Prisão

Foto de Carmen Lúcia

Estratagemas (a vida em ão)

Perco o chão,
prendo a respiração,
ouço meu coração...
Vibro de emoção,
morro de paixão,
transbordo excitação...

Canto uma canção,
toco um violão...
Digo sim e não,
qualquer que seja a razão.
Fico na solidão,
só, na imensidão...

Grito um palavrão
em prol da libertação...
Saio da prisão;
o sol embaça a visão,
habituada à escuridão.

Olho pra multidão
andando sem direção...
Arrisco uma reflexão,
faço uma confissão,
entrego-me à oração,
me doo à conversão,
me agarro à religião
libero a devoção
sem noção ou pretensão...

Discuto a relação,
eterna procura de solução...
já tenho o não;
quem sabe um sim, então.
Por que não?

Procuro temas,
estratagemas,
cenas...
isentas ou não de problemas,
obscenas ou serenas,
profundas ou amenas...

Enfim, busco da vida
o poema.

Carmen Lúcia

Foto de Joao R.Costa

PRISÃO EM PRADO

PRISÃO em PRADO

Tiraram meus
colares, pulseiras, anéis, brincos
e minhas roupas coloridas,
jogaram-me numa cela suja,
mas se esqueceram de cortar a minha cabeça.
Pensei em você lá dentro.

Foto de Arnault L. D.

Rubor em chama!

Rubor em chama!

Você de gaiola na mão
Vai cantando uma canção
“Passarinho ou Passarinha”
Só uma diferençazinha

Mas esse pequeno mistério
não tem importância a quem voa
pois na enormidade do aéreo
fica só um detalha atoa

Tem que não tem! Tem
Eu o quero e você sabe bem
Apesar de me encadear
Sempre que o tento olhar

Já estou em cativeiro
por tal me confunde com laços
sou e você sabe, prisioneiro
por prisão a ti meus braços...

Quiça meus olhos doridos
Entre limos de vozes perdidas
Te vê d'oiro e roxo! Matizadas
Columbinas gestos queridos

Veja-me com olhos de colibri
que busca a rosa em cada cor
do auri-púrpura que lhe abri
dá-me a flor do seu rubor

De coral te quero vermelha
Viva cor d'minha flor fervilha
Rubor em chamas o teu olhar
Assim'inha flor lhe quero dar

Pois vem e me incinera.
Se a chamo, é posto que há chama
e arderemos juntos nesta quimera,
como fênix renascer à quem ama!

Joaninhavoa & Arnault ( coautoria)

Foto de Joaninhavoa

RUBOR EM CHAMA!

*
Rubor em chama!
*

Você de gaiola na mão
Vai cantando uma canção
"Passarinho ou Passarinha"
Só uma diferençazinha

Mas esse pequeno mistério
não tem importância a quem vôa
pois na enormidade do aéreo
fica só um detalhe atoa

Tem que não tem! Tem
Eu o quero e você sabe bem
Apesar de me encadear
Sempre que o tento olhar

Já estou em cativeiro
por tal me confunde com laços
sou e você sabe, prisioneiro
por prisão a ti meus braços...

Qui ça meus olhos doridos
Entre limos de vozes perdidas
Te vê d`oiro e roxo! Matizadas
Columbinas gestos queridos

Veja-me com olhos de colibri
que busca a rosa em cada cor
do auri-púrpura que lhe abri
dá-me a flor do seu rubor

De coral te quero vermelha
Viva cor d`minha flor fervilha
Rubor em chama o teu olhar
Assim`inha flor lhe quero dar

Pois vem e me incinera.
Se a chamo, é posto que há chama
e arderemos juntos nesta quimera,
como fênix renascer à quem ama!

