Semente

Foto de raziasantos

Na incerteza da Vida.

Na incerteza da vida.
Carrega em seu ventre a pequena semente.
Com teu sangue alimenta...
Seu corpo perde toda forma.
As náuseas e anciãs os inchaço...
Cansaço medo do desconhecido.
Mas sempre sorrido,
A pequena semente passa,
Ser o centro das atenções.
Cresce cada dia trazendo alegria,
Agora a pequena menina deixa de ser
Filha para se mãe.
Cumpre seus dias e da à luz
O pequeno ser que por nove meses
Invadiu seu ser agora chora a dor de nascer.
É o começo das dores que o mundo pode trazer.
Mas a mãe com suas mãos protetora embala.
Sua pequena semente que agora brotou
Numa terra estranha cheia de amor.
Para uma vida incerta ele começa caminhar.
Nas longas jornadas nunca esta só.
E por mais que sua protetora
Em seu pleno esplendor lhe estenda
As mãos ele sempre cai no vazio do não saber.
Incapaz de se sentir confortável.
Ao lado daquela que o gerou.
Transforma-se em um pássaro
Que nunca voou.
Abrem se as cortinas e as grades do lar.
Sua mãe aos prantos o empurra para que ele possa voar.
Começa sua transformação com as mãos tremula ela o segura, ele então agora um grande pássaro,
Preste o mundo ganhar.
Ele fecha os olhos para o pleno potencial..
Segue em frente na doce ilusão que os hábitos, e costumes
Da rotina de seu lar irá ajudá-lo, neste mar de confusão...
Não sabe o pequeno pássaro que para sobreviver longe do lar,
É preciso aceitar o medo do desconhecido.
Deve sempre arriscar, e nunca deixar de amar.
Agora a doce mãe nada mais pode fazer.
Seu fruto floresceu, cresceu...
E como pássaro voou, mas traz em seu coração.
O eterno amor de mãe: Que com coração aberto
Sempre esta!
Pronta para em seus braços
Agasalhar o filho amado que sabe um dia vai voltar.

Foto de Carmen Vervloet

ALEGRIA DO RECOMEÇO

Acalme o coração aí no seu peito,
quando brota o ciúme não tem mais jeito,
o amor adoeceu,
o sonho precocemente morreu.

Faça como o pássaro preso na gaiola
que tem saudade do céu e já não chora,
entoa o canto de poder outra vez voar.

Quando do claustro, ele consegue escapar,
vai fazendo seu vôo livre no ar,
sem medo de um novo alçapão
que sangrou tanto seu coração.

O encantamento no seu compasso refeito
marca o ritmo do seu passo no peito
e a tristeza começa abortar.

A lágrima que escorria na face
cristaliza-se em alegria,
já vislumbrando outro enlace.

E então não se lamente,
prepare a terra pra nova semente...
Nenhum ser vivo nasceu pra ser só,
o coração sempre quer um xodó!

Não existe “amor sem fim”,
nem dor que doa pra sempre assim...
A vida é um eterno recomeço!...
A dor, da felicidade, é o preço!

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

Flor Azul

Já fui semente, já fui pó,
Já fui árvore, já fui céu,
Hoje sou flor, e flor azul,
Tenho o formato de estrela
De cujo pó me tenho feito
E retornarei em estado perfeito.

Como azul também sou mar
E se quiser, céu infinito,
Até estrela, para quem ama
Quando o amado me dá à dama
Sente-se tal deusa do antigo Egito.

Minhas folhas são ovaladas
Tal qual sementes de amendoim
Meu lar é sol, é chuva, é vento
E meu mais nobre sentimento
É quando um olho de amor sereno
Pára, respira e contempla a mim.

Então eu vivo o contemplamento
De sermos dois e sentirmo-nos um
Ser outra coisa nesse momento?
Não. Apenas a flor, a estrela azul.

Se retornar?
Posso ser flor, ou estrela, ou gente,
Quem sabe nuvem, ou a semente
Gerando cores do Amor Maior.
Quem sabe então a planta que cura
Ou a hóstia tão branca e pura
Servida no Altar do Senhor.

