Plenitude

Foto de Ana Botelho

SILENCIOSAMENTE

SILENCIOSAMENTE

Foi assim que você me chegou, familiar, sem rodeios, de um jeito habitual,
Como se fosse parte da minha vida e soubesse todos os meus segredos
Fazendo gracejos, veio ousado e adentrou, sem reservas, sorrateiro
Ocupando de maneira inédita e acertando em cheio o meu coração,
Manejou, como um velho parceiro, o carteado do amor verdadeiro
Implantou uma rotina, trocando os meus hábitos pelas suas manias
Que inconscientemente assimilei, numa simbiose sutil e total .
Quantos rodeios eu fiz, até chegarmos ao nosso primeiro beijo
Tantos desejos contidos, como me fazem bem só de pensar
Hoje eu quero saber se você ainda pode vir comigo, sem me dizer nada,
Ou se ao menos poderá, ao meu lado, sentir o frio da madrugada, Que me desperta e me deixa fixada nessas imagens, aqui tatuadas
Horas e horas sem fim... até que a luz da manhã devasse o meu quarto
E me conduza à dura realidade. Depois de tantos anos nos amarmos,
Amanheço mais um dia, me arrasto à varanda frente à longa estrada.

Então eu sonho, sedenta e plena, esperando que transponha o meu portão,
Para sentir o quanto e como você me quer... bastando que apenas sorria.
Não, não precisa me falar nada...a mim me basta que você possa entender
Que eu gosto muito de tudo isso e, que só você me faz viver com alegria.
Chama-me ao amor, ato sublime, o maior que já puderam inventar,
Pois não existe no universo, coisa mais grandiosa de se compartilhar,
E me arraste por horas, que absorta e lânguida escorregarei em suas mãos,
Deslizando sobre a minha pele, para que eu sinta a textura que é só sua
Numa troca de energias e sensações sublimadas, fomentando esse amor,
Numa química perfeita, que só pode entender, quem conseguiu experimentar,
E você vem e me chega, assim, feito dono da minha vida, dos meus anseios,
Mas saiba que se ainda me quiser eu me rendo, me entrego em bandeja, na mão,
Com direito a cores, sabores e sons, desde o nada ao tudo, além de todos os tons
Para que a partir daí, só a plenitude fale por nós, bastando que adentre pelo meu portão...

Foto de Coyotte Ribeiro

Desalento

Pouco mais de sete horinhas meus olhos não cessaram,
A noite foi longa e per turbante nesta data.
De janelas ao norte a lua cingiu-se de tristeza,
Sufocando o meu pedido de perdão.
Já não merecia mais o seu carinho
Neste mundo virtual, já estamos à distância.
Sem teu carisma casual não posso viver.
O céu chorou o meu pecado.
Lágrimas lavaram a minha angústia,
Ainda que desejei não te magoar.
Não me dei o direito de te amar
Mas tu me ensinas-te a te desejar.
Voltei no tempo, o passado fui gratificante.
Embora não tenha sido melhor.
Observei cada palavra que dissera.
Das que recitei só uma frase resume esse amor,
Ainda que não sinta o meu calor.
A madrugada do meu desalento.
Sobrevivi em lamentos.
Nada é como quero, ou com tu desejas.
As atitudes de um velho eu,
são mais do que simples sentimentos.
Não há provas que definem ao certo
o arrependimento.
Mas há em alguém por perto
O amor profundo e sincero
Capaz de vencer toda angústia
Enxugar-me as lágrimas.
Dosar as próprias mágoas.
E na plenitude de sua nobreza
Declarar como antes.
“Sem noção, ninguém nunca saberá o quanto
Eu te amo. Não há explicação.”
Com muita emoção digo em certeza
Que tu és a mulher amada por excelência
Nada que tenha displicência,
Será capaz de obstruir o futuro.
Te amo mais que tudo.
e se for preciso transladarei o mundo
à não permitir que teu sorriso
seja apenas o início
mas o contínuo prazer
dessa grande obra de arte de amar
sem ter medo de perdoar!
Em humilde suplência
Te amo meu amor!!