Joaninhavoa, & Arnault (em coautoria)
(helenafarias)
13/12/2009

Foto de Marsoalex

ESTORINHA BESTA

ESTORINHA BESTA

Há muito tempo, num reino bem distante, havia uma menina muito só, mas muito feliz.Ela sabia que era muito diferente da maioria dos habitantes do reino, e até achava engraçado, embora estranho, alguns de seus costumes. Um deles era o uso de máscaras. A menina compreendia que a visão que ela tinha do reino, não era alcançada pela maioria de seus habitantes, porque as máscaras impediam que eles enxergassem o reino tal qual era: um paraíso. Por mais que a menina tentasse mostrar-lhes essa verdade, eles não entendiam, não acreditavam, e se ela insistia era chamada de louca por todos.
O reino, como todo reino, tinha suas lendas, seus deuses, seus mitos. Havia, no entanto, um deus e um demônio muito cultuados e temidos mais do que todos os outros:o deus "Dinheiro" e o demônio "Sexo".
A menina não compreendia porque ninguém percebia que um não era um deus nem o outro era um demônio, tudo era apenas uma visão distorcida pela máscara, pensava. Ela, como não usava máscara, podia vê-los tal qual eram, anjos bons, necessário à vida de todos, sem que fosse preciso cultuá-los, temê-los, amá-los ou odiá-los, bastando apenas conviver com eles de uma forma simples e natural.
Não era difícil para a menina aceitar e conviver com os habitantes do reino, mesmo não os compreendendo, sabia que eles não eram maus, apenas estavam tão acostumados ao uso da máscara, que mesmo tendo condição de tirá-la na hora que quisessem, eles não sabiam como fazê-lo. Isto tirava-lhes o direito de trilhar a estrada coração, uma das mais bonitas e importantes que havia no reino. Esta estrada era a única que dava total liberdade, levando qualquer um que a trilhasse a outros mundos, outras dimensões infinitas. Poucos habitantes tinham acesso a essa estrada, por isso, a menina sentia-se muito só. Mas ela sabia que um dia encontraria alguém que teria a visão tão ampliada quanto a sua, a quem ela se aliaria e seguiria a estrada coração acompanhada por seu eleito.
Um dia, ela encontrou um menino muito só e muito triste. Apesar de toda tristeza que ela viu em seus olhos, ele não usava máscara, portanto, podia, com ela, trilhar a estrada coração, indo além dos limites do reino, em direção à liberdade de mundos infinitos.E eles se deram as mãos e caminharam como se levitassem. Sabiam que o que estava lhes acontecendo não era simplesmente um encontro entre duas pessoas. Era como se um fosse a parte do outro que estava faltando. E, apesar das diferenças, eles se completavam, pois, falavam a mesma linguagem.
Ele foi contagiado pela alegria que dela emanava, que adormeceu a tristeza que havia em sua alma, e juntos, através da estrada coração, atingiram o mundo mais distante do reino. Um mundo mágico que tinha a palavra "amor" como senha. Aquele que conseguia adentrar nesse mundo, era contagiado pelo sentimento imprimido na palavra da senha, permanecendo puro, livre e criança enquanto vivesse.Eles foram contagiados pelo sentimento e viveram juntos o tempo curto, mais longo de suas vidas.
Não se sabe porque o destino resolveu interferir na estória separando aqueles dois que, pareciam ter nascido um para o outro.Ninguém no reino conhecia as leis do destino, e por mais que a menina perguntasse "por que?", sua pergunta ecoava no vazio dela mesmo.
A menina mais só do que antes, e muito triste, resolveu colocar a máscara e tentar esquecer como tirá-la, para não saber como trilhar a estrada coração, pois, sem a companhia do menino, outros mundos, reinos e dimensões, tinham perdido toda a importância para ela. Com o uso da máscara, ela ficou igual a maioria dos habitantes do reino, aparentemente feliz.
Assim, ela limitou-se e dividiu sua vida com outro habitante do reino, que nunca havia tirado a máscara, por isso, não sabia nada sobre outros mundos nem tampouco sobre o menino.
O tempo passou e na rotina dos dias que se transformaram em anos, a menina se habituara à vida limitada do reino, mas era extremamente infeliz. Sabia que o uso da máscara lhe vetara o acesso a estrada coração, e ela tinha muito medo do desejo que gritava dentro dela. Desejo de tirar a máscara, pois vidas estavam em sua depedência. Se ela tirasse a máscara e enveredasse à estrada coração, iria em busca do menino esquecendo deveres e obrigações que a nova condição trouxera para sua vida.Continuou infeliz, mas consciente da responsabilidade assumida seguiu o seu destino resignada, sem revolta.
Mas, como o destino tem suas ciladas, suas artimanhas, de repente, um dia, ela se viu diante do menino. A emoção que ela tentou conter, irrompeu através da máscara, tomando conta de seus olhos, de suas mãos, de sua voz...