Marilene Anacleto
23/06/99 – 00:10h

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 12/12/02

Foto de Marilene Anacleto

Amo-Te

AMO-TE

Amo esses olhos e todas as histórias que eles contam.
Amo esse olhar que me devolve no olhar
As estrelas, o sol, a onda, a pedra, o cristal
E permite que eu tenha a cada instante
Um mundo sem igual.
Amo esses olhos.

Amo esse nariz que mostra o valor do teu eu
Amo esse nariz que me conta tuas lutas,
Demonstra teu poder de guerreiro
Mostra-me teu valor de sereno caminheiro
No ensinar os caminhos da paz
Amo esse nariz

Amo essa boca e todas as palavras ainda não ditas
Amo essa boca e todos os beijos que ainda não deu
Essa boca, cuja voz é suave sereno
É manto aquecido e ameno, instrumento do espírito
Retorna-me ao ser vivaz quando não sou mais capaz
Amo essa boca

Amo esse coração que é tão, mas tão grande
Amo esse coração que se recolhe ao canto da sala
Enrolado em um cobertor à procura de consolo
Porque ainda não encontrou alguém que o compreenda
E reflita tal grandeza feito espelho
Amo esse coração

Amo esse umbigo, ligação eterna ao infinito
Amo esse umbigo, ligação indiscutível ao Santo Espírito
No útero sagrado do ser que te gerou
Esse ser, cujo sim deu vida à semente
E permitiu que hoje és e sentes
O valor da vida, o calor do amor.
Amo esse umbigo.

Amo esse membro que guarda sementes de eternidade
Amo esse membro sagrado que protege sementes douradas
De filhos de Deus e suas missões de espiritualidade
E respeita emoções, e respeita vidas
Amo esse membro.

Amo essas pernas que te permitem vir ao meu encontro
Amo essas pernas pelo poder de te achegares
A outros para que possam vivenciar
Luz e bênçãos e graças
Teu desejo sublime de paz
Amo essas pernas.

Amo esses pés que te levam rumo ao infinito
Amo esses pés, cujos passos firmes,
Orientados pela luz dos olhos e o poder do guerreiro,
Pelas palavras certeiras e o coração de luz
Amo-te por tua paz, ternura, carinho e cuidado.
Amo esses pés.

Amo esses braços, cujo círculo terno e fechado
Permite-me fazer parte de tua alma.
No calor da fímbria do teu manto
Reconheço o poder e o encanto
De compartilhar serenos sentimentos.
Amo esses braços.

Amo essas mãos cujo toque me remete à eternidade
Amo essas mãos que acendem fios de prata de bondade
Elevam-me a dimensões infinitas
De onde trago luzes ao respirar tua fragrância
Que me fazem brilhar no altar da minha vida
Amo essas mãos.

Amo-te todo.
Tuas trevas, tuas luzes,
Teu presente e infinito
Que todo o teu ser me conta.
E embora pense ser grande,
Quando vou ao teu encontro
Percebo que pouco existo.
Preciso-te.

Marilene Anacleto

Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/ , em
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em
Publicado no livro Jardins, Jardins : [poemas[ / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC) : 2004. 72 p. : il.

Foto de vino silva

O Teu Beijo

O teu beijo, feitiçeiro ,
a razão, do meu sentido disperso,
a música que preenche a minha alma,
é o meu mal e o meu bem,
que anda, disperso no ar,
tem o gosto de uma fruta ,
que me atiça a mente.
Teus lábios acesos,e grossos,
são pecados em forma de maçã,
e se um dia descobrir a semente,
do teu beijo, vou semear em meu peito,
a prova que ainda queima em minha boca.

Direitos reservados...

Foto de Marilene Anacleto

Poemas de Paz - 1 -

A PAZ APRESEENTA-ME A FACE

A paz apresenta-me a face
No buque de flor vermelha
Que dança na luz do sol
Com o esplendor da Centelha.

Em resposta ao jardineiro
Esbanja todo o talento
Mais amante que cuidador,
Foi cultivador da semente.

Não desejou que fosse rosa,
Nem tornou-a margarida,
Apenas fez brotar a fagulha
Da semente do Deus da Vida.

