Palavras

Foto de Julieta Ferreira

Não digas nada...

Para quê pensar?
Não digas nada…

Escuta o sussurro do desejo
O grito abafado do prazer
Lança-te no abismo
Dos sentimentos ainda nublados
Renasce no âmago do meu ser.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Vive neste corpo que é teu
O tempo que hoje é nosso
Sem passado a açoitar-te
Sem interrogações ou pejo
Sem dúvidas a maltratar-te.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Deixa para mim o labor
De descobrir quem és
Vive nos meus braços amor
Do não tido a doçura
Do não conhecido a loucura.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Entrega-te neste instante
Único que jamais se repete
Amanhã outros seremos
Quem somos não perderemos.

Quero-te
Sem lógica sem raciocínio
Sem jogos de mente insana
Palavras são também chicotes
Ou amarras do pensamento
Liberta-te e dá-te ao momento.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Quero aquele que és agora
Ao medo de amar põe um fim
Esquece quem foste outrora
Encontra quem és em mim!

Foto de Daemon Moanir

3º Dia

Tento não te olhar para não me lembrar
Da tua imagem que nada tem de bom p'ra mim.
Da tua imagem que nada tem de certo nem de seguro terá,
Mas de beleza e perfeição chegas tu à vista de todos
Pois não sou só eu que o sinto

Mesmo assim,
Gostava que me olhasses nos olhos
Que falasses e que eu te falasse
Para saberes o quanto penso em ti
E o quanto eu queria que isso não acontecesse
Talvez tenha apenas medo
Medo do que possa ser a tua resposta
Medo de não mais te ver no meu futuro.
Medo de não te ter por perto.
Medo de falhar.
Medo de saber a verdade.
Medo de tentar.
Medo de ser humano.

E é assim que detrás da tua carteira
Me tento demover a esquecer
Do teu real, cheio de beleza e perfeição,
Mas estás tão linda que fraquejo por uma palavra tua.
Por um olhar teu.
Um aceno.
Dava o mundo
Por um beijo meu em teus lábios pregados
Quando volto à realidade
Contento-me, apenas, olhar teus cabelos doirados.

Este é o terceiro dia
Desde aquela promessa insana e fria
Em que proferi palavras que não queria
Não sentia, naquele momento mentia
Naquele momento e em todos os que lhe seguiram
O coração me partiram, estilhaçaram e pisaram
Sem arrependimentos. Nem desculpas me pediram
As palavras traíram
A quem lhes dá bom uso,
Assim, condenei-me a falhar, a perder
A olhar, a sentir, a amar!
E não falar.
A andar, a correr, a escrever
A sonhar, a amar!
E não tentar.

Foto de Carmen Vervloet

Perdão

Perdão

Meu coração grita...
Expurga um turbilhão de sentimentos...
Que saem sem nexo...
Sem regras...
Sem censuras...
A dor que dentro de mim tortura
Expulso-a
Num dolorido parto!
E a dor transmuta-se
Em palavras...
E as palavras transmutam-se
Em poesia...
E a poesia voa leve
E pousa docemente
Em cada coração!
Porque o sentimento parido
Com dor, sofrido,
Foi o perdão!

Carmen Vervloet

Foto de Ronita Rodrigues de Toledo

MEU DESEJO

MEU DESEJO

Quero seu beijo suave e doce
e seu beijo ardente...
Seu abraço forte
no meu corpo suado e quente.

Quero as palavras que disse.
As que não disse, as quero também.

Quero seu olhar apaixonado
e seu olhar indiferente.

Sem receio e sem pudor.
Quero-te simplesmente...

Quero sua voz murmurante,
seu respirar ofegante.
confessando seu amor.

E neste êxtase insano
Nossas almas se resumem
Em nossos corpos que se unem
Num só contentamento...

Tenho-te, mas só em pensamento...

Ronita - BN

Foto de angela lugo

Ah! Meu amor

Sentada aqui nesta madeira que algum navio largou a deriva, coloco minhas mãos sob o queixo e pensativa observo ao redor.
O mar calmo e límpido está a minha frente com seu azul infinito, suas ondas num vai e vem incansável, vez ou outra sua água morna alcança meus pés molhando-os delicadamente.
Ao longe montanhas altivas e imponentes que as nuvens encobrem seus cumes tornando-as mais belas, as gaivotas também comparecem com seus vôos rasantes embelezando ainda mais este cenário da natureza.
Aos poucos meus pensamentos chegam a você que és tão belo, como um deus da mitologia grega e te comparo a tanta beleza. Diante do meu olhar vou desenhando sua silhueta e como que por encanto sinto-o a meu lado, aplacando assim um pouco desta solidão que sinto em minha alma.
Desenho um coração na areia escaldante e dentro dele escrevo o teu nome junto ao meu, mas sei que a maré vai subir e levará nosso coração, assim como o destino levou você da minha vida e nem sinal deixou.
Quero que saiba que teu amor deixou marcas profundas em meu coração que será eternizado pelo amor que nutri por tanto tempo por você.
Enquanto falávamos através daquela tela poderia jurar que muitas vezes ouvia sua voz dentro do meu eu e pensar que jamais ouvi sua voz que nunca nem sequer lancei um olhar sobre ti, como fui apaixonar-me por palavras, por uma imagem que na realidade nem sei se era sua. Agora nada tenho nem sua escrita e muito menos a sua imagem, você simplesmente desapareceu da mesma forma em que apareceu e cá estou a me perguntar, onde estará você?
Como pude deixar-me iludir com suas palavras doces, abrindo meu coração deixando estabelecer com prioridade a fonte deste amor virtual, pensei que poderia controlá-lo que doce ironia, não consegui, entreguei minha alma para aqueles momentos mágicos aceitando e devolvendo palavras de amor sem pensar nas conseqüências.
Agora aqui eu e minha solidão pensa, que podes estar além deste imenso mar em terras longínquas ou apenas a alguns quilômetros e até mesmo alguns metros, quem pode saber? Somente você. No virtual tudo parece tão próximo e quando se sai da frente daquela tela que nos trás tanto o amor quanto à saudade, nos sentimos tristes e infelizes assim como me sinto neste instante.
Todos os meus sentimentos estão bem guardados no âmago do meu ser e o mais puro deles que é o amor o coloquei num pedestal e o transformei neste poema para você:
Muitas palavras de amor você escreveu
Em todas elas eu acreditei
Tanto que ainda espero por você
Pode o tempo correr...
Até mesmo eu envelhecer
E mesmo assim ainda te amarei!

Também declamada por Luiz Gaspar (Portugal)

http://www.estudioraposa.com/index.php?id=182

Foto de NiKKo

Me desvende

Hoje eu quero uma poesia diferente de todas.
Não quero falar de dor, saudade ou ilusão.
Quero algo que exponha em simples palavras
o que eu calo e escondo em meu coração.

Sei que muitos quando me olham não podem ver,
que na verdade escondo-me atrás de uma couraça.
Que brinco, sorrio e falo a todos
que tudo em minha vida é alegria. É graça.

No entanto meu peito é um jardim sem flor.
Meus olhos sem brilho escondem todo um vazio,
e escondo-me e em versos e simples poesias.
Meu mundo de ilusão, eu mesma crio!

Se sou feliz ou não, eu não deixo transparecer.
Vou levando a vida assim de forma a não me ferir.
Levo na alma amores vividos e desfeitos,
e trago a garganta embargada, mas os lábios a sorrir.

Mas não fico lamentando o que passou,
e o futuro eu não temo ou fico a esperá-lo ansiosa.
Vou vivendo a cada dia como se fosse o ultimo,
afinal sei que minha vida é única e é preciosa.

Eu sei que ao meu redor as pessoas acreditam
que meus versos são reflexos daquilo que minha alma cala.
Porém eles são para mim uma musica suave,
que minha existência angustiada embala.

Assim eu me mostro, me crio e recomponho.
E em palavras que nada dizem, eu me deixo revelar.
E somente quem tem a alma pura e sincera,
poderá através de meus versos me desvendar.

Foto de Vera Silva

Convite

Amigos,

No próximo dia 3 de Novembro às 17 horas, na Livraria Bulhosa (Campo Grande, 10 B), em Lisboa, é o lançamento do novo livro de António Paiva - Navegando nas Palavras.
Com o seu livro irá ajudar mais uma instituição, desta vez a Ajuda de Berço, que acolhe crianças em risco dos 0 aos 3 anos de idade.
Estão todos convidados!