Ele estava ali, diante dela, sem máscara. E ela pode ver ver nos olhos dele a mesma emoção que estava sentindo e a mesma pureza do sentimento que eles haviam trazido do mundo mágico, único, capaz de remover a máscara que ela estava usando. A chama que irradiava dos olhos de ambos, deu-lhes a certeza que nada havia mudado. O amor brilhava com a mesma intensidade, com a mesma força e a mesma pureza. Nem o tempo nem a distãncia conseguira desmanchar a magia do sentimento que existia entre eles.
A menina estava presa a uma situação muito comum, mas muito respeitada por ser parte dos costumes do reino. Além desta situação, muitas vidas estavam envolvidas com a sua vida. Vidas que não compreenderiam nada, que não sabiam sequer da existência de outros mundos, e ela precisava ensinar aos pequenos, como evitar o uso da máscara, para que pudessem ter acesso a tudo que a visão ampliada podia lhes oferecer, e isto, exigia tempo, muito tempo...
O menino era livre, não estava preso a nenhuma situação nem tinha vidas em sua depedência. E como ele nunca tinha usado máscara, teve como mostrar a menina que, se a chama continuasse acesa, ela seria livre sempre. Falou, ainda, que ela poderia trilhar a estrada coração quando quisesse estar com ele, mesmo ele não estando junto, estaria com ela, pois nada nem ninguém poderia separá-los, já que eram parte um do outro. E a menina voltou a ser feliz, abulindo definitivamente o uso da máscara de sua vida.
Foram muitas idas e vindas do menino.E quando ele voltava, na chama de amor que havia em seus olhos, a menina encontrava razão de viver e força para continuar presa a situação do reino, mas livre através do que sentia, e que, a cada dia aumentava mais e mais. Quando ele estava perto, bastava se olharem e tinham um mundo só deles, mesmo que não pronunciassem uma única palavra, diziam tudo e se compreendiam mutuamente.
Enquanto isso, as coisas no reino haviam mudado.O demônio "Sexo", se transformara em um deus e estava em pé de igualdade com o deus "Dinheiro". Os dois eram cultuados por quase todos os habitantes do reino de uma forma obsessiva.Com as mudanças no reino, mudaram algumas regras e padrões, costumes e valores. Quanto mais as coisas mudavam, mais os habitantes ficavam desnorteados, confusos, porque continuavam a usar a máscara e as mudanças não se ajustavam a ela. Isso gerava uma confusão tão grande no reino, que ninguém sabia mais o que era certo nem o que era errado. Dinheiro e Sexo eram os únicos objetivos dos habitantes. A menina ficava triste por ver anjos tãop bons transformados em deuses sanguinários. Acompanhava as mudanças sem aderir a nenhuma delas, já que, crescera dentro do reino, mas sempre vivera além dele, e qualquer mudança que houvesse, ela estava adiante, dada a sua visão privilegiada pelo não uso da máscara.
O reino era dividido em muitas cidades, e o menino estava muito distante em algum lugar que a menina não conhecia. Mas através da estrada coração, ele sempre esteve perto e ela se acostumou a tê-lo junto de si, mesmo que quiloômetros e quilômetros os separasse.
Ela sabia que o menino se ligara a uma habitante do reino, numa situação um pouco diferente da sua, mas era algo que ela sabia que mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E quando, as vezes, vinha o temor de perdê-lo, lembrava do que ele havia lhe dito: que eles seriam um do outro para sempre, e o temor se dissipava.
Outros anos se passaram para que eles se vissem novamente. E quando aconteceu, foi para viverem um dos momentos mais bonitos de suas vidas.Foram momentos mágicos, quando o amor deixou que o anjo sexo, os envolvesse em suas asas, levando-os, através da estrada fantasia, para o mundo dos sonhos, onde o amor falou a sua linguagem mais bonita: a linguagem do corpo, que vibra de emoção na entrega sublime dos que amam. E o amor se fez corpo, alma e sentidos. Parou o tempo para ser eternidade em apenas um momento...
E a vida seguiu seu curso. Eles foram distanciados novamente, cada um levando suas lembranças...
E mais uma vez, muitos e muitos anos se passaram. O reino estava cada vez mais mudado e seus habitantes cada vez mais confusos. A menina continuava livre, presa dentro da situação que assumira perante o reino. Os pequenos já estavam crescidos, e ela já os ensinara a não usar a máscara. Ensinara também ao parceiro com quem se unira,para que todos que convivessem com ela, desfrutasem de uma visão ampliada, tendo acesso a outros mundos, através da estrada coração. Ela, com toda sinceridade e pureza, que o não uso da máscara lhe proporcionava, deu de si o de melhor, para aqueles que as leis do reino havia colocado sob a sua responsabilidade. Mesmo não levando o seu parceiro ao mundo mágico, levou-o a outros mundos onde conseguiu subsídios que tornou a vida de ambos boa, válida de ser vivida. Levou-o ao mundo da amizade, ao reino da lealdade, a dimensão do companheirismo, enfim, a todos os lugares de onde trouxessem substâncias para uma vida harmoniosa. O mundo mágico pertencia a ela e ao menino, somente com ele, ela se permetia adentrá-lo. O sentimento que acionava a senha para abrir a porta do mundo mágico, fora entregue ao menino, que, mesmo distante, era presente, diário, permanente, e ninguém mais podia substituí-lo em mundo nenhum. Mas isso não impedia qua a menina tivesse uma vida normal, tranquila e em paz. Pois o sentimento era tanto, que preenchia a sua vida de uma forma completa, total.