A paz do dia de hoje
É assim que chega a mim:
Realizado o ideal da semente,
Alegria de Deus, beleza do Seu jardim.
Marilene Anacleto

Foto de Carmen Lúcia

Versos & Reversos

A luz traz a paz que refaz;
também pode cegar quando é demais.

O começo sempre traz um desafio;
e o fim, o mais denso calafrio.

O amor pode levar ao paraíso;
também a perder o juízo.

A chuva umedece a terra pra fecundidade;
também pode conduzir à calamidade.

O mar dá margens para os sonhos;
mas destrói os castelos mais risonhos.

A lua é tão meiga e brilhante;
para o lobo parece irritante.

O sol é o astro que ilumina e aquece;
também o fogo que fulmina e estremece.

Em erupção, o vulcão lança sua lava
que uma paixão incandescente apaga.

A mulher traz no ventre a semente...
que, lamentavelmente, pode não vir a ser gente.

Tão triste ouvir falar em aborto...
Pode ocorrer mais um poeta morto.

_Carmen Lúcia_

Foto de MorumySawá

MINHAS VISITAS AO INFERNO

Já visitei o inferno em vida. Já entrei em suas câmaras horrendas diversas vezes. Em todas, padeci muito. Nada tem a ver com o "Hades" mencionado na bíblia e nos estudos teológicos que são dados por religiosos. Aquele que jaz embaixo da terra e começa depois da morte não me interessa aqui. O inferno que já conheci e que me machuca fica mesmo na terra dos viventes.
Já estive no inferno do engano. Há algum tempo debato com um cenário surreal e dantesco que aconteceu dentro de minha mente. Vomito e sujeira, mau cheiro e loucura atolava meu filho no submundo dos tóxicos. Ali não existem humanos, apenas carcaças ambulantes. Sempre que tenho este pesadelo desejo dormir profundamente só para fugir do que testemunhei imaginando no futuro um cenário tão real que aflige não só a minha mente, mas, também a minha alma. Vivo a me perguntar por que os jovens se revoltam contra o sistema a sua volta. Tentam ser livres e acabam criando uma masmorra para si mesmo. Constroem o inferno com suas próprias mãos.

Sempre que desperto deste pesadelo um Lago de Enxofre permeia o mundo em que existo. Cada um dos jovens perdidos neste mundo tem uma mãe e um pai. Pais que choram como eu. Choram por não saber como apagar as labaredas medonhas que teimam em alcança-los.
Já estive no inferno da culpa. Hoje sei que nenhum tormento provoca maior dor que a culpa. Qualquer mulher culpada sabe o tamanho de sua opressão. Qualquer homem culpado fala que os ossos derretem com uma consciência pesada. Culpa é ácido que corrói. A culpa avisa que o passado não pode ser revisitado. Assim as pessoas se submetem a carrascos internos e esperam redenção através de açoites. A dor da culpa lateja como um nervo exposto.

Os culpados procuram dissimular o sofrimento com ativismos, divertimentos e prazer, omissão e loucura. Mas a culpa não cede; persegue, persegue, até aniquilar a iniciativa, a criatividade e a esperança. Recordo quando no final de uma reunião, uma mulher me procurou pedindo ajuda. Seu marido se suicidara de forma violenta. Mas antes, ele procurou vingar-se. Deixou uma nota responsabilizando a mulher pelo gesto trágico. Diante da tragédia, aquela pobre mulher, desorientada e aflita, não sabia como sair do cárcere que o marido meticulosamente construíra.

Já estive no inferno da maldade. Conheci homens nefastos, mulheres perdidas em sentimentos da inveja. Sentei-me na roda de escarnecedores. Frequentei sessões onde o martelo inclemente da religião espicaçou inocentes. Vi pastores alçando o voo dos abutres. Semelhante às tragédias shakespearianas eu própria senti o punhal da traição rasgar as minhas vísceras. Fui golpeada por suspeitas e boatos. Com o nome jogado aos quatro cantos, minha vida foi chafurdada como lavagem de porco. Senti o ardor do inferno quando tomei conhecimento da trama que visava implodir o trabalho que consumiu meus melhores anos de ministério. E eu sem saber como reagir.

Portanto, quando me perguntam se acredito no inferno, respondo que não, não acredito, eu o conheço! Sei que existe. Eu o vejo ao meu redor. Inferno é a sorte de crianças que vivem nos lixões brasileiros em meio às drogas. Inferno é a negligencia de pessoas que se acomodam em seu mundo particular e que se danem os que estão lá fora. Inferno é o corredor do hospital público na periferia de Brasília e em outros estados brasileiros. Inferno é a vida de meninas que os pais venderam para a prostituição. Inferno é a luta que meu filho enfrenta todos os dias quando acorda dizendo que não vai mais ser escravo do vicio.

Um dia, aceitei lutar contra esses infernos que me rodeiam, assustam e afrontam. Ensinei e continuo a ensinar que Deus interpela homens e mulheres para que lutem contra suas labaredas. E passados tantos anos, a minha resposta continua a mesma: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. Acordo todos os dias pensando em acabar com os infernos. Gasto a minha vida para devolver esperança aos culpados; oferecer o ombro aos que tentam se reconstruir; usar o dom da oratória para que os discriminados se considerem dignos. Luto para transformar a minha escrita em semente que germina bondade em pessoas gripadas de ódio. Dedico-me porque quero invocar o testemunho da história e mostrar aos mansos que só eles herdarão a terra onde paz e justiça um dia se beijará.

Cleusa de Souza Klein

Foto de vino silva

Raça Humana

Raça humana

Raça viajante e incosntante,

segue seu rumo na foz do nilo.

Mistifica a pureza na cadência de cada tambor.

Teu sangue tua cultura, teu paradeiro teu suor,

tua vela e caravela, se despe de feitio despojado

Raça humana

Um sonho ,uma música, uma língua sentida

Um quere desmedito ,um choro sentido.

Eu sou da goa ou de Angola ou de outrora.

Sou da voz do vento na amazônia,

da criança que sonha com um mundo novo.

Raça humana

raça da semente fecunda da terra

Do coração que bate a cada lamento

Raça do mesmo sangue e de desencontros.

De choros perdidos e futuros prometidos.

Oh, céu traga todos inocentes no berço,

desta canção e retira cada bem no peito,

de quem perdeu a vida num segundo,

e deixa o mundo tomar conta do amor!!

Foto de nanda gois

POR OLHOS MAIS NEGROS QUE OS MEUS

POR OLHOS MAIS NEGROS QUE OS MEUS.

Foram por olhos que era mais negros, que os meus.
tão negros como a escuridão que abraça a tarde,
Como um açoite,
a gritar na senzala,
no silencio da noite.
Os olhos negros chegaram e te arrancaram,
de mim, era nocivo, aquele olhar,
tinha lascívia em seu pensar.
Era fervente como a lixivia,
ardia em seu peito e te fazia me esquecer.
Trazia em seu olhar a dor da escuridão.
Olhos negros, que me trouxeram a noite,
como um trovão a roncar,
por traz dos montes secos.
olhos enfeitiçados,
lançados sobre os olhos seus.
Assim, como a tempestade que vem perturbar
o silencio da madrugada
os olhos negros chegaram e
lançaram raios e me apartaram de te.
Sonâmbulo seguia os olhos negros. Sem olhar pra trás,
os olhos negros te cegaram e te roubaram de mim.
Esses olhos vieram me furtar os olhos seus,
me trouxeram raios que transpassaram a alma,
como espada, a sofrer por ti, fiquei,
lamentei, chorei, mas logo notei que de ti,
brotou semente, que logo incomodou os olhos negros
que mim torturaram, me obrigaram a fechar os olhos
sem cor da semente, sem mente, que brotou de ti.
malvados olhos, você foi com eles,
assim como a noite troca o vazio,
pelo falso frescor da madrugada.
Assim como o carrasco a bater no escravo fujão,
os olhos negros te levaram de mim.
foi encantado, pelo deslumbre da lua,
que bailava faceira diante dele.
Os olhos negros foram embora e com eles
foi o meu olhar, com você foi a minha visão,
o meu coração, comigo ficou a solidão.
Contigo os olhos negros para sempre ficaram.

Páginas

Subscrever Semente

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma