Plenitude

Foto de Cecília Santos

Poema p/o concurso literário 2007-Tema:MÃE

Sinto muito a sua falta.
Ainda te vejo...!cabelos ao vento,
vestido florido,e branco avental.
Trazendo no rosto,seu belo sorriso,
resplandecente de amor.
Quantas vezes mãe,me refugiei no seus braços,
dissipei todos meus medos,e angústias.
Lembro-me,dos seus belos olhos verdes,e quantas vezes,
imaginei,como seria o mar olhando seus olhos.
Como eu queria mãe,que minhas preces de criança,
tivessem sido ouvidas.
Quantas vezes,ajoelhada ao lado da cama,olhos fechados,
pedia à Deus,pra nunca tira-la de mim.
Eu achava que mãe era eterna...!
Mas um dia,sem aviso,sem hora marcada,
sem beijo de adeus,você foi embora.
Sinto falta do seu carinho,do seu amor,do seu calor,
do abraço apertado,do se beijo estalado.
Hoje mãe,eu olho o mar,e vejo seus olhos verdes,
refletindo amor.
Agora eu sei,mãe que nada é eterno,
a não ser nosso espírito.
Sei que morreremos e renasceremos quantas vezes,
for necessário,até atingirmos a plenitude da perfeição.
Mas pra mim ,você renasce todos os dias mãe.
No sol que me dá bom dia...
No vento que me acarícia...
Na chuva que molha meu rosto...
E quando a noite chega mãe,você se transforma em manto,
e me aconchega em seus braços.
Seus olhos não são mais verdes,
são duas estrelas cadentes,a iluminar minha vida.

*este poema é em memória à minha mãe que eu amo tanto!

Foto de Gaivota

* AMPLITUDE EM PLENITUDE *

*
*
*

Você espetou o dedo?
Não...
As estrelas não permitiriam..
Calçam pés
no macio cálice
do teu caminho.
Tocam pálpebras
em pluma
amarelo veludo..

Aqui sentado sinto o perfume
escorrendo desejos..
Sussurram peles a
abrir-me a boca,
deslizam sedutoras
dizendo:
Morda-me!

Sinto o sabor
da carne tenra
gritando palavras
desconexas.
Amplitude em plenitude..
Resta devorá-la.

RJ – 24/11/2006
** Gaivota **

****************************************************************************

Foto de Agamenon Troyan

Lágrimas de areia

Lágrimas de areia
Agamenon Troyan

Lá estava ela, triste e taciturna
Testemunha de efêmeros conflitos
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.

Sentia-se solitária; oca.
Os homens admiravam-na
Pelos seus dotes
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!

De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.

E lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali...

O dia começou a desfalecer
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...

Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia!
Em um porto seguro.

Foto de PedroLopes

Sinto cada palavra

Ser poeta é uma cruz, que nos seduz
que carregamos com ternura
é sentir o verdadeiro sentido das palavras
que tudo nos retira em prol de uma rima…

é saborear cada sílaba, cada palavra amarga
é declamar, o que mais nos faz Amar
é sonhar por entre pastos verdes
é subir paredes intransponíveis para o homem.

eu sinto, sinto cada palavra que escrevo
sinto-as tanto, que até sinto os sentimentos
sinto-te a ti, sinto-me a mim, pois sinto

sinto-nos a nós, porque é impossível desassociar
o eu, do tu, agora somos um só, não minto
essa é a verdade, não consigo deixar de te Amar…

Pedro Lopes - Plenitude do Sentir - Editorial Minerva - Lisboa - 2007

Foto de Hisalena

Hoje apetecia-me...

Hoje apetecia-me ouvir a tua voz,
apetecia-me estender a mão e tocar-te,
apetecia-me ouvir-te falar de nós
e uma vez mais voltar a desejar-te,
apetecia-me mandar embora a solidão
e abrir-te de par em par o coração.
Hoje apetecia-me convidar-te para dançar,
apetecia-me perder-me no teu calor,
apetecia-me ter de novo esse olhar
e uma vez mais senti-lo falar de amor,
apetecia-me mandar embora a inquietude
e viver a vida nesta louca plenitude.
Hoje apetecia-me ter de novo o teu tocar,
apetecia-me as tuas mãos na minha cintura,
apetecia-me ouvir-te de novo a sussurrar
e sentir o meu corpo invadido de loucura,
apetecia-me mandar embora uma parte de mim
e viver esta paixão até ao fim!

Foto de PedroLopes

Teu critério

Movida por esse teu critério estético
Dizes que meus versos não têm rima
Por ser feio, nenhuma obra-prima
Dizes que só o belo pode ser poético

Que meu poema é pobre, que te desanima
Por meu corpo ser franzino, e esquelético
Desejas que sempre permaneça hermético
Por não ter músculos munidos da pura enzima

Engano teu, nas minhas veias corre a tinta
Ninguém sabe do futuro seu significado
Se não será numa cama contigo lado a lado

Quando escrevo faço-o com sentimento
Não para ser belo, ou com ressentimento
Faço-o por Amor, com Amor, e pra ti Amor

Pedro Lopes - Plenitude do Sentir - Editorial Minerva

Foto de HELDER-DUARTE

Sobre o amor

A todos os meus amigos!

