Poesia

Foto de Carmen Lúcia

Simbologia do Amor

Da nota mais aguda e vibrante da canção,
do arrepio eletrizante de uma emoção,
da lágrima sentida e cristalina do pranto,
da beleza singela de uma flor do campo,
do amor de mãe entoado no acalanto,
dos versos colhidos no frescor do dia,
da sensibilidade aguçada em cada gesto,
do sorriso que ilumina e irradia,
da coragem frágil que predomina,
da pequenez que de repente se agiganta,
da razão ponderada pelo coração,
do amor incondicional e sem limite,
da vida que gera vida
e que Deus permite...

Da graça de ser, de crer, de haver,
da semelhança com Maria,
Mãe abençoada do Salvador,
da mais perfeita poesia
surgiste tu, Mulher,
simbologia do Amor!

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Vervloet

7o CONCURSO LITERÁRIO - POR AMOR

Viajantes nos lábios do horizonte, enamorados,
somos um contemporâneo casal de apaixonados,
solteiros, sem nada no papel assinado,
há tantos anos no coração mais que casados.

Nossa certidão de casamento, o amor cultivado,
qual tenro e gracioso lírio no coração plantado.
Florescendo em liberdade, sem nada legitimado...
Sexo, ternura, companheirismo sempre alimentados.

O velho e antigo matrimônio reinventado...
Suave, sonhador e inacabado
a transitar apenas pelo sentimento,
vivendo com intensidade cada momento.

Caminhos traçados simplesmente pelo amor...
Um jardim onde a cada dia se planta uma flor!
Onde cada aurora é sempre uma nova poesia,
desejos vivos que se concretizam em doce magia.

Assim vivemos felizes há mais de vinte anos.
Sem cobranças, exigências, nem muitos planos...
Semeando delicadezas que germinam frutos
e trazem para a união sólidos atributos.

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Adeus, Amor!"

Teria sido a carência afetiva, a solidão que sentia(mesmo rodeada de pessoas, que não a entendiam)que a arrastaram a viver aquele amor proibido?No começo ela recusava incessantemente...Mas foi, aos poucos, perdendo sua força e se entregando.Passou a viver momentos maravilhosos, intensos, inusitados.Não se conheciam pessoalmente, mas a alma os revelava.Palavras inesquecíveis pelo celular e internet.Tudo se transformara num conto de fadas.O mundo lhe sorria.Começou a se cuidar mais, a sorrir mais, a se amar mais.Era mais velha que ele e disso ele sabia.Dizia que não mais conseguiria viver sem ela.Nem ela sem ele.E esse romance arrebatador durou dois anos.Certo dia, a realidade caiu-lhe como o mundo em sua cabeça.Lembrou-se que era casada e que não lhe havia contado ainda.Sentia-se emocionalmente divorciada, já que o divórcio propriamente dito, por motivos alheios a sua vontade, não poderia acontecer agora. E ser casada, naquelas condições, não lhe significava nada.Era apenas um peso em sua vida.Mas como ele encararia o fato?Saberia entender?Claro que sim, pois conhecia, palmo a palmo a sua alma.Sabia do imenso amor que ela lhe dedicava.Sim...ele a compreenderia porque a amava muito também.Temendo perdê-lo, preferiu marcar um encontro, para que, olhos nos olhos, lhe revelasse a verdade.Estava certa de que nada mudaria, porque conhecia a fundo o seu íntimo, sua alma.Era seu aniversário.Dia do encontro. A emoção tomava conta de seu ser.Colocou uma roupa que lhe caía muito bem, ajeitou os cabelos e sorriu para o espelho. Admitiu a si mesma que estava bela.Talvez pelo brilho intenso em seu olhar.Chegou ao lugar combinado.Lá estava ele, dentro de seu carro. Ao vê-la, pelo retrovisor interno, abriu a porta e se aproximou. Ambos tremiam.Chegara o momento.Se ele a compreendesse, ela seria capaz de deixar tudo e partir com ele.Entrou em seu carro.Olharam-se por longos minutos.Então ela falou:-Sou casada!Porém...Ia lhe explicar tudo, mas ao perceber sua transfiguração, seu olhar gelado condenando-a, preferiu se calar. Assim como ele estava:sombrio e calado.De que serviriam palavras naquele momento?Um olhar fala mais alto. Um olhar de condenação é como um punhal fincado no peito, que fere e mata.E ela quis desaparecer, sair correndo daquele lugar, fugir...Ao despedirem-se, ele balbuciou algumas palavras, algo como:-Virei aqui mais vezes, para conhecê-la melhor.Como conhecê-la melhor se ela lhe havia aberto a alma?Ela lhe respondeu:-Não, aqui termina a nossa história.Uma linda história de amor, que me fez crescer, me fez reviver, mas que agora termina...Muito aprendi com você, que devolveu-me a capacidade de amar...e foi uma poesia em minha vida. Beijaram-se...Um beijo triste, com sabor de despedida.E nunca mais se viram.

Foto de Eddy Firmino

7º Concurso Literário -FIM DA JORNADA

Não lembro mais quanto tempo caminhei
Os caminhos tortos que segui
E os sonhos que não realizei
Nos espinhos da estrada por onde parti

Conheci pessoas ao longo da estrada
Vivi romance, paixões
Senti o frio no sereno da madrugada
Vi o desabar das ilusões

Houve momentos de desistência
Comprimidos dentro do meu ser
Nos momentos depressivos de minha carência
Lamentos internos de meu bem querer

Mas houve também alegria
Amigos, amores, satisfação
Gotas de poesia
A plenitude de toda emoção

Hoje com pés calejados sangrando
Após anos e anos na estrada
Que na vida segui caminhando
Chego feliz ao fim da jornada

Foto de ivaneti

Desejos

Estou aqui com minhas mãos a te acenar
Meu amor so quero te abraçar
Quero a poesia rabiscar
E no teu amor me acabar

No teu coração quero chegar
Em teu corpo apenas cavalgar
E nossos desejos acalmar
Em noite linda de luar

Com me faz bem te amar
O tempo parece não passar
Essa fome de prazer a acordar
Sou tua alma! sou teu mar!

Sou tua vida! esse amor a te entregar
Sei que palavras não pode te alcançar
Mais meus sentimentos pode te buscar
E esse desejos consagrar.

Foto de Maria Goreti

TRÊS IRMÃS

.

(Reflexão de fim de ano)

Minha inspiração tirou férias! Que alívio!

Pensar que eu me sentia na obrigação de escrever todos os dias, qualquer coisa, para que meus leitores não ficassem à deriva. Absurdo!

Natal, passou em brancas nuvens. Ano Novo também.

A poesia não se fez presente no papel, mas na minha vida Estrelas de Belém se fizeram soberanas no renascimento de três irmãs: a Fé, a Esperança e a Caridade. Também não tive ceia farta, mas, o que me foi permitido ter, fartou-me e aos meus. Não armei árvore de Natal, porém um humilde presépio, num móvel, no canto da sala de jantar. A casa estava cheia, não de gente, de memórias dos encontros de outros natais e saudades de pessoas queridas que jamais voltarão, a não ser nas lembranças vivas em nossos corações.

Vi renascer a Fé na vida, ao sentir a capacidade de amar incondicionalmente, ao me ver forçada a abandonar o vício de comprar presentes e fazer o Natal comercial. Presenteei sorrisos, sentindo o sabor das lágrimas contidas. Vi renascer a Esperança, ao ver minha mãe recuperar-se de uma pneumonia e suas possíveis consequências, graças ao amor e dedicação que pude lhe dispensar, doando-lhe todo o tempo e paciência disponíveis e indisponíveis. Diante de trabalho intenso, de noites não dormidas, vi renascer a Caridade. Aprendi, com tudo isto, que Fé não é postar as mãos e colocar os joelhos no chão, dizendo em alto e bom tom “Senhor, Senhor!”, que Esperança é muito mais que desejar “Boas Festas de Natal de Ano Bom” e que Caridade não é abrir a “burra” e espalhar dinheiro aos quatro cantos, porque, se assim fosse, eu jamais poderia me colocar no patamar das pessoas caridosas.

