Paz

Foto de MorumySawá

MINHAS VISITAS AO INFERNO

Já visitei o inferno em vida. Já entrei em suas câmaras horrendas diversas vezes. Em todas, padeci muito. Nada tem a ver com o "Hades" mencionado na bíblia e nos estudos teológicos que são dados por religiosos. Aquele que jaz embaixo da terra e começa depois da morte não me interessa aqui. O inferno que já conheci e que me machuca fica mesmo na terra dos viventes.
Já estive no inferno do engano. Há algum tempo debato com um cenário surreal e dantesco que aconteceu dentro de minha mente. Vomito e sujeira, mau cheiro e loucura atolava meu filho no submundo dos tóxicos. Ali não existem humanos, apenas carcaças ambulantes. Sempre que tenho este pesadelo desejo dormir profundamente só para fugir do que testemunhei imaginando no futuro um cenário tão real que aflige não só a minha mente, mas, também a minha alma. Vivo a me perguntar por que os jovens se revoltam contra o sistema a sua volta. Tentam ser livres e acabam criando uma masmorra para si mesmo. Constroem o inferno com suas próprias mãos.

Sempre que desperto deste pesadelo um Lago de Enxofre permeia o mundo em que existo. Cada um dos jovens perdidos neste mundo tem uma mãe e um pai. Pais que choram como eu. Choram por não saber como apagar as labaredas medonhas que teimam em alcança-los.
Já estive no inferno da culpa. Hoje sei que nenhum tormento provoca maior dor que a culpa. Qualquer mulher culpada sabe o tamanho de sua opressão. Qualquer homem culpado fala que os ossos derretem com uma consciência pesada. Culpa é ácido que corrói. A culpa avisa que o passado não pode ser revisitado. Assim as pessoas se submetem a carrascos internos e esperam redenção através de açoites. A dor da culpa lateja como um nervo exposto.

Os culpados procuram dissimular o sofrimento com ativismos, divertimentos e prazer, omissão e loucura. Mas a culpa não cede; persegue, persegue, até aniquilar a iniciativa, a criatividade e a esperança. Recordo quando no final de uma reunião, uma mulher me procurou pedindo ajuda. Seu marido se suicidara de forma violenta. Mas antes, ele procurou vingar-se. Deixou uma nota responsabilizando a mulher pelo gesto trágico. Diante da tragédia, aquela pobre mulher, desorientada e aflita, não sabia como sair do cárcere que o marido meticulosamente construíra.

Já estive no inferno da maldade. Conheci homens nefastos, mulheres perdidas em sentimentos da inveja. Sentei-me na roda de escarnecedores. Frequentei sessões onde o martelo inclemente da religião espicaçou inocentes. Vi pastores alçando o voo dos abutres. Semelhante às tragédias shakespearianas eu própria senti o punhal da traição rasgar as minhas vísceras. Fui golpeada por suspeitas e boatos. Com o nome jogado aos quatro cantos, minha vida foi chafurdada como lavagem de porco. Senti o ardor do inferno quando tomei conhecimento da trama que visava implodir o trabalho que consumiu meus melhores anos de ministério. E eu sem saber como reagir.

Portanto, quando me perguntam se acredito no inferno, respondo que não, não acredito, eu o conheço! Sei que existe. Eu o vejo ao meu redor. Inferno é a sorte de crianças que vivem nos lixões brasileiros em meio às drogas. Inferno é a negligencia de pessoas que se acomodam em seu mundo particular e que se danem os que estão lá fora. Inferno é o corredor do hospital público na periferia de Brasília e em outros estados brasileiros. Inferno é a vida de meninas que os pais venderam para a prostituição. Inferno é a luta que meu filho enfrenta todos os dias quando acorda dizendo que não vai mais ser escravo do vicio.

Um dia, aceitei lutar contra esses infernos que me rodeiam, assustam e afrontam. Ensinei e continuo a ensinar que Deus interpela homens e mulheres para que lutem contra suas labaredas. E passados tantos anos, a minha resposta continua a mesma: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Acordo todos os dias pensando em acabar com os infernos. Gasto a minha vida para devolver esperança aos culpados; oferecer o ombro aos que tentam se reconstruir; usar o dom da oratória para que os discriminados se considerem dignos. Luto para transformar a minha escrita em semente que germina bondade em pessoas gripadas de ódio. Dedico-me porque quero invocar o testemunho da história e mostrar aos mansos que só eles herdarão a terra onde paz e justiça um dia se beijará.

Cleusa de Souza Klein

Foto de Odir Milanez da Cunha

RIO REVOLTO - SONETO

RIO REVOLTO
Odir, de passagem

Perdi-me dos passeios inocentes,
das crenças nos cenários, das certezas,
da pureza primeva das nascentes,
ao provar dos pecados as proezas

Qual riacho revolto nas enchentes,
causando convulsões nas correntezas,
sou hoje um rio de paixões pungentes,
cascateando choros e tristezas!

Lançar-me no mar morto e ter comigo
a paz das poças d’água, onde um pingo
de chuva faz marolas sem perigo.

Mas sou sobras de enxurro e não distingo
um mar morrente que conceda abrigo,
para um rio revolto e choramingo!

