Sensualidade

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Musas do Poema-de-amor ( uma homenagem)

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Salomé, que delicia ler-te
Nos duetos ou solos
Maestrina nas palavras
Sensualidade saindo pelos poros

De repente, vem a Anna,
Loiramar, florzinha, seja como for
Em textos lindos e enebirantes
Versejando o amor

O que falar da Deusa ?
Um encanto de portuguesa
Com seu jeitinho de menina
Mas com sensualidade de Tigresa

Tereza, de sorriso aberto
Forte, franco e contagiante
Uma delicia ler-te diariamente
Torna o dia mais radiante

As outras que me desculpe
Porque pouco as conheço
Mas ler cada uma de vocês
Me extasia..até entonteço

Aos homens do poema
Meus eterno admirar
Sempre lado a lado
Em nossos textos comentar

Vou ficando por aqui
Nada mais a falar
Sem contar que muito enrolei
Preciso voltar a trabalhar

Se mais tempo dedicar
A vocês nesse momento
Acabo perdendo o emprego
Sinto muito...lamento!

Foto de von buchman

Você em minha vida e nos meus poemas....Due resposta Von & Deuza

Nesta minha vida conheci muitos lugares pessoas ,
muita gente bonita e bela...
Encontrei pessoas que
me marcaram e que me deixaram algo de mui especial.
Mas um dia, deparei-me com você...
Linda e bela mulher...
Cheia de vida , de um olhar sensual e apaixonante...
Uma alma linda ...
És o sonhar de muitos...
Ao ler seus poemas, me tornei um admirador seu...
Fez um eterno apaixonar por cada verso seu...
Você está sendo mui especial em minha vida.
Já ganhou um espaço íntimo em meu coração
Gosto muito de você e quero te falar
que eu estou feliz em poder te ler...
Poder conhecer do teu coração
nos teus belos poemas de amor e paixão...
Pois através deles pude ver como posso sonhar...
Que ainda existem pessoas belas...
Que paixão não é fabula,
pois ela mora no meu coração...
Meus versos tem um destino que é teu coração...
Linda e bela mulher, que me fez viajar...
Nenhum bem tenho...
Mas o que tenho te dou ...
O mais puro amor que transborda do meu coração..
Von
.....
Em resposta Deusa ...

Em teus versos me revejo,
Alma pura que ainda sofre.
Meus sentimentos também se viram para você.
Minha vida perde sua existência,
Meus sentidos morrem, quando não estás.
Não sei quem és,
Mas já fazes parte da minha vida,
Para de todo o meu ser.
Minha alma, vira-se para ti
E meu coração,
Outrora triste, aprendeu a sonhar novamente.
Quando te leio,
Começo a divagar, sobre o amor.
Sobre a vida e sobre a paixão.
És o meu mais profundo amor,
A semente que nasceu em meu coração,
A chama que incendeia meu ser,
Que nem a água consegue apagar.
Quando escreves,
Atinges-me como uma flecha
Que não doí,
Sem ti, minha existência seria impossível,
Meu mundo estaria morto.
E a sombra do que fui
Seria persistente.
Com tuas palavras sou mulher,
Sinto-me realizada e sou feliz.
....
Minha eterna Deusa,
e doce Catarina...
Meu anjo da manhã...
És bela como a primavera...
És linda como o luar...
De sorriso puro e singelo,
Tu moras no meu coração...
És a Deusa dos poemas...
Minha fonte de inspiração...
Tua resposta aos meus poemas,
fez-me emocionar...
Meu coração transbordou de emoção ...
Em cada poema teu,
amor, paixão e sensualidade,
jorram como um vulcão...
Teu lindo e aconchegante coração,
deixa muitos a te desejar...
Como uma única flor de um penhasco,
Só em sonhos e poemas,
Conseguimos a ti chegar...

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO. . .
• ICH LIEBE DICH ...

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" DESVENDA-ME "

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Está abaixo do véu,
Que se esconde ao leu.
Na relva escondida na neblina
Sobre o brilho da lua,
Com roupa transparente nua.

Revestida de todo brilho,
Exalando sensualidade.
Dispensando formalidades.
Usando de seu talento a sensualidade.

Manto dourado erguido
A proteger o corpo atrevido.
Que perdeu as vestias
Em caminhos floridos

Deixa um perfume doce no ar.
Que sai da pele, para enfeitiçar.
Derramando por onde passa.
A fragrância e o desejo de amar.