Neste amaranhado de vidas, um dia, a menina teve oportunidade de conhecer aquela com quem o menino se unira. Viu, sem nenhuma surpresa, que ela usava máscara. Mas, confiando na visão ampliada do menino, deixou que o destino se encarregasse de reaproximá-los quando fosse tempo.
Algum tempo depois, a menina soube que, como ela, o menino tinha responsabilidade com outra vida, mas continuou confiando na ampliada visão dele e no que sentiam um pelo outro. E foi levando a vida sem drama, sem sofrimento, sem infelicidade, com naturalidade, características peculiares daqueles que têm o privilégio de uma visão sem máscara.
Décadas e décadas tinham se passado quando o destino resolveu que era hora de reuní-los mais uma vez. Quando eles se viram, toda emoção irrompeu novamente através da chama que brilhava nos olhos de cada um, acionando a senha, abrindo a passagem para estrada coração, que os levou ao mundo mágico mais uma vez.
Passado o impácto do primeiro momento, a menina começou a sentir que algo havia mudado no menino, mas ela não conseguia identificar o que era.Ela o olhava e o via do mesmo jeito. Quando o ouvia falar, as palavras eram iguais as que ela estava acostumada a ouvir, mas havia nesta igualdade uma diferença que ela captava mas não sabia definir. Ele sempre se mostrara complexo, ambivalente, paradoxal, contraditório, mas o quê, em suas palavras tão iguais, tinham uma conotação diferente? O quê, naqueles olhos tão transparentes, embassavam o brilho? Por que ele era o mesmo e não era o mesmo?
E um dia a resposta veio deixando a menina atordoada: ele estava usando máscara! Se tornara igual a maioria dos habitantes do reino. A máscara o havia cotaminado, estava tão aderida a ele, que distorcia toda a sua visão. Ele se tornara limitado, padronizado, regulado pelas leis que regiam o reino e deixara de ser livre.Com o uso da máscara, se identificara com a parceira que´há uito tempo estava em sua vida, vivendo num mundo bem menor do que os limites do reino lhe permitia.Não sendo livre, não compreendia a liberdade da menina, que mesmo presa, era tão livre, que podia voar e chegar até à porta de seu pequeno mundo. Ele esquecera totalmente que a ensinara a ter essa liberdade, quando através do amor, mostrou-lhe que o uso da máscara era uma eterna prisão.
O menino tinha aprendido a cultuar o deus Dinheiro, acreitando apenas na força e no poder que esse deus podia proporcionar.Ele deixara de acreditar no sentimento imprimido na senha que um dia lhe abrira as portas do mundo mágico, e ainda debochava da menina, por ela acreditar e viver a força e a beleza de um sentimento, que para ele, não fazia o menor sentido, não tinha a mínima importância e nenhum interesse. Tudo o que eles haviam vivido juntos, era rotulado de "passado", e, as vezes, até vulgarizado por ele, tirando toda pureza, toda beleza, toda magia que envolviam os momentos vividos com tanta intensidade e simplicidade, que seriam eternos para qualquer um que não estivesse contaminado pelo uso da máscara.
E de nada adiantou todas as tentativas que a menina fez para que o menino removesse a máscara e voltasse a ser livre.
Ele não era feliz, ela sabia, mas nada podia fazer. A não ser, ter esperança de que, um dia ele abrisse as portas da própria prisão e voltasse a voar. Mesmo que não fosse em direção a ela, ela ficaria feliz por vê-lo livre outra vez. Era horrível vê-lo tão comum, tão parecido com os outros habitantes do reino. Ela sempre o viu diferente. Se ele fosse realmente diferente como ela o via, bastaria tirar a máscara para que sua visão voltasse a se ampliar, e través dela, ele tiraria de dentro de si, o menino adormecido, para ser livre, puro e criança enquanto vivesse.
A estória não tem final. A menina segue o seu caminho, tentando entender as leis do destino, sem saber porque a sua vida continua entrelaçada a vida do menino, já que hoje há uma enorme distância entre eles, sem nenhuma possibilidade de um dia trilharem novamente a estrada coração. A menina não sabe se esses laços serão cortados um dia, pois, a única coisa que ela sabe, é que o sentimento imprimido na senha que um dia abriu a porta do mundo mágico, continua a existir nela, e através deste sentimento, ela será livre, pura e criança enquanto viver...

Marsoalex

Foto de batista alves

Segredo

O segredo é coerente com a vida
Pois a vida é um segredo vivo
Um mistério infinito
Para aqueles sem segredos
A vida é um mistério coerente
Sem respostas, sem segredos
Para aqueles que vivem a livre vida
Uma prisão misteriosa
Com grades do tempo
Sem mandante, comandante
Da sua própria prisão
O tempo prende e solta
Na hora certa, acabou-se o segredo
Começou o mistério da vida.

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano"DENSIDADE"!

DENSIDADE!

Moça donzela,
abra a porta e a janela
venha ver
em passarada
o sol nascer.

E como é belo
todo amor,
assim tão terno
romance de luar
tempo professor,
peito a debutar.

Manto pureza
coração verdade,
fruto proibido
de lei gravidade, em
densidade pantanal.

Nobre testemunho
constante prisão,
trêvo carente
ilha pergaminho,
chama brilhante,
anseio e solidão.

Alvaro Sertano.
http://www.perfspot.com/alvarosertano

Foto de Lucio

Ainda bem que você existe !

Foi único o nosso reencontro
Nossos corpos
Mesmo que timidamente se tocaram
Segurei meus lábios para que não se encontrassem com os seus

Suando frio contive minha paixão
Presa ali naquele peito
Que guarnecia um coração dilacerado
Anos se passaram mais fogo ainda queimava

O sol voltou a brilhar.
Sua voz macia me fez delirar!
Ha quanto tempo não sentia essa sensação
Meu corpo estremeceu.

