,de vida...,de algo que pulsava,vibrava...
Entrei num botequim situado na esquina de um beco chamado Beco dos Imortais, cada bar tinha um nome de um célebre imortal, escolhi o Bar do Baudelaire,pois estava bem baudelaireana naquela noite,até cairia bem um vampiro...Algo me puxava para lá,farejava qualquer coisa indefinida,começava a sentir aquele gosto na boca novamente...aquele do sonho,e aumentava a minha fome...
Entrei, sentei, não vi nada no cardápio que me agradasse, contudo, na mesa em frente à minha, vi um homem de olhar fulminante a me fitar insistentemente.E, de repente,misteriosamente,vi-me sentada ao seu lado.Ele era de poucas palavras,mas despertava cada vez mais minha fome com seu olhar de serpente, seu veneno era apetitoso...Acho que estava obcecada,tarada ,depois de tanto tempo em reclusão,precisava urgentemente de uma noite orgástica!Então veio o convite tão desejado... e eu aceitei de imediato,é claro!Quando saíamos do bar, ele me abraçou subitamente, um abraço quente, de arrepiar cada poro da pele.Ao abrir os olhos,mirei um espelho que ficava bem na minha direção,para minha grande surpresa,só havia uma pessoa refletida...
Enquanto ele me apertava contra seu corpo, e o seu sangue parecia se concentrar todo no seu sexo,minha boca sentia intensamente aquele gosto daquele dia...estava muito gelada e tonta ,talvez de desejo,não sei,só sei que necessitava de algo quente urgentemente, e ele estava ali,eu podia deixá-lo ir,mas foi inevitável o beijo...a mordida...,ele precisava morrer para que eu sobrevivesse...

(Raiblue)

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