Artifícios têm ente mão.
Brilho no corpo implora sua flora.
De baixo do véu, a sensualidade.
Que a natureza explora.

Corpo delineado, provocado
Feitiços aos bem olhados.
Ao mistério da transparência
Faz da tua beleza vasta em inocência.
Que atiça olhos com maledicência.
Criando explosões e ardência.
Adquirindo atenção com reverência.
Mostrando-se o corpo nu,
Coberto abaixo transparência.

*-* Anna A Flor de Lis.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Salome

A tua Presença

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Nessa magia dos teus versos dilacerados,
Os fragmentos de momentos desmedidos
Me sussurando os teus desejos e anseios,
Instintos me levando ao teu encontro...

Presença destemida em sua carícia imortal
Me enfeitiçando, desnudando minha alma,
Me implorando com sua inocência carnal...
Insistência dilacerando desejos passados

Enigmas, máscaras fragmentadas no chão
Entre este jogo de encantos e de sedução
Domando incertezas incontidas e perdidas,
Acalentando paixões finalmente liberadas

Anseio de te tocar dilacerando meu corpo,
Instintos implorando e, me fragmentando,
Teu antro me sugando a te corresponder
No sopro do desejo desse teu fiel querer

Segredos apagados nos ecos da ousadia,
Sensualidade à flor da pel, implorando os
nossos corpos a se fomentar da melodia
Que um dia se apagou para hoje retornar.

Aníma desta oração, em tuas madrugadas
Me disfarço... e me desfaço!...

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Copyrighted Sept. 2008" - Salomé

Foto de Graciele Gessner

Pintando a Vida. (Graciele_Gessner)

Pinte a vida de amarelo
A alegria constante
Um sol radiante!
Vibra, brilha, estimula
A prosperidade...
A plena felicidade,
Agita a espiritualidade.

Pinte a vida de azul
Momento de meditação
O sentir do coração.
O céu, a água...
Total pureza, sabedoria.
Beneficia a proteção.

Pinte a vida de branco
A leveza e a paz,
Eleva a alma, o espírito.
Casamento, união, relacionamento.
Momentos marcantes da vida,
Simboliza movimento, sentimento.

Pinte a vida de laranja
O otimismo elevado,
A comunicação, a vitalidade.
Laranja é total comunicação,
Estimula a sociabilidade.

Pinte a vida de rosa
O afeto, o amor incondicional.
Fertilidade, reprodução.
Cor do puro romantismo,
Delicadeza, a pureza.

Pinte a vida de verde
Recheado de esperança, sentimento.
Energia positiva, purificação.
Diga não ao tormento...

Pinte a vida de vermelho
A força da vontade, impulsividade.
Energética e estimulante
Cor da paixão, da sensualidade.

Pinte a vida de violeta
Misture o vermelho com azul,
Veja como embeleza a vida.
Perfeita para a criatividade,
Combinação total da prosperidade.

Pinte a vida de cinza
Neutraliza pensamentos perturbados.
Alivia a alma e reduz as pressões;
Estimula a estabilidade das emoções.

Pinte a vida de preto
Quando necessitar o vazio,
O esquecimento, o luto.
Pinte em poucos momentos,
Não permaneça na escuridão.

Pinte a vida da melhor forma.
Pinte com a sua aquarela favorita,
Na imensa arte de viver!

23.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Sirlei Passolongo

Somos mulheres (Poema reposta ao poema "Somos Mulheres" da Flor de Liz (ANNA CAROLINA)

Somos mulheres
Que amam
Choram
Riem
Sonham
Lutam
Sem jamais
Desistir

Mulheres
Que acreditam
Na força do amor
Que se doam
Para os amigos
Ver sorrir...

Somos mulheres
Musas... Ousadas
Seduzimos
Com a sensualidade
Das bruxas
E amamos
Com a graça
Das fadas.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Foto de Salome

Minha Vida... Minha Sina...

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Noite de Verão, teu calor insinuante e carente,
Silêncio entorpecedor envolvendo o meu corpo,
Meus pés descalços velando as pedras do ardor,
Piazza di San Marco em tua nobre escuridão...

