Palavras

Foto de Marta Peres

Palavras Que Matam

Palavras Que Matam

Há palavras que nos maltratam
ferem como se fossem punhal,
palavras gritadas e impensadas
num desamor e desespernaça,
de imenso rancor, de desespero
louco.

Palavras cruas que machucam,
de um negror tal qual a noite,
palavras com sabor de fel
que erguem muro de desgosto.

Palavras sem o tom colorido
do bem querer, inesperadas
e sem a poesia das flores,
do canto de amor,
do riacho de águas claras
correndo em solo fértil.

Quero esquecer a quem amo,
seu nome o jogarei ao vento
e distraidamente não mais pensarei,
não mais chamarei por ele.

Palavras que são rudes não quero mais
não quero palavras vexatórias nem insultos,
não quero palavras com o negror da noite,
prefiro o silêncio dos mortos!

Marta Peres

Foto de fer.car

Eu te amo

Eu te amo como quem ama a dor
Eu te amo como se amasse pouco a mim mesma
Porque te amando esqueço de quem sou e do que sou neste mundo
Eu te amo como uma velha história de amor em seus ouvidos
E por mais que o tempo passe e ele passa, torno-me escrava disso
Como se minhas palavras não fossem suficientes
Como se meus braços não conseguissem lhe segurar
Eu te amo como quem ama só
Porque muitas vezes me sinto só
E mesmo que você queira dizer que não
Sua maneira de ser e de agir me faz assim, tão só
Te amando abro mãos de sonhos, de pensamentos e momentos
Te amando me entrego e vejo que somente eu quis suprir
A falta que me faz, a saudade que me arrasa e a ausência de dias
Eu te amo como um amante nas ruas de Veneza
A vaguear por entre poemas e prosas
Por entre uma música e outra a espera do próximo encontro
Eu te amo como aquela suave melodia inesquecível
Como aquela linda paisagem que nunca se apaga
Eu te amo como uma eterna enamorada
E aqui, entre quadros, paredes e mil sentimentos guardados
Ainda espero que o mesmo amor que ora lhe dedico
Seja o amor que queira para sua vida inteira
E seja eu a sua única e eterna amante

Autoria: Fernanda Carneiro

Foto de helo Paulinha

Expressando o Amor.

Quando sofremos por amor, é tao facil falar do sofrimento,
das lagrimas , da tristeza, de toda aquela dor que sentimos quando ficamos longe pessoa amada.
Porem quando somos correspondidos,
é tao dificil encontrar as palavras certas para explicar esse amor,
parece que todas as palavras sao poucas , que todos os sinonimos do amor,
nao corresponde altamente a carater do nosso sentimento.

Entao buscamos as mais belas frases formular,
por que sim ,a poesia fica no ar,
podemos as palavras nao encontrar ,
com tudo estaremos sempre o nosso amor em palavras tentar explicar.

Prefiro viver com você em um mundo onde as palavras nunca sao suficientes para dizer eu te amo ,do que estar sem você e mil palavras expressar o meu sofrer .

Foto de Antonio Marcos Dias Alves

Por este amor, sei que existe a dor, mas o amor luta pelo nosso amor

Eu desejo q você vá logo
Porque sua presença ainda permanece aqui
E isso não vai me deixa em paz
Essas feridas parecem
não querer cicatrizar
Essa dor é muito real
Isso é simplesmente muito mais
que o tempo não pode apagar
Quando vc chorou
eu enxuguei todas as suas lágrimas
Quando você gritou
eu lutei contra todos os seus medos
Eu segurei a sua mão
por todos esses anos
Mas você ainda tem tudo de mim
Você costumava me cativar
Pela sua luz ressonante
Agora eu estou limitado pela vida
que você deixou p/ trás
Seu rosto assombra
Todos os meus sonhos,
que já foram agradáveis
Sua voz expulsou
Toda a sanidade em mim
Eu tentei com todas as forças
dizer a mim mesmo que você se foi
Mas embora voce ainda estejas comigo
Eu tenho estado sozinho todo este tempo
mas aqui estou refletindo em palavras todos os obstaculos que me ferem, mas o importante de minha vida e que a vitoria to conseguindo pelo seu amor em dor estou te amando e lhe conquistando no amor.

