Presente

Foto de Fernanda Queiroz

Procura

Em um dado momento de tua estadia
Para com outra pessoa poder realizar
Sonhos e vínculos de harmonia
Você tem que parar e pensar!!!

Se ela merece respeito
Que você aprendeu a dar
Com o estandarte do peito
Que nasceu para não acabar!!!

Se for uma pessoa
Que não te escolheu para amar
Grita, debata , faça e ressoa
Que teu mundo pode mudar!!!

Você pode sentir envolto
Com quem quer contigo partilhar
Os sonhos postados no alto
De uma estrêla a brilhar!!

O segredo se faz presente
Em não querer almejar
Alguém frio e distante
Que não nasceu para doar!!!

Um botão vira uma rosa
Muitas rosas um ramalhete
Mas isto em amor é prosa
Para alegrar a gente!!!

O amor não aparece de vez em quando
Basta querer e saber entender
Pode não achar quem estava procurando
Mas quem estava procurando você

Fernanda Queiroz
(Direitos Reservados)

Foto de Elias Akhenaton

A Rubra Flor e a Borboleta - Prosa Poética

Caminhava pela manhã entre os jardins floridos e minh’alma quase transcendeu aos céus com o alquímico perfume no ar. Neste momento, percebi uma rubra flor que se destacava entre as outras, não só pela sua beleza, as outras florzinhas também eram belas, mas a rubra flor chamou mais minha atenção, porque além de bela, parecia que ela estava sorrindo para mim com suas pétalas ainda molhadas pelo divino orvalho matinal que cintilavam com a luz do sol, o qual, com seu esplendor, despontava infante no horizonte, num lindo céu azul, intemerato e cristalino, me transmitindo algo a mais, um sentimento de paz.

Fiquei fascinado e encantado diante da magia de tão divinal beleza. Oh, quão inspiradoras são as obras do pai criador, o Arquiteto Deus, como a majestosa natureza! Pena que algumas pessoas não estão tendo consciência em preservá-la, protegendo as florestas e o meio ambiente em que vivem! Mas, voltando ao fascínio da rubra flor, precisava deste sorriso. Às vezes em nosso meio necessitamos apenas de um sorriso sincero ou da simplicidade de um olhar que possa nos acalentar, de uma palavra amiga que nos transmita paz, alegria e ternura, que possa fazer com que transmutemos nossas tristezas e incertezas. Algo de divino. Embora o grande segredo desta transformação, seja descoberto e laborado primeiramente no cadinho do nosso próprio eu interior, fazendo com que de fato esta transmutação aconteça, mas infelizmente, algumas vezes, não temos a capacidade suficiente para fazer este ofício na qualidade de alquimistas das emoções que nos afligem, pelo menos é assim comigo, às vezes falta-me força, noutras fé para realizar esta transformação, mas sei também que existem muitas pessoas que têm dentro de si este potencial.

Essas pessoas têm o dom de nos alegrar, de incentivar, são enviadas por Deus, são anjos de luz que nos auxiliam quando precisamos, nos encorajando e dando ânimo. Quando elas não estão por perto, devido aos seus afazeres diários, temos que de alguma forma buscar a força dentro d’alma, ou simplesmente contemplar as maravilhas existentes na natureza e na grandiosidade e beleza das obras do Arquiteto Criador, buscando assim restabelecer o nosso equilíbrio interior, porque de alguma forma, Deus está e estará sempre presente ao nosso lado, em tudo e em todos, principalmente em nossas preces e orações, entretanto, mesmo sabendo disso, quiçá, até mesmo pela pouca fé que nutrimos em nosso coração, n’alguns momentos da vida, deixamos que as tristezas e as incertezas entrem nos interstícios do nosso peito e são nessas horas que necessitamos de ajuda, de um ombro amigo para compartilhar o que estamos sentindo.

Para completar tão belo quadro da natureza, convertendo de vez as tristezas que me afligiam, aproximou-se uma borboleta que posou mansamente sobre à rubra flor num espetáculo divinal inigualável. Uma borboleta, símbolo fecundo de transformação, de renascimento e a rubra flor, símbolo de consagração ao amor, juntas numa só imagem, imaculada, pura, composta pelas mãos benevolentes do Arquiteto Deus para aquele momento.

Uma imagem indelével que eternamente ficou registrada em meu coração e em meu pensamento, admirado pela singeleza e simplicidade mística da rubra flor e a borboleta que me transmitiam sentimentos de esperanças, fazendo brotar em meu jardim interior a bela flor do amor e com ela a ternura, a fraternidade, a solidariedade, o perdão... Elevadas e enlevadas aspirações. Desideratos nobres de paz.

Elias Akhenaton
Um peregrino da vida, pescador de emoções.
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com.br/

Foto de Paulo Gondim

Ainda existe

AINDA EXISTE
Paulo Gondim
02/11/2014

Ando por caminhos diversos, longos, vazios
E neles, sempre encontro tua lembrança
Os mesmos caminhos que outrora passamos
Aqueles caminhos de nossa esperança

Fomos felizes. Uma descoberta nova
Difícil, quase impossível, verdade!
Mas um belo presente da vida
Apaixonamo-nos, ainda, nessa idade

E os caminhos agora se bifurcam
Andam em rotas paralelas
Se não te procuro, tu te escondes
Como barcos que perdem suas velas

Mas continuo por aqui, e não me canso
Insisto nessa saudade que persiste
Quem sabe te veja, talvez em sonho
Sonho de um amor que ainda existe

Foto de guilitwinski

Ventura

Montanha russa, roleta russa
a nuca é desejada
meus dias caminham entre as noites
noites mal dormidas e bem vividas

Alma é o afago dos fracos
a carne é quente e viva
o ser é tão paralelo quanto a vontade

Torna-se mente sem mentir
torna-se melhor em um egoismo intimo
em um sacrifício altruísta para o eu

Torna-se futuro, fazer presente
receber de presente o desejo a carne
por ventura uma nova alma

se for bem aventurado

Foto de Rosamares da Maia

Está Tudo Bem

Está tudo bem

Permitam-me ficar só no meu canto,
Deixem-me chorar todo o meu pranto.
Preciso do espaço para gastar toda a dor.

Talvez ninguém entenda este amor.
Não importa!

Não necessito de compreensão, só quero respeito.
Somente necessito de espaço e solidão.
Palavras de conforto não me confortam. Não agora.
Acentuam apenas o que se parte em meu peito.

Qualquer ato de solidariedade é sem efeito.
Deixem-me ficar só, na presença de mim mesma,
Olhando no meu espelho.

Preciso encontrar o eixo, meu centro de gravidade.
Deixem-me valorizar cada lágrima salgada,
Destilar a magoa e o veneno,
Beber o vinho desperdiçado do meu amor.

Depois, quando o tempo passar,
Quando a dor finalmente for passado,
Fraqueza latente, mas, da vida presente ausente,
Experimentarei gritar teu nome aos quatro cantos.
Ao vento, como um lamento contido e maduro.

Depois, quando a distancia esfriar meu coração,
Espalharei os teus retratos pelo chão da sala,
E friamente remontarei as cenas em cada cenário,

Racionalmente enlouquecida representarei,
Como sempre desempenharei o meu papel.

Direi simplesmente que está tudo bem.

Rosamares da Maia – 11/02/2014

Foto de Marsoalex

TORRENTES DE EMOÇÕES

Torrentes de emoções

Nosso amor se perdeu
Na poeira da vida.
E a saudade,
Trazida pelo vento
Do presente,
Dói, invade,
Invalida
A esperança
Ou o sonho
Que a realidade
Desmente.
As lembranças
Vêm em lampejos
Fulminantes,
Impertinentes.
E eu vejo
Imagens soltas
Pelo ar,
Nossas cenas,
Em sonoridade.
Som que ecoa
Entre a saudade
E a solidão
Minha pena...
Em explosões
E torrentes
De emoção.

Marsoalex 18/07/2013

Foto de José Herménio Valério Gomes

PARTE DE MIM...

Noutros tempos,
Esta rua era invadida todos os dias,
Pelas gargalhadas de felicidade das crianças,
E faziam dela uma àrea de diversos jogos...
Hoje onde està a felicidade de outrora,que alimentou sonhos do presente?
Encontrei nela,uma rua caiada de tristeza nos muros das casas,envelhecendo como na espera do que o tempo tem,e o passado não devolverà...
(Zehervago )

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo Final

Amanheceu e chegou setembro. E quando setembro chega, por essas bandas do hemisfério sul, a primavera se faz presente e espalha as suas flores de plástico que não morrem, as pessoas ficam felizes, elas renascem das angústias e amansam seus ímpetos, elas colocam enfeites nas janelas, esperam a banda passar, alçam os pensamentos ao mais alto Parnaso e para a mais verdejante Arcádia. Os corpos se aqueciam, como se um forno tivesse sido aceso na sua mais adequada temperatura. Tudo parecia lindo.
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A turma do pastoreio gritava em sonoros brados:

- Baco! Dionísio!

Os tambores ressoavam o vento dos leques, os Miami Bass dos moleques, os maculelês dos pivetes. Sonos eram interrompidos pela festa popular. Num determinado momento, dois ou três já desfilavam sem roupa. Quando a balbúrdia foi notada, os ditos dominantes trocavam de pele na rua. Não se obedecia a nenhuma hierarquia estabelecida. As pessoas nasciam e morriam no torpor da natureza humana, viva e bruta como a de qualquer outro animal, os instintos eram deflagrados, nem Freud e nem Jung eram mais uns reprimidos. Lembrava em certo ponto até o Brasil.

- As flores! Não se esqueçam nunca das flores!

Os miseráveis eram coroados e os nobres decapitados, mas ninguém deixava de ser alegre. Um tarja preta virtual assegurava a plena satisfação dos envolvidos na comédia. O paradeiro de muito era desconhecido. O que importava isso agora? Me diz? É dia de rock, bebê. Se você não entende a sensação de atravessar a Sapucaí e repetir o batuque da bateria, então vá embora, o seu lugar não é aqui. Dona Clarisse, com seu erro ortográfico e seu rosto reconfigurado, até arriscava uma derradeira conclusão.