Sonhos virevoltando entre as cortinas de seda,
Acariciando os pilares antigos deste monumento
Sombras voando em fusão entre vento e femêa
Nas aguas do canal ecoando sua fatal ansiedade

Brisa soprando e esvoaçando meu longo cabelo,
Tocando minhas vestes de véus transparentes,
Acaricando meus lábios humídos com seu alento,
Sensualidade transbordando em carícias quentes

Tua sombra me esperando, teus olhos famintos,
Ah!... meu coração batendo por ti, sem direção,
Meu corpo tremendo em delírios de sofreguidão
Ansiando por o doce toque da tua carnal oração

Ah!.. amor, essa espera te querendo e buscando
E hoje este temporal de bocas famintas se amando
Entre línguas molhadas da ansiedade se provando,
Jurando em mim a necessidade de me fundir em ti

Nossas mãos acariciando, deslizando... sob a pel,
Traçando caminhos inéditos... te tocar, te sentir,
Te saborear, te venerar em completa fascinação
Enquanto os teus olhos gritam em total perdição

Ah!... sabor do pecado em tuas carícias e anseios
Vertendo seu fogo latente, fatal sob os meus seios,
Abismo total... ecoando no meu lamento morrente,
Amor transcendal transbordando em mais que gozo

Almas se amando em perfeita e sensual cadência,
Fronteiras vencidas... derrotadas... amaldiçoadas,
Almas que se amaram entre mil versos e poesias e
hoje, saciadas nas eternas maresias da nossa sina

Ah!.. meu amor, meu amante, minha uníca metade,
Fiel é o nosso amar, selado por esse anel invisível
Que nos une no temporal desta união transcendal
Dia após dia... ano após ano... vida após vida...

Simplesmente invencível!

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"Sempre e para sempre, desde os confins do tempo, o que o infinito e a vida uniu, nínguem jamais poderá separar..."
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Salomé - "Destino Marcado/Copyrighted to MK - August 2008"
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1152629

Foto de Nellyra

Nossa Historia de Amor

VOCÊ E EU (nosso primeiro encontro!)

Lembra de nosso primeiro encontro!?!
Era a "nossa primeira vez". Com todos os receios, o desejo, as vontades, as inseguranças e constrangimentos naturais. Por mais experiências que tivéssemos ou achássemos que tínhamos, aquele era um começo e uma nova aprendizagem.

Foi dessa forma que nasceu uma nova intimidade entre nós dois... de amantes!
Aquela noite ficou e ficará pra sempre gravada na nossa memória, pelos momentos, pelas descobertas, pelas ternuras, pelas loucuras e pela intimidade que vivemos sob aquela inesquecível lua cheia.

Acho que você me desejou de uma forma diferente, pelo meu jeito de ser, pelo meu humor, inteligência, pela calma que a idade me tinha dado me permitindo viver entre a serenidade e a urgência. Eu deixava que fosse você a ditar o ritmo sem pressas, mas sempre com enorme desejo, respeitava-a enquanto você me provocava. E você entregou-se sem ter noção de que o fazia tão deliciosamente.

O local, Brasília, tinha sido escolhido por você, estávamos ambos certos que seríamos almas anônimas por aquelas paragens.
Suficientemente longe dos caminhos cruzados diariamente, suficientemente perto para podermos regressar rapidamente ao nosso cotidiano. O sigilo privado do encontro foi mais uma das tantas emoções daqueles momentos, que se tornariam tão especiais.

Com o seu saber feminino, você tinha proposto (“se você for, prometo que não vai se arrepender”), o que há muito eu desejava. Teria sido mais comum se fosse eu a propor, mas a nossa relação sempre foi pautada pela surpresa, pela recusa às convenções e pelo desejo arrebatador.
Você não faltou ao prometido. Arranjou-se para mim como sabia que eu gostava: aquele vestido de decote atrevido e curvas gostosas, que ainda hoje me excita, e o cabelo lindo e solto ao vento. Eu não faltei ao prometido. Desejei-a como se fosse a primeira vez e amei-a como se fosse a última, sem limites e sem pressa.

A noite foi de sonhos, dançamos como se fossemos apenas os dois naquele salão de festas, enquanto olhos te cobiçavam, você era só minha.
Saímos e fomos tomar um banho para trocar a roupa suada, nos encontramos a seguir.
Até hoje, nesse instante, posso ver teu jeito lindo no olhar, tímido e serelepe, como uma criança preste a fazer uma travessura.
Um olhar de desejo, aquele toque de fêmea no cio, os lábios que se mordem só de imaginar a loucura que se aproxima. Os corpos que desejavam libertar-se das roupas para se entregarem mutuamente, a urgência do amor, a vontade de dar asas à imaginação e a concretização do crescente desejo.

