Foto de Apóstolo

Manancial ...Diante do Trono -

Senhor, estou aqui para te adorar
Em tua presença desejo estar
Eu sei que nada sou
Mas vim me humilhar
Preciso de ti
Vem me restaurar
Eu quero ser
Como um jardim fechado
Regado e cuidado
Pelo teu espírito
Flua em mim
Como um manancial
Do meu interior
Com águas vi - vas
Restaura o meu ser
Para o teu louvor
Eu te farei
Como um jardim fechado
Regado e cuidado
Pelo meu espírito
Eu fluirei
Como um manancial
Do teu interior
Com águas vi - vas
Te restaurarei
Para o meu louvor.

.........

Se precisas de oração ou interseção,
me envie vosso pedido pelo meu e-mail :
oprofetadejeova@gmail.com |
E na madrugada quando for orar no pó,
te apresentarei ao Pai, junto com teu pedido!
Ficas desde já de posse de vitória...

Que o Senhor Deus esteja convosco!
Ficas na paz...
O Apóstolo

.

Foto de pttuii

bom que mais somos do
que menos experimentados,
bem seria fortes ondas de
vigor cutâneo para experimentar,
gente sólida,
frutos do desvendar da terra pobre,
de sonhos ricos e desmanchados,
de tique-taques acirrados para menos
experimentar,
com fáceis presas
no jogo frígido de querer escrever bem,
para cego ler,
e estúpido decompor,
no fundo,
a histriónica capacidade
de detestar humanos,
fazendo deles pó.....

Foto de Apóstolo

O SENHOR É O MEU REFÚGIO...

Muitas vezes, o mal chega a minha porta,
As trevas tentam reinar na minha vida.
Falta-me Paz...
Falta-me saúde...
Falta-me o alimento e as finanças...
Posso até sentir-me só,
desesperado e sem socorro...

O mal pode durar uma noite,
mas pela manhã vem o sol
e com ele a esperança
de um dia de muita Paz
e amor na presença de Deus .

O amor de meu Deus
e sua misericórdia me fazem mais que vencedor
nas provações e tentações...

Já não há lágrimas nos meus olhos,
pois os anjos do Senhor, já as recolheram
em um tacho de ouro com prata
e as levaram à presença de Deus...

Os meus pedidos,
as minhas necessidades,
as minhas angústias e anseios,
já foram sanadas e estou de posse de vitória!
Tudo providenciado pelo amor do meu Deus !

Oh Senhor, todo poderoso, agora te suplico
nesta hora, pelos desamparados,
perseguidos, desesperados e esquecidos...

Por aquele que te clama meu Deus.
Pelo enfermo.
Por aquele que está no cativo,
Liberta-o Jesus!
Dai cura Senhor.

Meu bom Deus e meu Pai,
Vem com teu amor,
Renovando a esperança
e a fé em ti Altíssimo .

Tu bem sabes de nossas necessidades
e desejos.
Do que anseiam os nossos corações,
Pois tu és nosso Pai e Redentor.

A minha esperança Pai,
não está no homem,
nem no ouro,
nem no médico,
nem no advogado,
nem no remédio,
nem na justiça do homem,
nem no maior poder desta terra...

Mas em ti, Deus meu !
Pelo sangue de Jesus,
que cura, liberta e salva...

De posse de vitória, Pai.
Eu te glorifico, meu Deus,
Pois bem sei que tua bondade, teu amor,
tua misericórdia são o meu real viver...

.........

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te apresentarei ao Pai, junto com teu pedido!
Ficas desde já de posse de vitória...

Que o Senhor Deus esteja convosco!
Ficas na paz...
O Apóstolo

Foto de Apóstolo

- Preciso de Ti ...Diante do Trono -

Paz amado
a letra da musica presciso de ti
( diante do trono )

PRECISO DE TI PRECISO DO TEU PERDÃO

PRECISO DE TI QUEBRANTA MEU CORAÇÃO

COMO A CORÇA ANSEIA POR ÁGUAS ASSIM TENHO SEDE

COMO TERRA SECA ASSIM É A MINH?ALMA

PRECISO DE TI

DISTANTE DE TI SENHOR NÃO POSSO VIVER

NÃO VALE A PENA EXISTIR

ESCUTA O MEU CLAMOR MAIS QUE O AR QUE EU RESPIRO

PRECISO DE TI

NÃO POSSO ESQUECER O QUE FIZESTE POR MIM

COMO ALTO É O CÉU TUA MISERICÓRDIA É SEM FIM

COMO UM PAI SE COMPADECE DOS FILHOS ASSIM TU ME AMAS

AFASTA AS MINHAS TRANSGRESSÕES

PRECISO DE TI

E AS LUTAS VÊM TENTANDO ME AFASTAR DE TI

FRIEZA E ESCURIDÃO PROCURAM ME CEGAR

MAS EU NÃO VOU DESISTIR AJUDA-ME SENHOR

EU QUERO PERMANECER CONTIGO ATÉ O FIM.

.................................
.........

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E na madrugada quando for orar no pó,
te apresentarei ao Pai, junto com teu pedido!
Ficas desde já de posse de vitória...

Que o Senhor Deus esteja com vosco!
Ficas na Paz...
O Apóstolo

Foto de Swiftwind

Só para me Alegrar...

Diz-me então... se essa, a Beleza iguala o coração... Se em vão, eu coloco minhas palavras. Se é são e verdade, que a beleza é a tua luz e não a escuridão.

Quem és tu? De onde vens? Como chegaste? Perguntas são poeira no esquecimento do tempo, mas só apenas para aqueles que nada questionam. Eu sou alguem, tal como tu. De onde venho não sei nem como cheguei.

Sei só, que o tempo não é poeira e é tempo de limpar esse pó. Quem és tu? De onde vens? Como chegaste? Claro, não sou o dono das questões, e quem sou eu para questionar. Mas se responder te não importar, responde só para me alegrar.

Abraço,
Micael.

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" LAMENTO DAS FLORES"

*-*
*-*
*-*
*-*

Achou que era um jardineiro
Era na verdade um forasteiro.
Mãos pesadas,
Áurea negra.
Onde tudo colocou a mão
A tudo destruiu,
As flores denegriram.
Secou a todo jardim.
Petrificou as raízes
Das hortênsias.
Quebrou dela a aparência.
Roubou das rosas o perfume.
Hoje só lamento queixumes.
Tirou o giro das margaridas.
Hoje só feridas.
O amor perfeito
Quase não tem jeito
As folhas secaram-se
Com o mal feito.
Dos girassóis
Só restou o pó!
Tristeza de dar dó.
A dama da noite
Perdeu sua magia,
Até seu perfume
Que a noite contagia.
Bem me quer não tem
Mas escolhas,
Perderam-se as folhas.
As flores estão decepcionadas.
Estão murchas secas.
Mal podadas, mal cuidadas.
Aquele homem que se dizia
Jardineiro.
Assassinou o jardim inteiro!

(Plante uma flor, em seguida uma árvore)
A natureza merece!
Nossos pulmões agradecem!

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Manu Hawk

Lágrimas

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Lágrimas

escorrem pelo sexo
sem rumo
ácidas

escorrem pela alma
sem rumo
frias

escorrem pela voz
sem rumo
ásperas
nó...

na garganta, nas estranhas,
pó.

(por Manu Hawk - 05/07/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de LUCAS OLIVEIRA PASSOS

AS ESTRELAS

As estrelas Lucas Oliveira Passos

As estrelas estavam lá, no pedaço de céu que me cabia apreciar pela janela, naquele leito de hospital em que eu me encontrava, arrasado e sem entender nada...mais uma vez minha vida mudava completamente, numa guinada imprevizível...a necessidade da cirurgia, a gravidade da doença, e por fim a notícia que tentaram me passar e que me recusava a entender, sabia que era algo terrível, algo que teria que me lembrar e aceitar para o resto da vida, mas naquele momento o bloqueio não permitia, eu não conseguia pensar, apenas aquela imensa tristeza, e um gigantesco desejo de morte que nunca havia sentido antes em toda minha vida.

A enfermeira se aproximou sem fazer qualquer barulho, e cuidadosamente fechou a pequena janela, próxima ao meu leito, minha única referência para o mundo exterior, minha única fuga para os pensamentos terríveis que invadiam minha mente.

- Tenho que fechar a janela, os outros pacientes estão reclamando do frio, me desculpe, sei que é a única coisa que parece lhe interessar...

Assim, todas noites, meu céu quadrado e pequeno, contido nas dimensões daquela janela, se apagava irremediavelmente, as estrelas, que eu tanto estudara e pesquisara, por puro deleite, em certa etapa da vida, eram agora meu único consolo, me faziam pensar no tão pequeno que eu era, naquela imensidão tamanha do universo.

Não sabia quanto tempo já se passara desde o dia em que me internei com câncer e uma hérnia abandonada por muito tempo, calculava algo em torno de uns seis meses, tudo fora um sucesso segundo os médicos, mas meu corpo não era mais o mesmo, meus 75 anos pesavam bastante no processo, o restabelecimento era lento, a angústia era grande, havia algo medonho a ser encarado, assimilado e entendido...um amargo na garganta, um peso imenso no peito...por que meu cérebro se recusava a processar a notícia que foram me dar? Minha filha Aninha, por que não aparecia mais no hospital para me visitar?

As lágrimas brotavam abundantemente nos meus olhos, não devia ser assim...tão acostumados com o sofrimento devido aos anos de trabalho voluntário na ajuda desvalidos...comecei a lembrar palavras que foram ditas...concluí que havia acontecido com Aninha algo terrível, agora ela era apenas uma pequena estrela no céu e ao mesmo tempo uma chaga aberta para sempre no meu peito, para o resto do resto de minha vida, pois minha vida agora só seria um resto, que talvez nem merecesse ser vivido...chorei a noite inteira...nunca fora de chorar, nunca chorava, mas era impossível evitar...comecei a recordar o passado e parei exatamente quando Aninha havia entrado em minha vida...antes de nascer...ainda quando era nada mais que uma promessa de vida no corpo de uma mulher, quinze anos atrás...em um ponto de ônibus em Copacabana...

- Tu podes me ajudar? Estou com fome, estou grávida, meu namorado me abandonou, minha família não quer me ver, cheguei de Curitiba ontem e não como nada a dois dias, preciso que alguém me ajude...

Olhei a mulher nos olhos atentamente, estimei não mais que 30 anos para sua idade, observei todo seu corpo, era bonita, estava maltratada, entretanto vestia roupas de qualidade...seus olhos mostravam que estava em situação de carência e mêdo, o corpo, uma gravidez de no mínimo dois meses, senti muita pena dela, eu nunca abandonaria uma mulher à própria sorte, mesmo sendo desconhecida, e assim me senti envolvido e pronto para ajudar...

- Qual é o seu nome, moça?

- Sonia, mas tu podes me chamar como tu quizeres, se puder me ajudar te agradeço muito...Tu és casado, posso ajudar no serviço da tua casa?

Aquela pergunta me fez lembrar que já fora dezenas de vezes, não no papel, mas a muito tempo este conceito de ser ou estar havia perdido o significado em minha vida, deixava o amor fluir da forma que viesse, amava as mulheres incondicionalmente, deixando-as livres para entrar e sair de minha vida como bem entendessem, aprendi a recomeçar sempre que fosse possível, sem olhar para trás e sem me importar com nada, estivera diversas vezes no topo e na base, e sabia que após tempestades a terra se torna fértil e pronta para a fecundação, e que o importante eram os dias de sol que viriam, trazendo lampejos de felicidade...pequenos momentos que tinham que ser aproveitados antes que se acabassem...não fechava nunca qualquer porta que pudesse permanecer aberta em minha vida, essa era minha filosofia de vida, era como eu me sentia...

- No momento estou morando sozinho, se você quizer, eu te levo para minha casa, lá você pode se alimentar, tomar um banho, trocar de roupa e ficar quanto tempo quizer...até ter um lugar melhor para ir...quando quizer ir...

E assim, desde o primeiro dia morando em minha casa, Sonia se posicionava como minha mulher, sem reservas, na cama inclusive, sem nada perguntar, sem nada pedir, com seu olhar meio ausente e distante, por vezes inquieto.

Comecei a perceber que Sonia seria um pássaro passageiro em minha vida e não demoraria a se lançar em novo vôo, e isto me incomodava, havia me apaixonado mais uma vez e agora amava Sonia e a pequena semente que crescia no seu útero, fecundada por outro homem, mas já adotada totalmente por mim. Passei a visitar minhas tias levando Sonia e a promessa de Aninha, cada vez maior em sua barriga, apresentando-a como minha nova companheira, na extrema tentativa de faze-la gostar daquela opção de vida, mas sentia que o olhar de Sonia estava cada dia mais longe.

Tinha percebido desde o início que Sonia, assim como meu falecido filho Lalo, apresentava sintomas típicos de viciados em drogas, a abstinência estava lhe pesando cada vez mais e chegaria a um ponto em que ela não suportaria ultrapassar...isso me aterrorizava e me fazia passar noites em claro procurando uma alternativa, abri o jogo com ela, mas ela negou tudo e inverteu a situação, dizendo que se eu queria um motivo para me livrar dela e de Aninha. Talvez Sonia nunca tenha sabido o quanto me feriam essas afirmações...o quanto era grande o meu amor por ela.

O tempo foi passando, dias, semanas, meses e finalmente Aninha nasceu, pequenininha, indefesa, totalmente dependente de tudo e de todos, sem saber em que mundo fora lançada e por quanto tempo...eu tentava esconder as lágrimas que brotavam de meus olhos quando observava a total indiferença de Sonia em relação a Aninha, e comecei quase por adivinhação do que viria, a ler tudo sobre crianças.

Quando Aninha completou duas semanas de vida, cheguei de uma entrevista para um novo emprego e não encontrei mais Sonia, ela havia partido, deixando apenas um pequeno bilhete junto ao berço. Sonia levou quase todo dinheiro de nossas reservas, Aninha passou nesse momento a ser responsabilidade e problema apenas meu. Eu me recusei a acreditar, andava pelas ruas olhando em todas as direções, procurando por Sonia, levando fotos, falando com drogados, mas nenhum sinal de Sonia, devia estar longe...talvez em Curitiba...talvez em qualquer lugar do mundo, bem longe dos meus olhos mas ainda dentro do meu coração, ocupando um espaço imenso e significando talvez a maior derrota de toda minha vida.

Sentia uma imensa agonia e abraçava Aninha toda vez que precisava sair para conseguir algum trabalho, agora eram apenas eu e ela, apenas nos dois para enfrentar o mundo e lutar pela vida. Como conseguiria trabalhar e ao mesmo tempo cuidar do bebe, teria que conseguir uma atividade que pudesse ser feita em casa, que não tomasse todo meu dia...tinha que conseguir voltar ao topo, com bastante dinheiro seria mais fácil resolver as coisas... nunca me importava com o dinheiro, mas agora ele era a coisa mais importante para que eu pudesse cumprir meu juramento, daria o máximo do resto de minha vida para que o futuro de Aninha fosse o melhor possívcel...eu sempre recomeçava...já não me assustava com isso... e assim fui vivendo aqueles dias de angústia e amargura, tendo como único prazer observar a vida e o tempo fazendo de Aninha uma menininha cada vez mais linda.

O tempo foi passando e meu trabalho em casa, com desenho, arte final e fotografia, conseguia manter Aninha na escola, ela estava cada dia mais linda, com seus dois aninhos completos, me chamava sempre de paizinho, o que me deixava orgulhoso, eu já aceitava que iria viver apenas para que aquela criança pudesse ser alguém neste mundo hostíl, e assim evitava agora me envolver com outras mulheres, vivia só para Aninha.

Quando Aninha completou quatro anos, escrevi para minha tia que morava em Porto Alegre, que não via já a uns vinte anos. Informei sobre minha vida e minhas preocupações em relação a minha filha, a incerteza das coisas e a necessidade de ter alguém que pudesse ajudar caso eu ficasse doente ou morresse. A resposta de minha tia veio rápida, “venha para Porto Alegre, só aqui poderemos te ajudar, precisamos de alguém de confiança para a fábrica de tecidos, minha filha Tânia separou do marido e já não consegue tocar tudo sozinha, ele participa do conselho de administração, mas não do dia a dia da fábrica, entre em contato, poderemos nos ajudar, sei que você é competente quando está motivado, te esperamos aqui ”.

O convite me deixou orgulhoso e me fez sonhar com a possibilidade de estar perto de Curitiba e conseguir encontrar Sonia, ainda moradora em meu coração apesar de tudo o que acontecera, e assim, em poucos dias eu e Aninha já estávamos reduzidos a apenas duas grandes malas, que continham tudo que tinhamos na vida, também cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas.

Quando os momentos são felizes, passam muito rápido, e assim, Aninha já estava fazendo dez anos de vida. A ida para Porto Alegre fora muito boa para mim, Tânia estava muito abatida com a separação e se dedicou totalmente a mim e a filha, embora tivesse suas duas filhas adolescentes para cuidar. Aninha vez por outra me abraçava e lamentava por mais uma vez não poder ter a oportunidade de conhecer sua mãe. Eu procurava a todo custo esconder as lágrimas que teimavam em rolar de meus olhos cerrados enquanto a apertava fortemente contra o peito, dizendo que um dia isso seria possível, que ela voltaria e seríamos felizes. Estava muito bem posicionado na empresa, como diretor de produção, mantinha dois detetives mobilizados na busca por Sonia que parecia ter se transformado em pó. Não sei até hoje, se foi por me observar sofrendo e sem ninguém para compartilhar, ou se foi para causar ciúmes em Silvio, que a largara para viver com outra mulher, que Tânia começou uma aproximação maior, me fazendo seu acompanhante a festas e jantares e fatalmente acabamos nos gostando e começando um relacionamento amoroso escondido.

Era um sábado de manhã, acordei bem cedo pois havia combinado com Tânia um passeio nas regiões serranas, recebi um recado de Tia Albertina, me chamando no seu escritório, não imaginava o que poderia ser, lembro que eu estava muito orgulhoso com as novas máquinas que haviam dobrado a produção, embora a contragosto dela, que achava que as empresas tinham que operar sem dívidas, e que votara contra a compra do novo maquinário financiado. Tânia ficara pela primeira vez em posição contrária a dela e a de Silvio, durante a votação do conselho de administração. Silvio visitara tia Albertina na véspera e falara em reparar um erro e voltar a viver com Tânia. Até hoje não sei se eu estava certo ou não, mas nunca imaginei ouvir de minha própria tia o que ouví alí;

- Canalha, acabou para você, eu confiei em você e você me traiu, não adimito, não posso acreditar que você se envolveu com Tânia, ela é muito mais nova que você, isso é um desrespeito, quero que você volte para o Rio de Janeiro, não quero você mais aqui, já fiz as contas e este cheque é tudo que você tem direito, pegue sua filha e suma daqui, hoje mesmo...

Rasguei o cheque na frente de minha tia e fui buscar Aninha, preparamos as malas, apenas duas grandes malas, largando todo o resto para trás, novamente cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas...

Hoje, um ano após sair do hospital, começo a procurar pelos parentes que me restam e pelos vizinhos, só agora consigo falar em Aninha sem que a voz me escape e um pranto enorme me sufoque, foi muito duro tentar recomeçar a vida e tentar entender como tudo se passou, eu e ela fomos vivendo nosso amor fraternal, que aumentava a cada dia, e nos bastávamos, o mundo não tinha mais sentido, até que a necessidade da cirurgia nos separou pela primeira vez na vida, aquela profunda tristeza e o medo da minha morte foi capaz de matar Aninha, de uma forma tão violenta que o coraçãozinho dela, de apenas quinze aninhos, não aguentou a solidão, se recusou a bater e parou para sempre. Eu e meu velho coração, ficamos em coma várias semanas, porém já tantas vezes vacinado pelas angústias da vida, aguentei firme até hoje, embora não consiga aceitar o que se passou e sinto, cada vez que olho as estrelas, que Aninha está lá, linda como sempre foi em sua curta vida, sempre ao alcance dos meus velhos e cansados olhos, minha amada estrelinha...Minha filha Aninha!

Sigo a jornada da vida, cumprindo minha missão, voltei ao trabalho voluntário com os desvalidos, tentando dar um pouco de utilidade a este resto de vida, sei que é questão de pouco tempo, breve estarei com ela para sempre...junto as estrelas...

Foto de Lu Lena

SINA!

Presas e atadas em ti minhas mãos
Algoz de outrora num lacre em mim
De costas e vendados na escuridão
Ruminando nesse labirinto sem fim.

Por mais que eu tente me libertar
Sangram os pulsos e corpo desse nó
Morte irreversível sufoca-me o ar
Vultos disformes perambulam no pó.

Amordaçados e moribundos sem voz
Num grito seco abafado emudecido
Ecoando na masmorra fétida e atroz.

Decompõe-se meu corpo esvaecido
Regozijo-me fulgurosa na luz veloz
Acordo! Vejo-te novamente comigo!

Foto de Sonia Delsin

OS PEDAÇOS DE MIM

OS PEDAÇOS DE MIM

Vejo risos.
Olhos felizes.
Mãos tentando alcançar.
Que lugar é este?
Vejo figuras.
Molduras...
Estradas ladrilhadas.
Água de uma fonte a cantar.
A chorar.
Chorar por quem passou.
Se foram...
Os sorrisos.
Os olhos azuis.
As lágrimas.
As mãos.
Acenos.
Me pego a buscar.
O ontem que teima em guardar.
Insisto no olhar.
Vejo duas luas.
Deus! Estou a sonhar!
E volto a dizer.
Que lugar é este?
Esta cerca.
Este pó.
Na garganta,
este nó!
São estampas.
Pedaços de mim.
Migalhas.
Centelhas sob as cinzas.
Olho pela última vez e avisto Fênix num vôo magnífico.
Ela conseguiu.

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