Aprendi também que o Natal é todos os dias, cada hora, minuto e fração de segundo de nossas vidas. Que o Ano Novo, nada mais é que um dia após o outro. Que o sonho, a ilusão de que dias melhores virão, é que nos mantém vivos, apesar das dores e dissabores. Então, eu agradeço aos Céus as fichas que caíram sobre minha cabeça nestes dias de festas!

Que este seja um ano de Fé, Esperança e Caridade – em amplo sentido – nas vidas de todos nós!

Feliz 2011!

© Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/01/2011

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário "Te Amei..."

(As faces do Amor)

Te amei...
mais do que a mim mesma

Te amei...
acima de todos os credos e conceitos

Te amei...
ao transcender o topo da supremacia

Te amei...
amor incondicional, sem princípio nem final

Te amei...
sem preconceitos, normas ou direitos

Te amei...
com toda a sabedoria do universo

Te amei...
com a insanidade lúcida dos amantes

Te amei...
ao encontrar-te nos meus versos

Te amei...
como o poeta ama a poesia

Te amei...
vislumbrando a primavera em cada estação

Te amei...
fiz de ti meu pergaminho e religião

Te amei...
nos avessos dos defeitos onde repousa a essência

Te amei...
a cada nascer e pôr do sol

Te amei...
vivendo os vendavais esperando o arrebol

Te amei...
no silêncio de tuas respostas

Te amei...
na realidade transitória que perpetua nossa história

Te amei...
nas lágrimas vertidas que a alma revigora

Te amei...
durante o sofrimento que valeu a pena ter sofrido

Te amei...
quando te achei ao te achares perdido

Te amei...
e te amarei para sempre...
muito além do que for permitido...

_Carmen Lúcia_

Foto de Izaura N. Soares

7º Concurso Literario - A Face Colorida do Amor (Soneto)

A Face Colorida do Amor
Izaura N. Soares

As cores dos meus sonhos são cores da paixão,
São meus sentimentos, embriagados de emoção,
É a faceta multicolorida desse amor,
Que transformam os sonhos em multicor.

E os sentidos destes sonhos fazem-me, canção,
Fazem as lágrimas derramarem de alegria
Enquanto compõe nota por nota do refrão,
A poesia se envolve e se enche de harmonia.

São sonhos se deparando com os momentos
Mais felizes mais ardentes e desejosos,
Que produzem êxtases tão febris em cor.

Com esses desejos febris tão poderosos,
Colorem minha felicidade e os momentos,
De uma vida que (Dante), vivia só, sem amor.

Foto de Carmen Lúcia

Empresta-me...

Empresta-me teu sorriso...
O meu se desvaneceu,
perdeu-se com o meu riso
ou então já não existe, morreu.

Empresta-me teu carinho...
Minha carência o requer,
quero aquecer-me em teu ninho
enquanto puder...

Empresta-me tua alegria...
Há tempos fechei-me em mim.
É triste minha poesia,
enfatiza dor e fim.

Empresta-me a felicidade
para afastar essa saudade
que de mim se apossou,
quando tudo acabou.

Empresta-me tua esperança...
Enquanto o vazio me ronda,
enquanto for triste a lembrança
de um passado que me sonda.

Quando enfeitar-me o sorriso
refletido em minha poesia
e ter de volta o meu riso
envolto de fantasia,
brindar-me a felicidade,
desvencilhar-me da dor,
reacender a esperança,
amenizar a saudade,
prometo devolver-te tudo...
Um mundo feito de amor!

(Carmen Lúcia)

Foto de geraldo trombin

7º Concurso Literário - SEM TI.TULO

SEM TI.TULO

Sem ti,
Nascente sem água,
Choro e mágoa,
Nordeste sem buriti.

Clipe sem papel,
Mel com gosto de fel,
Rio de Janeiro sem Paraty,
Beijo sem frenesi.

Sem ti, vermículo.
Versos sem rima,
Poeta sem clima,
Poesia sem título.

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