Sol

Foto de Phenix

Mais uma vez vejo o sol se pôr.

Mas uma vez vejo o sol se por
O laranja se misturando com o azul do céu
No horizonte posso ouvir o chiado da água quando o Sol a toca
Sinto o gosto do sal na pele e posso sentir o cheiro da chuva se esvaindo
Vejo toda essa calmaria, meus pensamentos me perturbam
E eu sinto que estou mais longe de mim

Mas o tempo nos rouba muito tempo
E se dermos um tempo as primaveras passam
E então vemos um novo dia nascer
Navego em um mar turbulento onde não há água
Penso no tempo que passamos juntos contando as estrelas e descobrindo outras novas

Não posso dizer mais aquelas palavras
O tempo é relativo, como posso estar livre se meu coração continua preso?
Mas vou para longe voar como os pássaros e tentar novas coisas
Enquanto as pétalas das rosas continuam caindo
E depois que todas caírem tudo acabará
E encontrarei a verdadeira liberdade

A liberdade que experimento quando ainda sou dono dos meus pensamentos
Quando ainda tenho o controle de minhas ações
Quando não posso mais andar sem tropeçar nas idéias que rodam a minha mente e que escorrem entre meus dedos

Estou magoado,mas não estou morto
Eu me deito e sangro um pouco
Então eu vou me levantar e lutar novamente
Para que as pétalas das rosas caiam mais depressa
E finalmente eu encontre a verdadeira liberdade.

Foto de solangemota

Estrella

Se encontrares o meu amor
Diga que estou perdida
Desde a sua partida
Sem o seu calor

Era o meu brilho de sol
Minha noite de luar
Para minha estrada o farol
Não sei como me guiar

Não sei viver sem ele
Sua música me embalava
Só sinto o perfume dele
Só dormia quando me amava

Minha estrella a brilhar
Enfeitava o firmamento
Continuo a te amar
Sua ausência é um tormento

Foto de nowmoon

"Vazio"

*
*
*
*
Esqueço o sol,
Sinto-me nua…
Finjo que sou,
Tento ser,
Não sei ser,
Como ser?
Abraço o frio,
Aqueço-me com o vento,
Tento viver,
Finjo não me importar,
Esqueço porque estou…
Visto-me de mim,
Sem nada de mim,
Com nada de mim….
Afogo-me na água que por mim desce,
Penetro a solidão e imagino-te…
Não sei o porque,
Não sei o quando,
Não sei como,
Sei que aqui estou,
Aqui te espero,
Sem certezas do meu espaço,
Da minha vida,
Espero!
Como barco que deriva no mar,
Velas pintadas como telas de carvão,
Pintado enquanto se come pão,
Porque são,
Espaços vazios onde não entra devoção,
Devoro as horas,
Entro em pressão….

Foto de Miguel Vieira

Poemas diários

Miguel Vieira

“Traz no peito a tristeza mórbida dos poetas malditos e lança a última maldição: O suicídio irreal que é a vida na sua mais absoluta crueldade”.

VÍCIUS*

Sonhei desertos dos sorrisos fáceis
Majestosamente pus minha solidão
No espelho do quarto escuro
Reluzia um espírito triste

Avesso a afetos e alegrias
Subitamente e, de estranho fato
Aproximei-me da luz de cores claras
Igual a mim, antes do contágio pela cor!

Fiz-me inerme, soluços e desejos
De quem procura mesmo que na memória
Fragmentos de uma alegria para sempre

Dispersa em sombras, desfiz os sonhos
Para não acordar ao pasmoso destino próprio
Dos que sofrem misteriosa dor.

