Pensamentos

Foto de DAVI CARTES ALVES

GARIMPAGEM DE DIAMANTES NAS SEARAS DA LITERATURA 3

" Ortodoxia de G.K Chesterton publicado em 1909, é a melhor síntese de seu pensamento sobre a religião. Chesterton exulta com a alegria que dizia encontrar na fé – e, com irreverência, critica adversários do cristianismo, como o conterrâneo H.G Wells

( “ Muitos romancistas representaram a terra como sendo perversa. Mas o sr. Wells e sua escola tornaram perversos os céus” ) e o filósofo alemão Friedrich Nietzsche ( “ Ele sabia escarnecer, embora não soubesse rir” ) .

Quadro – Veja recomenda. Revista Veja

“ ... luzes quentes me iluminavam, como se eu fosse um anjo de fogo; minhas roupas histéricas foram recobertas por pedaços de vidro: eu suava luz ... Assim que meus pés tocaram o palco, uma vaga de palmas me afogou numa explosão de vida humana”

Rascunho – Periódico de Literatura

“ A definição de “qualidade ” em qualquer área da cultura é sinônimo de polêmica. A polêmica existe porque são variadas as formações, as trajetórias, as necessidades espirituais e culturais de cada pessoa. E a Constituição Federal garante a todos a livre manifestação de suas idéias, crenças e pensamentos .

... A Lei Rouanet simplesmente privatiza o incentivo a cultura; seus mecanismos de avaliação são imperfeitos, por genéricos e pela falta de pessoal para avaliar até mesmo a execução financeira dos projetos; não se constitui em sistema, é um simples repasse de recursos públicos, não exige contrapartidas na maioria dos casos.

“ ... a partir dessa demanda – a das bibliotecas de bairro e comunitárias – os livros de pequenas editoras - e os publicados pelos autores – teriam espaço na compras. Se não for assim, podem ter certeza de que na medida em que comissões de “ sábios ” escolham os acervos, não vai haver espaços para esse tipo de livro - salvo as proverbiais exceções.

Felipe Jose Lindoso para o Rascunho – periódico de literatura.

“ Sua cegueira hereditária, que lhe foi tirando a visão aos poucos : “ a cegueira gradual é como um lento entardecer de verão ” gostava de afirmar ”

... Era um leitor de contos, não de romances. Era , primeiramente e sobretudo leitor, depois um poeta, depois o resto...

É preciso através de Borges, compreender toda a literatura como uma elaboração artificial que possui suas próprias regras e não tem compromisso algum de responder a parâmetros cotidianos. É preciso compreender a literatura como literatura “

“ O romance francês do século 19, de uma ponta a outra, não poderia arrancar de Borges mais que bocejos e alguma prostração moral proporcionada pela leitura “ densa ”. toda a literatura “ intimista ” ou de gosto psicologizante lhe incomodava, a considerando um pastiche irresponsável, caótico.

... O quase menino que, ao morrer aos 21 anos, devia a justiça 21 mortes ”

Ronald Robson – Sobre Jorge Luis Borges – para o periódico Rascunho

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"POEMAS DE TODOS NÓS" Convite a todos que puderem colaborar com um verso.

"POEMAS DE TODOS NÓS"

Se a vida nos presenteou com este dom...
dividamo-o com todas as pessoas...
De que importa se o que temos de bom...
Guardarmos como se fosse jóia rara!!!...... Edson Milton Ribeiro Paes.

Por grandiosa raridade se tratar
É que a todos entregamos.
E assim, pessoas e mais pessoas incentivamos
À essa preciosa jóia lapidar...

Ouro, prata, diamante, não sei....
O fato é que um dia ousei
A todos a poesia mostrar.

Vi então um pequeno rio fluir...
Tornou-se grandioso dentro de mim...
Hoje, mananciais a jorrar...." ................... (Rose Felliciano)

Cumpre o seu percurso, contornando pedras,
Molda-as com cuidado, circunda-as com aparato,
Águas a jorrar com sabedoria, até virar mar ou poesia.. (Carmen Lúcia)

"Senhor e Criador, vimo aqui não só para lhe pedir,
Mas, para lhe agradecer.

Permita-nos conversar consigo através de nossas poesias.
Fazei que elas não sejam entendidas só pelos letrados, pelos sábios, poetas e filósofos,
Mas também pelo leigo, pelo pobre e analfabeto,
Sim, Senhor!!!
Pelos necessitados, pelos pequeninos

Tira-nos a trava dos olhos
E permita-nos que enxerguemos ao longe
E, ao mesmo tempo que saíbamos interpretar
Corretamente, nossos pensamentos.

