Pescoço

Foto de Coyotte Ribeiro

...

Não há porque escrever, se tenho de falar.
Porque falar se não tenho o que dizer?
O império noturno guarda em seu silêncio as más ações de homens sem face, sem honra, sem dignidade.
Humilhação é dada aos puros de alma.
Inocentemente morre a graça e não percebe a dor de minha alma.
Me sinto só neste abismo sem fim.
Aos gritos do meu sussuro ouço lamentos no escuro.
Assaltado a mão armada, com lanças e espadas. Me roubaram a alegria, transladaram minha vida.
O que há de ser dito?
Não! a morte não me espera pronto.
O vento é suave, mas é frio e implacável, mas o mar dará aos mortos o que nele há.
Da seputura se levantará minha coragem.
Do abismo farei sair o meu reforço.
Perco meu pescoço, mas não viverei de consolo!...
Não importa se morri ou se vivo estou.
Minha melhor vingança será o teu maior perdão!
Olhar de penitência será sua sentença.
Vida livre, morte digna!...

Foto de Vadevino

GOSTO DE TUDO

Amo teu cabelo, teu pescoço,
Teu par de oreia...
Amo tua cara, teu zóio,
Tua boca vermeia...

Foto de Gideon

Um delírio

Ampliei a sua foto
Remexi cada cantinho de seu rosto
Enfiei-me pelos seus olhos redondos
Atirei-me em sua boca indecente.

Atraquei em seu pescoço...

Mordisquei nervoso suas orelhas
Queria o seu amor, o seu som
Busquei a sua respiração
Atravessei a sua pele e lá fiquei.

Ampliei o seu olhar com o fotoshop
Virei a cabeça prá melhor te observar
Balancei seu rosto prá seus cabelhos voarem
Agarrei os seus lábios, deliciei-me.

Busquei na mente resíduos de você...

Recitei poesias batidas, prá ti já oferecidas
Fiz declarações absurdas de amor impossível
Imaginei ter você, em toda a vida.

Desliguei o virtual...
Chega, apaguei você...
Sacudi o rosto e pela sala andei...
Esfreguei a cara com sabão
Prá calar o delírio da paíxão...

Não sei, não sei e não sei...

Ainda bem que vou prá longe
Lá de cima vou arremessar
Esse sentimento torturante
Prá um felizardo, coitado,
Cá em baixo encontrar.

Foto de Carmen Lúcia

Alegria profana

Oh!Alegria tanta,
a fazer alarido
dentro de mim...
a me pôr a bailar
a mais despudorada
e sacrossanta dança,
a provocar mudanças,
a realçar nuanças...
Diante de tal exuberância
deuses se ajoelham
e santos deixam o altar!

Oh...Alegria tamanha,
isenta de artimanhas,
entra-me pelas entranhas
excita meu palpitar...
afaga o meu dorso,
tateia meu pescoço,
sussurra em meus ouvidos
e me faz arrepiar.
Então me pego dançando
o ritmo que imaginar.

Oh...Alegria bizarra,
a me tirar o fôlego
fincando-me sua garra,
ganhando-me com um sopro,
fragilizando meu corpo
na dança que não é das águas
tampouco dança do fogo,
e sim o meio termo,
solidão e sofreguidão,
que apaga a amargura
e dores escorrem pro chão.

Oh...Alegria insana,
que rouba-me a lucidez...
me pinta um quê de profana,
banha-me em sua liquidez
e mesmo estando só
perco-me na multidão,
que sua euforia sugere
com toda magia que insere...
Alegria que grita mais forte
colore a lida, pincela a sorte,
onde o sonho maior se aninha,
nessa dança que realça a vida
contida na alma que é minha.

(Carmen Lúcia)

Foto de CarmenCecilia

Receita de Amor - Vídeo poema

Poesia - Duo: Salomé & Hilde

Edição e Arte: Carmen Cecilia

Música: Rencontre

Receita de Amor

Sopro do vento em meu pescoço
Na mais suave carícia do pecado
Assopro sussurando meu nome...
Pecado tremendo que não some

Finjo que estou adormecido...

