Raízes

Foto de Senhora Morrison

Carta ao Desconhecido

Quero vê-lo sorrir
Faze-lo feliz, para também o ser
Adoro seu caminhar distraído,
Como se o mundo cuidasse de seus passos
Quero estar com você somente a brincar,
Ouvir o som de sua alegria,
Trazer paz ao meu ego
Meu coração esta entregue a tempestade de seus atos,
Todos com tanto efeito sobre mim
Não me importo com o que se passa lá fora
Estou com você
Observo-te gesticular enquanto fala
E como fecha os olhos pra se expressar
Seu rosto de traços perfeitos...
Dentes e lábios que me fazem perder a noção do tempo
Amo quando dizes: - Como esta linda, é pra mim?
E finaliza com um sorriso no canto da boca, revelando os teus desejos
E sempre quando me surpreende com suas convicções
Que às vezes discordo só para ver-te tentando me convencer de que estais certo
Mãos que me afagam, que me tocam quando quero ser tocada
É sempre assim, quando estou com você
Estamos numa redoma e nada irá nos abalar, nos atingir
Amor forte, sólido, como nunca imaginaria que pudesse sentir
Vejo-me ao teu lado mãos enrugadas pelo tempo,
Segurando a tua ao caminhar por qualquer lugar
Qualquer lugar tornar-se-á belo se ao teu lado estiver
Necessito-te de forma até dolorosa
É como se estivesse sem mim, em tua ausência
Quero para sempre rir, gargalhar ao teu lado
Olhar-te nervoso com esta feição tão severa que me deixas ainda mais louca
Ter em você meu porto
Ser-te um porto
Não desses que passamos e deixamos somente lembranças,
Mas o que fincamos raízes e contruímos lembranças diárias
Ao ponto de não sabermos dicerni qual lembrança é só minha ou só tua
Amo-te inteiro com qualidades e defeitos
Com sorrisos e carrancas
Com verdade amo-te hoje
Em verdade amo-te sempre

Foto de Marcelo Souza

Escrituras

Queria escrever algo
Uma musica, um poema, um soneto
Qualquer coisa, que não fosse qualquer coisa
Algo simples, porem profundo, usando com perfeição cada virgula, cada ponto, cada figura.
Algo sentimental, algo encantador
Singelo e impactante ao coração, para tocar um único coração e fazer este coração me notar.
Queria escrever algo
Bem diferente do comum, que não falasse de flores, mas transmitisse a você o perfume delas, que não falasse da beleza da lua ou do sol ao amanhecer, mas algo que te fizesse atentar para um brilho tão equivalente ao deles sempre que te vejo
Queria escrever algo
Que não falasse do que sinto em meu coração mais algo que ultrapassasse tantas leis naturais a ponto de te fazer ver o que se passa e o sentimento que carrego comigo.
Queria escrever algo, tão bonito que alcançasse teu coração, ou mesmo algo tão idiota que me valesse o mais precioso premio a saber um simples sorriso teu.
Algo sincero num compasso de escrita diária fazendo você ler cada gesto e atitude minha, te fazer ver cada palavra escrita durante a odisséia de te conquistar, e no desejo de anunciar que és única em beleza (simpatia se assim desejas) e encanto.
Escrever algo pra ti, mais não com caneta e sim com amor, escrever mais não em papel e sim nas invisíveis paginas especiais da historia da tua vida.
Escrever pra ti, como uma carta a um anjo ou uma canção que expresse o que é estar ao teu lado, e mostrar sem rodeios o quanto desejo você.
Escrever algo que transponha o muro que há em volta de ti, escrever algo que com extrema doçura mine todas as tuas defesas, escrever algo como um convite enfim aceito, algo que te fizesse entender e expressar qualquer sentimento que tiver.
Escrever qualquer coisa, que não seja qualquer coisa, mais do que só um papel que tão breve será guardado numa gaveta, e sim um momento traduzido que pudesse fincar raízes em teu coração, coração, um pedaço do meu dado a você, na espera de ser notado, como se pudesse ser simples colocar num papel; escrever pra te fazer ver, o que sou...e como estou...
Sem mais palavras pra escrever...

Assina: Um simples apaixonado por você...

Foto de Neco

1985

Hoje tenho amigos, que me propiciam bons momentos de felicidade, ao menos por instantes dos quais brincamos e rimos. Até a tão chegada e esperada hora a qual estou rodeado por todos inundados por uma escuridão, atenuada por pequenos lampejos de luzes simbolizando toda a minha historia e em meio a um silêncio quebrado por uma suave e penetram voz á exclamar, faz um desejo...

