Palavras

Foto de Dirceu Marcelino

A BAIANINHA

BAIANINHA

Sequer me lembro de seu nome.
Talvez, em razão de um bloqueio inconsciente.
Um trauma, provavelmente, de uma namoradinha fugaz. Daquelas que surgem de repente e momentaneamente em nossas vidas e depois desaparecem.
Desaparecem mais deixam marcas profundas em nosso inconsciente, como disse.
Só recordei-me dela, provavelmente, em razão do conflito que estou sofrendo.
Conflito de transferência de personagens.
Pois, tudo indica que transferi o amor imaginário para outra pessoa imaginária, mais real que a primeira, posso dizer, pois esta existe mesmo que a conheça virtualmente.
Mas não consigo compreender porque me lembrei da “baianinha” desta maneira.
Encontrava-me parado na esquina da Avenida São João, em São Paulo.
Aguardava um amigo que passaria de carro e me levaria ao Fórum de São Paulo.
Fazia frio. O vento fustigava minhas costas, pois, esquecera o paletó no carro do amigo e para se livrar das rajadas de vento encostei-me em uma banca de jornal.
Escolhi aquele local, pois ficava a uma distancia de uma linda morena, parecidíssima com aquela “baianinha”.
Mas está já não era tão jovem.
E, justamente, por não ser tão jovem passou-me a fazer recordar de outra musa virtual.
Aquela que impregna minha mente em todos os instantes.
Musa de olhos verdes, penetrantes e femininos.
Lindos e indecifráveis.
Olhos de gata que vejo me espreitando por todos os cantos. No meio da multidão e até em meu sono.
Tanto pensava nela, que fiquei meia hora ligando meu celular. Revezando em ligar para o cliente e para ela. Ninguém atendia e o vento frio continuava a fustigar minhas costas.
Bastava-me encontrar um bar e ir tomar um cafezinho e automaticamente sairia do frio.
Mas não sei ao certo porque não o fiz.
Provavelmente, era porque queria permanecer vendo a morena.
E o que vi.
Uma mulher esbelta, pernas torneadas exibidas de forma formosa em um salto alto de no mínimo 12 cm.
Rosto tão lindo, olhos negros, cabelos da mesma cor, longos e bem penteados, um lábio carnudo e sensual que se delineava naquela face de princesa.
Mas o que me cativava.
É que ela abraçava e aconchegava ao seu corpo um menino de seis ou sete anos de cabelos pixaim,
Pensei:
“_É um baianinho”.
Ah! Preconceito. Porque um “baianinho”.
Agora. Passados alguns dias, consigo decifrar meus pensamentos.
Mas antes de chegar a esta interpretação, já mantivera contato com minha musa virtual.
Transmite-lhe num primeiro momento o que sentira.
Contei-lhe que havia naquele frio pensado nela.
Mandei-lhe uma poesia. Sequer sei se leu. Pois, pedi-lhe agora que me mandasse, pois perdi minha cópia e ela também não encontrou a sua.
Na realidade, não consigo me lembrar exatamente das palavras que escrevo nas poesias. Já houve casos de vê-las em mãos de outrem e sequer saber que eram minhas.
Mas, retornemos à “baianinha”, pois é dela este conto, “Baianinha” da qual jamais havia relembrando nos últimos quarenta anos.
Conto-lhes que aquela “baianinha” foi a primeira moça que me beijou.
Eu era um adolescente inocente.
Um caipira do interior.
Ela, afinal, era uma “baiana” que viera da Bahia, com toda sua família, permanecerá por algum tempo na Capital de São Paulo e agora estava ali, morando perto de mim, em uma pacata cidade do interior.
Por isso achava-a esperta, a final ela já era viajada.
E eu sequer conhecia uma praia.
Na verdade ela saiu de minha vida, tão rápido como entrou.
Só a vi mais uma vez: Em plena avenida São João.
No mesmo local, onde agora passava frio.
E, como a vi.
Estava fardado, pois era um policial.
Ao vê-la corri de encontro dela.
Percebi que se assustou.
Titubeou.
Olhou-me nos olhos
Vi que os delas brilharam.
Não sei os meus.
Mas no mesmo instante aquele brilho se transformou numa vermelhidão e algumas lágrimas verteram de seus lindos olhos escuros e ela se afastou, rapidamente, ao final correndo.
Corri atrás. Não alcancei a e só parei quando um velho senhor me disse:
_”Soldado pare! Essa putinha é boa gente”.
_ “Deixe-a”.
_“Ela é uma pobre menina”.
_ “Não a prenda”.
_ “Essa linda menina é sozinha”.
Não entendi naquele momento, o que o velho quis dizer:
Só agora compreendo, deveria ter lhe dito:
_”Senhor! Não quero prendê-la. É ela que me traz preso desde a adolescência”.
E, agora te digo.
Ainda estou preso até a envelhescência.
Só agora compreendo.
Porque olhava a linda morena, que subiu ao ônibus, sentou-se em uma banco do lado direito, de onde poderia me ver melhor e comigo conversava com os olhos.
Igual a “Baianinha”.
O ônibus saiu rapidamente e ela olhava-me com os olhos umedecidos, virou-se para trás, igual a “Baianinha” que de mim fugira e não sei por que tenho a sensação de tudo acontece agora, em minha envelhescência com outra também “Baianinha”.
Uma “Baininha” tão linda, como aquela fadinha, ressurgiu virtualmente como uma companheira de jogos de xadrez.
Tão inteligente e sábia.
Tão honrada e trabalhadora.
Uma bela professora.
Não pode ser a mesma, pois é mais nova.
Mas pode ser
A filha.
Era isso que eu queria que aquela “Baianinha” fosse:
Uma Mulher como você.
Agora minha Musa.