Cansado, desgostoso e sofrido
Só para estar em ti aconchegado
Para ver bem quieto o sol nascer
Na luz mais pura do amanhecer

Tentando esquecer sem querer...

Querendo escapar sem o poder,
Insinuação de um beijo que ama
Sensação da mais bela carícia...

Ah! Amada... tentação do pecado

És a um só tempo o meu templo
Alcova que respiro o ar sagrado
Do presente, futuro e do passado

Ah! esse veneno que contamina

Meu sangue e minha alma eterna
Sem controle para os meus atos,
Sem perceber que em ti me perdi

Não se perdestes... ávida doçura!

Tão plenas és de ternuras
Não tenhas medo, nem segredo
Que estou e estarei ao teu lado

Você é a minha prioridade!

Doce veneno, me atando ao teu ser
Leve e avassalador... me ancorando
No pleno extremo de qualquer limite

Sem fronteiras... nem um só abrigo

Anseio ser feliz de verdade
Só luto e reluto a favor do amor
Me cura desta amargurante doença
Com tua inebriante presença

Que só você me preenche...
És o melhor de todos os remédios
Me dê aquele antídoto para controlar

Cada batida e pulsar do meu coração,

Cada pedaço da pele que estremece
Sob o toque delinqüente de tua mão
Que sabe como ninguém doar emoção

Que busco viver desde criança

Fugindo... agarrado a esta esperança
Onde me perco e me encontro
Reviro o avesso dos desencontros

Levanto e estou pronto ao combate...
À procura do teu sublime contato
Da sintonia...empatia...do afeto
Por onde me vejo em acalantos

Sem lágrimas e sem prantos

Ah! amor, me dê o teu eterno veneno,
Me faça tua, simplesmente e somente tua
Hoje, amanhã e para sempre...

Sabe que sou todo teu!

Estarei em ti no simples e no complexo
No beijo e no abraço, em todos espaços
É este o meu ...o teu...o nosso traço

Queres trilhar, trançar... traçar comigo?!

Hoje, amanha e depois...e depois...?!
****************************
Hilde & Salomé somente...e sempre!

Foto de Manu Hawk

Teus Cabelos

Apenas um segundo,
foi o tempo que levou,
para te ver ali,
sorrindo, inocentemente lindo!

Teus cabelos me prenderam,
pensamentos voaram,
todo corpo estremeceu,
quando teus olhos tocaram.

Fecho os olhos,
sinto tua respiração,
tua boca roçando meu pescoço,
gosto de sexo, tesão...

Apenas um segundo,
foi o tempo que levou,
para me entregar,
deliciar em tuas mãos!

(por Manu Hawk - 18/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Dirceu Marcelino

PRINCESA MORENA DO XADREZ - Homenagem a ANA APARECIDA, Poetisa e Enxadrista que já me deu a honra de participar aqui em Duetos

SÓ PARTE DESTA PROSA POÉTICA OU POESIA, está transcrita no VÍDEO-POEMA, que continuarei ( já foram feitas a parte I - PRINCESA INKA DO XADREZ, II - PRINCESA MORENA DO XADREZ

PRINCESA DO XADREZ

Acordei em tua cama
Coberto pela colcha de cetim
Que colocaste sobre mim
Enquanto cochilava.

Levantei-me:
Fiz as necessidades primárias
E fui para a área.

De tua bela casa,
Onde em uma mesa branca
Estavam as peças enfileiradas
Do nosso jogo preferido.

O xadrez.

Sentei-me a mesa,
Peguei o jornal e nem sei se o li
Pois, estava pensando
Na nossa última
Jogada.

Enquanto sonhava
Nem percebi tua chegada
Só senti o teu perfume
E o calor que me transmites.