Aquela voz inconfundível
Perturbou meus pensamentos
Apenas me olhaste e não disseste nada
Acredito que querias o mesmo que eu

Oh minha paixão
Mesmo sem ter você pra mim
Sinto-me todo seu
Esperançoso em encontrá-la novamente

Só que em outras circunstâncias
Sem essa prisão, nem muros
E com minha voz em sussurros
Lhe direi, te amo loucamente.

Foto de Rafael Vieira de Carvalho

Sentimentos

Sentimentos Oprimidos

Dias se passam, nuvens vão e vem, dias após dias somos engolidos por sentimentos presos em sorrisos forçados, para agradar um todo fazendo-nos esquecer do papel principal dessa trama que vivemos e somos assim protagonistas sem que sequer percebamos.
Somos calados por ter de agradar sem querer, cegados para não vermos o mundo em ruínas que nos cerca, ensurdecidos pelo vendaval de mentiras, falsidades e gritos emitidos em olhares maldosos.
Perdemos todos os dias o prazer que tínhamos de conquistar o “NOVO” ficando assim presos em um devaneio PASSADO que estraçalha a alma e apaga nosso brilho, mergulhando-nos em frustrações e dissabores.
Nosso “EU” grita, chora, clama por um sorriso verdadeiro, por atitudes sem interesse, por pessoas do “BEM”, com a verdade nos olhos da alma e do coração.
Pecamos por acreditar que o amanha será melhor, por acreditar em palavras proferidas por bocas mentirosas e corações vazios com objetivo de destruição, mentes voltadas ao EGO se esquecendo que não podemos viver sozinhos e que dependemos assim um do outro, como um ELO sem fim..
Angustia, raiva, ódio, traição, mentira, olhos com lágrimas de sangue, falsidade, sentimentos esses que vivemos e convivemos todos os dias, as vezes somos surpreendido por aqueles que menos esperamos como a tempestade inspontânea, nos prejudicamos por CONFIAR e AJUDAR demais...
Precisamos parar de nos esconder atrás de falsas atitudes, falsos sorrisos, sejamos simples em tudo, isso nos fará mais feliz...
Onde esta a vontade de continuar? Será que tudo é verdade? Será que todos os que nos cercam querem o bem?. Precisamos filtrar tudo e todos. Vivemos em tempos os quais tudo é duvidoso. Isso nos faz sermos pessoas de momento, não conseguimos mais viver o “PARA SEMPRE” e sim o “AGORA”.
Quero rir à toa, ouvir o mover do ar trazendo o vendaval da esperança renovada, a boa nova, enxergar o sorriso da verdade com os olhos da alma, sentir o pulsar de um coração puro e verdadeiro, sentir o doce sabor da verdade, percorrer pelo caminho da esperança e chegar ao destino completo de corpo e alma.
Saber que o amanhã é certo. Ter o carinho verdadeiro, chorar de alegria, emoção da qual emerge do fundo da alma..
Voar até o mais alto céu para ver do alto tudo que podemos conquistar baseados no simples fato de amar..
Amar e ser amado, ter arrepios de felicidade, ter sede do “NOVO”, liberto da prisão de sentimentos vagos e sem efeito.
Sair da rotina de “TER QUE”, “IR PARA”, sejamos livres para cometer atitudes insanas e saudáveis.
Não sei se conseguiremos conquistar tudo, mas vamos fazer de tudo para conquistar...
Quem sabe um dia tudo se transforma em Amor, que resplandece no rosto de cada ser a pureza de coração e a alegria de sorrir..

RVC – 03/09/2009

Foto de Marsoalex

Que me venha esse amor

Que me venha esse amor
Que a paixão não estraga
Que o tempo não muda
Que a ternura afaga
Que a prisão o liberta
Que a emoção desperta
E que nada o apaga

Que me venha esse amor
Que a distância credita
Que a saudade fez forte
Que a si santifica
Que do nada faz tudo
Que na dor fica mudo
E que nada o explica

Que me venha esse amor
Que é amor simplesmente
Que é tão louco que é puro
Que é tão forte, seguro
Que não morre nem mente
Minha eternidade
E a história da gente
Marsoalex

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