Foto de Dirceu Marcelino

CONSOLO CELESTIAL

MEU DEUS! Porque é que eu ando
Sentindo dor e amargura,
Sabe-se que a amo com ternura
E ainda, quero-a tanto, tanto...

Serei como Paulo: “O Apóstolo”,
Que disse: “Aquilo que quero,
Não faço. Mas o que não quero,
“Isso eu faço”. Oh! Meu apóstolo...

Eu queria que meus gestos,
Transmitissem apenas o amor
E minhas palavras fossem elos
De esperança, não de dor.

Nesta hora de amargura,
Meu pensamento me levou
À Magdalena. “Não sei se pura”,
Mas que os pés de Cristo lavou.

Antes, porém, lendo a Bíblia,
Vi que outra mulher pequena,
Um dia apedrejada seria,
Por gente igual a ela e Magdalena.

Más, JESUS CRISTO interveio
E disse: “Que se ninguém
Daquele pequeno meio,
Pecados nenhum tivessem...

Que então, atirassem aquela,
Que entre muitas outras seria
A primeira pedra, que nela,
Com certeza acertaria.

Porém, pedra ninguém jogou,
E nela, nasceu um amor
E por isso se regenerou,
Com a fé no filho do Criador.

Este é o exemplo mais digno,
Para quem chora por amor,
Dado por alguém mui benigno,
Que é nosso Cristo Redentor.

Por tudo isto eu te digo:
Procure sim o seu Homem
E como teu novo amigo
Espero que teu sonho se renovem.

Foto de carlosmustang

O DECORRER DAS PALAVRAS

Hoje vou fazer bom uso das palavras
Usar essa dádiva
Só quero rimar!

Hoje colocarei no papél
A mágia do véu
Eu não quero reclamar.

Hoje sou mais eu,
Em criação de DEUS
Que tudo fez existir!

Posso falar do que quêro
Nesse instânte só venéro
O dom de ser feliz!!!

Vou me encantar
No próximo vocâbulo buscar
A segurança estelar...

Somente ao papel
Escrevo aos céus
Que aprendi à viver!

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

CHUVA DE DOR

O vento sopra pela janela
E sussurra palavras sofridas e doloridas.
O vento trás sua dor,
E suas lágrimas são como as gotas da chuva
Que molham o batente da janela.
Gotículas invadem meu quarto
E espiam por entre as frestas da cortina
A luz que ilumina o ambiente.
Aqui dentro, o frio também me invade.
A névoa que paira sobre meu coração
Invade o quarto e esconde os móveis,
Testemunhas únicas dos nossos momentos de devassidão.
A chuva cessa,
Mas o frio não amaina.
Rogo que a morte venha depressa
E que a névoa leve essa presença dorida,
Que aflige ainda mais a minha solidão.