Por MJPA

O coração de um Coyotte

Foto de Osmar Fernandes

De bem com a vida

Hoje fiz uma retrospectiva da minha vida.
Entrei no meu passado sem medo, sem pedir licença...
Descobri que foi nos momentos mais simples que fui feliz.
Percebi que Deus sempre marcou presença.
Senti muita falta de pessoas queridas que já foram morar no céu.
Senti alegria porque só me deixaram recordações maravilhosas.
Meu passado não ficou esquecido, nem ao léu.
Reencontrei-me com as minhas rimas e prosas...
Hoje percebo que aquele presente alcançou o almejado futuro.
Estou de bem com a vida, eu juro!
Plantei árvores, escrevi livros e tenho adoráveis filhos.
Também conquistei o sonho dos meus sonhos - meu amor.
O ontem foi o presente que o futuro virou saudade.
O hoje é o presente de sonhos futuros.
O amanhã é o sonho de dias melhores.
Assim vou levando a vida...
Acreditando, lutando e feliz.
Só posso agradecer a todos que fizeram e fazem parte do meu memorial.
Afinal, não teria graça nehuma se eu não tivesse essa história.
A felicidade sempre veio calma, na plenitude normal.
Hoje estou feliz, estou de bem com a vida.
Obrigado meu Deus por tudo que fez e faz por mim.

Foto de LoOmBrAdO

Apenas tento

Tento tento e como tento
a cada segundo um pedaço seu esquecer, pois ti por completa jamais esquecerei, sua pela que me exita, seu cheiro que me provoca e tudo em ti me alegra.
uma dia ei te entender o porque amei-te tanto e nao pude ser amado.
Ao menos um beijo seu terei para sua lembraça alegre e seu sorriso mais que repleto da plenitude de uma mor sincero que tive por ti.
apenas tento tentar te esquecer

Foto de Ana Botelho

REVELAÇÃO

REVELAÇÃO

Como tudo na vida vale o tempo da dedicação,
E por conta das desmedidas e incontáveis paixões,
Companheiras fiéis dos frágeis e descuidados corações,
Que quase nunca sobrevivem aos reveses do amor,
As poesias brotam incessantemente desde os primórdios,
E provam que não existem palavras certas, bastante capazes
De evitarem que os seus turbilhões deixem de nos aniquilar.
Ainda que estejam esmaecidas pelo correr do tempo,
Revelam a dor da morte de um lindo encantamento,
Restos de projetos de vida desfeitos, os mais preciosos,
Ou belas verdades poéticas que não pertencem a ninguém,
São palavras buriladas e contextuadas sem destino certo
E a cada poeta cabe apenas a dor do seu nascimento.

Para quem não tem rima e gosta de encadear com arte,
Ou o que as entona em lindos sons numa marcha sem fim,
Escrevem como quem tropeçasse em vários traços mágicos,
Mostram logo, de cara, todo o bom compasso e enlaçam,
Repousam no papel a sua cria, que cuidaram noite e dia,
Gastam o seu tempo empenhado em dar-lhes belo trato,
Alimentam-lhe com fascínio e esmero mais que exatos.
Muitas são tecidas pelo criador por horas e horas a fio
Algumas ainda jovens, já florescem, formosas e plenas,
Outras chegam até a fase adulta para se perpetuarem.

O ser poeta é um mergulhador do âmago da vida,
Sem comprometer com isso a sua sobrevivência,
É o lançador destemido das máximas cartadas,
No criar, no sonhar e no se envolver nas essências.

Como que levado num redemoinho incandescente,
Com naturalidade, surge o tal clarão inesgotável,
Que ilumina a alma de cada pensamento mais íntimo,
Rasgando-lhe as vestes e deixando-a devassável.

Ele absorve a magia de todas as fases de luzes da lua,
Buscando em zonas abissais todo o mistério submerso,
Energiza-se no sol, sempre, como um amigo maior,
Pondo isso tudo o que lhe alimenta num só verso.

O poeta como ser é um mago inebriado que inebria,
Cantador de encantos, desencontros e da plenitude da vida,
Busca revelar, em palavras, o semblante do seu semelhante
Que ares demonstra e, logo, os descreve-lhe as desditas.

Como se fora um guru especializado em almas,
Segue a sua sina sem reclamar, porque ama,
Ama o outro como a si mesmo e sabe disso,
Porque perpassa as agonias e delas não reclama.

