Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Eu preciso de Mim...





Hoje eu preciso de mim.
Juntar palavras derramadas
Sentimentos escondidos.
Pintar as dores em cores vivas.
Virar páginas...folhear outras
Abandonar convenções, juntar cacos
Desatar nós, tirar o pó da vida.
Hoje eu preciso de mim... Inteira
Olhar no espelho e me enxergar
Voar, voar, voar até cansar
E descansar dentro de mim
Preciso do silencio...do barulho..
do dia e da noite...do tempo!
Hoje eu preciso de mim...absoluta
Preciso acordar, gritar...me conduzir
Chorar, sorrir, acertar, errar
Insistir, desistir, tentar...parar o relógio...ou acelerar
Sair do labirinto e romper teias...dizer Adeus.
Eu preciso voar! Preciso do tempo...
Contornar minhas linhas e minha existência
Hoje preciso de mim...voltar pra mim!

Foto de Jonas Melo

Contemplação de Amor ...

Contemplação ...

Contemplei-te, em um dia lindo, com teus cabelos, soltos contra o vento, você trazia em teu chegar, um lindo sorriso, o qual me envolveu como se envolve em uma teia de paixão, onde simplesmente se prende por vontade própria.

Seu caminhar, era como se pairasses sobre o pó que pisávamos naquele momento. Não sei se era alucinação, mas todo e qualquer ser que te olhava, perdia-se em teu corpo divinamente esculpido pelos deuses.

De repente, tudo para, você simplesmente está em minha frente, minhas pernas tutibeiam, a se sentir como Atlas a carregar todo peso do mundo, mas sua voz, simplesmente me fez flutuar até as nuvens, com sussurros de pecar em meus ouvidos, sou envolvido em seus braços e, teu lindo sorriso me encanta, acompanhado do seu jeitinho e seus carinhos me levam ao paraíso.

Tua boca em minha boca é uma procura sedenta, uma busca incessante que a gente, começa a reinventar, com comentários maldosos e aplausos esplendorosos.
Na viagem em tua boca descubro que a mesma tem, aroma silvestre da brisa da madrugada, talvez, só quem fica até mais tarde, é, que entende o segredo destas palavras.

Teus beijos viciam tanto, me deixam tão dependente, pelo gosto gostoso que queima em nossas mentes, de podermos nos amar, como somente os mortais podem, causando suspiros aos deuses, os quais estão sempre a nos observar, no momento terno e puro do nossso doce pecar.

Pois seu jeito de me amar é suave e me leva até as alturas, com mil desejos, em teus olhos, encantos e um quero mais de loucuras, tudo podemos viver em uma simples contemplação de dois seres apaixonados. Te amo minha doce meiga contemplação de amor...

Jonas Melo !!

Foto de eda

"Feitiço Do Amor"

"Fiz um feitiço pra você!
Usei pó de estrelas, gotas de orvalho,
um raio de luar e algumas colheradas de carinho
Coloquei tudo para ferver num enorme caldeirão.
Depois lentamente coloquei um sorriso meu,
juntei essência de flores do campo e algumas letrinhas,
roubadas claro, de uma antiga poesia minha.
Misturei tudo lentamente e por fim coloquei dois ingredientes mágicos
uma porção de amor, e duas doses enormes de paixão.
Enviei pra você numa nuvem de sonho e derramei no seu coração.
Pronto! Enfeiticei você!
"você vai me amar prá sempre!
"E não existe antídoto pra essa magia!!!
"Serás meu, eterno amor...

Autora:Eda.

Foto de Sonia Delsin

AVE DE ARRIBAÇÃO

AVE DE ARRIBAÇÃO

Sou tão pequena.
Às vezes penso.
E o mundo.
O mundo é tão imenso.
Sou grão na imensidão.
Sou ave de arribação.
Ou sou como um pedaço de chão.
Guardo os segredos da semente.
Guardo na mente.
Tudo que fui.
E sou.
Às vezes penso que nem estou.
Mas vivo na ilusão que sou, que vou...
A lugares que nem sequer existem.
Não me entristece isso.
Me alegra.
Me divido.
Me subdivido.
Sou a menor partícula do pó.
E ando pela eternidade na ilusão de que não ando tão só.

Foto de Joaninhavoa

Eterno Vagabundo!

*
Eterno Vagabundo!

Quando você não está
a dor contagia todo meu ser
Espalha brisas rama destalada
folha de Tobaco d`imudecer
paira no ar desejo de sniff
Do pó que deixaste ao partir
Aguentar a pedrada
De um golpe de uma navalhada
Num espaço de um segundo
Viro espectro! Cambaleio
Sem freio
Sou um eterno
Vagabundo!

Joaninhavoa
(helenafarias)
19/02/2009

Publicado no Recanto das Letras em 19/02/2009
Código do texto:T1434486

Foto de Sonia Delsin

ESTENDO MINHA MÃO PRA TI

ESTENDO MINHA MÃO PRA TI

Eu vi no teu olho fundo...
Eu vi no teu olho fundo,
toda tristeza do mundo.
Pareces um barco soçobrado.
Te sentes tão abandonado.
Ó, amigo meu.
Não te entregues.
Navegues.
Neste mar imenso.
Entrego-te meu lenço.
Enxugue esta lágrima.
Levante a cabeça, empine o peito.
Sacuda o pó.
Não estás como dizes tão só.
Vamos caminhar, conversar.
Tenho algo a te contar.
Lá distante, no horizonte existe mesmo o pote de ouro.
Existe o tesouro.
Sabes o que é?
É uma coisa tão simples.
Amigo, é a fé.

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva V

Rolou na cama de sonhos que lhe compraram como presente de nascimento, e apanhou as letras. Era um dilúvio. Pressão craniana que o mundo trouxe, simplesmente num fechar de olhos. O ‘A’ deu-lhe segurança. Pintou Zês nos céus de chumbo lacrado a sangue. E o ‘R’ de revancha. Tornou-a mulher de somenos importância, e menina aberta ao conhecimento. Lembrou-se de Deus, servido numa bandeja de fruta em casa do barão do sétimo céu. Provou o pó que lava a cara da mãe que perdeu o filho esganado em fome.
E juntou os gemidos da palavra amor.
Escorria chuva fétida. Gotas que cheiravam a peixe, podre, e indecorosamente livre da palavra humanidade. Se somos o que pintamos, nunca poderemos ser o que lamentamos. E então levantou ossos. Deixou a alma no chão, onde pensou que tinha perdido a virgindade do sofrer. Mas levou o corpo. O sol reinava, algures ao fundo de um céu octógono. Menina frustrada, à chuva de amo-tes que sabia existir. Mas que nunca havia encontrado.
(continua)

Foto de Osmar Fernandes

Sexo virtual... chega!

Sou doido por mulher.
Preciso urgentemente de uma.
Não é pra casamento.
Não quero namorar.
Não quero uma santa.
Apenas quero transar.
Quero me sentir homem de novo.
Quero sentir o prazer da cama...
Preciso apagar meu fogo.
To cansado de ficar sozinho.
Quero uma fêmea me incendiando.
Quero me entregar ao seu carinho.
Quero perder o meu comando.
Há muito tempo estou só.
To no pó da bagacera!
Não é brincadeira...
Ninguém tem dó?
Estou morto, sem mulher.
Presico fazer sexo.
Pode ser uma qualquer.
To na pior, vivo sem nexo.
Faz tempo que não grito.
Preciso ter orgasmo com ela.
Que negro destino...
Tem que ser real.
Preciso invadir o corpo dela.
To de saco cheio
de sexo virtual.

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva II

Bastava só que acreditasse em mundos paralelos. Rapaz de pó, vezes entrega total, igual a amor. Paixão de povo lutador. Mulher que entrega. Homem que aproveita. Mulher que dá. Homem que explora.
Simples amor de dois corações em equação fatal. Menina que sorria, e o sol voltava. Desapertava o edredon de chumbo que o céu cinzento usava para se tapar e, a custo, vinha acariciar-lhe um rosto incapaz de suster cascatas de lágrimas. O pior são as dores de hesitação. Menina perfeita que tratava por tu o dedo indicador de Deus. Acatava ordens hermenêuticas. Acreditava que a vida tem de ser pior, para um dia, um longínquo dia, consiga finalmente ser melhor. E o vento percebeu. Entrou-lhe pelo coração dentro, rasgou a frágil barreira de seda que ela própria tinha tecido como segurança, e traiu-a. O azar bafejou. Soprou. Enrolou a língua, e arremessou a tristeza. O rapaz de pó desfez-se, no meio de dois trinados de pardal moribundo. Ela não chorou. Apenas emudeceu. O dia acabou, deitou-se na cama de lamentos que o acolhe há séculos, e a noite saiu para caçar. Menina sentada em cadeira de pau podre, com vestido de cambraia imóvel.
(continua)

Foto de pttuii

Menina perfeita à chuva I

Fez de si um borrão em carta de despedida de vida. Falhanço criativo, em noite de chuva. Tempestade aiurvética, acompanhada com a cavaleria rusticana de dois trovões que caem no mesmo sítio de um quintal de nespereiras de acervo. Tratava-se de uma indefinição subjectiva, que a acompanhava....
Refazendo a ideia,...
que se colava à pele de quinquilharia que sempre quis arrancar.
Foi a menina., sim, experiência genética ‘não alfa’, que chorava aos cantos da escola de cantos redondos. Nunca sabia o que tinha, sempre soube o que queria.
Mas diluía-se em expectativas indefinidas de felicidade gótica. Quis casar com um dragão de masmorra de castelo, e ser feliz à sombra de uma nespereira de acervo. Desistiu, quando o mundo um dia lhe disse que as meninas são pingos dos anéis de Saturno, que esperam o fim a qualquer momento.
Tudo estaria alegadamente dependente de Deus um dia se aperceber que tinha errado ao criar uma raça humana que se levanta, quando o dia nasce, simplesmente para se deitar quando as estrelas se alimentam, com a sensação de desprezível alegria astrológica.
Teve flashes de felicidade meteorológica. Adorava sentar-se em cadeira de pau podre, e sentir a frescura das chuvas de Outono. Caracóis de um louro desmaiado humedeciam ao passar dos segundos, e tornavam-na parte de um ecossistema de renovação. Terra, água, e ar, embalavam a pessoa de indefinições em desejos de aspiração divina.
Para depois gozarem com o sorriso de neve que sempre a matou por dentro. Sofria com o vestido de cambraia que a avó de afectos lhe bordara. Serviu o cós da saia muitas vezes para assoar fluidos de vergonha.
O rapaz de pó acariciava-lhe o rosto, e prometia-lhe redenção. Ela não existia. Mas ela poderia vir a ser caso sério de amor incondicional. Sem réstias de arrependimentos. (continua)

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