Afasta de nós o egoismo

E permita que nossas singelas poesias sejam universais...

Para todos dirigidas..................................... Dirceu Marcelino

Meu sonho é um grande presente,
Num mundo a girar sem parar
Como o sol que ilumina a gente. .................... Laura Marcelino.

Em dias que corremos contra
Nas noites que chegam a favor
Presente sempre presente
Fogo que nos incendeia...
Poesia nosso fervor!............................................ YapRose

Tão rara quão preciosa
Colmeia de poesia rainha
Rima de vida maravilhosa
Com vós partilho a minha............................. Henrique Fernandes

Nosso viver é como um oceano
Cheio de riquezas e desejos.
Num jeito tão especial e marcante,
Dando toques de puros anseios.

Nossas vidas recheadas de inspirações,
Nossos versos se enlaçam
E nossos escritos encantam...............................Graciele Gessner.

Na rua a chuva persiste e canta,
e dança e chora saudades do sol.
No peito o pranto, o canto, o riso.
Na alma anseios, desejos, de sonhos felizaes contigo...
De fato percebo ausências, recados, mensagens, nas rosas vermelhas,
que falam de amor!...........................................(Koka/Delirante)

"No tempo do ontem, meus pensamentos se perderam.
No tempo de hoje, me encontrei na minha realidade.
No amanhã, não sei onde estarei...".................Cecília(Ceci_Poeta)

O amanhã à Deus pertence
Nem quero me preocupar
Não importa se o dia está escuro
Ou se vai nevar
O importante na vida da gente
É trazer aqui dentro do peito
O sol sempre presente
E através dos poemas lidos e escritos
Amar e sentir-se amado
Não importando se quem lê
É ou não teu namorado...................PoderRosa...o poder da mulher...

Teu namorado pode ser o mar,
o sol ou o mais que aspirar...
Na melodia da poesia
Nada se perde,
tudo se inicia
Desde uma teia tênue
Até o mais alto conspirar!
Inspiração que brilha, reluz e incentiva
A amar, amar, amar....................................................Drica Chaves.

É amando a tudo e a todos...
Que o paraiso podes conquistar...
È morrendo que nasces de novo...
E é a Deus que tu deves louvar.............Edson Milton Ribeiro Paes.

Foto de Sonia Delsin

BANHO DE LUA

BANHO DE LUA

A minha rede me convida.
Mais do que a rede.
Esta lua enorme.
Este luar de prata que me mata.
O sono não quis chegar.
Aqui fora tenho um belo luar.
Ele me faz sonhar...
Ele consegue trazer suas mãos pra me acariciar.
Seus lábios pra me beijar.
Deitada na rede.
Tomando um banho de lua posso divagar, quase levitar.
Posso deixar minha alma lhe alcançar.
Nem reclamo mais da insônia que estava a me incomodar.
Muito melhor na rede ficar.
E os pensamentos soltos deixar.
Até fazer amor num ousado imaginar.

Foto de syssy

BUSCO AMOR

Busco um amor que possa completar o meu amor,
indivíduos iguais, que compartilham sentimentos
iguais aos meus.

deixar de ser ave solitária pelo céu de pensamentos,
ter os nossos ninhos enlaçados por fios de alento entre
minh'alma e a tua.

Conhece-te como você a mim, dividi meus anseios, meus
sonhos, partilhar de emoções, viver e descobrir teus erros,
acerta com os teus acertos, brigar por minha opinião,
saber perdoar se você não magoar.

É busco o perfeito no imperfeito, ter amor de qualquer
jeito, ensinar meu capricho, ter os teus mimos, não
importa, quero que me ames, quando achar você.

Foto de Cecília Santos

CALEIDOSCÓPIO

CALEIDOSCÓPIO
#
#
#
Quando me separei de você.
Senti minha vida morrer lentamente.
Consumida por uma dor atroz.
Tentei agarrar a salvação.
Pra mim... pra nós!
Mas foi tudo em vão.
Um redemoinho, me arrancou do
chão e me atirou na escuridão
Girando, girando, como um peão.
Como folhas secas espalhadas
pelo chão sem vida.
Fiquei sem direção...
Fiquei na contra mão...
Fiquei sem ar...
Fiquei sem voz...
Apararam as minhas asas
tão rentes ao meu corpo.
Que eu não voava mais.
Eu só fazia cair num abismo negro.
Que me tragava lentamente...
Que consumia minhas forças...
Que consumia minha vontade...
Depauperava meus pensamentos...
Em minha cabeça se instalou
um gigantesco caleidoscópio.
Em suas variáveis cores eu me perdia.
Num turbilhão de imagens retorcidas,
nada mais eu distinguia.
Separação lancinante...
Coração em pedaços...
Alma lastimosa...
Lágrimas de tristeza, e dor.
Copiosamente derramadas por você!

Direitos reservados*
Cecília-SP/03/2008*

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

Foto de Gideon

Anjos zombeteiros

Tantas coisas prá dizer, prá escrever, prá viver…
Meus sonhos e pedidos talvez irresponsáveis a Deus…
De que queria uma mulher especial, que na verdade eu nem sabia muito bem como seria…
Já que valia fantasia, como eu pensava, pedia tudo o que tinha direito…
Dizia eu nas minhas orações:
“Que ela seja linda, meiga, decidida, feminina, ousada,
Sem pudores, amante da arte de dar e receber prazer, feliz, lutadora,
Exigente, reivindicante do amor, sábia e apressada…
Empreendedora, corajosa, deliciosa, temente a Deus, jovem, fiel
Minha, minha e somente minha…
Que me ame, ame e ame muito…

Etc, etc e tal e por aí vai”

Bem, era fantasia, já que podia pedir, pedia a Deus despreocupadamente, como que para instigá-lo, talvez zombar do seu poder e bondade…
Irresponsável e sem fé, como sou, agi como aquele crente que pede chuva a Deus
mas nunca sai de guarda-chuvas…
Pois é, pedi tudo isso a Deus e não me preocupei em preparar-me para receber a benção..

De repente trovejou no horizonte, e lá veio a tempestade. Tentei fugir, correr, nadar..
Não teve jeito, Deus me enviou a chuvas de bênçãos. Me encharquei, quase me afoguei.
Fiquei sem dormir por três noites seguidas e ficaria por mais 50…

Como um animal selvagem quero cheirá-la, tocá-la, apertar o dedo nela para ver a textura da pele…
Mexer no seu narizinho, beliscar a bochecha. Pisar em seu pé para ouvir o seu “ai”, zombar dela para ver os seus vários tipos de sorrisos…

Enquanto estou cá ainda perplexo com a benção ela já fala em família, casamento.
Declara a sua paixão ardente e exigente de 18 horas.
Quer alianças, promessas e, como uma adolescente, ou melhor, uma mulher que sabe que sou dela, sem pestanejar exige a minha presença de qualquer jeito..

Vou procurar Deus para uma conversa séria.
Vou pedir explicações, mas com cuidado de não reclamar para ele não diminuir a benção… mas.. Meu Deus… podia me avisar heim.. me preparar melhor…

Já diziam os antigos: “Quem ri por último ri melhor!” e uma trinca de anjos devem estar às gargalhadas lá no céu ao ver meu desajeito com a benção…

Mas, não perdem por esperar… vou sair melhor que a encomenda… verão..
Vou amá-la muito, muito, muito mais tanto que ela terá dúvidas se ela será ela ou serei eu ela ou sei lá quem será quem..
Seremos um.. literalmente.. quero adquirir os seus trejeitos, os seus costumes.
Quero conhecer o índice de sua mente e me apressar em conferir seus pensamentos antes dela o fazer…
Quero que as minhas células se misturem às delas e os seus desejos sejam meus e os meus os dela...
Alementar-mer com a sua boca e pegar com as suas mãos, caminhar com os seus pés.. e dormir com seus olhos.. Enfim.. será uma confusão só que o próprio Amor vai chamar a paixão para uma urgente reunião e reivindicar a Deus a expansão de seus limites para nos atender…
Enfim… os anjos zombeteiros vão engolir o nosso amor

Foto de Drica Chaves

Identificação

Quero a vida percebida
- Depois de um dia vivido.
Quero a inocência da criança
- Depois de um gesto confuso.
Quero a chuva cessando
- Depois de alagar ilusões.
Quero a paz contida
- Depois de um minuto de glória.
Quero a manhã ensolarada
- Depois da escuridão do pensamento.
Quero a voz bradando
- Depois do silêncio solitário.
Quero falar:
Da verdade humana,
Da esperança invencível,
Da orquídea estimada,
Da essência da vida.
Depois!
Quero a posse de mim mesma, com a veracidade da luta.
Quero ser guia dos meus pensamentos, sem o embaraço da formulação.
Na profundidade do ser ou na superficialidade da aspiração...
Depois!
Nada preciso...
- Identifiquei-me.

Drica Chaves.

Direitos autorais reservados.

Foto de CarmenCecilia

ACRÓSTICO: QUATORZE DE MARÇO DIA DA POESIA

QUIS AQUI FAZER UM ACRÓSTICO PARA DEIXAR UMA MENSAGEM PRA NOSSA MUSA MAIOR: A POESIA...

QUATORZE DE MARÇO DIA DA POESIA

Q UISERAM TE HOMENAGEAR...
U M DIA PRA TE COMEMORAR...
A QUELA EM QUE BUSCAMOS...
T RASNSPORTAR SENTIMENTOS...
O S MOTIVOS SÃO VÁRIOS...
R IMA COM TODA SUTILEZA...
Z ERA O INCONTESTÁVEL
E SEMPRE GERA BELEZA...

D ELA PROVÉM INSPIRAÇÃO...
E NOS ENTREGAMOS DE CORAÇÃO

M ESCLAMOS...
A LMA..
R ECHEIO DE ASPIRAÇÕES...
Ç MESMO INSOLÚVEIS SITUAÇÕES
O MAIS IMPORTANTE... EMOÇÃO

D EDICAMO-NOS A TI...
I NSTANTEAMENTE ENTREGAMO-NOS
A PAZIGUANDO PENSAMENTOS MIL...

D E TI O VERSO E...
A PROSA...

P OIS TU ÉS A EXPRESSÃO MAIOR...
O OSTENTÁCULO DO AMOR...
E XTASE...
S EMENTE DE PAIXÕES...
I NEBRIANTES REFLEXÕES...
A BRINDO CAMINHOS E A PALAVRA NO SEU MELHOR!

CARMEN CECILIA

Foto de Gideon

A deusa da minha paixão

As coisas tomam formas diferentes dependendo do ângulo em que são vistas.
No meu ângulo, tempos atrás observando embasbacado uma escultura falante, viva, alegre, ligeira e inteligente, posta em um lugar poético e historicamente cultural, o elegante Café do Odeon.
Ela, a escultura, a medida em que eu a observava fazia surgir em minha mente formas em revoluções sobrepostas, meio psicodélicas que passeavam pelo meu interior desarmando-me e imobilizando-me completamente.

Restava-me, ali, indefeso, continuar inebriado e imobilizado pela beleza dinâmica da deusa.
Claro, o trato era, e acabou sendo cumprido, o de estudar português do Décio, prof. da Academia dos Concursos.
Foi produtivo, e não poderia ser diferente. A eficiência dela é inigualável.
Entrego-me confiante ao seu ritmo, certo de que ela sabe o que faz.
Ainda não assimilei completamente o impacto da beleza que invade o meu interior.
Esta beleza que embala as minhas noites e intrometida apodera-se da minha mente impondo uma nova arrumação, espanando com certa arrogância lembranças obsoletas que já deveriam ter saído de lá há muito tempo.
E assim ela vai apoderando-se dos meus pensamentos.

“Meu Deus! Não me desampare nesta hora poética!” Talvez gritasse o salmista Davi, em seus passeios matinais pelos montes de sua inspiração.
Não ouso orar como Davi, mas o sentimento talvez seja bem parecido.
Ele era um homem sempre apaixonado, diria até meio exagerado a ponto de se apaixonar pela mulher de Urias, o coitado capitão e guerreiro de seu exército.
Mas, com a mesma valentia com que enfrentava o inimigo também, quase que candidamente, tangia de forma magistral a sua velha harpa, elevando-se ao nível dos deuses poéticos…

“Meu Deus, traga-me de volta à terra dos homens mortais!” Oro agora desesperado querendo retornar do devaneio que a imagem da deusa me remeteu.
Mas isto tudo foi ontem, somente por duas horas corridas que confirmaram as teorias de Einstein, sobre a relatividade do tempo.
Como passou rápido, voando! Mas foram suficientes para presentearem-me com uma noite descansada e revigorante, depois de tocar a minha guitarra até meia-noite, claro, embalado pela imagem da deusa, que àquela hora já se apoderara completamente da minha decência e vontade.

Talvez ela ao ler isto assuste-se pela impetuosidade das palavras, mas digo-lhe: Leia somente, é tudo muito leve e respeitoso, sem planos ou esperança de qualquer conseqüência.
É o fenômeno humano atuando em um homem que de repente depara-se diante de uma beleza poética que a deusa, talvez, nunca imaginara inspirar nos homens.

Aliás, ela nem sabe que é uma deusa.

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