Sentimentos

Foto de Julieta Ferreira

Palavras em mim

No desassossego das noites mal dormidas,
As palavras visitam-me.
Em rios de pensamento,
Transportam-me para a desmedida esfera
Que transpõe aquela que sou ou julgo ser.
Querem ser ouvidas, escutadas, sentidas,
Querem existir fora de mim.
Adio o momento do adormecer.
Imploram o meu desvelo,
Tocam-me numa brisa de desejo.
Perdida na sua teia, sigo-lhes o rasto,
Ignorante do percurso que iniciarei.
Sinto, nos ouvidos, seu bafejo.
Levam-me numa onda que me arrasta,
Para além daquilo que julgo conhecer
Num turbilhão de sentimentos sem fim.
Insistem, persistentes, inabaláveis,
E eu sem saber que rumo lhes darei.
Elas, insinuantes, em torrentes,
Jorram de uma nascente, em mim.
Contam-me histórias, falam de sonhos,
Desvendam segredos intocáveis.
Possuem minha mente num frenesim,
Numa fúria de amantes ciosos
Ao meu cansaço são indiferentes,
Quer eu lhes diga que não ou que sim.
Encontro-me nelas: renasço uma vez mais
E elas ganham vida, independente de mim!

Foto de jlp

Final

Uma lágrima que não caiu,
Escreveu adeus.
A dor que senti
Congelou meu coração
E um grito tão profundo
Que só eu consegui ouvir
Despedaçou meu ser
Por acreditar
Que as palavras só são escritas
Porque são sentidas,
Que os sentimentos
Não são quimeras
Navegando ao sabor do momento,
Que a pessoa é verdade e coerência.
Sou parvo.
Existe tempo e distância.
Mas eu amo o que sou
E não deixarei de amar.
Sou pessoa.

Foto de jlp

Sinto saudades de ti

Sinto saudades de ti.
E isso bastou para que em mim
Fluíssem sentimentos
Que a escrita te recorda
Como pedaços de um só.
E de momento deixo que a frescura da brisa
Me traga teu sorriso,
Que a luz da lua o brilho de teus olhos,
A beleza que me envolve a doçura de teu rosto.
E meu coração estremece;
Sinto-te demais
Para continuar a adiar o que sou
Ou não sei ser sem ti.
E deixo que o silencio,
Como meus braços,
Te envolvam
Num acto de carinho sem fim.
E embale nosso sonho
Que acordou realidade...

Foto de CarmenCecilia

SEDUÇÃO

Sedução

Ela veio e me deixou assim...
Sem ação...
Sem razão...
Sem solução...

No escuro da madrugada..
Entre o tudo e o nada...
No frêmito da paixão...
Ondas em vibração...

Meu corpo eletrizado... Magnetizado!
Sonhando contigo ao meu lado...
Esse corpo que está acostumado...

Com seu toque...
Seu jeito moleque..
Que me enlouquece...
Que dedilha a minha pele...

Como se fosse violão...
E me faz entrar...
Num curto-circuito de tesão...
Um vendaval de emoção...

Um encontro ora com fúria..
Ora com ternura...
Sempre um do outro a procura...

Os corpos se ajustam...
Colam-se..
Num vai e vem...
Buscam-se...

Sentimentos em agitação
Alterando nossa respiração...
Corpos suados... molhados..
Plenos... Acasalados...

Unificados...Abençoados..
Coração junção da mesma sensação...
Embalados agora pela canção...
De uma mágica sedução...

Carmen Cecília & Carmen Vervloet

Foto de Julieta Ferreira

Não digas nada...

Para quê pensar?
Não digas nada…

Escuta o sussurro do desejo
O grito abafado do prazer
Lança-te no abismo
Dos sentimentos ainda nublados
Renasce no âmago do meu ser.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Vive neste corpo que é teu
O tempo que hoje é nosso
Sem passado a açoitar-te
Sem interrogações ou pejo
Sem dúvidas a maltratar-te.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Deixa para mim o labor
De descobrir quem és
Vive nos meus braços amor
Do não tido a doçura
Do não conhecido a loucura.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Entrega-te neste instante
Único que jamais se repete
Amanhã outros seremos
Quem somos não perderemos.

Quero-te
Sem lógica sem raciocínio
Sem jogos de mente insana
Palavras são também chicotes
Ou amarras do pensamento
Liberta-te e dá-te ao momento.

Para quê pensar?
Não digas nada...

Quero aquele que és agora
Ao medo de amar põe um fim
Esquece quem foste outrora
Encontra quem és em mim!

Foto de Bruno Miguel Resende

Diatribes Sentimentais

Diatribes dos sentimentos tumultuosos,
prostrações mentais em decadência,
fluem inconscientes, dementes,
aturdidos de terem perdido os sentidos,
confrontos indesejados,
impossivelmente ignorados.

Refracções das evanescências sentimentais,
complexão exponenciante das dúvidas existenciais,
ermo enviesado das consciências normais,
interpretes de vivências não ambicionadas,
marionetas das situações externas encenadas.

Movimentações afectivas de consciências estagnadas,
frigidez insuportável de mentalidades aceleradas,
relampejos de extorsão da sensação,
ostentações da torpe imobilização,
dissociações da una envolvência,
concretudes da ambivalência.

Publicado originalmente em: www.liverdades.wordpress.com

Foto de Dirceu Marcelino

COMO TE VEJO

COMO TE VEJO ?

Sim! Uma Musa! Mulher deslumbrante,
Cabelos castanhos mui ondulados,
Coroados com lindos brilhantes
E com flores ali implantados.

Entra com seu olhar penetrante,
Por longos cílios emoldurados.
Fita-nos de um modo penetrante
Deixa – nos como hipnotizados.

Aos poucos a linda soprano ofuscante,
Solta seus sentimentos guardados
E sua voz melodiosa e toante

Vibra como instrumento encantado
Penetra e retira em um rompante
Tudo que em nós está guardado.

Foto de Carmen Vervloet

Perdão

Perdão

Meu coração grita...
Expurga um turbilhão de sentimentos...
Que saem sem nexo...
Sem regras...
Sem censuras...
A dor que dentro de mim tortura
Expulso-a
Num dolorido parto!
E a dor transmuta-se
Em palavras...
E as palavras transmutam-se
Em poesia...
E a poesia voa leve
E pousa docemente
Em cada coração!
Porque o sentimento parido
Com dor, sofrido,
Foi o perdão!

Carmen Vervloet

Foto de angela lugo

Ah! Meu amor

Sentada aqui nesta madeira que algum navio largou a deriva, coloco minhas mãos sob o queixo e pensativa observo ao redor.
O mar calmo e límpido está a minha frente com seu azul infinito, suas ondas num vai e vem incansável, vez ou outra sua água morna alcança meus pés molhando-os delicadamente.
Ao longe montanhas altivas e imponentes que as nuvens encobrem seus cumes tornando-as mais belas, as gaivotas também comparecem com seus vôos rasantes embelezando ainda mais este cenário da natureza.
Aos poucos meus pensamentos chegam a você que és tão belo, como um deus da mitologia grega e te comparo a tanta beleza. Diante do meu olhar vou desenhando sua silhueta e como que por encanto sinto-o a meu lado, aplacando assim um pouco desta solidão que sinto em minha alma.
Desenho um coração na areia escaldante e dentro dele escrevo o teu nome junto ao meu, mas sei que a maré vai subir e levará nosso coração, assim como o destino levou você da minha vida e nem sinal deixou.
Quero que saiba que teu amor deixou marcas profundas em meu coração que será eternizado pelo amor que nutri por tanto tempo por você.
Enquanto falávamos através daquela tela poderia jurar que muitas vezes ouvia sua voz dentro do meu eu e pensar que jamais ouvi sua voz que nunca nem sequer lancei um olhar sobre ti, como fui apaixonar-me por palavras, por uma imagem que na realidade nem sei se era sua. Agora nada tenho nem sua escrita e muito menos a sua imagem, você simplesmente desapareceu da mesma forma em que apareceu e cá estou a me perguntar, onde estará você?
Como pude deixar-me iludir com suas palavras doces, abrindo meu coração deixando estabelecer com prioridade a fonte deste amor virtual, pensei que poderia controlá-lo que doce ironia, não consegui, entreguei minha alma para aqueles momentos mágicos aceitando e devolvendo palavras de amor sem pensar nas conseqüências.
Agora aqui eu e minha solidão pensa, que podes estar além deste imenso mar em terras longínquas ou apenas a alguns quilômetros e até mesmo alguns metros, quem pode saber? Somente você. No virtual tudo parece tão próximo e quando se sai da frente daquela tela que nos trás tanto o amor quanto à saudade, nos sentimos tristes e infelizes assim como me sinto neste instante.
Todos os meus sentimentos estão bem guardados no âmago do meu ser e o mais puro deles que é o amor o coloquei num pedestal e o transformei neste poema para você:
Muitas palavras de amor você escreveu
Em todas elas eu acreditei
Tanto que ainda espero por você
Pode o tempo correr...
Até mesmo eu envelhecer
E mesmo assim ainda te amarei!

Também declamada por Luiz Gaspar (Portugal)

http://www.estudioraposa.com/index.php?id=182

Foto de Daemon Moanir

Busco

Beijo gentilmente tudo o que em ti gosto
E peço a Deus veemente p'ra que tudo isto acabe.
Está-se a tornar demasiado doloroso
Este obsoleto estado de ansiedade
Em que me encontro desde sempre.
Por isso, dá-me alguém a quem amar,
A doença está a piorar...
Hoje sei que estou completamente viciado
Num pranto de sentimentos falhados
E de sombras eternas a pairar,
Que ficam e se deixam ficar
Até que alguém as venha chamar
Reclamando-as só p'ra delas gostar

Por favor liberta-me as amarras e,
Deixando-me voar, a desvanescer
Por entre a solidão das nuvens,
Espero um anjo
De faces brancas e puras,
P'ra me dizer o que busco ouvir
De tudo mais
"Amo-te!"...

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