Paz

Foto de Sirlei Passolongo

Utopia

Eu quero escrever um poema
tão doce quanto uma maçã
que tenha o calor do sol
e o brilho da manhã

Quero me fazer de feiticeira
transformar pranto em riso
dar as mãos ao menino-de-rua
Clamar a PAZ! pois, é preciso

Quero acordar as flores
com um beijo em cada pétala
sonhar um mundo igualitário
onde a vida seja uma aquarela.

Sirlei L. Passolongo

Foto de Drica Chaves

Meu Herbário

Disponho de um herbário
Ervas finas, delicadas, perfumadas
Enchem de aroma e leveza
Meu coração...

Na doce lida diária
Inundam de paz a casa
Cheirando a alecrim e manjerona
Meus clareados pensamentos...

Viagens de verdes tons
Delicados sabores,
Chás calmantes
Adocicados frescores...

Temperam a comida
Perfumam o ambiente
Transportando o substrato da vida
Em dose diferente.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de Carmen Vervloet

HOMENAGEM A VIRGEM DA PENHA, NO SEU DIA

Oração a Nossa Senhora da Penha

Lá, no alto pico da montanha,
Em seu convento envolto em luz,
Cheia de encantamento, vela por nós,
A Santa Mãe de Jesus!

Contempla toda a cidade de Vitória
Cravada nesta ilha,
Guardada pelo mar...
Vê de cada um de seus filhos
A triste ou feliz história...
Pássaros, peregrinos, anjos a voar!

Senhora Nossa da Penha,
Do povo capixaba, padroeira,
Nossa amiga e companheira
Dê-nos sua mão, venha...
Ajude-nos a expandir sua luz,
Mostre-nos o caminho de Jesus!
Diminua a carência de amor,
Acabe com a gritante desigualdade,
Aniquile a maldade,
Enxugue as lágrimas de dor!

O povo está cansado de correr...
E ainda mais cansado de sofrer...
Eu te suplico Mãe de Jesus,
Saia do seu convento... Suba outras penhas,
Ajude-nos a carregar a cruz!...
Entre sem chave, sem senha,
Pacifique a cidade com sua paz!
Apague o fogo da violência
E dos poderosos a demência!

Tenha piedade de nós!
Tão machucados pela vida!
Ouça do povo a voz sentida...
Seque todas as feridas!
Dê-nos o seu alento...
E do alto do seu convento
Abrace cada um de seus filhos,
Seja rico ou maltrapilho!
Mas abrace com mais calor
O pobre sem cobertor!
Abrace a Maria,
A da panela vazia...
No seu barraco pendurado no morro
Gritando por socorro!...
Amém!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor

Foto de Anjinhainlove

Contradições

Eu sei que não há nada que possa fazer
Agora para te fazer ficar,
Mas onde está o teu coração face ao meu sofrimento?
Como pode uma pessoa amar e ser indiferente à sua dor?

Enquanto lutas pelos teus sonhos,
Eu luto por evitar que eles destruam os nossos,
Enquanto, com tanto egoísmo, gritas
Deixa-me em paz!
Eu grito Anda cá e ama-me, preciso de ti!
Esses fantasmas que te cegam
Não te deixam ver, para além de um peito dorido,
Um coração partido
Que chora a tua frieza, com saudades do teu calor.

Não duvido, nem por um segundo,
Que o teu amor por mim exista
Mas essa doença corrói todo o bem da tua alma
E só deixa existir uma dura carapaça.
Mas, qualquer dia, as minhas mãos cansar-se-ão,
As minhas lágrimas secarão
E o meu coração curar-se-á dessa maldade...

Foto de diana sad

solidão*

Solidão

A solidão imundice que corre soberana por dentro dos séculos. O homem e suas batalhas, as reviravoltas e os novos sentidos. Vai dormindo respirando o ar dessa cordial inimiga, traduzida baseia-se apenas em fita será?

Sempre tive a solidão como aliada
Nos momentos em que minha paz ferida
Não tinha refúgio seguro
Mas, ao mesmo tempo em que sopra, machuca.
Porque nunca tem ninguém ali depois da chuva.

A solidão é prejuízo aos nossos cofres
A solidão dentro de alguém dói mais que
A própria morte.

A solidão é mundana, busca sua supremacia nos sentimentos tristes, cria a seu próprio império e é rainha Gananciosa dá a você esmola e rouba suas rosas.

Diana sad
30/05/07

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"ORAÇÃO POR TODOS NÓS"

“ORAÇÃO POR TODOS NÓS”

Meu Pai peço por mim e pelos meus...
Cuide do Sr. João, nosso padeiro, que todas as manhas
Enche nossa mesa com o carinho de seus pães...
Peço também pela família do Sr. Higa, o feirante que abastece
Nossa dispensa...
O Sr. Ferreira dono do mercadinho que complementa nossa
Dieta...
O Paulão e sua equipe são os garis da minha rua, sem eles,
Com certeza nossa vida seria um caos...
Ao Ricardo carteiro nosso anjo das boas noticias...
A Maria um doce de mulher que mantem nossa bagunça arrumada...
Ao Sr. João nosso vizinho, sabe aquele que tem um cachorro chato,
Mas que é um eterno guardião de nossas casas...
Ao Sr. Olegário, aquele que vez ou outra entende nossos apertos e paga meus cheques, mesmo sem saldo...
Ao Luiz, aquele amigo chato, mas que sempre esta presente pronto
A ajudar...
Ao Coelho meu quase irmão, tão carinhoso com todos nós...
A Nê meu amor que fala comigo sem sequer abrir a boca...
A minha mãe, aos meus filhos, aos meus netos, a meus primos, tios cunhados, cunhadas, sogras, sogras??? Sim, tenho duas, uma ex e outra atual, excelentes pessoas, a minha ex-mulher, a todos meu Pai, proteja com seu manto sagrado, que a melhor fatia do bolo seja dividida quantitativamente a eles, que o melhor dos sentimentos seja atribuído a todos eles, que todos sempre gozem de uma excelente saúde...
E a todos de POEMAS DE AMOR, meus mais novos amigos, meu Senhor, dê saúde, paz, tranqüilidade e que permaneçam com esta habilidade de escrever o amor em toda sua plenitude, no mais meu Pai, devo agradecer por tudo que sou e consegui nesta minha vida!!!

Foto de Sonia Delsin

É AQUI O CÉU?

É AQUI O CÉU?

Chego sem asas.
Andei pisando em brasas...
Chego sem braços.
Tantos abraços...
Chego sem dedos.
Meus segredos...
Chego sem medos.
É aqui o céu?
Chego mansa.
Falando baixo.
É que a voz me sumiu pelo caminho.
Se pisei em espinho?
Chego sem pés.
Mas chego.
Chego com mãos...
E chego com coração.
Ah, ele bateu tanto!
Nunca se cansou.
Como este coração amou!
É aqui o céu?
Acho que é.
Tem a calmaria que eu esperava.
Tem o que eu buscava.
Tem paz aqui.
E tem um riozinho cantando.
Parece-me que chega um anjinho voando.
Olho a carinha dele e reconheço.
Alguém que já conheço.
É aqui mesmo o céu.
Acabei de constatar.
Só aqui eu poderia um dia te reencontrar.

Foto de Sonia Delsin

OUTONO NO PARQUE

OUTONO NO PARQUE

Meu chapéu sobre o banco a descansar.
Os sons que ouço...
Como vou contar?
De uma água que ao meu ladinho está a cantar?
Das crianças a brincar, a gritar?
E maritacas,
papagaios,
bem-te-vis...
... nas flores quanto colibris.
Ergo o olhar.
Uma folha que está caindo chega quase a me tocar.
Abaixo os olhos.
O chão é um tapete de folhas velhas.
Fico a admirar.
As árvores estão se desnudando.
O horário de fechar o parque está chegando.
Meu chapéu eu vou pegando.
Sigo calmamente a caminhar.
Esta noite com o parque vou sonhar.
Com a paz deste lugar.

Foto de Carmen Vervloet

SONHOS NAVEGANTES

SONHOS NAVEGANTES

Quero sentir as ondas do mar
acariciando esta rígida pedra!
Ondas que se quebram
sem ferir, nem machucar...
Quero ver seu vai e vem
beijando a areia morena,
desta praia pequena...
Refúgio do meu coração
ansiando por você em vão!...
Quero observar sua louca persistência,
sua incontrolável demência,
sua misteriosa insistência
em modelar o imodificável...
Em transformar o intransmutável...
Arte da natureza!
Arroubos da emoção!
Esculturas vivas
em constante transformação...
Castelos de areia desfeitos...
Sonho perfeito a se esfarelar...
Micros-grãos de areia
que se unem em seca praia
onde semeio a ilusão!...
Delírios do meu coração
que anseia por paz!...
Efêmeros sonhos que você me trás
na melodia do vento!
Envolve-me em encantamento...
Aspiração de felicidade...
Antagônica realidade!...
Viajo junto à estrela matutina
seguindo minha sina...
Percorro longas distâncias...
Perco-me entre neblinas...
Na esperança de reencontrar
O sonho que deixei p’rá trás...
Quimera fugaz
desfeita nas ondas do mar...
Que se vão
Esvaziando o meu coração...
Mas retornam trazendo de volta
Minha ingênua ilusão...
Sonhos navegantes
em ondas de emoção!...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados ao autor.

Foto de Sirlei Passolongo

Altar dos anjos

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Fiz um altar para os anjos
E nele deixei seu nome...
Pedindo que te protejam
Desde a hora que o sol nasce
Até que as estrelas
cubram o céu de renda

Aos anjos arquitetos
pedi seu sucesso,
aos artesãos...
o teu conforto,
aos jardineiros
pedi pétalas
de amor e paz

Aos anjos poetas
Pedi um poema
Que te faça sorrir
Cada vez mais.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

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