Procura

Foto de Carmen Lúcia

Rua do Porto

Rua do Porto...

Reduto dos desencontros,
úmida, sombria e torta,
ancoradouro dos confrontos,
vazia de janelas e portas
onde o silêncio deixa uma fresta
e seu eco recua diante dela.

Rua do Porto...

Lugar de almas atravancadas,
sem calçadas, esburacada,
onde o sol se esqueceu de entrar,
onde a lua jamais vai brilhar
e as manhãs já não querem acordar.

Rua do Porto...

Onde a noite aporta sem lua
E um tapete umidificado de limbo
mofa a ilusão da chegada e da espera
de transeuntes que passaram por ela
ludibriados buscando quimeras...

Rua do Porto...

Beco onde a vida se infiltra
a procura de um brilho oculto
que lhe passe a ilusão de luar
ou revele nos recônditos dos seus vultos
uma alma de luz a brilhar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Rodrigo Konrad

Marionetes (parte 3)

Fecho os olhos
e tento ficar quieto.
Para ver se consigo ouvir minha voz,
pelo menos uma última vez…
Tenho medo de não me achar,
de me perder em minhas lembranças.
Lembranças de um passado distante,
que insiste em ficar…
Tenho medo de não ver
mais meu rosto, meu sorriso,
Nem que seja no pensamento
mais involuntário
de meu futuro previsível!
Aperto forte o peito
para ver se eu ainda estou lá!
Respiro fundo…
Quem sabe ainda restou
um pouco de meu perfume.

Alguma coisa ainda deve restar
desse amontuado de nada
que nos tornamos.
Nesse mundo inquieto,
onde até mesmo a luz se perde,
a rotina brinca de ciranda
e faz de nós meros bonecos
à procura de nós mesmos!

Foto de Ana_Rosinha

Uma lagrima...

Meu olho deitou uma gotinha
de água.
Pela face foi escorregando.
Era uma lagrima que trazia
uma mensagem.
Pedi-lhe para se juntar ao rio.
Ao percorrer a sua longa
caminhada foi evoporada por
uma nuvem.
A nuvem levo-a ate a
janela do seu quarto.
A Lagrima bateu no vidro
da sua janela mas voçe
não ouvio, então lhe deixou
escrito a mensagem voçe
ficou desesperado e foi a minha
procura, e la tava eu a beira
rio a sua espera, só para
lhe dizer uma simples
palavra da vida. Amo~te...

Foto de Olenka

Amigo

É de noite, reina o silencio profundo,
Eu caminho pelas estradas do mundo
Procuro aquilo que encontrar não consigo
Procuro um fiel amigo

Nessa imensa escuridão
Vejo a lua que me cativa:
(eu:) -Que fazeis vós? Tendes ocupação?
(Lua:)-Ilumino a Terra adormecida! Porque andais a deriva?
(eu:) -Vagueio pelo mudo a procura de um amigo!
(Lua:)-Os amigos na altura certa hão-de aparecer!
(eu:) -Sinto-me só! Posso ficar contigo?
(Lua:)-Os amigos não se fazem por fazer!

Despedi-me da lua
Levado comigo a sabia lição,
E, persegui pela rua
Com uma nova visão.

Foto de Olenka

Amigo

É de noite, reina o silencio profundo,
Eu caminho pelas estradas do mundo
Procuro aquilo que encontrar não consigo
Procuro um fiel amigo

Nessa imensa escuridão
Vejo a lua que me cativa:
(eu:) -Que fazeis vós? Tendes ocupação?
(Lua:)-Ilumino a Terra adormecida! Porque andais a deriva?
(eu:) -Vagueio pelo mudo a procura de um amigo!
(Lua:)-Os amigos na altura certa hão-de aparecer!
(eu:) -Sinto-me só! Posso ficar contigo?
(Lua:)-Os amigos não se fazem por fazer!

Despedi-me da lua
Levado comigo a sabia lição,
E, persegui pela rua
Com uma nova visão.