Foto de Dirceu Marcelino

PERDÃO SENHOR

Senhor meu DEUS! Ajoelho-me e te peço.
Rogo! Perdoe-me pelas palavras nefastas.
Ditas em segundos que de ti esqueço.
Tuas palavras não podem ser afastadas.

Mas saem Senhor, quando me aborreço.
Em rompantes de dor, em horas inusitadas.
Sou imperfeito! Sem dúvida. Reconheço.
Mas graças a Ti, elas podem ser apagadas.

Afastada de mim e de quem me estimulaste.
Mesmo inconsciente a proferir tal blasfêmia
Não deixe que me atinja e dela também afaste.

Oriente-me meu Deus! Peço clemência!
Pois sei, que nunca, nunca me abandonaste
E peço que me afaste desses atos de demência.

Foto de casper

Afinal os milagres existem.

"Amo-te", "adoro-te", "quero-te", "desejo-te".

Palavras gastas e que te digo todos os dias e não me canso de as dizer, mas por muitas mais que te diga nenhuma delas consegue efectivamente reflectir o amor que sinto por ti.

Fazes-me acreditar que o amor puro, sincero e verdadeiro entre duas pessoas afinal não é ficção, nem um conto de amor ou de fadas, afinal ele existe mesmo e devo a ti e só a ti esta surpreendente descoberta.

Desde o momento em que te conheci (abençoado dia) quanto melhor te conheço mais te quero, quanto mais estou contigo a certeza que contigo mais quero ficar, fazes-me bem e quero que te sintas sempre bem do meu lado.

És a Mulher que nunca pensei que se iria cruzar na minha vida e que o amor verdadeiro me fosse passar ao lado e afinal espanto dos espantos, os milagres acontecem e tu és a prova que os milagres afinal sempre existem.

Amor amo-te e o sentimento é muito maior do que a palavra possa significar, obrigado por fazeres parte da minha vida.

(ricardo vilela)

Foto de Ednaschneider

O Dia

Queria colher a flor mais linda do campo
Para lhe ofertar
Queria dizer que te amo tanto
Não sei sem ti ficar
As palavras mais lindas queria falar
Uma reza, um poema, um conto.
Poder com meus lábios agora te tocar
Mas não dá, por enquanto.
Pois a distância ainda está a nos separar.
Por isso, às vezes caio em prantos
Achando que nosso encontro
Nunca vai chegar.
Mas então a calma se torna meu manto
Quando sua voz começo a escutar;
Queria poder melhor me expressar
No entanto,
Não sei falar...
Mas saiba que te amo tanto
Que meu coração parece que vai estourar...
Estou muito feliz neste momento
Pois está chegando o dia da gente se encontrar.

Joana Darc Brasil*
09/11/07
*Direitos reservados à mesma

Foto de Cõllybry

Sentir a brisa...

Sentir a brisa da tua presença
Que esvoaça no espaço
Em redor de mim
É leveza e doçura
Desse amor sem fim

Releio, vezes sem conta
O amor em palavras
Que me falas, em escrita
Na ausência
Da tua voz…

Procuro a lembrança
Que fica e flutua
Do rasto que deixa
A luz da tua Alma
Da grandeza do amor
Eterno…

Foto de Raiblue

Erótica(mente)...

Sons
Sensações
Silêncio
Sonífera ilha
Dos sentidos
Trilha sensorial
Riacho natural
Cortando nosso sexo
Ardido...
Olhos fechados
Sentidos ampliados
Êxtase!
Orgasmos múltiplos
Únicos
Erótica viagem
Da mente
Delinquente
Que mente
Quando nega
O que sente
Deseja ardentemente
Na alma...
Nas entrelinhas
Entre os olhos
E as palavras
Há um abismo...
Há sempre um risco
De se perder o juízo
E encontrar o prazer...
Delicioso precipício
Onde habitam
O inferno e o paraíso...

(Raiblue)

Foto de carlosmustang

DUETOS

Oh notável amargurado veneno!
Quer vara os meus rins
Derribar o contentamento
E me deixar infeliz!

Mesmo o ceremônial do poder
Não pode me vencer,
Em sua desfaçatez
Juntou-se minha virtude,
De delêite da vida!

Ficou num canto a observar-me...
Enquanto moldava-me um destino
Ao me abraçar, herdou a dádiva
De poucas palavras.
Doutrinou-se a "felicidade"
De viver, ser, consistir...

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