*em homenagem a Vinícius de Moraes

Miguel Vieira

SOL NEGRO

Um dia eu tenho que pagar por tudo que devo
O dinheiro, o amor, a dor, o tédio e a solidão
A loucura, a depressão...
Os dias de sol negro e a angustia dos que vivem
A verdade e o medo da mediocridade
Os sonhos e a total falta de esperança
A lascívia de quem já passou em minha cama
A morte e a escuridão da vida
A fé e toda a idéia maldita
O poder e a necessidade de nos tornarmos livres
Ser mesmo que invisivelmente forte, colher cada
Pedaço de carne de nossos próprios corpos que
Talvez sobre, voar mesmo que tarde , gritar
Seu nome quem sabe um dia se pode
Criar versos na miséria que nos cobre
Ejacular nas suas vísceras apodrecidas
Toda maldição que você suporte
Dizer que sou livre e estou farto de pedir
O pão, compaixão e seu perdão.

Miguel Vieira

TRUST ME II

Estou tão triste, baby.
Que chego a pensar,
Em tudo que já passou,
E na memória um grito de amor,
Simbolicamente delírio em paixão,
Loucuras e saudades
De um eterno abandono
Isso é o meu amor
Você nem imagina, baby.
Toda essa dor no peito,
Ontem, chorei...
Pedindo socorro,
Beija-me, baby,
Salva-me...
Não suporto mais os dias,
Por favor, resgate-me!
Mostre o lado claro da vida,
Com seu amor é possível, baby.
Só seu amor é capaz,
De curar minhas chagas
Nesse longo dia há um paraíso distante,
Feito para nós, baby.
As flores têm seu cheiro,
E cada amanhecer é de puro amor.
Sou louco por seus olhos
Agora eu tenho paz
Ajude-me
Ame-me, baby.

Miguel Vieira

FULGAZ

O que sou afinal?
Sou apenas
Vestígios!
De toda
Afirmação humana
Choro
E morro
Ao entardecer...
Se toda minha poesia
Coubesse em meu
Sofrimento
Talvez de fato
Seria poeta
E, não essa carne
Podre
Que insiste
em estar
de pé.
Gostaria de sorrir
Mas a dor é maior
Maior angústia
Maior que o amor!!!
Pois sendo assim
Não cabe a mim
A alegria,
Mas a demasia
De ser infeliz.

Miguel Vieira

ATRIZ DE FILME PORNÔ

Minha alma é negra
Como é negro o meu olhar
Como são negros
Os meus sentimentos.
Já que não tenho coragem
De botar uma bala
Na minha cabeça...
Deixe o colesterol
Tomar toda artéria!!!
Sou suicida indeciso
Poeta maldito...
Homem frustrado!
Praguejei à vida
Sorri para à morte
Abracei o tédio
E, cuspi na sorte!!!

Miguel Vieira

DEMÔNIO DA TANZÂNIA

Lágrimas de cicatrização
Em conteúdo utópico, ilusório
Quase... solidão
Procuro o êxtase
Dos dias mais brilhantes
Talvez, seja algo de incorreto
Do cérebro
O meu coração
É apenas uma bomba
De sangue sem valor
Vivo toda essa dor!!!
Sinto frio
Saudades dos dias de sol
O que devo encontrar
Arco-íris?
Ou sombras
De presente cruel?
Gosto de estar só.
Sozinho, solitário, solidão!
Que minha doença mental
Não progrida
Já basta pensar
Ser... poeta!

Miguel Vieira

SUAVE MOMENTO

Imagino eu,
Em nova orleans
Pairando em cada casa,
O seu canto!
Até parece que já estive lá,
Será que eu pertenço a esse tempo,
Talvez seja apenas um sobrevivente
Que não sente mais o tempo passar
Estou aqui repetindo todas essas retóricas
Lembrando do passado e fico triste
Com esse som que inunda a alma e a vida.
Frases soltas de um louco suicida
Que quer apenas mais um dia
Ame-me com furor
Capaz de derreter o sol
Com força e suavidade
Dos que vêem na sua própria retina
Toda maravilha que senti
E não importa as lágrimas
Também sou parte e criador
De todos esses mistérios.