O desejo incendiou-nos os corpos, os seus olhos brilhavam, as nossas bocas famintas beijaram-se, nossas mãos inquietas brincaram no corpo desejado, despertando a urgência do amor.
Abraçamo-nos. Os nossos corpos amarrados entre si pelo abraço de amor, não podia esperar mais, entre roupas semi-arrancadas e semi-despidas, encostados numa porta, sob o olhar da lua, ali mesmo nos fomos consumindo pelo fogo do delírio. Era um amor urgente de ser vivido.
Me perdi nesse teu corpo para depois poder me encontrar no teu sorriso e na tua loucura…
Um desejo de te agarrar, de te beijar a boca, de te olhar a intimidade, de te tocar, de bolinar, mexer …alisar os teus cabelos … Ou simplesmente, de leve tocar os teus lábios, morder, desesperar, arder no teu corpo e suar…Brincar com as tuas mãos, brincadeiras inocentes, indecentes, esquecer a solidão, fazer-te vibrar, rir, chorar, gozar…!

Senti tuas mãos a percorrer o meu corpo sem medo e com vontade. Os meus lábios correrem atrás de ti, querendo saborear a tua pele... teus seios. O contacto do teu corpo semi-nu, com o meu, fez-me querer-te ainda mais. Minhas mãos irrequietas buscam o teu corpo excitado, para nos enlouquecer ainda mais. Você tremia a cada toque de minhas mãos, que lhe percorriam o corpo explorando-lhe a sensualidade feminina semi-adormecida. Eu quase a enlouquecer de excitação percorria a tua pele macia e quente, com as mãos irrequietas e atrevidas. Teus gemidos delatavam teu prazer com aquele atrevimento, que demonstrava todo o desejo que até hoje sinto por você.

Os teus dentes deslizaram pelo meu corpo enquanto o arrepiava sem limites. Sinto o cheiro do teu desejo misturado com o meu. E você me gemeu ao ouvido as palavras que mais me excita: "Viu como sou boazinha..., sou tua! Me possua!".

E eu te possui. Bebi o teu desejo em teus lábios, enquanto misturava teu corpo ao meu no sexo que você escolheu. Maravilhado à luz da lua, levantei seu vestido, arriei tua calcinha e despi o mais lindo corpo que tinha visto até então, seios lindos, ancas dispostas a me dar o melhor de todos os prazeres, uma vulva que continua até hoje me encantando de tão fêmea, gostosa!!! Nosso orgasmo!

É incrível, mas até hoje você me dá o orgasmo do primeiro encontro!
Te sinto o mesmo prazer, o mesmo tesão que me deixa atordoado, você é e será sempre, com imensa vantagem, a mais gostosa fêmea com quem já fiz amor.

Se fez tarde então e seria a última noite no nosso paraíso (bendita Luziânea), Os momentos vividos permitiram aumentar as saudades que sentimos no momento da despedida. Aquele tinha sido apenas um pequeno momento para tudo aquilo que desejávamos, e ao mesmo tempo um momento de enorme intensidade. Curto mas intenso. Pouco mas necessário. Incompleto mas avassalador. Duro foi retomar à vida no normal, pois combinamos que tudo terminaria ao voltarmos. Ambos sofremos o desconforto da despedida e a dureza do afastamento, mas conseguimos também entender que aquilo que tínhamos vivido era demasiadamente mágico para terminar. Um pouco mais de paciência e de sonho era tudo o que precisávamos para continuar essa paixâo que um dia nos levaria à novos lugares bem menos secretos mas... com o mesmo tesão, ternura e desejo.

Hoje somos amantes... verdadeiros amantes! Sabemos viver o amor de forma tranquila e cúmplice que só nós podemos ter, e com a loucura e arrebatamento que só o desejo dos amantes pode dar.
E se existe desejo selvagem misturado com um carinho terno, decerto que o amor está presente nessa loucura de amantes. Eu amo você!!!
As vezes adormeço serenamente enquanto penso em você. Sonho contigo a noite toda, quando acordo não recordo os pormenores, mas sei que foi com você que sonhei porque o meu sorriso ao acordar não deixa dúvidas... era em ti que pensava no momento que o meu corpo despertou do descanso.

O tempo é o nosso segredo e ninguem vai saber o que aconteceu entre você e eu..!
O prazer de dois corpos que se amaram, a felicidade de duas almas que se misturaram, a intensidade de dois seres que se entregaram... a capacidade de sonhar a dois!

Você sempre me diz que devemos apenas viver o presente!
Será mesmo que os amantes vivem somente do presente? Não consigo ter essa certeza porque... sei que...

NelLyra

Vou te amar pra sempre...Sempre!!!

Foto de Miqueias Costa

Pesadelo nem sonho apenas a realidade

Pesadelo nem sonho, simplesmente a realidade

Estava em um quarto, o qual não era o meu. Um quarto privado de calor com uma pequena janela e uma porta em madeira. Tudo parecia branco... Verossímil aos sentidos de minha visão, pois a alvura da própria luz me impedia de ver o que realmente queria ver. Tão era sua brancura que, em muitos momentos, me confundia se estava deitado ou em pé. A cama e a decoração padrão, me levavam a lembrar algum lugar, o qual naquele momento se tornava novidade aos meus olhos. A luz, não sei de onde vinha, apenas a concebia e perceptivelmente ela me dizia... “Pesadelo nem sonho, simplesmente a realidade”. Ouvia, num entender confuso, quase mudo, calado, um sofrer sem dor, sem lágrima, um sentimento novo... Tudo se tornava novo sem nem saber o porquê de tudo.
Aos poucos a porta se abriu... Vultos passaram por ela sem que fossem identificados por meus olhos. É como se não enxergasse mais. Mas como? Não me lembrara de ter perdido a visão. Uma dor estranha, nunca sentida antes, tomou conta de meu corpo, o qual eu não sentia. Momentos em pé, sentado ou deitado... Confusão é a forma exata para se definir esse momento.
O que acontecia? E os vultos? Ah! Os vultos foram tomando forma, o frio do quarto desaparecia, e o branco generalizado foi tomando cores fortes, mas o que eu via me assustava, pois continuava sem nada entender.
Que cena estranha, que momento mais obscuro... Minha mente lutava contra si mesma para buscar o entendimento. Um entender, o qual estava longe de meus conhecimentos. Uma aula nova, com uma lição de vida única. Uma lição onde poucos entendem e muitos não terão a oportunidade de tê-la. Comecei a ter uma certa nostalgia, uma nostalgia regressivamente rápida, como se assistisse minha vida inteira num único milésimo de segundo...
E de repente... Pá! Um, estralo! É como se tivesse acordado, mas continuasse no mesmo lugar. Agora não via mais os vultos e sim pessoas. Onde era branco percebia as cores, e sentia que estava deitado em uma cama de hospital.
Depois de outro susto identifiquei as pessoas. Uma, suponho ser o médico e a outra minha noiva. Ela estava linda! Mas eu não conseguia falar-lhe. Eles conversavam e eu não escutava. Queria gritar – e até gritei por várias vezes – mas eles não me ouviam. Chorava, mais as lágrimas não caiam. Queria levantar mais não existiam os movimentos...
Loucura? Confusão? Lembrei o que ela – a luz – dissera momentos atrás... “Pesadelo nem sonho, apenas a realidade”.
Refleti... Tudo parecia passar tão rápido e ao mesmo tempo uma eternidade se passava aos meus olhos. Coração batia, podia ouvi-lo. Mas havia algo de errado, e era comigo, podia sentir, mas não conseguia desvendar...
O corpo não obedecia, a mente borbulhava como água em um bule preste a explodir. Quando os meus olhos avistaram lágrimas a cair do rosto de minha querida noiva. O médico nos deixou a sós, sem nada entender, ela se aproximou e começou a falar comigo. Raiva era o sentimento... Pois não conseguia ouvi-la. Não entendia... Chorava sem lágrimas e sem o entender ela continuara a falar comigo e isso me deprimia.
Talvez sabia, mas não queria acreditar. Talvez soubera, mas não queria me entregar. Talvez, fosse só talvez... Mas não era! Suas lágrimas caiam sem parar, quando carinhosamente passou sua tenra mão em meu rosto vagarosamente, quando percebi que na sala não havia nada mais além da cama, onde supostamente estava...
Acordei... Acordei no sentido simbólico e figurado da palavra em si, pois percebi nesse exato momento que não estava mais ali. Estava partindo... Caminhando para uma outra vida. Uma vida desconhecida, mas esperada por todos nós. Um mistério ronda a morte. Assim como infinitos contos perseguem a vida, a morte chega para todos, mas cada uma com seu significado.
Por que morrer nesse momento de fraqueza, sem nem ao menos lembrar o motivo de estar ali? Por quê? A vida é boa conosco e na maioria das vezes nem percebemos, só pensamos em reclamar, e muitos de nós ainda deseja o mal para o próximo, como se isso construísse um ser melhor do que o outro. Para querer ser o melhor basta simplesmente com toda a sinceridade, força, perseverança e fé, ter a humildade, compaixão e a simplicidade nas atitudes mais duras que a vida colocar em seu caminho. Prejudicar um semelhante é machucar seus infinitos sentimentos sem perceber, porque tudo se mistura como as substâncias percorrendo por nossas veias.

Acabara de entender as lágrimas a cair do rosto lindo de minha noiva. Rosto com sorriso tão simples e cativante, tão sincero, que quando brava, nervosa comigo, mesmo assim, seu sorriso era magnífico. Beleza natural, olhar sensacional. Sensualidade de mulher, olhar de criança. Bonança era admirável nos momentos infrenes.
E agora o que me dói não é a morte. Não é a minha partida desse mundo, para o desconhecido. É ver a pessoa que amo chorando e não poder dizer a ela a grandeza de meu amor. Tantos momentos juntos que teríamos, talvez esperei demais... Retornei! Enfim reminiscências de minha vida, talvez Ele permitiu-me tê-la. Lembrara agora que no início de nosso namoro, fiz uma promessa a ela, a qual nunca cumpri... Esse sentimento nesse momento torna-se dor. Uma dor que será minha alegria, minha despedida... Meu adeus à minha amada.
Uma certa vez, num parque, num banco de cimento, muito verde, eu segurei a mão dela e fiz com o meu dedo indicador um desenho imaginário de um coração. Como se tivesse desenhado no centro de sua mão fiz o coração e disse: “Sempre que eu fizer esse coração imaginário, saiba que é a prova de meu amor eterno por você”. Prometi sempre fazer esse desenho, mas depois daquele dia, sem saber o motivo, nunca mais o fiz. Errei? Coisa de momento? Besteira? Quem vai saber? O que sei é que me arrependo muito de não ter feito. De não ter dito a ela o quanto eu a amava. O quanto gostava dos seus beijos. O quanto a sua companhia era importante. E os seus abraços que confortavam o meu corpo, eu como um louco, um desentendido, talvez vendido pelo tempo acabei deixando passar vários e vários momentos sem nada dizer.
Num esforço inacreditável levantei vagarosamente minhas mãos. Ela assustada chorava. Eu tremia sem sentir o tremor. Como no banco de cimento, onde tudo começou, ali terminava o nosso amor. Fiz o coração imaginário em sua mão, ela gritava, eu não ouvia. Ela me pedia, mas não entendia. Num segundo eterno aquela minha atitude foi à última de minha vida. Meus olhos fecharam para o mundo... Eu a via, só que agora não mais em meu corpo... A parti desse momento pude ouvi-la gritando, chamando o médico, dizendo que eu havia partido.
Triste é olhar para você mesmo... Olhava para mim naquela cama fria de hospital. Observava a pessoa que tanto amei derramar lágrimas desesperadamente sobre meu corpo agora também gelado como o quarto. É triste, mas como tudo na vida tem o seu lado bom, agradeci a Deus pela última chance de dizer a ela o quanto eu a amei. E pude sentir que o meu recado foi dado. Tenho a certeza que ela lembrou... Pois quando desenhei o coração em sua mão, o meu parou e o dela disparou. Uma sincronia súbita que lacrou uma vida num só momento. Momento esse repleto de angústia e dor, o qual pôde ser transformando num segundo de alegria. Lembranças de um doce e belo amor, às vezes não tão valorizado no tempo em que deveria ser valorizado... Sempre! É o meu último dizer...
Não importa de qual tipo de amor possamos falar. Desde que possamos lembrar sempre do amor, de qual tipo for, lembrar e dizer é e sempre será importante. Então antes de se arrepender, antes de perder a última oportunidade... Diga! Não tenha medo, diga: “Eu te amo”. Diga, pois talvez não tenha a oportunidade que tive... Agradeço por ter tido, mas doeu demais e vou carregar essa dor para toda a eternidade, sem ao menos conseguir entender o motivo da vida ser assim, da vida nos ensinar certas coisas da forma mais dura que há... Com a dor da perda.

Foto de Sirlei Passolongo

Depois de você

Depois de você
Os dias jamais foram iguais
As canções de amor
Parecem feitas pra nós.

As rosas têm mais vida
O vento passou a ser brisa,
Suave como nossa paz...

Os romances
Contam nossa história.
Repleta de sensualidade
e paixão de quem se ama
e se adora...

Depois de você...
Até o brilho da Lua
De tão mágico, hipnotiza.
Os dias jamais foram iguais
O amor, enfim, se realiza.

(Sirlei L. Passolongo)

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