Estimado amigo, venho te dizer uma verdade, que está escrita na Bíblia, sobre o verdadeiro amor. Diz o Apóstolo São Paulo, na I Carta aos Coríntios capítulo 13:1-13, que o mais importante de tudo é o amor de Deus.

Só o amor de Deus, vence tudo e permanece, para toda a eternidade. Se queremos ter o amor de Deus, temos que té-lo no nosso coração e para isso temos que aceitar, Jesus Cristo, no nosso coração.
Vejamos o que o Apóstolo Paulo, escreveu em I aos Coríntios. 13:1-13.

«Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa, ou como címbalo que tine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que possua a fé em plenitude, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a fim de ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita. A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se usufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão e ciência findará. Porque a nossa ciência é imperfeita e a nossa profecía também é imperfeita. Mas quando vier o que é perfeito, o que é imperfeito será abolido. No tempo em que eu era criança, falava como criança, sentia como criança, raciocinava como criança; mas quando me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Hoje vemos como por um espelho, de maneira confusa, mas então veremos face a face. Hoje conheço de maneira imperfeita; Então conhecerei exactamente, como também sou conhecido. Agora subsistem estas três: A fé, a esperança e a caridade; mas a maior delas é a caridade.»

Amigo, Jesus te ama e quer que sejas feliz, procura-o pela fé e serás capaz de amar, porque então ele estará no teu ser, transformando-te numa nova pessoa.

HELDER DUARTE

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de Hirlana

Um amor não correspondido

Que loucura te enviar essa carta, foi a última que escrevi e nunca tive coragem de te enviar... Meu Deus... Nem sei, por que tive essa coragem de enviar agora?... Logo agora que nossas vidas tomaram rumos diferentes... Tão diferentes...
Você tem sua vida, seus planos, sua namorada, sua felicidade... Você construiu o que queria. Eu... Também fiz isso... Mas que droga de mente essa minha que não te esqueceu!
Bem, depois de tanto tempo... Tantos dissabores... Tantos caminhos distantes e opostos... Seja como for... Mantenha sempre seu peito aberto para ver os outros, para ver o que os outros te oferecem. Não fuja dos seus sentimentos, não tenha medo de amar... não se desama dando um mero “tchau”... isso ... eu bem sei. Bem, seja feliz, lute por sua felicidade, suas conquistas. Hoje, não sinto raiva ou rancor, quero apenas sua felicidade. Amar, não é querer ter o outro do seu lado, mas sim ver o outro no lugar onde esteja, se realizando como pessoa.
Rezo sim por você. Sei que deve pensar que te esqueci, assim como você, que nem lembra de mim. Mas, eu te amei muito intensamente para esquecer você assim. Rezo por sua felicidade, rezo pra que encontre seu caminho, seu sucesso e um amor, um amor verdadeiro, um amor que pelo menos tenha metade da intensidade do meu. Um conselho... Não se humilhe por amor, ou pelo que você acha que seja amor. Amor é um sentimento nobre, quem ama não machuca o ser amado, ao contrário, compreende, ajuda, aconselha, se dispõe por completo, perdoa, faz concessões... é... foi isso que fiz... fiz uma concessão... não lutei mais por teu amor, vi que não iria ter, mas mesmo assim, não te culpo, afinal, nós não mandamos em nosso coração! Infelizmente...
Bem, isso vai ficar muito longo... você vai encher o saco de tanto ler palavras sem fundamentos... sem saber nem quem ta te enviando... mas... talvez.... se parar e pensar... verá que sabe sim, mas não acredita ou não quer acreditar. Bem, não precisa assinar essa carta, só precisa deixar que seu coração te lembre quem te enviou...
Boa sorte na sua vida e nas suas escolhas. Que Deus te abençoe e te guie por caminhos mais curtos que te levem à tua plenitude. Um beijo...

Foto de Alma triste

Viver é Você

Teu Jeito ímpar me fascina
Tua riqueza de espírito, tua alma ainda límpida
Teu modo peculiar de encarar o mundo
E, sem ardor no coração, me perguntar: - Vês? E eu, que estava de coração gelado
Voltei a acreditar na ingenuidade Na simplicidade e no amor das emoções
Tua forma de encarar o mundo Fechou minhas feridas provocadas pela vida
Me fez ser um ser menos egoísta Mais sincera comigo mesma Percebi que nas pequenas coisas nos encontramos
E vi, pela primeira vez, que a vida faz sentido
Viver faz sentido
Por sua preciosidade, a vida faz sentido
Experiências únicas fazem da vida uma viagem Única, sem escalas, interrupções ou retrocessos no tempo
Viagem esta que é compreendida em sua plenitude
Por aqueles realmente puros de coração

Páginas

Subscrever Plenitude

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma