Poesia

Foto de jessebarbosadeoliveira27

OLARIA DA POESIA RAQUÍTICA

Fabrico toscos tijolos da Lírica:
Em seguida, monto o poema
Com toneladas do cimento
Da ferina lâmina dos sentimentos

Ou com a onipotente argamassa da líquida reflexão
(a sua concisa e basilar alvenaria).
Assim ---- ei-la, enfim ----
Como a mais eloquente desnutrição da poesia.

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Foto de P.H.Rodrigues

Simples

Sinto-me triste.
Não vejo nossos reflexos no espelho.
Sinto-me um papelão, largado, desamparado.
Totalmente degradado e amassado.

Sem o reflexo teu, não consigo eu
encontrar razões para admirar,
as metamorfoses simplórias diferenciais,
pequenos detalhes e toques especiais,
dados pelo Universo a nós, em dias normais.

Encontro-me em uma peregrinação.
Sem hora ou dia para acabar.
Na busca do reflexo meu, junto ao teu.
Para queimar-mos o fogo nosso da paixão.

Amor, diga-me uma palavra, que lhe dou um verso.
Amor, diga-me uma frase, e lhe dou uma poesia .
Meu bem, diga que me ama, e me dê um teto.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

PLEONASMO DO POEMA-POESIA

O Poema é uma centelha
Concomitantemente
Conclamada e errática.

O Poema é a equação
Que habita o cérebro
Da nossa dualidade:
Pavimenta a alameda da emoção e da racionalidade.

O Poema é uma enigmática areia movediça:
Rebenta prenhe ou órfão de um intento
E trilha vias do alcácer das viroses dos abstratos, concretos tormentos
(sejam os frívolos dissabores, seja a dantesca
luminescência da bruma do quase aniquilamento),
Antes de se transmudar em monumento
Á Lógica, ao tornado dos vulcânicos sentimentos
Ou ao maremoto dos libertários devaneios.

O Poema é a aquarela
De um premeditado
Ou inesperado Estalo:

Nasce no córtex,
Navegando pelo
Oceano de teias e correntes da mente

Para, em seguida, desaguar sobre
O espaço vazio como palavra:
Quer Verso insalubre, amarelo, hospitalar, alegria flagelada;
Quer jucunda ventania, Poesia em estado de Graça!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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Foto de Sonia Delsin

VIDA INTEIRA

VIDA INTEIRA

Cresci num lugar fantástico.
Eu via pássaros, o céu azul, tanto verde, animais...
Ouvia a cachoeira.
...
Pensava comigo.
Quero viver aqui a minha vida inteira.

Nem imaginava que tão cedo meu paraíso eu deixaria.
Minha terra era pura poesia.
Lá ficaram pedacinhos de mim.
Partículas.
Lá ficou meu coração latejando nas folhas das bananeiras.
Nas pereiras.
No jardim onde morava uma roseira príncipe negro.
Nunca cresci.
Nunca.
Esta que aqui vive é a menina que lá morava.
A mesma.
A mesma sonhadora.
A mesma guerreira.
Que armas eu tenho?
Um coração que consegue guardar o imenso, o eterno.
A terra da minha infância. As pessoas, as coisas, os cheiros.
Deus! Ó, Deus! Parece que ainda afundo o rosto nos travesseiros.
Eram de penas.
Não são lembranças apenas.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

O MIRANTE DO DESABROCHAR PRECOCE

Ao descerrar a janela do meu quarto,
Contemplo a paisagem do quintal de casa:
Compleição bucólica em que predomina
Uma atmosfera que cintila ao sol da manhã de crisálida.

Aqui, parece que a alvorada
Se despede mais cedo:
Entrega-se ao arrebate do fogo heliocêntrico
Quando o dia jaz ainda sob o aconchego do leito.

Passados alguns momentos de deslumbramento,
Acomodo um pouco meu olhar
Sobre a ventura da ótica
Que repousa na cama da urbana roça:

Meu par de olhos goza o contemplar
Das bananeiras, abacates, graviolas;
Mangas, mamões, limas, limões, laranjas, cenouras, abóboras;
Mandiocas, cocos, inhames, batatas-doces, acerolas!

No entanto, é o céu que me enleva e arrebata:
O albino azul que me afoga;
As nuvens pairando plácidas;
No ventre, posso vislumbrar a linha do horizonte e ás abóbadas agigantadas.

Afinal, ao regressar da dimensão do divagar,
Sinto-me como tivesse levitado
A bordo da nave do profundo pensar:
Agora, a poesia, em mim, eclode, recrudesce, é contínuo jorro de avatar!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

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Foto de Metrílica

Fragmentos da "Loucura"

#
(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

De quem se trata este ser?!!!
Que ganhou vida, personalidade e alma,
Que ganhou destaque em terceira pessoa!
Que o diga “Erasmo de Rotterdam"!!!
A "Loucura"! viva, presente e necessária "Loucura"!

Fragmentos da “Loucura”

A “Loucura” nasceu,
Cresceu, tornou-se criança levada,
Conheceu a luz, a terra, a chuva, a água
Conheceu a vida, o calor do dia, o mornar da tarde,
Conheceu o mistério da noite e o frio da madrugada,

Quando criança,
Só pensava nas cirandas...cantigas de roda,
Não conhecia o que é o medo, a moral, não conhecia a hipocrisia,
Inocência, Liberdade, bem estar, leveza,
Doçura, encanto, descobertas e alegria,
Faziam parte do seu dia a dia,

“Loucura”! inocente, doce e levada “Loucura”,

A "Loucura" se desenvolveu, descobriu o mundo,
Tornou-se jovem, adolescente, homem, mulher,
Descobriu na luz do dia, o riso, a alegria, o brio, o orgulho, a poesia,
Descobriu na escuridão noturna, o perfume, o carnal!
Descobriu a luxuria, a libido, a liberdade dos sentidos!

Quando jovem, adolescente,
A “Loucura” se rebelou!
Satisfez todas as suas vontades, matou todas as suas curiosidades,
Riu, chorou de alegrias, chorou de tristeza! Mas viveu plenamente!
Livre!
Liberta, expressou-se das mais variadas formas,
Satisfez-se para que não lhe sobrasse uma emoção sequer que não tivesse sentido,
Amou, Amou, Matou e Enlouqueceu!!!

“Loucura”, jovem, apaixonada, extasiada, louca “Loucura”

A "Loucura" envelheceu,
encontrou sua essência,
Tornou-se idosa, velha, obsoleta, caduca!
Tornou-se “Louca”,
Concluiu que dessa vida nada se leva!
Concluiu que “o que mais vale é viver plenamente”,
Mesmo que isso seja contrário ao que se prega como: “bons costumes”!
Concluiu, que "o que vale são suas idéias, seus ideais e nada mais!”

A louca e insana “Loucura”!

Tornou-se um ser vivente,
Louca mas coerente,
Nasceu, viveu, envelheceu,
Invadiu as mentes dos poetas,
Induziu as vontades dos Deuses, dos Loucos procrastinados!
Povoando suas mentes, regendo com maestria suas vontades!
Dando-lhes vida e personalidade!
Embriagando-os de idéias, das mais belas às mais toscas, cruéis e “loucas”!

A “Loucura”!

Insana, insensata, amada,
Livre, sem escrúpulos, preguiçosa, corrupta!
Destemperada, sem reservas, sem pudor algum!
Alegre, pura, limpa, branca, branda,
Poética,
Linda, leve e doce,

Aquela, que alimentou o sonho de inocentes crianças,
Aquela, que invadiu pensamentos de mulheres rechaçadas,
Aquela, que embriagou de desejo e sentimentos os homens, os poetas,
Aquela, que fez ferver nas veias o sangue dos idealistas,
Aquela, que regeu a vontade de homens poderosos e corruptos,
Aquela, que levou consigo muitos por ela infectados!
Aquela, que abraçou docemente a velhice, que abraçou e a morte!
Aquela...Eclética, Prazerosa, Incansável, Extasiante, Excitante,
Contraditória mas Necessária,

A “LOUCURA”!

By Metrílica ;-* _dezembro de 2009.