Foto de Cecília Santos

AINDA TE PROCURO...

AINDA TE PROCURO...
#
#
#
Ainda te procuro, como que procura o ar pra respirar.
Ainda te procuro nas estrelas, e em seu brilho.
Te procuro nos fiapos da luz da lua.
Nas sombras que te ocultam.
Ainda te procuro, em cada rua sem vida.
Em cada esquina vazia.
Em cada canteiro sem flor.
Ainda te procuro, nas manhãs de cada dia.
Na brisa quente e macia.
Na tarde singela e sem cor.
Te procuro na estrada estreita.
Na terra batida do chão.
No sol que aquece a vida
Num instante de solidão.
Te procuro nas nuvens de algodão.
No arco-íris encantado.
Na gaivota voando no céu
No meio da multidão.
Ainda te procuro, como quem busca a razão.
Pra consolar um coração cansado de esperar.
Esperar que o tempo passe, que a vida prossiga.
Que eu ainda consiga encontrar os olhos seus.

Cecília-SP/06/2010*

Foto de Soélis

PROCURAVA UMA ESTRELA.

PROCURAVA UMA ESTRELA.

Autor: Soélis Sanches

Saí a procura de uma estrela pra te dar.
E revirando o espaço perdido, na solidão do infinito ...
Esta estrela eu procurava.

Queria brilho, queria poesia, queria te tivesse cor e fantasia.
Todos juntos em plena harmonia.
Procurei por todos os cantos, em todos os encantos e em toda rebeldia.

Procurei no dia-a-dia, nas andanças, nas esperanças, uma estrela, que fosse forte, que te desse sorte e que te fizesse sonhar.
Mas eis que um dia (em meu sonho) eu a vi chegar.
E num olhar encontrei tua estrela.
Ela estava em você !

Com todas as suas cores, em todos os seus amores, dentro do teu olhar.
E a sua essência, está na inocência deste teu sorriso claro, como o brilho raro que é: VOCÊ !!!

Foto de Lady Godiva

Corre!

O tempo foge,
a cada minuto.
E o silêncio é agora
palavra que nos habita os dias.

Pelo silêncio se mata,
por silêncio se morre...

Corre!!!

Vais querer voltar ao princípio,
mas só se nasce uma vez...

Procura o destino,
entre o tudo e o nada,
capta os sinais,
segue por essa estrada!

Não vês que me perdes
por me prenderes na liberdade?

Solta a palavra,
mata a saudade!
Vamos criar segredos,
entrelaçar nossos dedos,
perder todos os medos e...
amar.

Foto de Graciele Gessner

Será Que um Dia Vou te Encontrar? (Graciele_Gessner)

Enquanto houver sentimento pulsando no peito existirá esperança para procurar, para encontrar aquele alguém. Há sonhos que por mais que estejam reprimidos ou esquecidos pelo tempo que podem fazer a grande diferença na vida.

Eu acredito na teoria dos encontros e reencontros. Nossas vidas são feitas destes segundos, em que o próprio destino muitas vezes dá a sua contribuição.

O que seria da vida, das almas apaixonadas, ou mesmo daqueles sonhadores? Devemos acreditar nas possibilidades, na realidade dos nossos próprios desejos/sonhos. Vamos seguindo em frente, crendo no possível, desejando o inacreditável; mas jamais perdendo as esperanças no amanhã. A vida não foi feita para andar de ré, se hoje não encontrou aquela pessoa, talvez amanhã possa encontrá-la.

Nunca penso que talvez haja alguém em tua busca, a tua procura?

14.06.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de raziasantos

Foi Assim!