LANÇAMENTO LISBOA

Dia 3 de Novembro às 17 horas

Livraria Bulhosa - Campo Grande, 10-B, Lisboa

Lançamento por um conjunto de Poetas:

Helena Paiva, Dionísio Dinis, Maria João Paiva, Vanda Paz, Vera Silva

Aqui fica agenda dos eventos do livro, caso não possam comparecer ao lançamento:

APRESENTAÇÃO PORTO

Dia 8 de Novembro às 21:30 horas

FNAC NorteShopping
Apresentação por Maria José Pinto

APRESENTAÇÃO ANADIA

Dia 10 de Novembro às 17 horas

Museu do Vinho - Anadia

Apresentação por Vanda Paz e Rosa Anselmo

com a colaboração do acordeonista Joaquim Peixinho

APRESENTAÇÃO COIMBRA

Dia 11 de Novembro às 17:30 horas

FNAC Coimbra

Apresentação por Conceição Campos

APRESENTAÇÃO VILA NOVA DE POIARES

Dia 12 de Novembro às 12 horas

Escola Dr. Daniel de Matos - Vila Nova de Poiares

Apresentação por Paula Cação

APRESENTAÇÃO MADEIRA

Dia 17 de Novembro às 17 horas

FNAC Madeira - Funchal

Apresentação por Policarpo Nóbrega

*♥*´¯`*Beijinhos*´¯`*♥*

Foto de Francisca Lucas

Paredes Do Intimo

Ele depois de ler
Um 'pensamento da sua amada,
Refugiou-se dentro de si...

E num desvario...
Recarregou o raciocínio,
As palavras se apoderaram dele.

E ele passou a escrever
E desabafar 'barbaridade
Nas paredes do seu intimo,
Que até mesmo a fria realidade,
No ápice do absurdo ficou com inveja!

...

Foto de Joice Lagos

o verdadeiro poema

O grito de dor dos poetas, contido em cada palavra escrita, me faz sentir o calor da emoção de cada rima. Soam lindas e muitas vezes melancólicas. As frases de dor emocionam, porque vem do mais profundo do se humano, como um gemido, uma prece.
Mas alguém me ensinou a ver, mesmo quando não há rima, a beleza das palavras que se confundem nas entrelinhas.
E hoje percebo que a verdadeira poesia não são palavras alinhadas numa folha de papel, nos gritos desesperados que elas não mostram, nas emoções contidas, nem nos rostos aflitos que elas escondem. Nem se encontram nas palavras ditas numa declaração de amor feita às pressas.
Elas estão nas palavras que calam, quando os lábios se unem, no brilho dos olhos que ninguém sequer percebe a beleza, na imensidão desse instante que se eterniza dentro de nós.
As palavras são nossos guias, são portadoras de nossos sentimentos, e quando em forma de poesia ou carta, lindas se mostram, mas o que seriam os poemas sem os momentos que antecedem a cada rima, cada frase?
Mais belo é quando tudo se emudece e restam apenas dois corações pulsando na mesma intensidade, num mesmo ritmo, como se fossem apenas um.
Nada seriamos sem o amor é ele que dá encanto, que martiriza e que mantêm vivo o coração dos poetas, é dele que surgem as frases que enfeitam os poemas e emocionam a vida.
O poeta sem amor presente ou passado não sobreviveria. Porque o amor é o sentimento mais forte, e dele se alimentam os outros.
Foi nos teus braços Edu que conheci o amor. Você se concretizou de um sonho meu... Sonho este que mantive uma vida inteira dentro de mim, com o brilho apagado pela falta de esperança.
E se hoje percebo a poesia além das frases e rimas que as compõem é porque te amo desesperadamente e encontro abrigo pro meu amor no teu colo.

Foto de Baby_2007

És o meu ser”

Quando sinto saudades
Procuro-te no bater do meu coração…
Quando estou triste
Procuro o teu sorriso…
Quando estou carente
Procuro o teu corpo…
Quando choro
Procuro os teus carinhos…
Quando estou zangada
Procuro as tuas palavras…
Quando estou perdida
Procuro o teu apoio…
Procuro-te sempre, porque fazes parte de mim!!!

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