Sentas-te à minha frente
E mudas, calmamente,
A primeira peça branca,
O peão da ala do Rei Branco,
E, automaticamente, mudo a preta,
Da ala correspondente.
Imediatamente, muda outra branca,
Eu, outro peão preto.
Mas, na próxima
Atacas-me com o cavalo.
Tive que prestar mais atenção,
Senão capturarias o meu bispo,
Pois, os teus cavalos são de raça,
Verdadeiros puros sangues,
Corcéis Negros, do haras,
De Carmem Cecília.

Ah! Como gosto de brincar com isso!
Foi assim a minha primeira “cantada”,
Disse-te para me atacar com a Rainha,
Pois, é essa que gosto de comer
E me advertiste, por usar
Termo tão chulo.

Eu, também, acho,
E, em então não falo mais,
Mais cada vez que eu te ataco
Não sei por que é isso que eu falo,
E tu, nunca mais o rejeitaste,
Como vou falar agora,
Como fiz ontem
Ao vê-la nesse vestido
Vermelho reluzente,
Marcante e sedutor,
Mostrando as tuas curvas
Os teus vales e teus montes,
Desde as falésias até o de Venus,
Os dois colossos e teus dotes.

E num racho cativante
Uma das colunas de alabastro
A mesma em que me encaixo
E ajeito-me o meu inchaço
E te abraço e te amasso,
E te levo e me segues
Suavemente.
Estou pensando, mas,
Isto foi ontem.

O teu colo
É um verdadeiro
Protocolo.

Suave,
Bronzeado,
Não se sabe pelo sol,
Ou pelo dom que lhe foi dado
No dia em que nasceste
E teve todo o corpo
Modulado...
Sarado.

Do jardim
Que nos rodeia
Exala-se um perfume sem igual,
Talvez, provocado pelo sol,
Em uma mágica da natureza
Que faz abrir as flores
E cantar o rouxinol.

Vejo inúmeras flores,
Mas sempre destaco as rosas,
Levanto-me, no exato momento
Em que me atacas com a Rainha
E apanho a mais bela rosa
Uma exuberante vermelha,
Mas vejo que teu vestido
E fechado por detrás
Com cinco botões
Em formato
De rosinhas,
Cor de rosas.

Então, me aproximo,
E te pergunto num sussurro:
“_Queres que te coma novamente?”
Pois, nessa posição, será fácil a captura,
E, não terás mais saída, pois, essa jogada é muito dura,
Ou te como a Rainha, ou capturo o teu Rei,
Como sou o Rei Negro, vou dar-lhe essa
Chance, mas tens de mudá-lo primeiro.

E foi o que fizeste,
E então se levantaste,
Demonstrando preocupação,
Como se a noite toda comigo não estiveste,
Ficou à minha frente, em pé,
Tremula e excitante,
E, então,

Carinhosamente,

Afaguei-lhe o pescoço,
Encostei-me suavemente
E dedilhei o primeiro botão,
Enquanto, levemente,
Fui acompanhando
Os teus passos,
E te beijando
Ternamente,
Abrindo o
Segundo,
E mordiscando teu pescoço,
No terceiro,
Já estávamos dentro da sala,
E toda sua costa exposta,
Não precisaria nem
Abrir os demais,
Pois, já deixastes cair
Teu lindo vestido vermelho
Até a cintura.

Então te beijo mais sensualmente,
Alisando com meus lábios,
Aquela pele reluzente e macia
Com gosto de quero mais.
Aquela rosa de pétalas felpudas,
Vermelha e sensual
Ainda está em teus cabelos
E por isso imagino em abrir os outros dois botões,
Nos dentes e te levo para o quarto,
Pois, com certeza, com eles abertos,
Vai desabrochar a rosa mais formosa
E é essa, justamente, a que quero.