O dia estava lindo eu arrumava os últimos detalhes do quarto do meu primeiro bebê.
Abri a janelas deixando que a luz do sol iluminasse e aquecesse o quarto.
Tudo lindo o berço de madeira maciça, era decorado com lindo protetor, bordado á mão: Cortinado com rendas finas trazia pendurado pequeno anjinhos.
Minha barriga esta enorme, minhas pernas pesadas e inchadas, mas eu me sentia uma rainha.
A felicidade de ser mãe me irradiava e me enchia de orgulho.
Meu marido entra sorrindo com um boque de flores me abraça, acaricia minha barriga olha dentro dos meus olhos e fala te amo!
Como resposta ao nosso amor nosso bebê da um salto dentro do meu ventre...
A bolsa estoura e vamos para o hospital, atravessamos a pequena cidade que exibia uma beleza nunca observada por mim antes.
Ate o azul do céu estava mais azul, o brilho do som refletia sob as calmas, águas do rio que parecia nos acompanhar até o hospital.
Ao chegarmos fui levada imediatamente para sala de parto.
Era uma sala toda branca, com aparelhos de oxigênio, suportes para soros, e medicamentos, no meio do teto onde tinha uma roda enorme toda iluminada.
A mesa de cirurgia ficava em baixo dessa luz.
As enfermeiras me deitaram nesta mesa, pediram para eu ficar calma que tudo daria certo.
Eu sorri e disse estou calma e muito feliz.
Logo entram na sala quatro médicos, eles vieram conversar comigo se apresentaram, um era anestesista, outro obstetra, um pediatra, e um cardiologista:
Eu perguntei por que tanto medico, eles me explicaram que era normal, pois eu não tinha dilatação e seria necessária uma cesariana, mas estava tudo bem.
Logo começaram os procedimentos eu fiquei com muito sono, mas queria muito ver logo o rostinho do meu filho, então lutava fortemente contra o sono.
Um cansaço começou a tomar conta de mim, um médico ficou todo o tempo na minha cabeceira, ele falava comigo me encorajava dizia esta tudo bem logo estará com seu filho nos braços.
Eu sabia que estava tudo bem tive uma gravidez tranqüila.
Cada minuto que passava aumentava minha ansiedade para ver meu filho.
Der repente! Sou tomada por uma súbita surpresa, ouço um choro de bebê meu filho nasceu!
Os médicos sorriem e me parabenizam...
Uma enfermeira se aproxima de mim com uma coisinha branca, meio ensangüentada, mexendo as mãozinhas, é indescritível o que senti naquele momento, eu era mãe!
Ela o colocou sob meu peito eu o acariciava sentir seu calor foi o maior presente.
O cansaço e sono aumentavam eu lutavam para meus olhos ficarem aberto queria curtir, mais aquele momento, mas a enfermeira veio o tirou do meus braço:
Eu não queira que o levassem, fui tomada por uma sensação de perda, ela afastou-se lentamente dizendo vamos meu amor deixe a mamãe descansar, eu tentei gritar tentei pedir para deixá-lo mais um pouco, mas estava muito fraca e cansada, minha voz não saiu o sono me venceu.
Não sei por quanto tempo permaneci naquela sala:
Eu acordei e não estava mais lá estava em outra sala, deitada em uma maca só tinha eu ali, tudo era muito branco, e o silencio era profundo, abri os lhos e olhei ao redor estava mesmo sozinha, então pensei aqui é a sala de recuperação da anestesia.
Eu não via à hora de ter meu filho nos braço queria amamentá-lo, queira abraçar meu marido compartilhar com ele minha felicidade.
As horas pareciam não passar, cada minuto parecia uma eternidade.
Para meu alivio a porta se abre, entram umas enfermeiras com outra maca.
Vamos levá-la a família esta esperando...
Eu estava tão emocionada que nem conversei com elas.
Logo chegamos à outra sala e me passa para uma cama, me ajeitam, e me cobrem, minhas pernas estão tão pesadas, não consigo meche-las...
Eu não agüentava mais tudo aquilo parecia um ritual, então eu pergunto onde esta meu marido, onde esta meu bebê?
Uma delas responde o marido acaba de chegar esta entrando.
Ele entra esta visivelmente emocionado tem em suas mãos uma bolsa onde estava meus pertence que usaria ali:
Ele me braça fortemente sorri, e chora ao mesmo tempo.
Diz repetidamente estou sonhando!
Deus! Como te amo minha querida, logo a porta abre-se novamente então vejo minhas cunhadas, minha sogra, minhas irmãs, onde esta meu filho?
Eu entro em desespero, sinto que tem algo errado, pergunto por meu filho, mas no lugar de resposta, tenho um monte de conversas, desencontradas.
Eu tento me levantar, quero sair daquela cama, quero procurar meu filho.
As enfermeiras pedem para todos saírem, para mim foi um alivio, assim posso conversar com ela e saber do meu bebê.
Eu tento de tudo para que o tragam, mas nada de respostas...
Ela me ajuda com minha assepsia, me veste uma linda camisola, branca, bordada com pequenas flores coloridas, por cima um roupão.
Eu finjo dormir até que ela sai da sala.
Minhas pernas ainda estão pesadas, mas faço um esforço sob natural, para levantar da cama.
Quero ir ao berçário, ver meu filho.
Eu não sei onde está minha família tudo muito quieto, isso só aumenta meu terror, sei que algo esta errado acontecendo me pergunto onde esta meu filho?
Estou fraca, então respiro fundo e começo a andar determinada a encontrar meu bebê.
Logo me sinto tão leve como uma pena o desejo de ver meu filho me faz quase flutuar pelos corredores do hospital.
Passo por todos os quartos sempre me esquivando dos seguranças, e das enfermeiras:
Uma angustia, e medo, toma conta de mim, meu filho o que aconteceu com meu filho?
Desesperada procura os berçários, chego à frente umas enfermarias, e ali tem muitas mães, umas amamentam seu filho, outras dormem, mas ao lado de sua cama tem um berço com sues bebes.
Olho para cada um procurando o meu, mas também não esta ali.
Eu começo correr em pânico, um dor tão profunda toma conta de mim eu me sinto enganada, traída por meu marido, não consigo acreditar,devo estar sonhando,acho que estou tendo um pesadelo, estou sob efeito de medicamentos, isso não esta acontecendo!
Eu não consigo encontrar o berçário, chego a uma porta que da para os fundos do hospital, lá fora tem um lindo jardim com arvores e bancos, o tempo mudou agora este frio nublado e garoando, eu empurro a porta, meu sinto que agora vou encontrar meu filhinho:
Eu atravesso o jardim e chego à outra parte do hospital as portas estão abertas e muitas pessoas circulam pelos corredores, agora eu não me importo, mais em me esconder, nada nem ninguém ira me impedir de encontrar meu filho!
Entro em uma sala enorme, nos fundos um aglomerado de pessoas, meu coração dispara, minhas pernas tremem, e um frio intenso toma conta de mim.
Continuo andando em direção aquelas pessoas, não demoro eu reconheço meu marido e minha família, está chorando, meu marido esta amparado nos ombros de meu sogro e chora copiosamente!
As doces lembranças dos dias mais belos de minha vida me vieram á memória.
Eu não entendia o porquê, mas sabia que tinha um motivo para tanta dor.
Aproximei-me lentamente era como se minha alma estivesse ali, um medo terrível, misturado com ressentimento por ter me sido negado à verdade toma conta de mim.
Agora estou diante da verdade, não é um sonho é realidade.
As lágrimas banham meu rosto, tenho que tocá-lo pela última vez...
Penso comigo se sou tão amada por que querem negar-me o direito de me despedir, de um pedaço de mim.
Eu empurrei á todos, furando o cerco fechei os olhos, com medo da verdade, mas era inevitável, eu tinha que enfrentar a verdade...
Então olhando para o céu eu me aproximo, abro os olhos...
Não acredito no que vejo, solto um grito de terror diante da imagem que vejo.
Não era meu filho que estava morto era eu!

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