- Eu nunca mais quero acordar desse sonho...
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Luís Maurício, que não havia se manifestado até então, pede a palavra:

- Amigos, é chegada a hora da reconciliação. A hora em que seremos livres de todas as nossas culpas e arrependimentos. Eu declaro anistia geral! Constituiremos desde já uma nova república, uma democracia quase que direta, uma pátria do Arco-Íris e do pote de ouro, um paraíso na Terra, um novo Éden, a Canaã que deu certo!

Clarisse recosta-se ao palanque improvisado.

- Eu posso ficar...? - Silaba.

- Evidente.

- Que sim ou não?

Feito isso, ela coloca-se para se despedir de Dimas.
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Um homem estava parado no meio da multidão. Ele dava alguns passos para trás, com o devido cuidado de não deixar nenhum folião o encochar. Ele andava de lado, como quem ia para fora. Clarisse o viu perto do portão pelo qual se sai para sempre da Sociedade.

- Espere... Eu tenho que te falar mais algumas coisas...

- Diz.

- Eu não te amo e nunca vou te amar um único segundo da minha vida.

- Eu sempre soube e nunca me iludi do contrário.

Tânia, incógnita até então, não se sabe observando de longe ou entretida com outra orgia, puxa o lixo pelo braço e faz cara de que se estivesse com ciúmes.

- Ele é meu, ouviu? Meu! Dá o fora logo sua vaca! Vai procurar o homem dos outros! Ele já tem a quem comer, tá, queridinha! E não adianta dizer que ele tá te querendo, que se você tentar alguma coisa, eu mato os dois! Sua puta, sua piranha! Você não me conhece! Não sabe o que sou capaz de fazer! Eu sou mulher de verdade, sua vagabunda! Rapa fora daqui!

Dimas sorriu, e por um exato milésimo de segundo sentiu-se amado de verdade. Clarisse debochou com a mão, engoliu a tragédia de ter desperdiçado o único sentimento cristalino que já havia presenciado e deu suas costas, andando tropegamente de volta ao seu destino. Uma lágrima furtiva caiu sobre seu cenho? Procurou a corda mais próxima? Não saberemos, e nunca vamos saber. Ela disse que não se importava, e esta ficará sendo a versão oficial. Se falarem alguma coisa sobre o que aconteceu com ela ou então comigo é mentira, o que vale é o que está registrado nessas linhas. Enfim, temos um final.
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- Vamos, amor, ser felizes para sempre?

Tânia e Dimas atravessaram o portal daquele mundo.

Ao que se sabe, não existiriam mais pessoas de sangue frio ou quente naquela realidade. Apenas pessoas, Tudo aconteceria conforme o planejado, por todas as eras, e nunca mais mudaria, pois não era necessário.

O casal apaixonado corria nu pelos prados. Correram até não aguentar mais, até um lugar que parecia longe o distante para que fizessem amor pela eternidade. A tarde caia, e com ela o pulsar atingia seu auge. Tânia e Dimas se abraçaram e deitaram na relva, um beijo selaria a felicidade interminável consagrada naquela união.

- Eu te amo e pra sempre vou te amar! - a Torta nunca fora tão reta na sua declaração.

E ela foi sincera como poucas vezes se viu em toda a existência.

Até que um dia sua pele começou a descascar...

Foto de Rosamares da Maia

Está tudo bem

Permitam-me ficar só no meu canto,

Deixem-me chorar todo o meu pranto.

Preciso do espaço para gastar toda a dor.

Talvez ninguém entenda este amor.

Não importa!

Não necessito de compreensão, só quero respeito.

Somente necessito de espaço e solidão.

Palavras de conforto não me confortam. Não agora.

Acentuam apenas o que se parte em meu peito.

Qualquer ato de solidariedade é sem efeito.

Deixem-me ficar só, na presença de mim mesma,

Olhando no meu espelho.

Preciso encontrar o eixo, meu centro de gravidade.

Deixem-me valorizar cada lágrima salgada,

Destilar a magoa e o veneno,

Beber o vinho desperdiçado do meu amor.

Depois, quando o tempo passar,

Quando a dor finalmente for passada,

Fraqueza latente, mas, na vida presente ausente,

Experimentarei gritar teu nome aos quatro cantos.

Ao vento, como um lamento contido e maduro.

Depois, quando a distancia esfriar meu coração,

Espalharei os teus retratos pelo chão da sala,

E friamente remontarei as cenas de cada cenário,

Racionalmente enlouquecida representarei,

Como sempre desempenharei o meu papel.

Direi simplesmente que está tudo bem.

Rosamares da Maia

Foto de P.H.Rodrigues

Novo Amanhecer

Do monte,
Seus olhos presos num horizonte além
Sua alma feito refém,
Da batalha que começara

Seu exilo invejado
Pela ilustre Águia Real
Libertou seu vigor acorrentado

Por batalhas de um passado
Que eram futuro no presente
Visões de um resultado inexistente

Do monte, seus olhos libertos
De uma guerra fantasma
Traçavam planos concretos
Rumo ao reino que de lá avistara.

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