Silêncio

Foto de Edson Cumbane

GRITOS DO SILÊNCIO

O silêncio grita nos meus pensamentos
Grita tanto nos meus sentimentos
Quando eu repilo as minhas divergências
Com o mundo de outras personalidades
Neste planeta cheio de diversidades
Grita silêncio!!! Grita com veemência
Grita em mim com atmosfera de discórdia
O grito do silêncio em mim é moderação
Quando não posso redargüir na cólera
Quando fico em silêncio estou em reflexão
Quando fico em silêncio estou em meditação
Quando fico em silêncio estou em discussão
Comigo mesmo...
Quando fico em silêncio estou em reunião
Com o meu coração
Com a minha razão
Com a minha vontade
Com a minha mente
Com a minha consciência
Com a minha paciência
Com a minha experiência
Enfim... Este é:
O grito do silêncio em mim!

Foto de Cesar Jardim

Reviver

Renasci com o teu perdão,
agora a vida segue em frente,
e deixamos para trás todas as mágoas.
A intenção de rever teus olhos bem de perto,
segue aos meus desejos ilusão.

Se fores além,
permita que eu te siga sem pedir.
Se eu for também,
permita que eu te ame a luz do sol.

Voltamos a viver,
pelo teu amor,
e não há dívida melhor a se pagar.

Se ao silêncio fores embora,
ao menos da sua voz me deixe a canção.
Se me deixares ir,
Sempre irei ao teu encontro.
Se me deixares te amar,
saibas que nunca terás o que sofrer.

E ao viver assim,
você será a minha eterna musa,
inspiração e minha razão mais pura,
que Deus criou com perfeição.

Foto de Carmen Vervloet

O Silêncio

Um grande silêncio habita nosso interior
e tantas vezes falamos para não o escutar,
ele é a voz de Deus, nossa consciência superior,
sempre atenta para não nos deixar vaguear.

Enquanto a gente fala, fala, fala, fala...
Fazendo barulho para não o escutar,
o silêncio simplesmente escuta e cala
esperando paciente o nosso despertar.

Mas quando descobrimos toda sua riqueza,
mestre sempre pronto a nos ensinar,
compreendemos a clareza da vida e sua beleza
e como ouvindo o silêncio fica mais fácil caminhar.

Somos antenas que captam os mistérios do universo
e só no silêncio acontecem as grandes explosões,
foi no silêncio que Quintana compôs seus versos
e Bach fez suas notáveis e primorosas composições.

Foto de Carmen Lúcia

Palavras, palavras,palavras...

Que as palavras fluam soltas
e falem o que entala a minha garganta,
declamando o que não consigo falar...
Apenas sentir e calar.

Libertas, entre as flores entreabertas,
felizes, contagiando os matizes,
festeiras, celebrando com os colibris
botões de rosas azuis anis,
renascidas com o amanhecer
a decantar o novo que virá,
entonações em simultaneidade com as canções
tocadas em flauta doce,
modulações em sons de blues...

Palavras que não se unem à fusão das cores,
permanecem nítidas, únicas e puras,
paridas do coração, geradas pela emoção,
correndo pelos trigais, dourando os girassóis,
roçando violetas, borboletas, acácias azuis,
vivenciando o desabrochar dos arrebóis,
bendizendo as manhãs de cada dia,
entrelaçando, à noite, a estrela-guia,
e na madrugada silenciam,
pois sabem que o silêncio
faz parte da magia
e acorda a poesia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Valores adquiridos (e absorvidos)

Não quero me perder
dos valores que assimilei,
deixar a mágoa vir à tona
alagando o que sonhei.
Tomar o comando das rédeas,
se prevalecer...
Não fecharei os olhos
e deixar acontecer
simplesmente, covardemente.

Permitir sentimentos mesquinhos
me transformarem em outro ser.

Não!Não foi por isso que lutei,
bravamente, incansavelmente.
Engoli dores, sufoquei prantos, pisei pedras...
Seguindo em frente, sempre,
acreditando, sonhando, amando...

Varei sóis e luas, tropecei calçadas, quedas duras,
amanheci noites mal dormidas,
entardeci antes do entardecer
sem ver o sol morrer,
a esperar a lua que não vinha, não via...
Nem a corrosão da dor mais contundente
se interpôs, fazendo-me esmorecer.

Plantei flores sobre rochas
e regadas a suor as vi florescer;
cicatrizei profundas feridas
que me fizeram crescer.
Agora que cheguei onde cheguei
seguindo os dogmas que a mim criei,
tentam destruir o castelo que arquitetei...

Não, de meus valores eu não abro mão.
Junto fortemente os dedos e não deixo vãos;
impeço escorrerem entre eles
os sonhos que me sustentaram...
Não, nada há de vir que me abale.
Calo minha voz e deixo que o silêncio fale...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Reencontro

Entardece...
Pela janela vejo o tempo passar...
Vibrações febris de cores transcendentais,
variações de azuis, violetas angelicais,
a melodia do vento a sussurrar mistérios
vindos do mundo de lá...

A doçura do momento, hipnotizante,
me envolve num encantamento
ao qual me deixo levar...
O amor passa de repente
arrebatando o que vê pela frente,
exalando seu cheiro a inebriar...

Essa insanidade empolgante
me prende, por um instante,
durando a eternidade...
Reencontro-o entre névoas esvoaçantes
e me perco na emoção de seu abraço,
...como antes...
no frenesi de seus beijos,
nosso amor em descompasso.

Escurece...
Não mais enxergo o tempo.
O vento espalha o lamento.
A loucura presa por um fio tênue se arrebenta,
cai, se fragmenta
espatifando a magia da divagação,
o encantamento da imaginação,
velando no silêncio, a ilusão,
que nos leva à felicidade
fracionada pelo tempo,
encerrada pela fatalidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Diario de uma bruxa

... nós dois,

"... nós dois, e
no silêncio nada pode-se ouvir apenas a batida do nosso coração que de tão agitado bate forte e descompassado.
Agora posso ouvir algo mais sua forte respiração, ela camufla a minha, e agora um sussurro, sua voz bem próxima ao meu ouvido... uma palavra de amor, um toque. ! E tudo começou."

Deby N. M.

Foto de Carmen Lúcia

Esse poema...

No instante em que o silêncio nascia,
veio este poema. O espaço preencheu,
na paz que até então, no tempo jazia;
seu infinito, nesta manhã renasceu...

Lá fora, as folhas todas já caíam,
num outono, a cercear todo o tempo,
para eternizar as cores que morriam,
enquanto eram levadas pelo vento...

Em um coração que ainda hoje arde,
o nada preenchia o todo, fragmentado,
nasce este poema. Agora já se faz tarde...

Sem a força do amor, já desencantado,
na madrugada triste, sem seu orvalho,
resta-me este poema, o único agasalho...

_Oswaldo Genofre & Carmen Lúcia_

Foto de Leidiane de Jesus Santos

SILÊNCIO

Eu fiquei tentando encontrar,
Um sinal em seu olhar,
De que ainda havia amor.
Mais o silêncio Se fez mais presente,
Do que as tantas palavras,
Que deveriam Ter sido ditas.
E que foram enterradas,
Pelas nossas escolhas.
Hoje vivemos assombrados,
Pelo que poderia ter sido.
Será covardia nossa,
Será que vale apena sentir tanto medo,
A verdade é que a resposta,
Ficará para sempre escondidas no olhar,
E na triste duvida causada pelo silêncio.

Foto de Carmen Lúcia

Rua do Porto

Rua do Porto...

Reduto dos desencontros,
úmida, sombria e torta,
ancoradouro dos confrontos,
vazia de portas e janelas
onde o silêncio deixa uma fresta
e seu eco recua diante dela.

Rua do Porto...

Lugar de almas atravancadas,
sem calçadas, esburacada,
onde o sol se esqueceu de entrar,
onde a lua jamais vai brilhar
e as manhãs já não querem acordar.

Rua do Porto...

Onde a noite aporta sem lua...
E um tapete umidificado de limbo
mofa a ilusão da chegada e da espera
de transeuntes que passaram por ela
ludibriados buscando quimeras...

Rua do Porto...

Beco onde a vida se infiltra
a procura de um brilho oculto
que lhe passe a ilusão de luar
ou revele nos recônditos dos seus vultos
uma alma de luz a brilhar...

_Carmen Lúcia _

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