POESIAS QUE ME INSPIRARAM ATÉ CHEGAR NESTA VERSÃO:

1ª - Em: 17/01/2008 - RESPINGOS DE PAIXÃO I

Ó Bela Musa Morena
Cheirosa Rosa em botão
Sabes que desde pequena
Moras em meu coração.

Te vejo toda serena
Rendo-me com devoção
À brisa suave e amena
Que exalas com emoção.

Basta olhar essa cena
Esse gesto de afeição
E ergue-se a antena,

Mistério da ereção
Capta de forma tão plena
Teu poder de atração.

2ª - Em: 19/01/2008
VONTADE DE TOMAR UMA CAFÉ
BRASILEIRO

Estou a poetizar:
"Sai do meu quarto,
"Pé por pé"
E fui passar um café.

Hoje, aqui na minha região
Não fez sol.
Choveu muito.
Toda a manhã.
Foi uma manhã de paixão.

Nesse período escrevi:
"INSPIRAÇÃO,
ESPINHO DAS ROSAS,
VOCÊ ME ASSANHA,
VEJO VOCE NESSE QUADRO e
POETIZAR".

Poetizar estava pronta,
Mas faltava um fecho
Talvez, um fecho de ouro,
Mas que palavra colocar.

Coloquei a água fervendo
No coador
Exalou
Aquele cheiro
Do "café brasileiro",

Aroma embriagador
Rima com muito amor.

Tomei uma xícara de café,
Ah! A cafeína.
Dizem que é uma droga,
Mas, todos tomam café.

Lembrei-me de tuas poesias
Dessa paixão contida
Que te alucina
E de teus versos
Que nos extasia.

Dos beijos que desejas,
Dos abraços
Que já recebestes

Lembrei-me que às vezes,
Também, fico assanhado,
Minha mulher fica brava
E me sinto acossado.

Lembrei-me de que estás
Atribulada,
Sentes aflições.

Pronto,
É esta a palavra que faltava,
Vou correndo
Lá no quarto
Vou fazer o fecho
O "Fecho de Ouro".

Mas, vou,
Tomando uma xícara de café,

Penso,
Melhor ir
"Pé por pé".

Mas porque ir escondido?
Já tenho a palavra chave?

Vou sim.
Levar uma xícara de café,
Para a minha mulher
Foi o que fiz
E passei um dia feliz.

Choveu...
E choveu muito hoje
Quantas poesias hoje eu fiz?

Será que será a última.

Agora, minha esposa entra
Carregando meu netinho,
Está com seis meses
O belo pequenino.

Ela veio me fiscalizar.
Eu lhe digo:
"_Estou fazendo outra poesia.
Nesta até você tá no meio,
Mas, "não fale nada",
Senão me atrapalha.

Ela saiu
Talvez, pouco chateada,
Então eu completo
Meu pensamento:

"_Por favor..."

Ela já saiu,

Penso:

"_Ah. Então depois complemento:

Por favor ... Meu amor".

Tomará que chova,
De novo
E amanhã
Eu acorde
Com vontade de
Poetar
Poetizar.

3ª - Em: 21/01/2008 - SONHANDO ACORDADA II

A brisa do mar está ao meu favor.
Aproximo devagar e “pé-por-pé”,
Vou fazer uma surpresa ao meu amor.
Uma mistura de aromas de café,

Recém passado e da mais bela flor
Impregnam o ambiente do chalé.
Tornando- o mais acalentador,
Eis que a fumaça sai pela chaminé.

E, assim, vou como um caçador,
Como um lobo ao pedaço de filé
E como fosse aquele predador,

Abraço-a e a beijo agora com fé,
Pois, ela me recebe com ardor
E ainda me fazendo um cafuné.

Sr. Censurador, não vou por mais para evitar de encher o meu blogue...

Foto de Daemon Moanir

Mensagem III

Tem havido um novo cheiro no ar,
Vêm fragrâncias a alegria, amor
Dou-lhe um enorme valor,
Ao primeiro verdadeiro odor
Que senti
E continuo a sentir,
A sentir por ti o amor a aumentar,
Já me perco nele, seja em pensamentos suaves,
Em pulsares de desejo,
Ou em actos, por vezes desbocados
Pois a minha boca quer tocar na tua pele.

Doce, é tão doce o perfume que corre no teu pescoço,
Nas tuas mãos a percorrerem a minha cara ou cabelos,
Na tua boca quando consigo encostar meus lábios aos teus
Finalmente, passados tempos e tempos de espera sozinhos
Sem ninguém a nos dar carinho, um beijo ajuda sempre
A curar o vazio que se dá quando não te tenho aqui, ao meu lado.

A sorrir, escrevendo com música a tocar
A pensar em ti, a imaginar a ti e a mim
Com olhos postos nos outros olhos
Vendo o carinho a emanar,
A sair de cada dedo na outra pele,
A sair de cada beijo,
E agora a sair de cada palavra no papel
Te desejo o amor que tenho só para ti
Que tenho para te dar.
Para ti Beatriz, escrevo-te, amo-te.

Foto de killas

D.PEDRO I

Pedro, como infante lutou,
Pela bela Inês a quem amou,
Por ela seu pai quase matou,
Até que a sua morte chorou.

Seu pai assim o mandou,
E seus frios algozes levou,
A ela o pescoço cortou,
Netos o severo abandonou.

Quando chegou Pedro Gritou,
E nas asas da raiva voou,
Até que a amada vingou,

A dois o coração arrancou,
E a sua bela amada coroou,
Rainha do povo que amou.

Foto de Dirceu Marcelino

DUETO - HEI DE LEMBRAR E ENCONTRO DAS ALMAS

*
* LuliCoutinho & Dirceu Marcelino-

* (obs.: A grande poetisa LuliCoutinho, não sabe que estou inscrevendo a poesia no concurso, se for o caso a retirarei, mas o faço por ter muita honra da mesma deixar eu participar de sua bela obra )

Hei de lembrar!
LuliCoutinho

Hei de ter muita alegria
De sempre recordar meus dias
Minha estória a minha poesia
E toda alquimia da minha vida.

Hei de saber que nesse mundo
Plantei bons amigos e lá no fundo
Cravei amor em versos da minha dor.

Hei de ficar bem velhinha
Mas pisar firme nessa terrinha
Com pernas de um vencedor.

Mesmo tendo-as muito frágeis
Andarei pela areia daquele mar
Onde antes fui sereia a te amar.

Hei de te lembrar, meu amor!
Como alimento da minha vida
De ser tua rainha e tua flor.

Dos vôos e beijos no horizonte
Bem longe aonde se esconde
Um arco-íris radiado de amor.

Hei de saber te lembrar
De não me perder de chorar
Mas um certo brilho de admirar.

Um grande amor te preparar
Pois em outra vida vou te achar
E hei de continuar a te amar.

(Lulicoutinho, em 30 de
abril de 2008)

ENCONTRO DAS ALMAS
Dirceu Marcelino

AH! Como é bom imaginar! Que te encontrei
Imaginar que passo as mãos em teus cabelos,
E teu pescoço de leve aliso num acariciar,
Dos meus dedos que te faz tremer e no elo

Dos meus braços que ora te entrelaçam
Como dois laços que te puxam e amarram-
Se suavemente no eixo dos corpos que enlaçam-
Se na junção das almas que ora se encontraram.

É bom ver o brilho de teus olhos esverdeados,
Desses olhos que cheios de desejos fustigam
E se tornam azuis como os céus desejados

Em face do ardor dos desejos que crepitam
Em teu corpo oriundo de tempos passados
E eclodem agora de tua alma e nos levitam.

( Dirceu Marcelino, em 20 de
maio de 2008 )
LuliCoutinho
Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2008
Código do texto: T1009202

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