JPessoa, 18.01.2011

Foto de Mary Escritora

Mudanças

Se estiver em guerra
Que venha a paz
Se estiver chorando
Que venha a compreensão
Se estiver triste
Que venha a felicidade
Se estiver no silêncio
Que venha a noite
Se estiver confuso
Que venha a verdade
Se estiver no abismo
Que alguém lhe estenda a mão
Se vier a fome
Que venha o pão
Se vier o desejo
Que venha amar
Se vier a esperança
Que venha a realidade
Se vier o erro
Que venha o perdão.

Foto de Leonardo André

Sua presença

Quando encontro com você
brilha em mim a sua luz
seu amor me dá prazer
o seu corpo me seduz

Os seus olhos tão brilhantes
brilham mais que o luar
como puros diamantes
são de beleza sem par

Ter você perto de mim
me dá paz, me faz feliz
me faz ter tudo, enfim,
que sonhei, que sempre quis.

Foto de Leonardo André

Eu só queria um colo

Eu só queria um colo...
... onde eu pudesse deitar
e esquecer minhas maiores amarguras;
... onde eu pudesse recarregar minhas energias
e acreditar no porvir de um novo amanhã.

Eu só queria um colo...
... onde eu pudesse repousar
meus melhores desejos e sentimentos;
... onde pudesse encontrar meu porto seguro,
e me sentir desejado, querido e necessário.

Eu só queria um colo...
... onde eu pudesse deitar minha cabeça,
fechar meus olhos e dormir longamente;
... onde eu pudesse sonhar lindos sonhos de amor
e acordar nos meigos braços da paz.

Foto de Leonardo André

7º Concurso Literário - Doce Amor

Meu amor quando me beija,
me abraça e me deseja
faz meu mundo se alegrar;
meu amor tem um perfume,
que me causa até ciúme
se comigo não está.

É tão lindo o seu sorriso,
minha vida é um paraíso
quando perto dela estou...
seu olhar me traz a vida
que, outrora tão sofrida,
hoje é muito mais que amor.

O meu amor
fez de mim um homem forte,
sou feliz por ter a sorte
de poder viver em paz.

O nosso amor
vai vencer todo esse mundo,
porque nada é mais profundo
que o amor que ele me traz.

Foto de Arnault L. D.

7º Concurso literário - Anacrôni'c'oração

Se o seu amor se for,
como já foi...
Esqueço.

Volto as horas para trás.

Para antes da dor.
Troco o adeus pelo oi.
Começo.

Vivo o que agora jaz.

Se distancia for milhas,
torno à minima escala...
Meço.

Até caber o que apraz.

Se nos quiser tal ilhas,
nego a agua ao congela-la.
Atravesso.

Continente o gelo nos faz.

Do tempo cesso o ponteiro
quebro a atualização.
Impeço.

Pinço o instante em tenaz...

Penúltimo é derradeiro.
Anacrôni'c'oração.
Enlouqueço...

A trarei de mim, para ter paz...

Foto de Joaninhavoa

7º Concurso Literário "No silêncio dos silêncios"

*

*
Guardo as palavras que te direi um dia, meu amor,
qualquer dia, não sei quando
E são tantas as palavras guardadas no silêncio dos silêncios
que o fogo chega a ser gelo, meu amor.
Olho o azul do céu e vejo-o a brilhar, reluzente
olho o mar e vejo-o verde com as ondas a rebentar
dão-me esperança de um dia navegar
e o som que oiço murmurar és tu a soletrar meu nome
e a mirar-me deslumbrado como a uma belísssima flor.
Uma paz envolve meu ser e tudo ao meu redor,
misteriosa magia é esta do bem querer que é o amor.

Joaninhavoa
(helenafarias)
2010/01/17

Foto de marcos alves

Pai herói na visão de uma criança

Quando criança
Assistia televisão
Sempre percebia
Que Super herói
Não morria
Eu cresci
Parei de ver televisão
Mas fiquei com a impressão
Que os super heróis
Jamais se vão
Pai então você partiu
Fiquei sem entender
Como pode
Um super herói morrer
Na minha infância
Eles não morriam
Era tudo ilusão
A televisão
È apenas ficção
Resolvi escrever
O que sinto por você
Vivo ou não
Você habita no meu coração
Descanse em paz
Eu te amo Pai

Autor Marcos Paulo Alves Simões
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

Foto de marcos alves

Ao meu grande amor

Em 15 de março de 1997
Nós juntamos nossas vidas
14 anos de casados
14 anos é uma vida
Uma vida de amor
Uma vida de alegria
As vezes vinha a dor
De vez em quando
Vinha as brigas
Mas nunca houve despedida
Sempre juntos
Suportamos toda dor
O destino até tento
Mas jamais nos separo
Nós juntamos nossos corpos
E por amor um ao outro
Tivemos uma filha
Uma filha planejada
Uma filha muito amada
Uma filha bem criada
E muito bem encaminhada
Amor cheguei a uma conclusão
O que Deus uniu
O destino não separa
Onde existe amor
O bem vence o mal
A alegria vence a dor
A paz reina em nosso lar
Obrigado por me dar uma família
Uma família muito linda
O que posso te dizer
È que amo muito você.

Autor Marcos Paulo Alves Simões
Em homenagem a sua esposa
Deusa Lucas de Carvalho

Páginas

Subscrever Paz

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma