Perfume

Foto de José Herménio Valério Gomes

UM CUMPRIMENTO DE UM DIA INEXISTENTE

Como num circulo màgico,vagueio dentro
Embrulhado numa nuvem de indecisöes
E näo sei se é passageiro este sentimento
Que parece uma dança de ilusöes

Onde o meu mundo està de volta
Trazendo nos meus sonhos um espaço de amor
Que posso abrir sem chave nem porta
E as minhas janelas väo para onde eu for

O horizonte que avistam os meus olhos aflitos
Säo um percurso de curta distancia
Que me levam para uma pista de circo
De retorno a uma infância

Os brinquedos estäo amontoados
E todas as atitudes servem para brincadeira
Jà nada pode reaver o passado
Este envolvido ,no que podemos recuperar numa sucateira

Jà estamos neste perfume de natal
Onde encontro as ruas sem cor
E a hipòcrisia é natural
Num pinheiro decorado sem amor

Faremos as crianças acreditar em um mundo como seria
Que existe mas näo està entre nòs para sempre
Näo vamos destruir uma tradiçäo de mentira
Que serà consumido ,comprado e doente

Vamos soltar entäo gargalhadas, sem insultos no estranho
Que nos fazem mais felizes,quando cumprimos este dia
Para recomeçar-mos a òdiar-nos como amamos
E é num abraço de semi-saudade que abandono a poesia

No interior do meu mundo é ali o bem que eu fico
E näo tem lugar para uma farsa de natal
Onde eu me sinto num présente com fita de autismo
Vou me apagar nas luzes e acordar para cumprir o pròximo dia que serà CARNAVAL....

zehervago
Carouge 16/12/12

Foto de Carmen Vervloet

Natal... Tempo de Amor

O natal entrou nos meus olhos de criança
dourado de sol como bolha de sabão
e se perpetuou nas minhas singelas lembranças
num pisca-pisca de luzes de imenso amor em ação

Imaginava que no berçário de um mundo conturbado,
nascendo Jesus do ventre da Virgem Maria,
jamais fosse ver tantos braços cruzados
diante da dor, da fome e da agonia.

Mas outra, hoje, é a realidade do mundo,
a terra é infecunda e não renasce, do amor, a semente
e entre lágrimas e suspiros profundos
vejo a decepção, a revolta e o sofrimento de tanta gente.

Papai Noel um velhinho simpático, mas cruel,
usado pelo selvagem regime capitalista
para poucos é só bondade, sorrisos e mel
mas a grande maioria é excluída da sua seleta lista.

Onde está o perfume do amor que exala das almas?
Onde estão os ensinamentos que nos trouxe o Menino?
Mãos estendidas... Vazias as palmas...
Jesus crucificado pelo egoísmo e seus desatinos.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"PETALAS MURCHAS"

“PETALAS MURCHAS”

A beleza que a rosa purpura...
Espalhava por todo jardim...
Exala um perfume sem culpa...
Mesmo estando muito perto do fim!!!

O jardineiro sem sentimentos...
Passava rápido o tesourão...
Enquanto a pobre rosa...
Perecia sem ao menos saber a razão!!!

Assim que do jardim foi arrebatada...
De tristeza inteira murchou...
Não à mais tempo para nada...
Sua beleza acabou!!!

Centenas de pétalas murchas...
Marcaram a colheita do dia...
O jardim esta em lagrimas...
Acabou a rosa da alegria!!!

Assim cumprimos um estranho ritual...
Onde matamos a beleza...
Com uma selvageria brutal...
Enchendo nosso jardim de tristezas!!!

Foto de Carmen Lúcia

Sem você...

Mais um dia sem você...
E ter que encarar a vida.
Esconder essa dor tão doída,
seguir adiante,
mostrar-me confiante
mesmo sem você...

Traçar nos lábios um sorriso,
fazer de conta que ainda existo
e na verdade, apenas resisto,
nesse mundo do faz- de- conta...
Porém a partida é lei da vida!

Que se sangrem todas as feridas!
Que se encham de lágrimas os oceanos!
Que se trunquem, se desfaçam os planos!
Ou se ausente a presença mais querida...
Ela é irreversível, inexorável, imbatível ...
Incompreensível, inevitável partida...

Como era lindo o nascer do sol...
Que trazia manhãs numa alegre canção
anunciando em louvor uma nova estação...
E as flores surgiam... Etérea aparição...
Os pássaros embalavam nossa emoção,
O vento cantava soprando as folhas
bailando no ar, morrendo no chão...
E o outono chegava dourando as paixões.

Cenário que já não me traz sensação.
Olho mas não vejo,
toco mas não sinto,
enche meu olhos,
mas não meu coração.
Música que ressoa
e não consigo ouvir.
Perfume que exala
e não penetra em mim...

Sem você...
Tudo ficou assim.

(Carmen Lúcia)

18/08/2008

Foto de vânia frança flores

Eu queria..

