Singular

Foto de Felipe Ricardo

Amoreto IV - Obscuridade -

Ah! como pode eu, criatura vulgar e trivial
Brincar nos olhos desta Ondina que assim
Destroi-me na singela e sublime escuridão
Vivente na mais sordida ilusão de uma noite
De Lua Cheia e nuvens pinseladas pelos antigos
Ventos que assim com eles modelo esta minha

"Desvairada insanidade que corrompe e lacera
Mi'alma e assim vejo meu corpo dividido em dois
E logo me pergunto onde esta meu coração?"

Eis que de ti vejo nasscer a ira mortal daquelas
Que sentem e assim brincam com nos, pois agora
Vejo-me preso aos caprichos de ti Ondina, menina
Esta que me destroi e reconstroi a cada louco olhar
Que assim me faz cai, morre, brincar, viver nesta

"Desvairada insanidade que corrompe e lacera
Mi'alma e assim vejo meu corpo dividido em dois
E logo me pergunto onde esta meu coração?"

Agora não sei mais onde estou... Não sei...
Mas em mim nasçe uma primordial inspiração de
Apenas mais uma vez de brincar de ser Deus e desta
Minha singular e dupla essencia tira tu desta condição
Mortal... Ah!... Menina me destrua novamente e de mim
Só fique com o que gosta, pois o resto é obscuro de mais.

Foto de carmencunha

LOVE STORY!

História contada pelo Vento,

História de chamas ardentes,

Historia de momentos

Como estrelas cadentes.

Fazem dos sentimentos

reencontros de almas carentes,

em todas a impossibilidades do tempo

relação singular,um raro brilhante

segue sempre em frente

pelo infinito senhor dos momentos,

permanece na constante ,

afinidade e conhecimento,

tornando-a contagiante,

pois o amor jamais quebrará o encanto

desta História onde a alma se faz permanente....

Foto de Alvaro Sertano

Alvaro Sertano\"DESAGUAR"!

Alvaro Sertano!
Menção honrosa IV concurso
Raimundo Correa de poesias.

DESAGUAR.!

Já se lembra com saudade
todos esses anos;
não se cansa a liberdade!
e o fruto da beleza
renovando seus encantos,
de primor a natureza.
Confortando a tristeza
prá inovação de planos,
como herança de riqueza
ao ouro e a força bruta
e os limites da paixão.
A orla do caminho,
um leito a desaguar.
Nos azes do coringa, o jogo prá vencer
da vida, seu galope; a cota do destino
morte, azar ou sorte.
Sob a luz do sol, do céu!...
Brado a liberdade, devasto amanhecer
aureola cercanias, no brilho dos cristais
solene a percorrer,
quatro cantos da da saudade
lirizando velhos sonhos
num preposto singular.
A ermo no caminho,
anseio desse povo, que é desejo popular.!

Alvaro Sertano
do livro poetas brasileiros 1985

Foto de LuizFalcao

Minha Helena

De Luiz Antônio de Lemos Falcão.

Meus olhos, minhas janelas!
Lá fora a vida punge urgente,
Agita-se,
Segue em frente!
Fora de mim, o farfalhar do arvoredo ao vento,
Traz em murmúrios da natureza, uma melodia singular!
À luz do sol, dançam as flores no vai e vem que a suave brisa conduz,
Exalando os odores primaveris!
Expelem no ar incontáveis, minúsculos grãos de vida; o pólen.
Pétalas multicores e exuberantes tornam plena a íris dos olhos

Meus olhos, minhas janelas!
Atrás deles minha alma sorri.
Felicidade!
Tudo é festa no intenso azul do firmamento.
Pássaros enchem de vida as cópas verdejantes,
Entre galhos retorcidos a vida não brinca;
É palha no bico!...
É palha nos ninhos!...
É palha nos ovos!...
É a vida na palha!...
Doces acordes da primavera!

Meus olhos, minhas janelas!
Expulsam-me para fora,
Puxam-me para dentro da vida que vibra num palpitar veemente;
É brisa que passa por entre os fios dos cabelos,
O dourado dos raios de sol, que vazam as folhas das arvores e
O toque quente dos seus afagos à pele.
Amor! Paixão! Sedução!
O carinho das gotas de chuva de um dia assim.
O desejo de um simples querer;
E assim, eu saio de mim.
E de mim, a tristeza alça seu vôo pelas janelas,
Olhos da minha alma.

Meus olhos, minhas janelas!
Diante deles a primavera!
O colibri!
O raio de sol!
A chuva serôdia!
A amiga minha!
A Minha Helena!

Foto de Leonilson Veras

Selva de Pétalas

Ó linda, bela e doce luz,
tão linda quão a luz do sol!
Talvez cultive em mim um girassol
que condenado esteja a ir pra cruz.

Garota de livre e suave olhar
tua face ressalta singular beleza.
Tocar-te é um sonho afastado, ou não, da natureza
que retoma o desejo de em ti pensar.

Os teus lábios me levam a meditar
Teu sorriso entoa divina melodia
Minha mente te procura, como a noite busca ao dia
e sinto na boca o desejo de beijar.

Mas agora chega!
Chega de rimas,
chega de céu,
chega de mar
chega de rosas!
Chega de sofrer sem aparente motivo!

Vês! A aula acabou!
ninguém indagou sobre teu dia!
Ninguém!

Mas não será o amor o derradeiro motivo?
então eu quero sofrer,
eu quero amar
e quero rimar.

Quero fazer da solidão uma saudade,
supérflua saudade
que me batia como se fosse eu lixo
e me xingava como se fosse eu fútil
que me ingeria como se fosse eu bixo
e me beijava como se fosse útil

Que agora destroça meu corpo
sem a mínima e absurda gentileza
E que esquarteja minha alma
como um animal
ou um predador que devora sua presa.

Preciso me despir
de toda e qualquer norma
de completa e total insegurança
Tal receio me desarma e põe-me em xeque
Preciso tocar teu nome
de qualquer forma

Como vai, Odete?

Foto de Carmen Vervloet

Missa de Domingo

Missa de Domingo

Um anjo fugiu para o céu
Ou foi os sinos tocar?

As janelas cinza e rosa
Abrindo-se de par em par
Na igrejinha antiga
Do meu pequenino lugar...
Ouço a mesma cantiga
De um povo singular.
Vou desenhando rostos do passado,
Sempre acordado!
O verde, as rosas se abrindo,
Olhos inesquecíveis sorrindo,
O sabiá a cantar...
O Padre a rezar
“Pai nosso que estás no céu”...
Meu vestido de domingo
E os sinos a tocar
Blém... blém... blém... blém... blém... blém...
Minhas lembranças seguindo
O eco familiar!

Blém... blém... blém... blém... blém... blém...

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora

Foto de Carmen Vervloet

No Rastro do Amor

No Rastro do Amor

Desisti das escolhas conscientes.
Tanto errei
buscando fazer a escolha certa,
minha miopia
não me deixava enxergar
lá estava eu mais uma vez
a errar.

Hoje vou seguindo, com coragem,
meu caminho com os olhos fechados...
Agora só quem fala é a intuição...
Meus olhos querem perseguir a razão,
mas decidi que só sigo o coração.

Ouso o plural,
já não me basta o singular!
Quero água cristalina
nascendo da fonte do amor,
quero beber dessa água,
banhar-me nela,
purificar-me nela!
Regar as flores do campo
para que nasçam depuradas.
Quero ofertar essas flores
junto à compreensão, igualdade,
carinho, amizade, fraternidade
aos amigos e desafetos.

E assim deixando falar o coração
tenho a plena sensação
de que este é o caminho
onde posso ir e vir livremente
em paz, sem medo,
no rastro do amor!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de J.

Futuro?

Com todo esse fogo que queima meu corpo
Me arrebata e leva à você
Eu danço, canto, vibro de paixão
Com sede de ar.
Sou sua e somente sua...
Brindo aos nossos beijos
Declamo nossas juras
Sussurro nossas promessas
Folhas verdes da primavera
O cheiro do mato nos excita
Assim nos amamos
Entre uvas, madeiras, músicas
Essa festa se mistura à natureza
De nossos corpos
Somos um entre muitos
Dois seres unidos por uma força maior
E indissolúvel
Nos encontramos por acaso
O acaso nos mantém...
E agora construímos uma história
Única e singular
O futuro?
Prefiro não pensar nisso...

J.

Foto de Jeff.YM

se de todas minhas palavras depende meu julgamento, então me levem logo daqui, não ousarei me defender...

"Ah, sim, eu lembro de você me dizendo "oi". Aquela sua maneira singular de me contagiar com o seu humor, fosse ele alegre, o que me deixava satisfeito, ou melancólico, que me impusera a sensação de impotência por diversas vezes. Você vinha devagar, com seu jeito brutalmente doce, duplamente marcante. Não era fácil manter o ritmo, sua exuviabilidade era algo que me matava, dentre tantas outras coisas. Eram momentos tão únicos, tão cheios de amizade sincera, de carinho mútuo; eu sinceramente não posso e não consigo acreditar que nada tenha feito diferença pra você, e que tenha esquecido de tudo tão rápido assim.
Será possível que eu me enganei tanto? Como fui ingênuo, como não fui capaz de perceber que só o que você queria era me testar? Ver até onde eu poderia ir. A única e quase insignificante lembrança que consegue em raros momentos de desespero aliviar a dor do meu remorso é pensar que eu te amei de verdade, e que talvez bem lá no fundo você percebe isso e pode se lamentar às vezes; essa é uma das pouquíssimas coisas que me dá um sopro de sobrevivência. Ouvir você no fim do dia me perguntando "como você está?" era algo que não tinha explicação, nesses momentos eu quase podia lhe sentir, eu sabia que tinha importância, eu sabia que na sua voz linda e também sonolenta, havia um carinho além do comum, fosse verdadeiro ou não.
A vida prega-nos peças que são impossíveis de prever. Jamais passou pela minha cabeça, no momento memorável que estivera passando, que um dia não mais teria a pessoa a que me dediquei tanto; isso era uma possibilidade absolutamente remota. Até quando? Bem, isso somente eu e você podemos responder, infelizmente. Coisas e fatos perambulam nossa caminhada, disso não podemos nos livrar. Porém, fica uma questão pendente a todos que ousam não concordar com o que o destino lhes impõe: "Por que tem de ser assim?". Confesso que esta pergunta foi e ainda é a que mais prevalece nos meus pensamentos, ela é propulsora para conveniências do meu cotidiano que não deveriam ser perturbadas por assuntos tão mesquinhos.
Lamento, hoje não posso fazer mais nada. Você teve sua chance, ou melhor, fez da única oportunidade que teve a chave para encerrar de vez nosso relacionamento (abstrato?) de uma vez por todas sem ter com o que se preocupar, no seu ponto de vista. O que fica claro é o fato de que eu tentei, e a não ser que você tenha o despeito de negar isto, eu fui o precursor de todos os momentos bons que tivemos, caso contrário eu só teria sofrido se coubesse a você manter a amizade e exclusivamente a mim aderir a seus conceitos.
Como todo ser humano normal que tem fé, espero que um dia você veja o que fez, e se arrependa disso. É óbvio, já será tarde, muito mais tarde do que com certeza vai parecer pra você, mas essa será a prova de que dentro de você existe aquela pessoa que eu conheci ao acaso, no meio de várias outras palavras... e aqui, dentre outras, eu deixo expresso o quanto eu te amei..."

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Tudo ou Nada

Caminhei do nada até o tudo
De tudo não tenho nada
Do nada, tenho tudo.
Minhas medidas..meu equilíbrio

Do nada, emerge tudo
Abstrato, singular
Nada mudou...Tudo no lugar
Nada feito. Tudo desfeito

Nada é nostálgico...Tudo é sonho
Tudo agora, nada depois
O nada é fosco
O tudo cintilante

No meio do nada, tudo
E hoje, tudo é nada
Mas sem o nada
Tudo é ilusão!

Sem nada dizer, tudo eu digo
Sou nada, sou tudo
Olhar no meio do nada
Olhar que me diz tudo

Sou metade de nada
Sou metade de tudo
Nada é certo
Tudo é possivel

Nada passa. Tudo fica
Nada sei. Tudo aprendo
Onde não tinha nada
Encontrei tudo!

Páginas

Subscrever Singular

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma