Rosto

Foto de Lmax

Tarde de Outubro...

Deliciosa tarde de outubro,
Como um menino fui, faceiro.
Calafrios na espinha e rosto rubro.
De alma livre e coração inteiro.

Doce emoção culminante.
Sua voz soava em júbilos à minha mente.
Em meu caminhar, delineei seu semblante.
Frenético êxtase de devaneio envolvente.

Inolvidável momento de meus dias.
Observei-te ao longe arrebatado.
De meus sonhos não mais fugirias.
Extraordinário momento de inusitado.

Doce tarde de um amor futuro,
Atirei-me a ti com um alastrar de desejos.
Meu coração compassava em sussurro.
Meus olhos se fizeram em lampejos.

O semblante que outrora esboçava,
Transformara-se na mais bela imagem.
Sentimento incontido, a paixão que começava.
Incógnito anseio de margear suas paragens.
Desejei-te no dia seguinte.
Desejei-te por meses, por anos.
Desejo-te como naquela tarde de outubro.

L´(Max) 29.03.2005

Foto de bsmash

for you

Serei cego, serei só eu que consigo ver que és bela demais. Ou serei eu o cego… Não sei, acho que nunca vi nada assim. Nada como tu. O meu corpo arrepia-se só de ver-te, treme todo quando esta junto de ti. A pequena brisa, mais leve que seja, parece que sinto o teu corpo, o teu cheiro. Se conseguisse descrever o que sinto, se as minhas palavras fluíssem como ar que respiro, seria tão mais fácil. Poderia dizer tudo o que sinto e não consegui-te dizer. Então poderia fazer-te um poema, o poema mais belo que alguma vez existiu. Quero preciso de ti, significas muito para mim. Como nunca senti isto por ninguém, voava contigo sobre as nuvens. Mostrava-te o paraíso, seria então a perfeição. Chamas-me sonhador, mas só queria poder sonhar contigo. Passar esse sonho, para algo bastante real, e palpável. Não quero ser mais um, a dizer-te palavras bonitas. Que daqui a uns tempos não passaram de memórias, que depois passaram memórias esquecidas. Fazer-te alguém feliz, tentar conquistar a felicidade eterna, mesmo sabendo que isso e uma utopia. Fazer com que te sintas desejada, que vejas em mim alguém que gosta de ti, não só pelo que és por fora ou por dentro, mas sim pelo teu todo. As lágrimas que escorrem agora no meu rosto, são de felicidade. Felicidade por sentir que posso dizer gosto de ti, pelo que és. Pela pessoa que és, pelo teu todo. Tentando fugir do mundo. Mas foi o mundo que me encontro. Foi mesmo esse mundo em que reneguei por tempos. Ele quis que voltasse para poder espalhar o que há de melhor em mim. E disse estou aqui presente não faltarei a chamada e espalharei por este mundo, felicidade e alegria. Tentarei não fazer ninguém infeliz, porque ensinaste-me que para ser feliz, tenho de fazer os outros felizes. Não sou um anjo, nem muito menos alguém que te fará com que nunca tenhas infelicidade. Mas sou aquele que fará tudo o que está ao meu alcance para seres feliz. Para que quando chores, estar lá ao teu lado para chorar contigo. Saberes que sou acima de tudo um amigo, um confidente. Alguém que sabes, que nunca te desiludirá, se fosse preciso daria a minha vida. Para seres feliz. Quero que sejas uma utopia realizável. Olho a minha volta, vejo o que fizeste-me. Vou lutar pelos meus objectivos, um deles é não ver-te infeliz. Entro sempre para ganhar, mesmo que a derrota seja inevitável.

Foto de angela lugo

Anjo Meu

Lá estava ele... Como um anjo
seu rosto pálido...
Seus lábios sem cor...
Quase que transparente

Em uma camisa desabotoada azul...
Que esvoaçava com o vento
confundindo com o azul do céu
em uma tarde junto ao mar...

As gaivotas revoavam...
Na busca de seu alimento
Sem perceber que ali...
Pairava um anjo a observá-las

Olhando-te ao longe...
Vejo a magnitude angelical
de beleza indescritível
resplandecer no horizonte

Vem... Anjo leva-me...
A um vôo ao infinito...
Em suas asas acolhedoras...
Para conhecer-mos o paraíso

Os anjos entoaram...
Uma canção silenciosa
que somente nós...
Poderemos ouvi-la

Homenageando o nosso amor
suspira anjo meu... Suspira
enquanto fazemos este vôo
rumo ao infinito da felicidade
...

Foto de MARTE

SEGREDOS DE NÓS

Tu, és no meu viver
O meu sonho sensual,
Como a lua por mim amada
Quando brilha ao nascer
Com esse olhar igual
No tempo..na madrugada
És a musa pretendida
Com as rimas no teu rosto
Numa poesia escondida
Os teus olhos são o sol posto
Quando beijo os teus doces lábios
Sinto os teus desejos molhados
São momentos de delirios
De abraços por nós desejados...
São momentos de paixão
Nesta alma mergulhada
Com amor no coração
Numa essência sonhada
Sinto os teus desejos escondidos
Quando as tuas mãos me tocam
Ficamos loucamente perdidos
Quando os nossos corpos se afagam
São fantasias de uma doce paixão
Que vivemos com muita emoção
São momentos de pura sedução
Vividos na volúpia da tentação
És a suave brisa que me toca
Quando oiço o teu mermúrio
Que sai da tua sensual boca
Num longo beijo em delirio
Com a cumplicidade da lua
Ficamos num só olhar
Na imensidão nua
Deste imenso mar
E assim ficamos sonhando
Loucamente desejando
Sentindo o nosso segredo
Sem qualquer medo
Sómente eu e tu

Foto de TrabisDeMentia

Mãos

Qual é a mão que prefere?
Aquela que poemas lhe escreve?
Aquela que acaricia seu rosto?
Ou aquela que entre as pernas lhe faz o gosto?

E qual é a mão que detesta?
Aquela que lhe escreveu: "não presta"?
Aquela que lhe marcou a pele?
Ou aquela que depois da festa lhe repele?

Qual destas mãos lhe aceita?
Qual destas mãos lhe rejeita?
Qual é a que mente, qual é a perfeita?
Será a esquerda? Ou a direita?

Foto de Antônio Antunes Almeida

O sonho

Sonhei, um dia com um homem,
Daquelas bandas que eu não sei contar!
Era um homem magro, de semblante triste,
Que chama o filho pra conversar.

Pediu que o menino se assentasse,
Bem pertinho pra escutar,
A história mais triste e cruel
Quem alguém possa imaginar.

Começou a conversar com o filho
E se pôs a tremular,
Pediu paciência ao garoto,
Pois era difícil até começar:

“Eu compreendo a sua revolta.
E sinto, também, que há muito tempo o perdi.
De nada, hoje, adiantará minha volta,
Pois o abandonei, quando mais precisava de mim.”

E o garoto amofinado,
Nem sabia o que falar!
Olhava firme no rosto,
Daquele que, há muito, deixou o lar.

E o pai, cabisbaixo e doente,
Sentindo dificuldade até pra falar,
Conta ao menino toda sua vivência e o que sente,
Vendo a vida a se exaurir e a morte a chegar.

“Eu era jovem, ainda,
Moço forte e sadio.
Procurei, então, batalhar,
Para ser alguém um dia."

Procurei vários empregos,
De mascate a cozinheiro.
Para mim nada servia:
Eu queria mesmo era ser fuzileiro.

Então, me engajei no exército,
Com toda convicção.
Queria ter no peito divisas,
Também muita condecoração.

Mas, com o passar do tempo,
As coisas vieram a se modificar.
Comecei a mandar nos outros;
Passei, então, a comandar.

Pra mostrar superioridade,
Comecei a espezinhar.
Ordenei, aos amigos de antes,
Que fossem os cavalos limpar.

Deixei a bondade um dia,
Para transformar-me em cruel.
Abandonei a Bíblia, o Rosário e a Cruz:
Eu era, então, um coronel.

Comecei a ver meu nome
Nos jornais, em todo lugar.
Senti ser mais do que rei,
Mandava nas armas, do ar, da terra e do mar.

Ordenei, assim, que se fizessem,
Genocídios, prisões e massacres.
Mandei prender jornalistas,
Gente pobre, advogados, freiras e padres.

Recordo, também, no momento,
Que mandei construir aviões.
Gastei uma fortuna, que não entendo,
Somente pra carregar munições.

Mandei fabricar navios de guerra,
Foguetes, torpedos, bombas e canhões;
Tive submarinos e tanques blindados em terra.
Eu era o homem que mandava nas nações!

Construíram, a meu pedido colúmbias,
Bomba “H”, de Neutrons, que maravilha!
Em “TNT”, a maior reserva do mundo,
Testes nucleares, em quase todas as ilhas.

Assinei convênio para fabricar reatores,
Experimentei a chuva amarela, nos viventes da serra.
Gastamos bilhões, em canhões de laser,
Enganei esse povo honesto, em nome da paz na Terra...

Lembro do desfilar de tanques e armamentos,
Esquadrilha da fumaça em todas as comemorações.
Pra que você tenha idéia, meu filho,
Esse dinheiro gasto, acabaria com a fome das nações!

Recordo dos relatórios que rubriquei,
Negando provimento para hospitais.
Hoje vejo, o monstro em que me transformei:
A dor e a fome são seqüelas,do que hoje não posso fazer mais.

Matar em nome da lei é fácil...
Somente sinto ter sido um assassino legalizado.
Com todas as prerrogativas que tive,
Matei, torturei, roubei e não fui incriminado...

E, hoje, aqui sentado,
Nada mais posso fazer.
Penso no ouro do cofre,
Que me deu tanto prazer.

Vejo, ainda, no canto do armário,
A velha bota encerada,
E penso, nas crianças que massacrei,
E nos órfãos das guerrilhas, que eu comandava...

E, agora, meu filho querido,
Só tenho a fazer-lhe um pedido:
Que perdoe com o coração,
Este seu velho inimigo.”

“Eu queria, nesta hora papai,
Abraçá-lo e amenizar suas dores,
Mas você me abandonou no berço, e viveu pra matar.
Então,o devolvo entre lágrimas,às suas metralhadoras.”

“Mas, de qualquer forma, lhe peço,
Antes deste câncer me eliminar,
Olhe bem pra estas divisas,
Que eu trouxe pra lhe mostrar.

Cada uma significa tristeza.
Quando penso, até começo a chorar...
Quantos homens inocentes morreram,
Pra que eu as conseguisse ganhar.

Por isso, mais uma vez,
Peço, de todo o coração:
Não seja como eu fui na vida.
Ame mais a seus irmãos.

Este Rosário e esta Cruz,
Que eu guardei, pra não lembrar,
Tem a imagem do único Homem, com poder realmente,
Mas que, preferiu morrer que usar.

E pra finalizar esta história,
Antes deste meu adeus,
Saiba meu filho, que esta lágrima que rola,
É o arrependimento de não ter amado a Deus...”

Direitos reservados e registrados

Foto de jgdearaujo

De pele

Um quase toque...
Lábios macios em sintonia
Respiração rápida
Percorrendo o corpo, sem tocar
Hálito quente. No pescoço
Sob os cabelos.

Os olhos... o olhar no olhar.
Olhos vendo mais do que olham
Firmes. Profundos
Pensamentos transmitidos
Os olhos e a boca
Sedenta. Suculenta
Um quase beijo. Desejo!

As mãos... medrosas.
Quase tocam. Percorrem
O corpo, sem tocá-lo
Seguem as curvas
Observam os segredos
Desejam os seios...
Quase tocam. Quase...
O olhar no olhar...

As mãos que procuram as mãos
Mãos que decidem, mãos que obedecem.
Confundidas, fundidas, cúmplices.
Agora o toque. Leve
O tecido leve, branco
Erguido pelo toque...
A cintura dentro das mãos.

O olhar sempre no olhar
As mãos no rosto, ombros
Tocando agora.
A boca, sem resistência
Bocas se fundem. O beijo
Desejo!
Lábios, línguas, boca
Intenso, total, um beijo.

E um abraço, forte.
Um laço. O tecido leve
Tão leve que flutua quando cai
E aparece o corpo. A pele de bronze
As curvas, os seios.
Ah! Os seios...

Os lábios exploram o corpo
Cada centímetro, beijos
Toques: pescoço, colo
Seios, barriga, umbigo
Coxas... virilha...
Beijos medrosos. Respeitosos
Beijos e beijos. De admiração.

Agora a pele confundindo-se
Fundindo-se...
Sem controle, com fome.
A pele na pele, cada centímetro.
E...
O que palavras não podem mais descrever...

Foto de docesletras

Sonho meu

Aconchego-me no teu regaço,
esquecendo-me de quem sou,
sinto na leveza de um corpo
e no olhar dum rosto anónimo
ansiedade, medo e melancolia.

Caminhamos de mãos dadas.
Solto os meus cabelos ao vento
e juntos saboreamos o silêncio,
mergulhamos num mar de flores
banhados pela suavidade do luar.
Sou a tua cúmplice no tempo vazio.

Colori as minhas esperanças
de te fazer feliz.

Abro os olhos ao meu redor
vejo tudo vazio.

Sonho, sonho meu...

Foto de Mitchell Pinheiro

Um cara comum

Sempre sorridente e brincalhão
Sempre sincero e precatado
Um cara comum
Que gosta de atenção
Que é meio prostrado
Que adora futebol
E conversar sobre meninas
Um cara comum
Que em um dia de sol
Aumentara sua adrenalina
O surtir de uma imagem apetecível
Que lhe furtara o olhar
Um sentimento indizível
A se perpetuar
Uma carnalidade voluptuosa
Com cachos que desfilavam em seu rosto
De pele macia e vistosa
Que entortava o pescoço
De um cara comum
Que com um motivo comum
Uniu dois seres comuns
E tiveram uma felicidade incomum.

Foto de Karine K.

PASSOS TORTOS

No paralelo do seu rosto me escorei
suspirando pelo mesmo sufoco
ficando sem ar às vezes
e às vezes sem vida

esquecendo onde ficava a barreira
que separava nossos corpos

e quando os via separados
o medo corrompia
para vigiar o seu olhar
e era aí que a tristeza pairava

e agora, dois corpos...
corrompidos pela mente sedenta

um desejo não mais comum

Estou na estrada novamente
pedindo carona ao mundo
para receber mais uma parte
ardida
do que é o desamor

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