(inspirado no livro "Elogios da Loucura" de Erasmo de Rotterdam_1509*);

* http://es.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Rotterdam

Foto de Sonia Delsin

SONHOS AO CHÃO

SONHOS AO CHÃO

Foram sonhos que eu tive.
E como sonhadora eu sou,
em grande estilo sonhei.
Em meus devaneios quantos beijos lhe dei.
A ti me entreguei.
E voei.
Voei...
Para paradisíacas ilhas.
Para as Antilhas.
Para além mar, além ar.
Eu nem te conto aonde eu fui parar.
Esperava a cada manhã que nascia a tua companhia.
Um sim eu queria.
Um sim eu queria.

Tudo transformava em poesia.
A dor, a esperança.
A desesperança.
Voltei até a ser criança.

Nós dois num espaço nosso idealizei.
Esperei, esperei.

Se me cansei?

E quem não cansaria?
Tu fugias.
Me dizias.
É impossível.
E eu acreditava que tudo é possível.
Quando se quer de verdade existe sempre uma possibilidade.

Que pena!
Vi os sonhos ao chão.
E ainda tive forças.
Repeti diversas vezes.
Vou te amar para sempre, coração.

Foto de CarmenCecilia

INESQUECÍVEL - VÍDEO POEMA DE AMOR

POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO: ENISE

Obrigada querida amiga por mais esse lindo presente...

Beijosss

INESQUECÍVEL

Inesquecível é aquele por do sol...
A emoção do teu olhar cruzando o meu
Aquela canção... Aquele céu...
Inesquecível
O friozinho na espinha...
Quando sinto que te avizinhas...
Aquele aroma...
Inesquecível é Roma...
Revelando segredos
E nossos medos...
Inesquecível assim...
As noites de Cinderela
E sapatinhos de cristal
Bailando a luz de velas...
Simplesmente inesquecível
A ponte entre teu mundo e o meu
Na indecifrável madrugada...
A lua cheia...
Prateando a noite de verão...
Inverno, outono ou qualquer estação
Inesquecível a brisa que acaricia
A inebriante maresia...
As mãos dadas... Abraços...
Caminhadas... Nossos laços...
O primeiro beijo...
Aquele desejo...
E cada manhã com teu sabor de café
Entremeada com cafunés...
Ah! Quanta maçã... Nessa vida terçã...
Aventuras...
Sem muros... Sem rumos...
Apenas inesquecíveis
Todas nossas histórias...
Poções, porções de magia...
Incríveis...
Em cada canto... Recanto...
Onde está o pranto...
Mas também o canto... Encanto...
E o todo incrível...
Desse nosso amor impossível...
Mas para sempre inesquecível...

Carmen Cecilia
08/12/09

Foto de Ayslan

Ate onde podemos amar

Ate onde podemos amar...
Ate onde podemos tentar escrever e tentar falar de amor...
Ate onde as palavras podem ser confortantes...
Então o que irei viver...
Eu quero mais é mim abrir, ti dizer tudo que tentei disfarçar, quero o oculto dos meus versos revelar... Nesta manhã quero chorar, sorrir, gritar, sofrer e te amar... Já que o brilho desse olhar foi traído não mim resta mais palavras, não há poesia, a musica toca silenciosa... Meu coração bate sem forças e mim faz chorar de uma dor que só você pode curar.
Ate onde podemos amar...

Foto de Carmen Lúcia

Nada mudaria...

Se eu registrasse
as dores que vivi,
espinhos que colhi
encobrindo as rosas do caminho...
As decepções ingeridas,
sorrisos falseando o pranto,
desencantos, desenganos,
seria apenas mais um clichê
e nada mudaria...

O mundo continuaria a girar
trazendo a noite e o dia;
as mesmas emoções sentidas
permeariam , sob medida,
nas imutáveis estações
elegantes ou mal vestidas.

As mesmas esperanças no amanhecer,
mesmos pedidos de novas chances;
recomeçar ou renascer...
Mesma nostalgia ao entardecer,
expectativa da noite para os amantes
que já não são como antes...
Não veem a lua;
perambulam pela rua crua.

Se poesia eu quisesse escrever
alguns realces poderiam surgir;
novas nuances a se expandir
pressionando o sorriso a marcar o papel...
Maquiagem irreal, trunfo ilegal .
No mais, tudo como antes...
Tema, argumentos, sentimentos,
atenuantes...

Se eu chorasse, se eu gritasse
ou implorasse...
Não faria diferença ao mundo.

Carmen Lúcia

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