Especialista, é sábio conhecedor da dor alheia sem fim,
Seja esta colhida tenramente, ou até quando madurar.
Mestre em metáforas, em rimas e métricas, mas me vem à mente:
Nunca vi nesta vida, um poeta "expert" na própria arte de amar...

Foto de Mabel

CONSCIÊNCIA DE VIDA

CONSCIÊNCIA DE VIDA
Nossa vida é tão curta e frágil que se tivéssemos consciência do quanto ela realmente é de um valor imenso, pensaríamos melhor antes de jogar fora oportunidades que nos surgem de sermos felizes, assim como partilhar essa felicidade. Nos entristecemos por fatos sem importância, perdemos minutos e horas preciosos, dias, e às vezes anos remoendo mágoas e vivendo do passado deixando de viver o presente. Quantas vezes nos calamos quando deveríamos falar e falamos o que não devíamos ao invés de aprender com o beneficio do silencio?
Deixamos de ter carinhos sinceros, amores verdadeiros, abraços apertados e sorrisos espontâneos... Deixamos de dizer o quanto amamos alguém, seja amigo ou parente porque achamos que o outro sabe o que sentimos. Colocamos mesmo sem querer, barreiras entre os corações que nos cercam. Nos esquecemos que muitas vezes o separa e aflige nossos corações não é à distância, , mas sim a indiferença, e assim criamos distâncias mesmo estamos próximos. A indiferença mata lentamente, anula qualquer sentimento...
Nos sensibilizamos com o que acontece no mundo, , mas nos esquecemos do que se passa ao nosso lado, na nossa casa, na nossa família, em nossa vida. Nos habituamos tanto com as pessoas de nosso convívio que passamos a não mais notá-las, e deixamos de dar sua merecida e real importância. Nossa vida é como uma linda e frágil flor, que pode ser colhida a qualquer momento ou permitir que possa florir no esplendor de sua beleza, com o vento levando as pétalas lentamente, para depois tranqüila transformar-se em semente. Este seria um ciclo de vida normal, onde as pétalas seriam os anos vividos e as sementes o bem que plantamos. Porém nunca poderemos prever se nosso ciclo de vida será completo ou se será como o de algumas flores, arrancadas ainda em botão. Pensamos que seremos eternos e nos descuidamos das pessoas ao nosso redor e principalmente de nós mesmos. Assim, os dias passam e não notamos o Sol da vida, apenas a escuridão da noite e continuamos fechados dentro de nós. Passamos pela vida, mas não vivemos em toda sua plenitude.
Quantas vezes nos consumimos, reclamando do que não temos, comparando nossa vida com a de outro que achamos estar melhor e que tem maior sorte? Colocamos a culpa em tudo que se possa imaginar e não percebemos que estamos julgando sempre o pior de nossas vidas.
A insatisfação e revolta nos impedem de perceber que a felicidade não é a ausência do conflito, mas sim a habilidade de saber lidar com ele...
Esta é a grande diferença, nunca é muito tarde para apreciar as flores de nosso jardim e trata-las com carinho, trabalhar nosso crescimento interior, valorizar nossas qualidades, agradecer a oportunidade do grande milagre da vida, que mesmo sendo frágil e efêmera esta dentro de nos, e pode se tornar extremamente fortalecida através do amor. Viva intensamente... Se quisermos transformar o mundo, devemos começar por transformar a nós mesmos...

Foto de Raiblue

Cidadania Cósmica

É chegada a hora de escutar
O cordão de ouro da consciência
É preciso, então, silenciar
E desvelar os segredos da convivência

Amar é a arte de cuidar
Não existe outro caminho
Exorcizar através do olhar
Toda dor, todo espinho

Desconcentrar-se de si
Buscar o centro no todo
Juntar uma parte aqui, outra ali
Tornar-se um templo poderoso

Não levar a vida tão a sério
Eis o grande mistério
Sorrir a tudo e a todos
Até quando tudo for desgosto

Encarar a própria sombra
Esse "eu" desconhecido
E através da penumbra
Encontrar a luz, o paraíso

Pois tudo coexiste neste cenário
E para existir não é preciso excluir
É a integração dos contrários
O Tao, para um novo ser ressurgir

Tudo isso é a holística
A busca do ser integral
Uma consciência mística
Que repensa o "normal"

Escutar o sopro da vida
Despertar a inteligência onírica
Interpretar a mensagem implícita
Descobrir a essência na existência

Inquietude que leva à plenitude
Uma cidadania cósmica surge
E vem a todos abençoar
Com seu mantra: ALOHA!!

(Raiblue)

Foto de Sentimento sublime

Noite.....Osvania Souza

Noite!

Hoje à noite no terraço.
Olhei o céu estrelado.
Vi a lua brincando.
Passeando entre as estrelas.
Com todo o cuidado.
Percebi que a vida é bela.
E no silêncio dessa noite.
Veio-me uma sensação.
Meu peito tranqüilo então.
De uma paz no coração.
Percebi que a noite existe.
Não para nos deixarem tristes.
Mas para trazer paz e mansidão.
E m'alma que vazia estava.
Envolveu-se de alegria
Fez-me escrever esta poesia.
Para te dizer que à noite.
Não vem como um açoite.
Vem tranqüilizar corações.
Para quando chegar o novo dia.
Ele possa nos encontrar.
Com saúde, plenitude e alegria.
Devolvendo-nos a magia.
Que esse dia possa nos contemplar.

Osvania

Foto de ivaneti

Encanto

Encanto,
Ivaneti Nogueira

E no encanto da natureza ...nos verdes mantos que encobre os sentidos,
Que exalam no ar... no aroma ...que suavemente...fala do amor...
Que encontra no sorriso a vontade de viver...dançar...voar...sonhar...
É assim que recarregamos nossos corações a cada dia...
A cada amanhecer... sentados no banco deste imenso jardim...
Olhando os pássaros que brincam ...
Olhando nos olhos de suas companheiras...
Revelando telepaticamente o quanto a ama...
É assim troca de olhares de cumplicidade...de repente ...
Aparece como relâmpago um beija-flor
Sugando o néctar das flores...deixando adoçado a as entranhas de nossas almas Iluminada de paixões... nesse encontro...que encontro o seu beijo...
Nos beijamos... ouvindo apenas o milagre que a natureza nos proporciona...
Ao cantar dos pássaros que traz toda a magia do viver...de uma esperança...
De sermos felizes...de nos encontrarmos no êxtase do amor...
De sorrir na plenitude de nossas vidas!

Foto de Ana Botelho

E AGORA...

E AGORA...

Acostumei as minhas longas mãos
A brincarem felizes entre as suas,
Por que agora estarei contente
Se elas vagueiam desapontadas
Em busca de tudo o que juntei,
Ou que pensei ter conquistado,
Se as vejo vazias, inconsoladas ...

Gastei os meus atenciosos olhos
Mirando e amando amar os seus,
Por que será que hoje nada querem ver,
Nem ao menos possuem o brilho de antes.
As coisas voam e, muito pouco de tudo
Que pensamos ter, fica para nos alegrar
É...agora ninguém atiça os meus desejos...

Será que subir em escadas de mármore
Para derrubar do alto muitas baixelas de ouro ,
Será que quebrar espelhos, vergar espadas,
Despedaçar estátuas e colares de pérolas,
E depois, de ver essas coisas todas no chão,
Pararei para escutar e sair desse torpor,
Recebendo então, um restaurado amor...

O que posso fazer para ter essa tal plenitude,
Se em cada novo ensaio, só encontro o mundo
E se o que busco é sempre o encanto do infinito...
É como se eu habitasse entre exílios e guerras,
Meus amores são extintos, todos eles mortos,
E para consolá-los, mando-lhes agrados em versos,
Mas nem isso os acalma, ficam gravados na minha alma.

Latentes, como os rios que perenemente choram
A ausência dos dias de verão, em que as chuvas fortes
Transbordam os seus leitos e redobram as corredeiras
Num derramar sem fim de opulência e saciado prazer,
Banhando para fertilizar e carregar tantas delícias,
Que ganham vida e matam a fome ao seu derredor,
Mas que são como eu, também sujeitos a mil fases .

ANA BOTELHO 30/02/2007

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