Passado

Foto de Ronita Rodrigues de Toledo

Naufrágio

A distância inóspita e hostíl
Que vive as margens do tempo,
Lançou minha esperança ao vento
E como um náufrago ao léu
Eu chorei e naufraguei.

Naufraguei como uma barca vazia
Levada pelo vento,
Sem âncoras nem garras,
Sem amarras.
Sem varais nem mastro,
Sem rastro.

Só você no pensamento...

Quando o mar,
Chicoteando os corais de um atol
Lançou-me sobre a area branca
Incendiada pelo sol
Que acolheu-me.

Sobreviví...

Hoje volto,
Supondo então encontrar-te
E ao olhar em teus olhos
ver submerso a história de um passado,
Quando juntos navegamos
No mais calmo dos oceanos.

Mas... ao reve-lo,
Pude ver em sua alma
O desejo que sobreviveu,
A indagar por que não sou sua
E por que não és meu...

Ronita Marinho
Registro BN

Foto de Graciele Gessner

Máquina do Tempo.

Máquina do Tempo.

Fragmentos do passado,
Tempo que fui feliz e não soube valorizar.
Pedaços de mim ficaram no passado
E precisei sozinha continuar...

Estilhaços do nosso amor,
Por muito tempo tentei escapar.
Coração permaneceu te amando,
Bateu forte pedindo para te procurar.

Lembranças que jamais esquecerei...
“Beijos de uma menina linda,
Beijos do amor da minha vida”.
Declaração nunca declarada;
Afirmação por sua parte que emociona.

Uma filha que desejei demais,
Fruto do nosso amor abençoado.
Uma sementinha do nosso amor
Que poderia ter acontecido.

Uma máquina do tempo,
A sugestão me perturba.
Por anos desejei este pedido,
Mas meu coração pertence a outro.

Máquina do tempo...
O tempo que não volta mais.
Podemos apenas recordar,
E quem sabe um dia, recomeçar.

17.08.2007
Copyright-©2007 Graciele Gessner.

(4º Concurso - Categoria: Multimédia / Tema: Amor)

Foto de angela lugo

Perdida na saudade

Caminhei por estradas contrárias
Dentro delas me perdi
Via o sol bater em mim
Quente assolando meu pensamento
Não conseguia ver além
Dos meus próprios pés
Que um atrás do outro
Nem pegadas deixavam
O vento corria forte
Apagando-as...
E cada passo que dava
Mais me perdia na estrada
E, ela parecia não ter fim
Não adiantava olhar para trás
Lá nada tinha para lembrar
Amores que se perderam
Na poeira da recordação
Sinto-me sozinha...
Eu e o sol quente
Vez ou outra uma brisa fria
Que faz o meu rosto aparecer
Dentro de um nevoeiro
Que mais parece carvoeiro
Escurecendo assim como a noite
Que chega sempre aplacando
Uma dor intensa no meu peito
Da saudade que bate lentamente
Das estradas floridas
Pelas quais caminhei no passado
Quando era feliz e não sabia
Não dei valor ao meu amor
Aquele que floriu meus dias
Minha vida que era cheia de alegria
Agora só me resta a recordação
Que vai comigo no coração
Seja onde for...
Ou até que encontre outro amor
Assim vou caminhando
Perdida na saudade de uma vida
Que ficou no passado

Foto de elcio josé de moraes

TODOS MEUS AMORES

De todos os amores que eu já tive,
Com certeza, hoje eu posso me dizer.
Que por mais que eu queira estar livre,
De alguma forma, tu consegues me prender.

Amor igual ao seu, que me é o bastante,
Que me surpreende e satisfaz, meu bem querer.
E eu, que fui assim tão inconstante,
Nem penso, meu amor em te perder.

E assim, a cada dia que se passa,
Vou sendo mais feliz ao lado teu.
Com tudo o que voce me concedeu.

Teu afeto, teu carinho, amor me enlaça,
Que esqueço então o passado que morreu.
Morrendo assim de amor nos braços seus...

