Sempre tive esperança de que teus olhos me vissem,
Tão estática ao teu lado, nos meus sinais discretos,
Em candura casta, na devoção cega desse amor mudo.
Tentei muitas vezes essa batalha de medo ganhar,
Mais à medida que crescia esse amor em mim,
Crescia na mesma proporção a minha covardia.
E por, mas que tentasse, afundava mais em mim.
Seu amor corria livre por entre corredores desertos
De minh’alma, e não o podia deter.
Perdi sempre...
E sempre amando, mas e, mas você.
Queria que essa brisa agora te levasse embora,
Te arrastasse pelo ar, e fosse longe, longe tanto
Quanto voa meus pensamentos, afunda em alto
Mar essa barca
Aprendi a calar meu choro, a sufocar palavras,
Dizer frases inteira sem pronunciar teu nome,
Só não aprendi a te esquecer.
Hoje...
Amanhã...
Depois... E depois!