Miguel Vieira

NOSSA LINGUA

Não acredito mais no amor
Ou é não creio?
Não sei
Só sei que ignorei
Regras simples do saber amar
Não só dizer do amor
Mas do sentir
Sentir cor, dor e calor
Sentir seus beijos
E ainda assim não sentir
Disfarçando o sentimento
Que seu ser representa
Uma fortaleza...
Na imensidão do mar vazio que sou.
Ouço os pássaros á cantar
Igual aos versos portugueses
Que sua boca pronuncia
De amores e solidão.
Canto os versos de nossa mãe: A língua!
Único elo do amor desconhecido
Não só por mim
Sangro, sangue liso
por que é de mim a essência
e de ti esse amor.

Miguel Vieira

ABRIU-SE

Primeiras horas do outono
Planto milho ao cair chuva,
Na ilusão da colheita,
Nesse desafio constante pela vida,
Pensamentos e sonhos,
Chocam-se em minha mente,
Já não sei se é calor ou frio? !
Se é censura ou punição?!
Sei que é estação do mês de abril!
Uma voz canta dentro de mim,
Melodias já ouvidas,
Sentidas em todas partes,
Mesmo em caminhos distantes,
Camuflam cores e vícios
Sons e saudades em pleno mês de abril!
Sinto o verde do mato
Enxergo o cheiro da terra
Bebo o doce do mar
Choro as lagrimas do vento
Sim, faz calor no mês de abril!
Canto estradas errantes,
De destino próprio das causas perdidas.
O mar evapora gotas de azul anil
O rio recebe gotas de amarelos cintilantes.
E, eu? Contemplo tudo isso
Nos meus poucos meses de abril!!!

Miguel Vieira

TIME OF DAY

A incerteza...
Mãe de todos os medos!
Senhora das dúvidas,
Irmã do sofrimento;
Capaz de chorar
O mais forte dos homens
E lamentar o covarde em soluços...
Diante de ti,
O limite transforma-se em sonhos,
Em ecos...
Sombras do passado,
Reprise do presente,
Incapaz este de viver plenamente,
O mais simples dos dias.
Grita bem baixinho,
Seu lamento,
Não desperte as ninfas do impossível,
Não seria bom,
Acorda nas frustrações do desejo,
Melhor caminhar,
Tranqüilamente pelo vento,
Abrindo as asas lindamente,
Bebendo silenciosamente os seus beijos,
Disfarçando misteriosamente com o tempo...

Miguel Vieira

RUA ÁGUAS BELAS, 12

Andei pelas ruas
De minha infância
O sentimento de solidão
E abandono voltou
Em saber que antes pisei
O chão de terra da época
De inocência
E hoje, velho
Relembro o passado e o
Presente
Procurei nos rostos o
Reconhecimento, só havia
Estranhos, separados de
Mim pelo tempo.

Miguel Vieira

A BELEZA

Ao poetas sonham
E em seus sonhos
Buscam enigmas
Que antes acreditavam
Ser pesadelos.
Alimento pequenas ilusões
Pois é necessário tê-las,
Antes do homem
Sonhar com o universo...
Pensou primeiro em
Sua mediocridade
E para compensar
Suas frustrações
Imaginou ser grande!
Ser belo.

Miguel Vieira

Poeta : Miguel Vieira
E-mail: mvsprofessor@hotmail.com

Foto de Paulo Gondim

Enamorado

Enamorado
Paulo Gondim
18/10/2010

O tempo não passa para quem ama
Ele nem existe.
A não ser pela ausência da pessoa amada
Aí, o tempo é impiedoso, lento, infinito...
É aí que a vida se torna quase nada

Mas os dias de chuva se tornam claros
E o sol brilha com seus raios dourados
Quando se tem ao lado o aconchego do sonho
Entre abraços e beijos tão esperados

É assim que se desafia o tempo
Quando se tem o amor sempre ao lado
Todos os conflitos se resolvem
Na paz de um casal enamorado

Foto de Ayslan

Sonho que será sempre sonhado

Existem momentos, sensações que não há palavras que descreva.
Pensei isso é um sonho.
Meus olhos estavam abertos por que estava vendo você mais não parecia real ate meu corpo não tinha controle, sim isso é um sonho daqueles que não podemos nos mover minhas pernas não conseguia senti-las você estava ali eu tentei te abraçar mais meus braços moviam-se devagar o relógio parecia esta parado de tão lento à noite estava apenas começando podia se notar através do luar que nesta noite parecia-se estar nos observar. Meu coração descontrolado temia tudo isso ser um sonho curto e mal contado.
Lá estava você dormindo juntinha de me em sua face um sorriso a fazia brilhar não conseguia te olhar sem desejar te beijar mais se fosse um sonho esse beijo iria me acorda. Não quero acordar... Não quero. Em um satisfeito espreguiçar senti seu braço sobre meu peito meu coração iria rebentar meu peito o sangue corria agora por todo meu corpo me fazendo respirar percebi que já podia mover-se mais agora eu sei que não é um sonho por que em sonho não sentimos o gosto das lagrimas e não quero mais sair, correr quero ficar aqui jutinho de você... Tenho medo de te acorda e seu sonho nesta noite acabar, mas cedo ou tarde o sol irá nascer e esta noite vivida mágica, eterna em nossos corações será um verdadeiro sonho onde versos, poemas, canções não poderão contar... Meu amor a sonhos que mesmo vividos serão sempre sonhados.
Nesta noite não direi eu te amo para partir e sim para te acordar “Eu te amo”

Para: Priscila

Foto de Joaninhavoa

Ninhos

*
Ninhos
*

«.... Eles não sabem nem pensam saber
do ponto e da vírgula e do ponto final
da Lua castelos do Sol rios de sal
das margens flocos de nuvens a fazer...
ninhos d`amor.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
17/10/2010

Foto de Arnault L. D.

Adeus de um anjo

Não existe mais por quem ficar,
a vagar sem motivo sequer.
Se o céu me pede para voltar
deste mundo que não mais me quer.

Vou abrir as asas e largar...
Ser levado, sem lágrima alguma
a me perder em algum lugar
onde até a lembrança suma.

Voltarei a distância, nula,
de morrer o que me faz lembrar.
Sangrar lágrimas e medula
neste sol que irá me incinerar.

Vou fazer o adeus sem dizer
e chorar no vácuo de ninguém ver.
Como as lendas que para morrer
basta apenas se esquecer.

Partido ao léu, partir em asa
no tempo que irá desbotar...
Nesta noite que me abrasa
enquanto tudo some no ar.

Desisto ao vento que tome,
que some ao perdido sonhar
um anjo triste, sem nome,
que não pode mais ficar.

Foto de Carmen Lúcia

A última vez...

A última vez ninguém esquece,
São momentos gravados na alma
À primeira vista, inconseqüentes,
Mas tão permanentes, persistentes,
A nos perseguir eternamente
E nunca fugir de nossa mente...
O último encontro, o último beijo,
Mais marcante que o primeiro...
Os últimos passos que ainda ecoam
Pelas esquinas e ruas; a amargura,
Após o adeus, da dor que perdura
A dor de não ver, não ter outra vez
Não sentir...Lágrimas e insensatez...
O último olhar, que nos faz gelar,
A última carícia, o último toque,
A última emoção, a mais forte...
Triste sensação de perda, de vazio,
Sentir a solidão, o inverno mais frio...
Assim como ver o último pôr-do-sol,
Ouvindo seu último suspiro.

Carmen Lúcia

Foto de Carmen Vervloet

NOVO AMANHÃ

O ouro da aurora tão puro
Surgindo do espaço sideral
derrete um sentimento tão denso e duro
neste meu pranto torrencial.

Minha alma sombria evoca tédio mortal
Nas reticências de um lamento
Qual pássaro que emudeceu no beiral
Mas o sol põe um ponto final neste tormento

Meu eu profeta surge no compasso do verso
E cerca-se de ondas de inspiração
Capta os sinais sutis do universo
Com os olhos videntes do coração

Traz-me prenúncios de um novo destino
Pintado de sonhos cor de rosa
E neste meu desvelo repentino
Desabrocho qual delicada rosa.

E flor... espalho meu perfume
Nas sombras móveis do jardim
E faço da minha alegria um lume
Nas nuances de minhas pétalas carmins.

Carmen Vervloet

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