Escrito por elciomoraes

Foto de Gleisson Brito

De cima das fronteiras inebriantes do Eu

Daqui percebo as coisas
como elas são no fim
Não vejo, não vejo pessoas
Sonhando assim

De repente sinto, como se tivesse
o mundo dentro de mim
As histórias que me contam
eu já conheço o fim

Daqui o tempo parece parado
o mundo gira ao redor de mim
Daqui a vida parece passado
e eu sei o meu próprio fim

Foto de Gleisson Brito

Luz da Fresta

A luz apagou-se ao fundo.
Pingos invasores choravam...ressoavam...
Preta velha, colchão velho, jornal novo,
fitava o teto do barraco, do seu mundo

A noite a luz entra, pela fresta
Da janela, da porta, do telhado
Compõe vultos ignóbeis, tão igênuos...
desses filhos dessas pretas, incorretas

Ja vai longe a lembrança (la no fundo)
do café, do trigo, da colheita
Fazem parte de um passado, do seu mundo

Luz da noite. Luz do dia, Luz da fresta
Acompanham o martírio insolúvel
Dessa gente, a luz do mundo, incorreta.

Foto de Gleisson Brito

A atemporalidade poemática poética

Hoje é o futuro do ontem...
Mas o passado do amanhã...

Talvez seja o presente deste verso...
e nada disso será...depois de amanhã...

O passado e o futuro confundem-se...
se você olhar o album de fotografias...

É preciso concentrar-se...
pra seber o que vês...e o que vias...

Mas o poema é atemporal...
pode ser triste na páscoa...e feliz no natal...

És pra ti o presente de hoje...
Para mim o futuro de ontem...
Será pra nós o passado...do amanhã...de hoje...de ontem?

não importa...

do passado...ninguém lembra datas...

ninguém guarda as atas...

Foto de Lede Poeta Paulista

Amor eterno

Amor eterno

Como as linhas do horizonte
que cruzam atrás dos montes
venho com este mexer na fonte
do sentimento chamado amor...
Amor que embala o ser
cura todos os medos
ele, às vezes, faz sofrer
mas é guardião dos amantes
e seus segredos
Segredos ricos em verdades
que lutam com o destino
do momento já traçado
Nalgum lugar do passado
Como as linhas,
que se cruzam atrás dos montes
refletindo a beleza do sol poente
que beija a lua, docemente
antes do céu vestir-se de estrelas
Envolto a um momento
de incerteza que vivemos
sobre uma forma de opressão
Deixo fluir uma gota
meio que marota
Dum peito aberto
sentimento encoberto
o amor bem perto
e risco no horizonte,
o sonho do amor eterno.

Ledemir Bertagnoli & Sirlei L. Passolongo
Poeta Paulista
Publicado no Recanto das Letras em 30/09/2007
Código do texto: T675000

Foto de Sirlei Passolongo

Esquecer Você

Hoje, resolvi que não iria mais pensar em você.
Que iria esquecer seu cheiro, seu gosto.
Resolvi jogar suas fotos, não pensar em seu rosto.

Resolvi que iria apagar você do meu passado
Esquecer nossos lugares, nossa canção...
Esquecer as manhãs que acordei do seu lado.
Ah! Também prometi a mim mesma que
Nas noites frias, nunca mais chamaria seu nome.

Hoje, ainda hoje,
Antes de o sol dar lugar a lua, percebi meus erros.
Como esquecer seu cheiro se ele está impregnado em meu corpo?
Posso rasgar suas fotos, mas jamais esquecerei seu rosto.
E o gosto que ainda está em minha boca é o gosto da boca sua.

Como apagar você do meu passado se minha vida foi você?
E os nossos lugares?
Se é a rua onde caminho todos os dias,
Se é o semáforo onde paro todos os dias...
Se é tudo que me rodeia... Se em tudo há um pouco de você.
E como esquecer nossa canção se a melodia está em minh’alma?.
Ah! E seu nome? Como esquecer?
Se ele é uma brasa que queima em meu peito...
Hoje percebi que esquecer você... não tem jeito.
Que meu amor por você é tão intenso... Que você faz parte de mim
Do meu tudo, do meu todo... Da minha solidão.
Só me resta acreditar que um dia... Vais me amar assim.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Leonildo

Encontro do amanham

Encontro do amanham

Acordei e não te encontrei
Neste passado para sempre irei,
Para sempre viverei
De ruínas e ruínas

Acordei e não te vi,
Tudo que queria
Era viver perto de ti,
Mas não vivi.

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