Este é o momento que geralmente pedimos coisas mundanas como, dinheiro, presentes, viagens ou qualquer futilidade, porém o que realmente desejo é o fervo dos seus beijos novamente mais não seria tão egoísta e estúpido em tentar unir com um relez desejo o que o destino separou.

Tendo está convicção, contento – me em saber se me amaste da forma tão intensa como te amei, se ao deitar todas as noite e refletir pensas em min ao menos por segundos ou quando tiveres teus filhos iras contar a historia de alguém que vai te amar não importa onde tiver.

Resumindo a sede desde desejo fico conformado ao saber que semeie este coração não é preciso dar flores ou frutos, apenas ter a certeza que criou raízes.

Foto de Ricardo felipe

Ilhéu

O negrusco acastanhado dos teus faróis naufragam-me o mundo na praia branca e fina de tua pele.
Alvorecer no rubor de tua face é contemplar deitado no desejo e chama do refúgio de teus lábios.
Agasalhar-me na macieza de tua carne
é sentir na palma das mãos as mudas de plumagem alva ,como quem sente as flores de pessegueiro molhadas por uma chuva fina à tarde quente.
Orvalhadas por ti ,sol.
A aragem de teu ofegar, o relento da noite, me acalenta.
Me sangram as pérolas de tua boca,
me cravam como raízes.
Tu videira me sorve.
Me envelhece em ti meu carvalho,
apura-me com o aroma de tuas florestas de ébano, com o vestígio do mel delas, o leite de teus montes, o pão de tua cintura e o calor a cada gole das grutas de nascente morna e nevoada.
Chama-me com o tremular de teu dorso desfolhado.
Chama-me com o escorrer das nascentes por teus vales intactos.
Eu como uma brisa gélida soprando ao leito, hei de criar em ti outono e ti eriçar a relva das margens.
Paraíso inexplorado.
Vem, me toma Ártemis .
Me ensina a matar-te animal lascivo, coisa arisca.
Me faz querer tua carne. Eu sou só fome em ti.
Ti faz riacho, me mata a cede.
Estremece em meu mergulho e me deixa,
em queda, percorrer-te em vinco.
Teu olhar é mar cálido, escuro destas partes do oceano.
Vulcão. Floresta úmida quente, tropical.
Solo profundo: branco, roxo, vermelho, dor. Fértil.
É doce na aragem do porto de teus faróis ao alvorecer.
E salgado são os deltas de teus vales no fluir das termas .
A concha do oceano ti traz Afrodite em tua alvura.
Toque de carne de ostra, sabor de mar,
cor de papoula, brisa de oceano em revolta.
Anseio por ti cercar, abater-te, ti esquartejar com os olhos.
Ti devorar as partes. O celeiro de tuas pernas, a cana de teus lábios,o leite de teus montes.
Conheço os todos. Habito-os, alimento me deles.
Os faço vermelhos e em brasa os devoro.
Labareda que me arde em ti.
Me comprime em teu vale, me torna ecoar em tuas montanhas.
Meu brado em ti é suplica.
Meu gemido em ti, ilha minha, deleite.
Como resistir à tuas frutas?
Como fugir da terra tua, mana, leite e mel?
Fome é de trôpego em tuas montanhas, é de arrastar-se em tua relva.
Perscrutar-te o delta em teu oceano, canto a canto.
E morrer em teu canto é ficar exausto em ti.
Saciar a cede de ti é ti fazer morada,
descansar nas castanheiras de teus cabelos.
Viver é ti mapear todo o solo, a alvura de todas as praias, as águas mornas do oceano à margem de teu bosque ebâneo.
Ti possuir é desejar matar-se sempre em ti.

Foto de José Cipriano

Orgulho

É estranho, estranho como me sinto perto de ti
Como que um simples sorriso seu pode me alegrar tanto?
Simplesmente não sei, e nunca quis que isso ocorresse
Confesso que no início era uma simples atração
Mas o tempo fez com que mudasse e ocorreu uma mutação
Uma evolução de algo que de certo modo sempre tive dentro de mim
Um sentimento nasceu e suas raízes hoje estão profundas
Esta árvore espero nunca derrubar
Apenas queria que me olhasse daquele jeito de novo
Sinto saudades do tempo em que me amava
E eu não soube dar valor
Meu orgulho me impede de admitir
Pisei em uma flor que possuía lindas pétalas
E que hoje possui espinhos mas mesmo assim continua bela
Ainda sinto o seu cheiro em minha mente
Meu orgulho me impede de admitir
De admitir o que já sabes
Há meu orgulho
Odeio admitir mas
AMO-TE

Foto de laurinda malta

amargura

Amargo coração, difícil respirar, aperto no peito, som nulo, apagado,
Sinto o mundo a desabar, sinto a vida a acabar e o sonho a murchar;
O Sol escureceu, arrefeceu, e escondeu-se solitário no meu coração esmagado,
O Luar esmoreceu, desencantou-se do seu desejo e retirou o seu véu lunar;

Onde estais astros celestiais? Aparecei! Que fazeis da vossa potência?
Não há calor, nem alegria, não há luar nem o namoro em amorosa euforia;
Está débil o caminhar, frágil o desejar, e o viver, brinca na impotência;
As raízes já amolecem, a firmeza doente a vacilar, no cantinho deste dia.

Onde estão as estrelitas que nos fazem brilhar o nosso olhar?
Onde está a alegria que nos faz rir e emergir no noso dia-a-
dia?
Onde está a beleza do Sol e da Lua e os seus raios que nos põem a dançar?
Meu Deus, tira-me este peso de cima, já sinto a alma cravada e a sangrar.

Foto de LEOANDRADE

Uma Estação Chamada Amor (Leonardo Andrade)

O Amor é a estação final.

O nosso final de linha, nosso objectivo máximo, é onde sonhamos estar e quando chegamos queremos fincar raízes e nunca mais partir.

Para chegarmos a ela temos necessariamente que passar por várias paradas intermediárias como paixão, desejo, atracção, tesão, amizade, entre outras.



São paradas para descanso, reabastecimento e adquirir experiência (leia-se bagagem), uma espécie de preparação para o destino final, para o clímax. Não precisamos saltar em todas, podemos até pular algumas, desde que estajamos
cientes do que elas nos oferecem e nos sintamos confortáveis com o que temos em estoque.
O que não podemos é nos atrasar nas saídas , pois a perda do trem pode ser irreversível, não há novas composições marcadas nem prazos para isso.

É necessário partir, pois por mais conforto e comodidade que as estações nos ofereçam, elas só podem nos oferecer uma parte desse todo chamado amor, deste são apenas uma peça de um gigantesco quebra-cabeças.

Como toda regra tem sua exceção, existe o honroso caso da parada amizade, nesta podemos decidir permanecer e abrirmos mão de prosseguir a viagem, optando por vivermos uma relação diferente, com menos glamour, mas igualmente importante e por vezes até mais íntima e com menos espinhos, há quem chame a amizade de amor desapegado... É uma opção possível.
As estações intermediárias, no fundo podem se tornar armadilhas, pois travestidas de amor podem nos enganar e até exercerem provisoriamente sua
função, mas nenhuma delas tem força ou competência para manter essa encenação por muito tempo, com a queda das cortinas, nós nos levantamos da posição passiva da platéia e saímos para uma rua vazia e sem saída.
Quando o seu trem passar, não o perca, embarque, aproveite as estações,
aprenda ao longo da viagem e na estação final salte de corpo e alma disposto a começar a viver o que de melhor a vida pode te proporcionar.

Boa viagem !!!

Nota do autor : Claro que me refiro no texto acima a cada uma das supostas
histórias de amor que vivemos, pois quando em uma delas decidimos "abortar a
missão" permanecendo em uma estação, depois de um tempo pegamos o trem de
retorno e voltamos a estação inicial em busca de uma nova composição com
destino a estação final. Isso ocorre porque nenhuma das estações
intermediárias "vende" passagem de ida, se algum cambista aparecer lhe
oferecendo bilhete, ignore-o, é falso

Leonardo Andrade

Foto de gabriel_de_castro

As linhas, que bem ou mal, descrevem o que sinto (Gabriel de Castro).

O pródromo da semelhança do ser

A praia

gelada e fria,

pelo povo esquecida,

pelo vento arrefecida,

incumbiu-se de eliminar

o som, o cheiro, o sabor,

o futuro ardor

de sentimento ... o olhar.


A negrura

de meu destino,

estranho fado vespertino

criado de torpe cantiga,

ecoava na aurora humana

história antiga,

apagada pela vida mundana,

nefasta amiga.

O tempo

que fecha canções,

abre os corações,

dentro de mim

cria raízes e procura,

numa descida sem fim

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