Eu gostava que olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo
Olhar em segredo em meus olhos e você ia ver oque é amar.
queria poder te abraçar.
Quantas vezes eu parei à tua porta.
Quantas vezes nem olhaste para mim.
Quantas vezes eu pedi que adivinhasses.
Quanto é que eu gosto de você.Se ainda me queres
Eu estarei aqui
E tudo o que fores
eu serei assim
Se ainda me queres...
não será o fim.
Não perco a esperança de encontrar contigo
Não importa o que diga o destino as pessoas.
Eu quero manter teu perfume comigo
E viver um amor proibido.

Foto de Edson Cumbane

O ESPÍRITO E A NOIVA

O Espírito e a Noiva dizem vem!
A Noiva diz: Vem meu Amado!
O Espírito diz: Já preparei a Noiva
Pois, então: Vem Amigo meu!
O Espírito diz: Vem para que o meu
Gozo seja completo! Vem Amigo meu!
A Noiva diz: Vem Amado meu!

O Espírito e a Noiva anseiam
Anseiam a chegada do Noivo!
Vem! Diz a Noiva!
Já me ungi com óleo
Já me lavei com água limpa
Já me vesti com longas vestes brancas
Já me adornei com joias de justiça e luz
Vem! Diz o Espírito!
Vem! Diz a Noiva!

O Espírito e a Noiva dizem vem!
E o Noivo diz: Eis que cedo venho Amada minha!
Tu és linda e muito bem adornada Amada minha!
O teu perfume me atrai a ti!
Como são lindas as tuas vestes!
Eu sou da minha Amada!
E minha Amada é minha!

Eis que cedo venho! Diz o Noivo!
O Espírito e a Noiva dizem vem!
Vem! Vem meu Senhor Jesus Cristo!

Foto de Carmen Vervloet

Súplica à Rosa

Não fale linda
e sublime rosa...
Apenas me deixa ver
a sua estonteante beleza,
suas pétalas rubras,
(feito o sangue
que alimenta meu corpo)
e me embeveça com este
seu delicioso perfume
alimento da minh’alma!
Desabroche no meu peito
e faça do meu coração
sua eterna morada.

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de Gabriela Bedalti

-Quem sou eu?-

Numa belíssima tarde de verão
Me lembro como se fosse hoje.
O céu estava repleto de mansidão
E os belos pássaros voavam ao longe.

Abrí meu olhos e descobri
Havia nascido com um certo fim
Cumpriria uma missão e assim
Num instante fui feliz.

Porém ainda não sabia
De onde eu vinha, para onde eu ia
Tudo era novo naquele lugar
mas com vários amigos apesar

Vivíamos dentro de uma bolsa
Voávamos nas costas e entre as asas do anjo
Esperávamos o lindo dia chegar
em que ele ia nos soltar.

E assim pelo ar, chegou o meu dia
e à luz do luar, um jovem eu via,
entre a multidão que seguia.
As mãos do cupido me pegou
de dentro do arco me soltou
e eu voei!

Percebi minhas forças, o meu amar.
Era tão bom voar, ao luar
E foi assim que de repente...

De repente, sob a luz do luar
acertei levianinho e devagarinho
o coração sonhador do jovenzinho
que dantes lá do arco, eu via.

E da felicidade que eu sentia,
vi, notei o doce, o perfume que escorria
do coração acertado
sua vida mudado.

Foi naquele momento, ao luar
naquela noite, alegre noite
que os olhos depararam
em uma bela, linda fronte.
A fronte da jovem mais prazenteira
mais alegre, mais certeira
ele viu.

O sentido sumiu, eu era algo novo
que lhe tinha chegado -o que era?-
Perguntava -como chegara?
Como ao luar me achara?

E entre a multidão que seguia,
essas perguntas surgia, ao jovem
homem, acertado, arrastado
pela moça que ao luar lhe aparecia.

No passe da paixão
uma mãozinha lhe toca
Ele se levanta e volta
Então lhe olha... nos olhos...
É ela!

Ela que lhe encantou
e que sob a luz do luar
na ponta de uma flexa do cupido
lhe acertou. Sua vida mudou.

Então nos lábios que se tocaram
nos prazeres que se chegaram
nos hálitos que se trocaram;

A pergunta que ao luar
se havia surgido, no pensamento do jovem
ali se respondeu
-Quem sou eu?-
A flexa que o cupido soltou
e à luz do luar voou
do arco ao virgem coração
com vontade, com fervor
enorme emoção...eu sou o amor...

(2008)

Foto de Elias Akhenaton

Palavras de Otimismo

“A cada novo dia brota a flor da esperança. Se ontem só víamos os vales sombrios, hoje podemos ver as altas montanhas, sentindo uma leve brisa que chega afagando o espírito, acalmando a mente, contemplando o sol, o nosso astro-rei com sua coroa dourada.
Se ontem a estrada estava cheia de precipícios e obstáculos, hoje podemos caminhar atravessando trechos floridos, sentindo o doce perfume das flores e ouvindo os pássaros cantarem suavemente suas melodias nos arbustos (cenas da primavera), portanto, caminhemos com fé, a cada novo dia brota a flor da esperança, em Deus nossa eterna aliança.”

-**-Elias Akhenaton-**-

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