Próprio

Foto de DeusaII

Sentimento Perfeito!

Foi num dia perdido,
Numa noite esquecida,
Por um tempo perdoado,
Foi numa altura indiscreta,
Que sentimentos impossíveis
Assolaram minha mente,
E deixaram-me perdida
No meu próprio caminho.
Uma sintonia perfeita,
Feita de amor e magia,
Penetrou minha alma,
E o destino, entrou em acção.
Então,
o céu de cor viva,
Perdeu a sua tonalidade,
Tornando-se mais harmonioso,
Mais suave.
Um sentimento estrondoso,
Penetrou dentro de meu ser,
E por momentos deixou-me
Num estado perpétuo de pura divagação.
Um sentimento perfeito,
Surgiu, de entre muralhas,
Deixou-me assim, neste estado,
Neste mundo já preso,
Perdido e achado.
Deixou-me assim, perdida,
Foi então,
Num mundo perfeito,
Numa vida fantasiada,
Num destino incerto,
Num momento inesquécivel,
Que percebi...
Que te amava.

Foto de Dirceu Marcelino

DELÍRIO II - Resposta à poesia de LU LENA

*
*
*

Teus versos elevaram meus olhos ao céu
Eu precisei por meros instantes apreciar.
Ver o firmamento e as luzes do sobrecéu
Que a fazem como dizes nele levitar.

E te vi a dançar sobre as nuvens com um véu
De purpurinas que descreviam sob o luar
Palavras de amor e deixava um fogaréu
No lençol que se formava naquele lugar...

Lugar muito mais alto que um arranha-céu,
Mas são nuvens de algodão como ondas do mar
A vagar pela imensidão sem rumo ao léu

E deitada sobre ela te vejo a flutuar
Sedutora como o próprio e lindo troféu
Irradiando tua própria alma a quem vai te amar.

Foto de Carmen Vervloet

REALIDADE

REALIDADE

A realidade é nua e crua.
Mostra-se sem disfarces
caminha armada pelas ruas
tintas de sangue.

A violência é rainha
coroada pelos brutos!
Tantas mães sofridas
chorando seu luto!

Tiros pipocando no ar
gente matando gente,
gente roubando gente
e os valores cada vez
mais ausentes!

Jornais nas calçadas,
berço de tantos inocentes,
sofridos, perdidos, indigentes,
invisíveis para tantas lentes!

O céu chora a sua dor
e a chuva que dele escoa
transforma-se em gelo
que resfria os corpos tiritantes,
mãos estendidas em apelo!

Mas o poder é surdo e cego
nada faz por esta gente
satisfaz apenas seu próprio ego
na sua cobiça indecente!

Este poder me causa asco!
Seus olhos só vêm o vil dinheiro
seu deus e conselheiro!
Dos miseráveis só querem o voto
deixam-lhe uma cesta básica,
um panfleto com foto
e o compromisso do voto.

E assim vão se elegendo
na arquitetada ignorância dos pobres
usando da sua premente privação,
junto à dor e aflição
neste eterno troca-troca
das suas nauseantes engenhocas!

E depois, irmão...
Só na próxima eleição!
Surgirão outras ardilezas
Disfarçadas em delicadezas.

A realidade mostra-se sem disfarces
NUA E CRUA
Só não vê
quem vive no mundo da lua!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de banshee

O Toque.... Virtual, ou não....

O Toque.... Virtual, ou não....
O toque é algo mágico, indefinível.
Pode ser suave como uma pétala, belo como o amanhecer,

delicado como uma flor, sutil como a essência de uma pérola.
Cada pessoa possui um toque que lhe é próprio. Pode ser amoroso,
tranqüilo, forte, mas sempre e sempre será a maneira única, pessoal e intransferível de expressar a si mesmo.
Com o toque, aprendemos a amar.

Não se toca somente com as mãos.
Toca-se com o pensamento, as sensações, a unicidade das idéias; em estar juntos, nesta amizade.
Toca-se com os lábios, num deslizar suave de uma carícia; com o olhar...

Há também o toque virtual que, assim como o ar que não tocamos, pode nos manter a vida, depois de sermos tocados por ele.
Fica-nos imprescindível, a ponto de nos fazer horas a fio permanecer ligados a uma máquina, esperando apenas pela sensação de sermos tocados...

Não tocamos a brisa, mas ela vem e brinca em nossos cabelos; não tocamos os raios do sol, mas somos por ele tocados.
O toque virtual possui magia, mas não fantasia.

É real quando o sentimos nas palavras que lemos, no cumprimento tão esperado e querido, na maneira de se colocarem as palavras a ser escritas.

O toque, sem que percebamos, é um dom que possuímos, perpetuando-se infindo, pleno, feliz,
pois enquanto houver um toque de amizade, haverá uma beleza sutil, como a de uma perfeita sinfonia inacabada...

banshee

Foto de Sonia Delsin

REFLETINDO

REFLETINDO

Hoje eu estava caminhando pela rua e um ventinho tão suave balançou meus cabelos.
Arrepiei e pensei.
Como a vida é linda!
Cada estação tem a sua peculiaridade.
O inverno vem trazendo coisas novas.
Passei por uma praça e o chão estava coberto de flores amarelas caídas. Formava um tapete. Uma coisa mais linda de se ver.
Pouco adiante vi uma outra árvore coberta de flores cor de rosa e um ipê roxo.
Pensei.
Com que capricho a terra foi criada.
E nós tantas vezes ignoramos a beleza e não agradecemos o Criador, a criação. Achamos tudo normal.
Como podemos ignorar a neve, a geada, o sol, a chuva, o vento, os efeitos do tempo sobre as pedras? As transformações que são feitas em milhões de anos? Montanhas esculpidas, vales, planícies...
O mar com todos seus encantos.
As matas.
Os rios, as cascatas.
O chafariz da praça não é lindo? Já reparaste?
Nele se banham pássaros e meu olhar se demora.
Amo a natureza. Adoro. Deus me fala através dela. Ele me mostra que existe sempre esperança, que a paz está ao nosso alcance, que a beleza faz bem aos olhos e à alma.
Cada estação que chega vem trazendo com ela algo novo.
Gosto do frio porque as pessoas colorem as ruas com seus pulôveres, seus cachecóis, blusas coloridas, polainas, boinas...
Se bem que não temos ultimamente uma estação muito definida já que terra passa por transformações provocadas pelo próprio homem, mas existe o inverno e ele é diferente da estação que o antecedeu.
Penso se estamos ferindo de morte a terra, se ainda estamos em tempo de curá-la.
Acredito que sim. Quero acreditar porque chegarão meus netos e bisnetos e eles precisam viver neste planeta.

Foto de Stacarca

Oração

Oração

No fundo romanesco de seus vermelhos e parturejados cabelos, de seu avulto e penetrante olhar de olhos rubros e harmonia perfeita, que faz-me ouvir a sinfonia dos céus e a comissura do inferno dentre almas límpidas e alvas, dentre suas asas do finito e infinito das lamúrias feéricas de todos os Deuses e Satãs, dos seus sonhos, seus magníficos e soluçantes sonhos híbridos, que tornam minh'alma um ser tropel e apaixonado, que torna meu dia em uma noute de nébula escuridão gótica em perfeita sintonia com os balastros de meu ignoto coração. De sua pele virgem e clorótica, de minha contemplação benigna sob teu corpo deleite e santo. Toda a ardência de meu carinho nas ausências da tua boca palpitante, dos lábios supremos e cabalísticos onde a imaginação é a longitude de meus maiores sonhos de arcanjo, na amplidão perpétua de seu falar magnífico, o sidéreo momento peregrino de nosso encontro imortal em convulsos tronos da felicidade, das tuas náuseas humanas que formam maravilhosas e oníricas músicas santas a minha vida venusta, tuas orações, orações qu’eu proclamo em todos os palácios de vida e morte e que transformo no alimento de minha fome em fé. De teu sorriso tesourial e pomposo que me leva ao êxtase e me corta como a gemente cimitarra, de teu cheiro perfumoso e virtuoso que exala nas mais lindas flores do éden e que se compara na borrasca de nosso próprio Deus, O teu sabor absíntico que lunaticamente bebo em meus pensamentos belos e inocentes, do seu caminhar edênico que sigo na mais doutrina clara direção e que seguirei sempre e sempre, de tua história trágica e feliz, deslumbradora que magicamente faço parte agora e farei sempre e sempre e sempre. Teus sonhos e anseios que veementemente busco realizar na mais profunda mirra e estonteante limpidez.
Oh! Que tu concedas esse amor para até o final do começo e fim, que tu percebas esse sentimento que inunda meu peito em regalo, que tu possas dividir comigo esse cálix da sabedoria e que juntos possamos edificar a vida e morte. Lho’fereço esta oração para que tu, somente tu conheças a verdadeira forma do amor. E que entendas que eu te amo, te amo e te amo. Amém.

Foto de diana sad

** Ninha**

Ninha.

Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Eu reparei no céu
Em como é azul
Nas nuvens capuchos imensos de algodão.

Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Dei valor a tudo que tive
Quando já tinha fugido das minhas mãos
Eu só lembrei que eu precisava ter ali
Quando tudo aquilo estava longe de mim.

Eu hoje sou algum dia bem distante
Amanhã certamente no café um passado constante
O abrir e fechar de portas
Meu peito ao léu
Pedindo suas mau criações de volta.

Correndo para ganhar a vida
Correndo pra ter coisas que nunca vou precisar.

Naquele domingo cinza eu chorei
Espero ainda acordar desse pesadelo
Porque pra mim isso é um pesadelo
Os sentimentos verdadeiros são difíceis de achar
E na tua inocente perseguição
Eu descobri que eu poderia ser feliz

Vá com os deuses do seu mundo próprio e intocável
Vá que eu ficarei bem
Saudades aqui não me ferem mais
Capuchinho de algodão.
11/06/08

Texto dedicado ao meu gatinho que faleceu, sei que parece ridículo, mas, não escolhemos o quê ou a quem amar!

Foto de Dirceu Marcelino

MOLDURAS DO CORAÇÃO - DUETO - Dirceu Marcelino & Lu Lena

*
* Homenagem a Lu Lena
*

Intrínseco Momento

Teus poemas em meu corpo já estão tatuados
enraizados em minh'alma e no meu coração
para toda eternidade serão lembrados
num só tempo e espaço e além da imensidão...

Levo comigo teus singelos e poéticos escritos
em minha divagação que é pueril éterea e alada
vai junto emoldurado o amor platônico e aflito
acoplado na dor de uma saudade imanizada...

Nesses teus versos que transbordam desejo e emoção
jorrados em fagulhas ardentes de volúpia e paixão
como águas das vertentes que se perdem pelo rio...

sinto-me inebriada e fugaz nesse louco desvario
e proclamo aos mensageiros e aos habitantes do vento
que tenham sempre o desvelo desse intrínseco momento...

EMOLDURAS

Emolduras com tua face o meu vídeo-poema
É acalanto p’ra minh’ alma e a recordação
Que terei para sempre de teus lindos poemas
Que me consolarão quando o meu coração

Sentir saudade de ti e os estratagemas,
Não permitirem em vida a elaboração
Dessas suaves e singelas poesias com temas
D’ amor que insiro para ouvir nessa canção

E a verei na tela do meu próprio cinema
Particular que ora faço e com emoção
Guardarei em mim sem maior problema

Gravada na mente as idéias e a emanação
Destes nossos sentimentos que sem dilemas
Eclodem neste manancial de inspiração

Foto de IGOR JOSE

O TEMPO, A MORTE E A VIDA

Hoje quando acordei percebi que o mundo estava diferente de ontem, do tempo da minha infância. O passado ficou para trás. Eu não sou mais o mesmo, as pessoas também não são mais as mesmas, muitas até já se foram. Às vezes dá saudade dos tempos antigos, da fase da inocência. Mas o que preocupa mesmo são os tempos que virão. Se pudéssemos imaginar como seria o futuro descobriríamos que ele nunca chega e que quando nos damos conta ele já passou, e foi tão rápido que não deu tempo nem de vê-lo. Ainda bem! Talvez, se pudéssemos ver ao menos a silhueta dos tempos vindouros o desastre poderia ser maior, pois descobriríamos que o futuro não é como imaginamos. Nunca se sabe o que vai acontecer adiante, pois o mundo não para de girar e o relógio prossegue afoitamente em seu trabalho sem cessar, empurrando os ponteiros que atiram para todos os lados, como setas, nos atingindo com os mistérios do amanhã, enquanto achamos que aprisionamos o tempo em calendários, programando a vida, pré-estabelecendo a rotina, sem saber se o dia de amanhã virá. Será que estamos virando robôs ou não estamos bem programados?
Durante a noite sonhei com a morte, pensei na vida e descobri que ninguém está livre de se encontrar com o seu medo. Descobri que o homem não tem medo da morte, mas do que virá depois dela. O medo do desconhecido torna a vida uma grande produtora de adrenalina que nos arrebata aos pensamentos mais secretos sobre o outro lado da vida e nos torna conscientes de que a fatalidade mora ao lado da prudência e a morte nada mais é do que o embrião da vida, pois quando morremos é que nascemos, e quando nascemos da morte é que vivemos. Mas existe uma condição para que seja assim e ao menos que ela seja desrespeitada, então a morte pode se tornar um monstro intransponível que, mais do que assustar, pode possuir a vida e torna-la extinta por toda a eternidade.
Tentamos dominar o tempo e esquecemos que ele está prestes a ter um fim. Enjaulamos nosso medo da morte no recôndito de nosso ser tentando exonerar a incerteza do que virá com uma fé que muitas vezes não é suficiente para nos trazer a certeza sobre o amanhã e a vida, e esquecemos que no porão de nossa alma existe um monstro maior ainda, que somos nós mesmos. O nosso eu que quer pecar e se satisfazer dos desejos mas repugnantes que se possa desejar, se contrapondo a santidade e a justiça que ainda pode envolver o ser humano. Ë esse monstro que percebe o tempo acabando e se lança como um animal selvagem sobre o monturo da irracionalidade humana e se alimenta do opróbrio do ser mais importante da criação. Porque somos assim?
A vida é apenas uma experiência (para muitos, amarga como fel, para outros, doce como mel.) que serve para nos moldar a um padrão inexistente nesse mundo. Muitos tentaram com vãs filosofias, dogmas e doutrinas, teorias, misticismo e muitas outras formas, padronizar a vida que nem mesmo eles entendiam. Criaram regras, estabeleceram hierarquias, desrespeitaram o sagrado e mataram uns aos outros, fizeram terrorismo na tentativa de manipular a vida que desconheciam. Não adianta tentar entender, é preciso viver, e viver cada dia como se fosse o único, na busca de compreender a si mesmo, em seu verdadeiro conceito, na plenitude de sua intensidade. A vida está dentro de cada um e nada mais é do que a liberdade da alma de poder, em sua verdadeira essência, experimentar emoções latentes em si mesma.
O mundo quer controlar a vida, a morte quer seu fim e a vida quer somente ser vivida. Ontem eu dormi mais novo e amanheci mais velho. O espelho não me deixa enganado. A agitação da rotina me convence disso e o tempo apenas passa e me leva com ele, como um prisioneiro, acorrentado a ele com passagem só de ida, rumo ao encontro da bendita morte, o fim da gestação de um ser e o ínicio de uma “desconhecida” vida, de um novo indivíduo. Já não penso nas coisas de menino, nem vivo como um. Minha semente já está plantada nessa terra e dará continuidade a vida, a essa vida que eu quero entender... e morrer... e finalmente viver, sem o monstro da morte me perseguindo, sem as incertezas do amanhã.
A vida que foge de nossas mãos é a mesma que nos conduz como cativos do tempo que passou, que vivemos e do tempo que virá. O tempo que queremos controlar é o mesmo que corrói nossa existência, deteriorando o vigor, corrompendo a saúde, e que nos arremessa nos braços da morte. E a morte?! Ah! A morte nada mais é do que a libertação. Deixamos de ser homens empalhados, almas sem feitio, mentes com falhas para enfim gozar da plenitude da existência em sua totalidade, experimentando de forma definitiva a integralidade do ser. Contudo sem interferir no tempo individual, cada um precisa viver seu próprio tempo, pois basta à cada dia o seu próprio mal, deixando nas mãos do Criador o poder de decidir a hora do nascimento para a eternidade ou a morte definitiva de cada indivíduo, sabendo que isso é o resultado de uma escolha feita nessa vida, a de se permitir então ser controlado somente pelo dono do tempo, da morte e da vida. Mas quando foi que ajoelhamos? Quando foi que chamamos Deus de pai? Na verdade, não somos bons filhos!

Foto de Sonia Delsin

NAMORADOS

NAMORADOS

Como são lindos!
Os dois.
Quando se beijam.
Quando se olham.
Quando se falam.
Parece que um mundo encurta tanto.
Que o espaço que ocupam é tão pequenino.
Vejo-os e sorrio.
Eles têm o mundo próprio.
Aquele que ninguém invade e nem ousa invadir.
Começo a sorrir.
Por eles.
Por mim, que um dia já tive alguém.
Eu era tudo para ele.
Ele era tudo para mim.

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