Sábios

Foto de Fernando Inazumi

A sua essência

Tua boca, a nascente de um rio, onde brota a mais pura e cristalina água.
Só os sábios a procuram, e os que encontram, sabem como é.
Tua voz soa como uma melodia perfeita, e juntamente com a letra, se transforma na mais bela música.
Soa em meus ouvidos a mais bela canção.
Nova por natureza, sua essência a cura das minhas fraquezas.

Foto de joão jacinto

Mortais pecados

Olho-me ao espelho, debruado de talha,
luminosamente esculpida, dourada
e pergunto-me ao espanto das respostas,
na assumida personagem de rainha má,
quem sou, para o que dou, quem me dá.
Miro-me na volumetria das imagens,
cobertas de peles enrugadas,
vincadamente marcadas,
por exageros expressivos,
de choros entre risos,
plantados nos ansiosos ritmos do tempo.
Profundos e negros pontos,
poros de milimétricos diâmetros,
sombras cinzentas, castanhos pelos,
brancas perdidas entre cabelos,
perfil de perfeita raiz de gregos,
boca carnuda, gretada de secura,
sedenta de saudosos e sugados beijos
de línguas entrelaçadas,
lambidelas bem salivadas.

Olho fixado no meu próprio olhar,
de cor baça tristeza,
desfocando a máscara, de pálido cansaço
e não resisto ao embaraço de narciso;
sou o Deus que procurei e amei,
em cumprimento do milagre
ou o mal que de tanto me obrigrar, reneguei?
Sou o miraculoso encantador a quem me dei
ou a raposa velha, vaidosa, vestida de egoísta,
com estola de alva ovelha, falsa de altruísta?

No meu lamento, a amargura porque matei;
sangrando a vítima, trucidei-a em ranger de molares,
saboreei nas gustativas variados paladares,
viciadas no prazer da gula do instintivo porco omnívoro.

Rezo baixinho, cantarolando, beatas ladainhas
de pecador que se rouba e se perdoa,
a cem anos de encarceramento.

No aliciamento cobiçante de coxas,
pertença de quem constantemente
me enfrenta, competindo nas mesmas forças,
traindo-me na existência do meu possuir,
viradas as costas, acabamos sempre por fingir.
Entendo velhos e sábios ditados,
não os querendo surdir em consciência.
Penso de mim, a importância de mais,
que outros possam entender,
sendo comuns mortais,
minha é a inteligente
certeza do enganar e vencer.

Sadicamente bofeteio
rechonchunda face de idealista tímido,
de quem acredita e se deixa humilhar,
dá-me a outra, para também a avermelhar.

Vendo-me a infinitas e elegantes riquezas,
de luxúrias terrenas, orgias, bacantes incestuosas,
sedas, glamour, jóias preciosas,
etiquetas de marca,
marcantemente conotadas
que pavoneiam a intensa profundidade da alma.
Salvas rebuscadas, brilhantes de pesada prata,
riscadas de branco e fino pó.
Prostitui-me ao preço da mais valia,
me excita de travesti Madalena,
ter um guru para me defumar, benzer e perdoar,
sem que me caía uma pedra na cauda.

Adoro o teatro espectacular,
encenado e ensaiado em vida,
mas faço sempre de pobre amador,
sendo um resistente actor.
Escancaro a garganta para trautear,
sem saber solfejar.
Gargarejo a seiva da videira,
que me escorre pelo escapismo do meu engano,
querendo audaciosamente brilhar,
descontrolando o encarrilhar,
do instrumento das cordas da glote,
com a do instrumento pulmunar
e desafino o doce e melódico hino.

Sou no vedetismo a mediocridade,
que se desfaz com o tempo,
até ser capaz de timbrar,
sem ser pateado.

Acelero nas viagens
que caminham até mim,
fujo do lento e travo de mais.
Curvas perigosas, apertadas,
que adrenalinam a fronteira do abismo.
Fumo, bebo a mais
e converso temas banais,
por entre ondas móveis,
que me encurtam a pomposa solidão,
nada é em vão.

Tenho na dicção um tom vibrado e estudado,
de dizer bem as palavras que sinto,
mas premeditadamente minto
e digo com propósito sempre errado.
Sou mal educado, demasiado carente,
enfadonho, que ressona e grunha durante o sono.
Tenho sempre o apreçado intuito do saber,
do querer arrogantemente chamar atenção,
por me achar condignamente o melhor, um senhor,
sem noção do que é a razão e o ridículo.
Digo não, quando deveria pronunciar sim.
Teimosamente rancoroso, tolo,
alucinado, perverso, mal humorado,
vejo em tudo a maldade do pecado.
Digo não, quando deveria embelezar a afirmação.