Foto de Milla Duarte

Quantas poesias

Queria lhe dizer palavras belas...
Que saem do meu coração.
Com essas palavras queria rimar e fazer uma bela poesia.
Poesia esta que fale da alegria que sinto por estar ao seu lado.
Poesia esta que fale do amplo amor que sinto por você.
Poesia esta que fale dos meus sonhos...sonhos que tenho acordada.
Poesia esta que fale do prazer que tenho de te amar.
Poesia esta de agradecimento.
Poesia esta que fale do seu perfume,do calor da sua pele,do seu sorriso,do seu olhar,dos seus lábios que me levam a loucura,de tudo amor...
Quantas poesias quisera eu ter o dom de fazer.
Quantas...

Camilla Duarte.
Dedico a você,Ronnie.

23-01-08

Foto de Fernanda Queiroz

Fazendo Sonetos

I

Soneto sem nenhum enigma
Basta sabedoria e atenção
Despertando dentro do coração
Buscando tons e sons em rimas

Soltar livre imaginação
Em dois quartetos e dois tercetos
Dando clara segmentação
Que tem tudo para ser perfeito

Para dizer sobre meu coração
Onde habita também alegria
Integrado do mais puro amor

Falo de sonho e recordação
Ou da vida em meu dia a dia
Mesmo que seja um poço de dor.

II

Para fazer o encanto da gente
Posso rimar em tom diferente
Na primeira frase igualada
Com uma métrica bem adotada

Quem sabe ousar diversificar
Em outras palavras ir procurar
E nos cinco tópicos encaixar
Todos meus belos versos a criar

Fazer destas linhas programadas
Meu desaguar de pura emoção
Que transborda em meu coração

Vendo belas obras serem criadas
De todos os poetas sem extinção
Aqui deixo minha integração.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Não concorrendo

Foto de Lou Poulit

LASO, Cia. de Dança Contemporânea

UMA EXPERIÊNCIA LINDA

O bailarino/coreógrafo/ator/professor CARLOS LAERTE, seus intérpretes e assessores, foram uma das mais felizes surpresas da minha vida.

Estava expondo minhas pinturas no Corredor Cultural do Largo da Carioca. Derrepente chegam um mulatinho e uma mulher, ambos lá pelos trinta. Perguntam quanto tempo eu levava para pintar uma daquelas telas (série Bailarinos Elementais). Descrente, respondo que dependia do grau de elaboração, uma hora... um dia... Eles se entreolham e depois o mulatinho pergunta se me interessava por apresentar meu trabalho num espetáculo de dança contemporânea e quanto cobraria. Confesso: além de não acreditar, na hora também não entendi. Nunca soube que espetáculos de dança apresentassem pintores trabalhando ao vivo!

Acertamos cachê, marcamos data e hora. Me pegariam de van em Copacabana, onde tinha ateliê, e estaria embarcando para Campos, cidade aqui do estado conhecida pelas muquecas e peixadas, onde faríamos uma apresentação no dia seguinte. Só acreditei quando a van chegou, trazendo uma penca de bailarinas tímidas e a tal mulher, que parecia saber todas as respostas mas não era a deusa. O deus era o tal mulatinho, bem quetinho no canto dele.

Pois bem, a gente nasce com dois olhos e ainda assim é muito pouco. Íamos fazer um ensaio técnico de véspera e estava prestes a conhecer um trabalho artístico maravilhoso, seríssimo e cativante. Fizemos aquela apresentação no Teatro Municipal de Campos, depois fui novamente convidado e fizemos outras, no Espaço Sérgio Porto, no Centro Coreográfico da Tijuca... A cada dia tinha a impressão de reencontrar uma aura registrada no meu sangue e da qual não me lembrava mais. Explico para que entendam: minha avó paterna, Nair Pereira, fora bailarina no tempo do teatro de revistas. E dessa história só restava, até há pouco tempo, a madrinha de batismo de meu pai, hoje falecida, Henriqueta Brieba. Também pelo lado paterno, meu bisavô que não conheci em vida, Antônio "Paca" Oliveira, fora homem de circo: o maluco (me perdoe o linguajar moderno) foi o primeiro homem-bala do Brasil, num tempo em que se fazia isso para matar a fome. Só podia ser! E sem seguro?! Em troca de meia-dúzia de cobres e o aplauso de meia-dúzia.

Na hora da apresentação ficava pintando no palco e de costas para o balé, mas durante os ensaios aquela gente me impressionava. Assim descobri o talento inequívoco do coreógrafo Carlos Laerte, a sua memória fantástica de um trabalho artístico que usa vários recursos simultaneamente, e ainda tem registrados todos os pequenos erros das últimas apresentações para que não se repitam. Até eu, que estava ali assim, como vira-lata caído do caminhão, também mereci uma crítica para melhorar o desempenho!

Os intérpretes estimulavam a minha adimiração. Carol, Simone, Yara, Bianca e Rodolfo, o espírito da arte habita, com certeza, todos eles. Não se pode compreender aquela gente de outra forma. Repetem infinitas vezes seus movimentos, perseguindo pequenas eficiências. Tornam-se íntimos do cançasso e, não é exagero dizer, da dor física. Controlam o próprio ego para que o coreógrafo corrija a interpretação de outro bailarino, já que precisam estar sincronizados, e isso é uma espécie de ginástica psíquica. Outra deve ser a nacessidade de por temporariamente na gaveta os problemas de casa, filhos, maridos/namorados, para não perder a concentração.

E tudo em troca de cerca de cinqüenta minutos. Esse é o seu tempo. O tempo em que os intérpretes são os senhores do momento, da luz que explode em seus corpos húmidos, da linguagem do movimento, do ritmo do qual nem o cosmo pode prescindir, enfim, da emoção que paira sobre e em todos, profissionais e expectadores, como uma hóstia artística que paira sobre o cálice do sacrifício e da adoração. Nessa hora a arte é a deusa e o espetáculo me parece uma grande comunhão, porque nos faz comuns uns aos outros, porque amamos isso e nos oferecemos para construir e transmitir a emoção. Incrível isso, eles constróem sua arte complexa em muitas horas de dureza. Ao final é como o velho exercício de imagens feitas de areia colorida nos mosteiros do Tibet, como alusão à transitoriedade da vida humana: o mestre passa a mão na imagem pronta, perde o momento, e nos liberta dela para que possamos recomeçar, com o mesmo amor, a reconstrução do nosso próximo momento. Uma pintura minha pode ser feita por dias consecutivos e depois guardar aquela emoção por décadas, talvez um século. Por isso me parece tão menor do que a arte que esse pessoal faz.

O espetáculo "Caminhos" fala exatamente disso: reconstruir sempre. Recomendaria aos expectadores de primeira viagem que se vistam condignamente. Aos homens que não deixem de fazer a barba e se pentear. Às mulheres que não usem saias demasiadamente curtas, pintem-se com sabedoria, cuidem do andar e do falar. Porque talvez estejam indo na direção de um grande e insuspeito amor. Se em minhas palavras houver poesia, não há mentira. No meu caso particular, como no de muitos outros, esse amor atravessou várias gerações".

Foto de Ana Botelho

REVELAÇÃO

REVELAÇÃO

Como tudo na vida vale o tempo da dedicação,
E por conta das desmedidas e incontáveis paixões,
Companheiras fiéis dos frágeis e descuidados corações,
Que quase nunca sobrevivem aos reveses do amor,
As poesias brotam incessantemente desde os primórdios,
E provam que não existem palavras certas, bastante capazes
De evitarem que os seus turbilhões deixem de nos aniquilar.
Ainda que estejam esmaecidas pelo correr do tempo,
Revelam a dor da morte de um lindo encantamento,
Restos de projetos de vida desfeitos, os mais preciosos,
Ou belas verdades poéticas que não pertencem a ninguém,
São palavras buriladas e contextuadas sem destino certo
E a cada poeta cabe apenas a dor do seu nascimento.

Para quem não tem rima e gosta de encadear com arte,
Ou o que as entona em lindos sons numa marcha sem fim,
Escrevem como quem tropeçasse em vários traços mágicos,
Mostram logo, de cara, todo o bom compasso e enlaçam,
Repousam no papel a sua cria, que cuidaram noite e dia,
Gastam o seu tempo empenhado em dar-lhes belo trato,
Alimentam-lhe com fascínio e esmero mais que exatos.
Muitas são tecidas pelo criador por horas e horas a fio
Algumas ainda jovens, já florescem, formosas e plenas,
Outras chegam até a fase adulta para se perpetuarem.

O ser poeta é um mergulhador do âmago da vida,
Sem comprometer com isso a sua sobrevivência,
É o lançador destemido das máximas cartadas,
No criar, no sonhar e no se envolver nas essências.

Como que levado num redemoinho incandescente,
Com naturalidade, surge o tal clarão inesgotável,
Que ilumina a alma de cada pensamento mais íntimo,
Rasgando-lhe as vestes e deixando-a devassável.

Ele absorve a magia de todas as fases de luzes da lua,
Buscando em zonas abissais todo o mistério submerso,
Energiza-se no sol, sempre, como um amigo maior,
Pondo isso tudo o que lhe alimenta num só verso.

O poeta como ser é um mago inebriado que inebria,
Cantador de encantos, desencontros e da plenitude da vida,
Busca revelar, em palavras, o semblante do seu semelhante
Que ares demonstra e, logo, os descreve-lhe as desditas.

Como se fora um guru especializado em almas,
Segue a sua sina sem reclamar, porque ama,
Ama o outro como a si mesmo e sabe disso,
Porque perpassa as agonias e delas não reclama.

Especialista, é sábio conhecedor da dor alheia sem fim,
Seja esta colhida tenramente, ou até quando madurar.
Mestre em metáforas, em rimas e métricas, mas me vem à mente:
Nunca vi nesta vida, um poeta "expert" na própria arte de amar...

Foto de xuxukinha

Sinto...

Penso nos nossos momentos
Em tudo o que nos vivemos
Relembro os nossos sonhos
E em tudo o que concretiza-mos
Lembro-me da nossa felicidade
Do nosso mundo e da nossa amizade
Do nosso amor e da nossa lealdade
Sinto falta de te ter
De todos os dias puder-te ver
Sinto falta das tuas palavras
Da tua voz e das tuas gargalhadas
Sinto falta dos teus braços
Do teu olhar e dos teus abraços
Sinto falta das tuas declarações
Do bater dos nossos corações
Sinto falta dos teus carinhos
Do teu toque e dos teus beijinhos
Amor...
Sinto tanto a falta dos nossos sentimentos
De todos os nossos segredos
Sinto falta do que construimos
De tudo o que queriamos
Simplesmente...
Sinto tanto a falta de quando estavamos juntinhos...

Foto de Sonia Dias de Freitas

QUEM NUNCA SOFREU DE AMOR

QUEM NUNCA SOFREU DE AMOR

Dizem que os poetas famosos...
Só conseguem ser famosos porque já sofreram por amor...
Acho que não é bem assim...
Quem nunca sofreu de amor...
Quem nunca amou e não foi correspondido...
Ou aquele amor, que um gosta mais que o outro...
Sofrer de amor e inevitável...
Todos nós um dia iremos passar por isso...
E sofrer pela espera do outro...
Pelo orgulho ferido...
Pela vaidade... E por palavras mal interpretadas...
Se isso tudo e sofrer...
Todos nós temos um pouquinho de poeta.

Autora Sonia Dias Freitas

Páginas

Subscrever Palavras

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma