Enquanto me desfazes no cinzeiro do teu ser,
Eu acordo, lavo a cara, olho-me ao espelho e saio.
No caminho da minha vida,
Deixo cair uma lágrima,
Suave, fresca e sincera.
Queria sentir-te enquanto dormias.
Queria saber destinguir-te por entre a mágoa e a dor.
Hoje sou só eu.
Sem fábulas espantosas como outrora.
Com uma mente brilhante presa a uma alma estragada,
Deitada num qualquer cinzeiro público.
Esquecida, estropiada e novamente esquecida.
Sou um homem que chora baixinho.
Sou um sentimento disperso.
Sou uma caixa de música bonita oferecida no dia dos namorados.
Sou uma data qualquer.
Sou o mundo todo e, por isso, não sou nada.
A minha dor é desprezível
Como um produto caríssimo no supermercado.
A minha dor é melancólica
Como uma canção de Yann Tiersen num deserto.
A minha dor é velha
Como o vinho que o meu pai guardava em casa.
Faço parte de tudo o que ouves.
Faço parte de tudo o que sentes.
Faço parte de tudo o que dizes
Sem pertencer a nada mais que aquilo que é meu,
E por isso não faço parte de nada teu.
Sinto-me tão baixo que até toda esta escrita me mete tédio,
Escrita que deveria fazer-me bem, não espelhar o tédio desta situação.
Sinto-me como um copo partido,
Caído num qualquer mata-sede,
Caído pelas tuas mãos.
Hoje trago o tédio no bolso da camisa que me ofereceste
E vou matando-o como um cigarro.
Vou fumando-o.
Fumando-o e desfazendo-o no mesmo cinzeiro público,
Onde despejaste o meu ser e todas as palmas que te dava.
Vou fumando-o enquanto houver para fumar
Ou enquanto o divino me der vida para continuar a fazê-lo.
Vou fazendo isto tudo com um toque pessoal.
Amanhã acordo, lavo a cara, olho-me ao espelho e saio.
E continuarei a fazer o mesmo, todos os dias.
Porque não sei fazer outra coisa
E sinto-te demasiado para conseguir deixar de te sentir.
“Respondi às perguntas e às dúvidas com o tempo, ninguém me explicou o que passei, ninguém percebeu, acho, tenho a certeza que o meu pai ainda espera que um dia chegue a casa com uma mulher como tu pela mão, numa obrigação de filho, obediente, como quando lhe mostrava os deveres da escola depois de jantar.” (…)
Hoje me vejo vivendo momento realmente especial,
descobrindo que amar vale a pena,
e que a vida pode ser verdadeiramente feliz,
quero viver este sentimento bonito,
e ter a certeza que fomos feitos um para o outro
porque de tudo que descobri ao seu lado,
o que me deixa mais feliz e completa,
é o fato de poder compartilhar com você parte do que sou
e tudo que sinto,
estamos procurando juntos um caminho,
para seguir e podemos acreditar que tudo será maravilhoso,
mas uma coisa você pode ter sempre certeza,
qualquer que seja a situação,
em todos os momentos
estarei sempre ao seu lado,
Outrora te conhecer
Foi mergulhar em um mar de felicidade;
Mas, as ações sempre preconizaram,
E, antevia um único objetivo, a presa!
Que por sua vez, aparentava apenas ser incauta,
Mas, sempre alerta, discreta!
Apesar de viver em deleite,
Nem sempre a vantagem é do predador,
E, muitas vezes, a inocência aliada à inteligência,
Prevalece sobre o maior dos instintos, caçador!
A verdade é que fostes a dama do meu recente desequilíbrio...
É triste quando a situação se inverte,
E o predador vira presa.
Agora nem devaneios, nem mesmo exageros,
Apenas alma carente; contida!
Não há mais volta, o passo foi dado à beira do precipício.
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Nailde Barreto.
25/02/2011
(delicadamente escrito por um amigo- A.S - exclusivamente para postagem no poemas de amor).
O amor é um problema crônico.
Sempre existe um comentário malicioso por detrás das câmeras. Sempre existe uma vida oculta nas cozinhas dos restaurantes. Sim, os cochichos das coxias, os bastidores das igrejas neo-pentescostais que vendem cocaína, as maquiagens de bancos que saem com água e sabão.
Mais que um problema, o amor é um entrave aos mais esclarecidos.
O amor possui entrelinhas que só os mais inocentes podem captar. As crianças que se adaptam ao mundo normal são concebidas ao som de pagode e morrem ao som de ambulâncias. Como achar lirísmo nessa situação tão simplória? Só o amor sabe explicar.
Existe um lado oculto nos seres humanos que há tempos não se pronuncia abertamente.
O lado bom.