Minto, digo e desfaço-me de propósito em negação.

Mas fiz a gloriosa descoberta do meu crescer,
tenho uma virtuosa e única qualidade;
alguém paciente gosta muito de mim.

Obrigado!

Tenho de descansar.

Foto de Marika

Não a vida sem amizades

Não a vida sem amizade!!!Amizade é uma palavra tão linda! Que significa ter sempre alguém ao seu lado. Alguém que mais do que ninguém confia em você, lhe devota carinho, companheirismo ou apenas lhe transmite paz . Alguém que é capaz de lhe apoiar em tudo mesmo tudo sendo absurdo.Pessoas que mesmo sendo de longe .Dão-lhe conselhos como sábios monges.Através de pequenos gestos como , um simples gesto logo no amanhecer.Fazem você rejuvenescer que através de uma conversa lhe faz pensar, como é bom viver!Sabe, amigo, eu não sei o que eu seria sem você, sem suas palavras para me alegrar,conselhos para confortar, atos inesperados...Acho que não há vida sem amigos,amigos falsos em minha vida é o pior .. e você é meu verdadeiro amigo!!!Tua amizade é como; uma revoada de pássaros... que vem quebrar o silencio sombrio da minha alma... trazendo uma melodia, me fazendo sentir, a esperança do viver... uma alma que tem algo a oferecer, e tanto a receber... teu carinho em palavras , tua amizade me trouxe vida e alegria!!! Adoro você!!!

Foto de Minininha

O Sorriso

Dizem os mais velhos sábios que :

" O sorriso é uma dádiva de Deus , e a tristeza uma doença da alma " Deixa eu te curar ???

Foto de Zedio Alvarez

Poetas!

Poetas transcendentes!
Dizem que são amalucados
Só porque falam
Que a lua é dos namorados

Poetas geniais!
Dizem que o doce do mel
Só existe por causa
Do amargo do fel

Poetas inteligentes!
Que não sabem que são.
E os que sabem? São sábios!
Porque decifram os segredos do coração

Poetas eternos!
No dia em que não existir a Aurora Boreal
No dia em que o Sol não se por
Será o fim do amor

Foto de heberbensi

As palavras de amor

As palavras de amor (Héber Bensi)

As palavras de amor carregam a essência,
Carregam a essência do Universo...
E podem fazer com que Deus me ouça,
E quem sabe minha palavras podem fazer
Com que meu mundo esteja novamente completo.

Porque foi dito para mim que as palavras de amor
Me levariam para muito além de mim mesmo.
E esse amor me aproximaria dos sábios místicos
Cuja sabedoria permite que a luz de Deus flua sobre eles...

E essas palavras de amor me unirão aos sábios místicos...
Cuja luz irá fluir sobre mim, e me levar de novo a Deus!

Foto de TrabisDeMentia

Amor é...

Nunca ninguém me ensinou a viver. Apenas me deram um corpo e me ordenaram: vive. Nunca ninguém me ensinou a amar. Apenas me deram uma alma e ordenaram: ama. Assim prossegui pelo caminho da vivência desfolhando significados. Mas nada! Nenhum livro, poema ou mandamento me fez crer em sua existência. Ele existia porém, os sábios assim contavam e sobre ele cantavam os enamorados. Mas nem em músicas eu achei o seu valor. Nem nos lábios em que o procurei eu achei o seu calor. E quando julgava ele pousando em minha mão logo vinha um pássaro maior e o levava. Foi com essa mão cheia de nada que eu cumprimentei a ilusão, que me dei a conhecer á saudade, que tomei em meus braços a dor (abraço forte, amargo afago). Com essa mesma mão escrevi sobre o amor como um cego que conta as estrelas. Escrevi como um surdo compondo a mais bela das sinfonias. Passei a correr atrás de borboletas, a perseguir pirilampos. Corri do mundo todos os cantos, vales e valetas. Desbravei á faca todas as matas. Mas nada, nada sobrou senão momentos! E sobre esse nada me debruçava e com todas as letras o descrevia. Das montanhas geladas que escalei e dos desertos em que me joguei só recolhi ecos e desesperos. E com esses restos o rescrevia. Descrevi céus e oceanos, grãos de areia e universos. Desenhei esboços complexos de todas as frentes, de todos os versos, de todos os objectos e sentimentos, mas do amor... Do amor nem o mais fino dos traços, nem o “era uma vez”, nem um ponto final. Foi então que larguei os vestigios dos pedaços dos porquês. Depois de tanto tempo decorrido me encontrava onde tinha partido. Tudo finda quando o frio aperta, a sede mata e a caneta se farta de tanta agonia. E para que não findasse, como que num ato de auto defesa, fechei os olhos para o que me rodeava (para nunca mais os abrir). E num ato de auto estima me fechei que nem ostra para a vida (para nunca mais me abrir). Mas ao me fechar e ao fechar dos olhos encontrei uma coisa linda! Enquanto o coração desacelarava e a respiração ainda ofegante acalmava, veio uma paz! Uma paz tão intensa que me fez chorar..Decidi abrir os olhos e me abrir para um nunca mais fechar. É que o amor não se encontra em vãos de escada ou escorrendo pelos passeios. Não está debaixo de nenhuma pedra de calçada nem escondido na cor do que quer que for, do que quer que seja. Amor não sobeja de uma fonte nem se esconde por detrás de um monte. Não há ponte que a eles nos leve. Amor não se almeja nem se descreve. Não se grita aos sete ventos. Amor não é momentos. Amor não é sentimentos. Amor é...

Foto de @ninh@Jú

A escuridão divina (@ninh@ Jú)

Seus olhos e seus olhares,

São sábios.

Os sábios olhos,

São os do desejo.

O desejo de olhar para o nada

Sem notar o pôr-do-sol,

A lua, o horizonte...

Os sábios olhos,

Que mostram o poder da alma

Que clareiam a escuridão

Do mais profundo túnel.



O túnel,

Que só existe na mente

De quem ama,

E só clareia,

Quando uma nova pessoa se apaixona.

A poesia,

Que mostra o meu sentimento,

Mas expresso com palavras,

Com poucas mesmo,

Porque se for escrever,

Ficaria o resto dos meus dias

Dizendo que: Te Amo!!

;@ninh@ Jú

Foto de Carmen

Aquilo que me segue...(Carmen)

Não temas a escuridão brusca da noite

Pois nesses momentos, onde a luz do sol fraqueja

Os meus braços rodeiam-te como o céu a terra,

O calor, fervor maluco do meu coração aquecem-te

E o ar que expiro beija as tuas faces suaves

Como a chuva da Primavera.


E o fogo que arde em mim cresce e mostra-se

Quando os teus olhos cintilantes reflectem os meus

E o som da minha voz ergue-se, sussurrando-te

Ao ouvido, pequenas palavras carinhosas.

Não temas a tempestade furiosa do mar

Pois quando as suas tenebrosas vagas se abatem sobre ti,

Levando-te para o fundo obscuro do oceano,

A minha mão lançar-se-á em busca da tua,

Como o sol da lua.

E o meu espírito selvagem, mas dependente do teu toque,

Mergulhará e não desistirá.

Pois os meus sentimentos por ti,

nem os sábios sabem da sua grandeza,

Pois não existe medida.

Assim como o sol segue a lua e a luz a chuva,

Eu sigo os teus olhos.

E receio magoar-te,

Pois tesouros como tu,

Um cristal puro e intocado,

Não têm possivel valor, têm sim amor.

E essa palavra tão forte

E que cai sobre o nosso coração,

Como as folhas do Outono, e a chuva do Inverno,

Tem uma magia incontrolável,

E é isso que eu tenho para te dar:

Amor!

Carmen

Foto de David

Luz (David)

Sua origem.

Panos por pensamentos rasgados

Numa dança sedutora descido

Boca e cálice num só, molhados [1]

O ventre fazia-se contorcido

União cada vez mais sedosa

Pensamento adormecido

Acariciando-a bela formosa

Em face tendo enroscado

Abrindo-se qual majestosa rosa

De fúria havia abocanhado

Quente a língua invadido

Sentimento puro avermelhado



À procura por aquele escondido [2]

Num gemer já implorante

Sente o prêmio do cupido [3]

Dedos por tesão avante

Sábios por leves movimentos

Na alma encontra penetrante

Satisfação desejada: mais acalentos

Ensandecendo de dentro pra fora

Enrijecidos os corpos sedentos [4]

Encontram-se os dois agora

coniunguntur mérito [5]

Qual cogumelo entre cochas aflora [6]

Siqua sine sócio [7]

Sem a luz para a escuridão

caret omni gáudio [8]

De só vazios no coração

Calor e cólera no priapo havia

Deleitando-a de emoção

cordis in custodia [9] .

_____________________________________

1 – O cálice representando a genitália feminina

2 – Ponto G

3 – Pois o encontrou!

4 – Clítoris e Pênis

5 – Do latim, “fortemente acoplados”. Extraído da sinfônica “Carmina Burana”, Carl Orff

6 – O cogumelo representando a glande

7 – “Uma mulher sem um amante”

8 – “Um vazio de sentimento”

9 - “Nas profundezas do seu coração”

David

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