Poesia

Foto de Mentiroso Compulsivo

SE EU FOSSE POETA!

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Ai! Se eu fosse poeta!
Seria o poeta do mar.
Escrevia uma e outra poesia
Na rocha morta pelo luar ausente.
Falava de tempestades e de gente,
Levados no barco afundo incendiado de água,
No longínquo e inquieto momento,
Em palavras azuis em falas de mar,
Rebentadas pela violência abrupta
Da espuma branca de sabor a sal.
Gritava em ecos de catedral
Nas grutas e gargantas fundas,
Encrespadas na costa pelo vendaval.
Como é frágil a vida que nas águas flutua!
Como um mastro de bandeira a agitar as ondas,
Soluçando seus últimos momentos,
Num enlaço de água de todos oceanos,
Fluindo no seu coração aberto, rasgado pelo vento.
Por onde navegam os sonhos e a aventura,
Molhados na fantasia, buscando a conquista,
Em algas de muitas cores de outras águas
Que o mar resguardou como refugio do calor,
Mas que regressaram em forma de flor.
Mas eu ando na praia, não sou poeta
Chego só á beira-mar para molhar os pés
Na onda rasteira que se abriu à vida inteira
Com as lágrimas frias que a tornou salgada
Aqui fico a contemplar as margens do horizonte
Onde vejo a criança que brinca na areia
Cheia de Esperança, a sorrir na face do mar.
Deixando à minha volta raios de pôr-do-sol
Que me fez recordar uma qualquer saudade.

© Jorge Oliveira 24.FEV.08

Foto de Henrique Fernandes

CADA TOQUE UM VERSO, CADA OLHAR UMA PROSA

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Sentado na montanha olho em frente e avisto o céu azul
Por onde imagino caminhos com suaves passos
Por onde nada me lembra e nada me esquece
Uma nuvem aproxima-se e nela pouso meus olhos e descanso
Do cansaço da caminhada até então que não foi em vão
Aprendi a diferença entre o desejo e o sonho
Desejo o que posso alcançar e sonho com o que posso desejar
Acordei para a realidade da vida e sou o principal responsável
Pela minha felicidade, e sinto o peso dessa responsabilidade
Ainda que precise de empurrões não desisto, há sempre um empurrão
Sentado na montanha olho por entre os vales e penso, como é complicada a vida
Tal como neste horizonte de altos e baixos sou como um rio
Sempre a descer por açudes calmos
Por desfiladeiros e em cascata dou quedas a pique e choco na foz ao mar
Onde me dissolvo numa dança erótica com as ondas
Ondulando meu corpo e espalhando-me na praia do prazer
Na praia sentado olho o horizonte ao pôr-do-sol e penso
Depois daquela linha ali perto tão longe
Está a minha alma e a minha metade com ela
Paro, fecho os olhos e sinto o resto de mim a saborear as ondas
Ao encontro de quem me encontrou e parto em perseguição ao sol.
Embarco meu corpo para uma viagem aos confins do universo
Onde cada toque é um verso e cada olhar uma prosa
Vadias, as minhas mãos vagueiam nos contornos na poesia
Absorvendo-a tão macia.

Foto de Dirceu Marcelino

VOLÚPIA - PURA POESIA

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* "GITANA ENCANTADA"
*
“Meus olhos se abrem... emocionados
Com a visão desse teu conhecido olhar,
Esse corpo que um dia soube fomentar
A semente do amor nesse meu corpo...
Esse rosto desconhecido mas revelado”. ( Marisa Dinis = Salomé)

“GITANA ENCANTADA”

Não preciso mais sussurrar em teu ouvido
Pois, tendes ao fundo a alma de “una gitana“,
A volúpia da paixão e do amor em ti contido,
Inserida por uma cultura soberana.

Tende na alma muitos sentimentos retidos,
Desabrocham em flores em todas “mañanas”,
Numa voluptuosidade da libido invertido,
A te fazer sonhar sem sair da tua cama.

Ou, na sensualidade que expõe no teu olhar,
Na magia do magnetismo da excitação,
Lançada suavemente pela brisa do mar,

Acariciando-nos como beijos de paixão
E fazendo-nos acreditar que te amar
Seja sempre a única e querida solução.

NB. Sugiro ouvirem como pano de fundo desta poesia, a música "TE IMAGINO", com Rosana, in

http://geocities.yahoo.com.br/quitelos/te_imagino.mid

Foto de Sonia Delsin

TOQUE DE MIDAS

TOQUE DE MIDAS

Ele transformava em ouro tudo que tocava.
Ela transforma tudo em poesia.
O riso da rua.
O brilho da lua.
A mulher nua...
Ela transforma tudo em poesia.
A tristeza.
A alegria.
O sol.
A chuva.
A noite.
O dia.
É o toque de Midas.
O milagre da vida.
Da palavra.
No campo da vida ela desbrava, lavra.
Em seu mundo secreto,
do vulcão que em seu interior ela guarda,
a palavra escorre... como lava.

Foto de matheus.caem

Obscuro

Sorrisos guardam preciosos mistérios.
Alguns de Vida...
Outros cemitérios.
Coisas perdidas e jamais esquecidas.

É preciso viver.
Mas é impossível esquecer...
As dores e amores de um coração.
Amor, paixão ou obsessão?
Melhor: Escuridão, trevas e melancolia.
Essas são belas palavras de uma poesia.

Desmoronando em gargalhadas para o mundo.
Como uma imbecil hiena.
Apresento-lhes: "As marionetes de Viena".

O que sou? Um mero vagabundo.
Nada absorvo, apenas reproduzo.
Latino Americano! Com orgulho de ser obtuso.

Foto de Miraene

Quando a poesia nasceu em mim

Quando a Poesia nasceu em mim
Não sabia explicar o acaso
Não sei se ela já existia e eu não tinha reparado
Ela me mostrou todos os sentimentos que jamais pensei em conhecer
Mostrou que o mundo tem várias formas de se ver
Que o sol brilha pra mim, pra você e pra todos que o querem ter
Era a luz que no escuro brilhava
O som que no amanhecer eu escutava
A água que me banhava.
A poesia virou tudo
O fácil e o Difícil
O doce e o Amargo
O bem e o Mal
Porque ela tudo expressava
Não existia nada dentro de mim que a poesia não sabia explicar
As vezes eu não sabia o que eu sentia e as palavras saiam sem eu ao menos pensar
Exatamente como devia, tudo ficava mais fácil ao meu olhar
Escrever, andar, falar, amar
A poesia foi o Inicio o Meio e Jamais será o Fim
Eu sei que não é só pra mim
Mas para todos que conseguem ouvir, a voz do coração
E mostram o que sentem e como são
Dançando ao Som de uma Canção, chamada poesia.
Minha tristeza e minha alegria, o que me mantem viva e me da forças pra crescer.

Foto de NiKKo

Preciso de alguém.

Minha mente me diz que quer voltar a amar.
Diz que está cansada de enfrentar sozinha a solidão.
Fala-me que lá fora, há pessoas como eu que buscam,
alguém que compartilhe e aqueça lhe o coração.

Mas o que meu coração não entende,
é que ainda trago na alma marcas de um antigo amor.
E embora a minha razão me diga que tudo acabou faz tempo
é ele que ainda me rouba a alegria e me envolve com a dor.

Mas confesso que estou cansada de voar sem rumo,
pois preciso de um ninho onde eu posso me aconchegar.
Estou cansada de sobreviver sem ela ao meu lado,
estou cansada de tanto sofrer, de tanto chorar.

Acho que preciso realmente sair em busca de alegrias.
Preciso encontrar quem me queira e me dê valor.
Talvez assim eu possa voltar à vida e deixar de ser tão triste,
quem sabe assim eu volte a cantar e escrever sobre o amor.

Pois minha poesia hoje só fala de tristeza e amargura
pois elas retratam o vazio que alguém deixou em minha alma.
Mostram os soluços que trago reprimido na garganta,
muito embora com os lábios eu demonstre falsa calma.

Eu preciso aceitar que ela não me ama.
Por um fim nessa dor que assola o meu coração.
Preciso voltar à vida urgentemente.
Preciso de alguém que me estenda à mão.

Pois eu me sinto só e perdida neste meu céu,
onde as estrelas parecem brilhar apenas lá no infinito.
Minhas lágrimas correm soltas pelo meu rosto
mas soluçando minhas mágoas ao vento, o nome dela eu grito.

E enlouquecida de dor e de saudade,
entorpeço a minha mente buscando tudo isso esquecer.
Por isso eu necessito de alguém que me estenda à mão,
que tire de mim essa amargura e devolva-me a vontade de viver.

Foto de Dirceu Marcelino

CORAÇÃO DO ATLÂNTICO - DUETO

CORAÇÃO DO ATLÂNTICO

ROSE FELICIANO & DIRCEU MARCELINO

"Enquanto me desenhavas e escrevias,
A paixão em mim já se acendia em chamas
Numa plaina deslizava a poesia
E moldava-se então uma dama...

Sorvia-se num oceano de mistérios,
Sussurravas baixinho...: Te quero!
Em volúpias desvendavas traços meus
Desejando encantar-me como Orfeu.

E transportando-se num vôo noturno...
Declamas o seu poema mais puro
Delírios, diamantes, ouro...

Tesouro preso num silêncio inerte
Esconde-se num grito mudo que ensurdece
Mas esqueces... “que sinto você...” (Rose Felliciano )

* * *

Na vida sou um poeta e desenhista
E há muito tempo te conhecia,
Desenhavas-te sem tela avista
Eis que sempre foi a minha poesia.

Eu sempre fui um caricaturista,
Sabia que essa arte tu aprecias
E me veria como um artista,
Se visse o desenho que eu fazia.

Então com amor pintei teus traços
Risquei na tela a chama da paixão
E tracei do papel para ti o laço,

Lançado suavemente para união
Das nossas almas no entrelaço
Puro do amor de nosso coração. (Dirceu Marcelino).

Foto de Dirceu Marcelino

DESEJO DE AMOR III - ( O QUINTO BRINDE )

Brindo-te olhando nos fundos dos olhos.
O teu desejo insaciável e escaldante
Lendo na íris de teus olhos castanhos
D’uma pessoa que estás amando.

Vejo-te aqui no brilho dos meus olhos.
O mesmo magnetismo apaixonante
D’uma paixão imensa e sem tamanho
E percebo que é quem vivo procurando.

Se forem sonhos não importa, mera ilusão,
Que nada! Sinto-te como fosse verdade,
N’uma chama crepitante de excitação.

Sinto o calor de teu corpo e com ansiedade,
Procuro-te, beijo-te à noite. Coração!
Encontro em teus lábios minha liberdade...

Não sei ???

NB. Sugiro que para ler esta poesia o leitor pense ou ligue o som na música "Te Imagino" de Rosana, in :

http://geocities.yahoo.com.br/quitelos/te_imagino.mid

Foto de Henrique Fernandes

A MULHER É BELA

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Aformoseias maravilhas que elogiam a vida
Tua alma é uma nascente de perfeição
Formando abundância de sinceridade
Abismando qualquer duvida de inteligência
Que arremessas com sabedoria de gente
Na tua calma constante de prazer
Exibida na tonalidade tão enérgica
Quão serena da tua pele como que iluminando
Um templo erguido de paz honrando verdade
Verdade de mulher com qualidade humana
Deixo flutuar a curiosidade dos meus olhos
Sobre o requinte subtil dos teus lábios
Invejando o detentor e senhor do privilégio
A quem a protecção dos Deuses disciplinou
Provar o néctar excelso dos teus beijos
Meu olhar afável e esquecido da realidade
Percorre as fantasias expostas no teu rosto
Questionando firme a justeza do sentimento
Que dança na minha alma num vórtice
Devorando-me no chamamento do teu encanto
Endereçando-me ao fundo mágico do teu olhar
Onde perpetuam ecos que inspiram poesia
Teu olhar é repleto de planícies sumptuosas
Presenteando o equilíbrio supremo do belo
És o desvendar do enigma da existência
Teu semblante edifica a elegância do desejo
Hipnotizado medito o êxtase da tua imagem
Sem consonância de uma ou mais palavras
Que se ajustem a magnificência do teu ser

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