Sol

Foto de Marilene Anacleto

Primeiro Pensamento

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Quando as estrelas se rendem ao brilho do sol,
Tu és meu primeiro pensamento do dia.
Permaneces pulsando em minha Alma,
Trazes luz e esperança a minha vida.

És meu primeiro pensamento da noite.
Enquanto douram-se as folhagens e os telhados,
E o céu sangra-se de sol em suas nuvens
És a luz que aplaca os meus cansaços.

O vento fresco comanda as folhas em seu balé.
Do outro lado, a lua se eleva e empodera a memória,
A Alma se extasia de sorrisos e falas,
Noite adentro, as imagens se transformam.

És pensamento, és as imagens e as falas
Que acalentam o corpo de lembranças,
Que perpassam o tempo e o espaço
Na fluidez e singeleza da criança.

Noite adentro, dia afora ...
Saudade, sentimento mágico.
Traz de volta o que se disse e o que se fez.
Alegre e serena, vivo tudo outra vez.

Marilene Anacleto

Foto de P.H.Rodrigues

Semente do luar

Os olhos que expressam
e demonstram , a água corre
o ar traz aromas que afetam

Em meio a noite o luar
que clareia feito sol de meio dia
ilumina os olhos, te faz pensar

Um velho homem que um dia dizia
ser infinita a virtude da vida
que mesmo quando ignorada ou deixada de lado
não para de crescer

A semente, árvore se torna
e se põe a florescer
As pétalas voam, a forma transtorna
toma forma, faz imagem, faz querer
deixa a imaginar, as pétalas se põe a voar.

Foto de Paulo Gondim

Uma trova de amor

Uma trova de amor
Paulo Gondim
12/04/2011

Ah, como é belo esse sonho novo!
Essa nova andança, que me faz criança
Te vejo sorrindo e diz que me quer
No seu jeito menina, com ar de mulher

E nessa aventura, a nova esperança
Que se descortina bem à minha frente
Trazendo um sorriso puro, incandescente
Como raio de luz ali, no poente
Que o sol, sem querer, deixou por lembrança

Ah, esse seu sorriso que se faz em festa!
Como a alvorada, com a passarada
Que se faz cantar
Que me trás a calma, que me enche a alma
Com sua beleza, seu jeito de olhar

Ah, como te amo... um amor sem fim!
Tão puro, tão calmo, um amor assim
Que me faz querido, que me dá sentido
O sentido da vida que volta pra mim

Que nunca termine, esse amor amigo
Que nasce contigo e vive comigo
Que chegue ao infinito, que vá muito além
Que transcenda as nuvens
E que chegue ao céu
Que se faça em trovas
Envoltas em véu
Que se cante em salmos
Como menestrel

Foto de Marilene Anacleto

Mente que Mente

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A água do mar, sangrenta,
Ao pôr-do-sol incandescente,
E nuvens de ouro bordadas
Suspendem no ar a gente,
Que se dá o direito de olhá-la.

Feito névoa luminosa,
Surgem figuras formosas,
Ora visíveis, ora nebulosas.

Enquanto a luz artificial
Disputa poder com a luz natural,
Cristas enfumaçadas estalam.

Nossos fantasmas vêm à tona:
Medo, solidão, desfeitos sonhos,
Escondidos por anos e anos.

Conseguir amar o invisível,
Transforma tudo em sonho possível
E a noite nos traz novo ânimo.

Em borbulhas, o sol se torna.
E se desfaz, e muda de forma,
No mar se espelha, no mar se entorna.

Os animais todos já se acomodam;
Alguns humanos, só então, saem das tocas:
Procuram, na noite, o que o dia não lhes mostra.

Calados à beira do mar,
Sentados às mesas dos bares,
Buscam sua verdadeira alma.

Mas, os fantasmas riem e viram gente
Nos copos, nas roupas, nos falsos sorrisos
Da rica e poderosa mente que mente.

Marilene Anacleto

Foto de MilEumaNoites

Cabelos de ouro... de ouro do sol

Teus lábios rubros tiram minha razão. Teus cabelos dourados do sol me enlaçam, me puxam para ti... e tudo o que sobra é um turbilhão de desejo e sentimentos. Já perdi as contas de quantas vezes me peguei pensando em ti hoje. Tudo que quero é te encontrar de novo, passar minha mão de leve no teu corpo nú, e ver teu sorriso alvo sussurrando loucuras que fazem todo sentido.
E quantas saudades meu ouvido tem de ouvi-las, saindo da tua boca delicada com aquela voz meiga - que você só você sabe fazer - de menina frágil, que só pede proteção e carinho.

Foto de betimartins

Quem me dera...

Quem me dera...

Quem me dera ser anjo
Pegar em ti e levar
Nas minhas asas
Passear pelo céu...

Quem me dera que fosses
A chuva que cai na terra
Matando a sede e regar
Toda a vida que aqui vive...

Quem me dera que fosses
O lindo Sol no céu
Cobrires com os teus raios
E aqueceres a minha alma...

Quem me dera que fosses
A noite que desce na terra
Com todo o seu mistério
Contares os teus segredos...

Quem me dera que fosses
O belo amanhecer
No teu leito eu acordar
Da noite que juntos passamos...

Quem me dera que fosses mar
Nas tuas ondas embalasses
No teu belo refrescar
Cantasse uma canção de amor...

Quem me dera ser uma bela flor
Que as tuas mãos cortassem
A levasses contigo para casa
E pudesses inspirar o meu perfume...

Quem me dera ser o amor
Para estar juntinho do teu coração
Sentir ele e vibrar e suspirar
Por mim até a eternidade...

Betimartins

Foto de Carmen Lúcia

Ao entardecer...

O vento entoava sua canção,
às vezes suave,
balançando as folhas do trigal
que encenavam clássico bailado.
Por outras... rústica,
em ato de rebeldia
fazendo espatifar-se no ar, a poesia...
E as rimas se entrelaçarem pelo lusco-fusco,
chocando-se com as cores do crepúsculo.
E o verde-dourado-trigal, outrora angelical,
mudava seu tom, sua graduação,
transformando-se num camaleão.

Era o entardecer em rebelião
negando-se a dar passagem à noite...
Revoltando-se ante a escuridão
ameaçadora, extirpadora da empolgação,
agarrando-se aos últimos lampejos de sol,
tentando inibir a ida do arrebol.

Esquecera-se da luz da lua
que traz o prata, beleza nua,
das estrelas cintilantes
que inspiram os amantes...
Da alma que se acalma
e se entrega a essa paz,
quando a noite traz o luar
e os pisca-piscas a estrelar...

E o trigal, quando anoitece,
cala, emudece...Silenciosa prece.
Exerce seu mais inusitado gesto.
Reverencia o fim do dia
curvando-se até o chão.
Coreografia única, ato final.
E aguarda a manhã,
com sua luz matinal!

(Carmen Lúcia)

Foto de Lorenzo

Meu Violão

O copo do lado do corpo molhado
A brisa mais parecendo brasa
Outro universo distante e distinto
Depois do inverno é o inferno onde vivo

E ela esquece que mais aquece
Com um mero toque ou retoque no repente
E cabelos dançando no ar que eu perco
Quando ela mergulha no mar e na minha mente

E a noite meu violão toca sem dó
Quando a vejo sair de si
Depois que se vai o sol
Sinto o beijo dela em mi(m)

Com calma ou sem alma
Pra ela faço escrevo canções
Por ela canto em mil cantos
Sobre corações sem orações

Lorenzo Petillo.

Foto de Paulo Gondim

Minha Terra - Cordel

Quadra de Paulo Gondim
Glosa, em décimas, do próprio autor
(Ceará, estado do nordeste do Brasil, de onde provém o autor)

MINHA TERRA
Paulo Gondim
04/02/2008

QUADRA:

Minha terra tão querida
A quem sempre vou amar
Que deixei, mas voltarei
Ao meu lindo Ceará

GLOSA

Eu vivo longe da terra
Mas não é por opção
É de cortar coração
Viver nessa longa espera
Mas eu sei, ai quem me dera
Ver minh’alma agradecida
Na terra encontrar guarida
Quando um dia lá voltar
E nela poder falar
MINHA TERRA TÃO QUERIDA

Mas um dia eu voltarei
Trago cá em minha mente
Essa certeza latente
De ver tudo o que deixei
E as pessoas que amei
Que deixei a me esperar
Na certa vou encontrar
No meu lugar tão querido
Que nunca foi esquecido
A QUEM SEMPRE VOU AMAR

Quando lá chegar um dia
Essa angústia vai ter fim
O sol nascerá pra mim
Terá fim essa agonia
Que já me faz companhia
Nas terras por onde andei
Desde que de lá cheguei
Por isso quero matar
A saudade do lugar
QUE DEIXEI, MAS VOLTAERI

Esse meu lugar tão quente
Que há muito tempo não vejo
Desperta em mim o desejo
De lhe mandar um presente
No meu verso mais ardente
No meu jeito de falar
No meu singelo cantar
Em motes tão desconexos
Mas eu dedico esses versos
AO MEU LINDO CEARÁ!

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Publicado no site ECOS DA POESIA
http://ecosdapoesia.net/crestomatia/minha_terra_index.htm
Como participação, a convite, na ciranda MINHA TERRA, em décimas, quadra e glosa, de iniciativa do poeta português ARMANDO FIGUEIREDO.

Visite-nos!

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=28692#ixzz1J8R05400
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

Foto de Carmen Lúcia

Saber viver

Quero ver o sol sorrindo
abrir-se em raios amarelo-ouro
a circundar-me a luz de sua auréola
acariciando a alma, me aquecendo a pele.

Quero ver de perto a primavera
após a despedida do frio do inverno,
pra avaliar e apreciar o belo
e com ele, estabelecer um elo.

Quero banhos de cachoeira
sentindo o impacto de suas águas brancas
a energizar meu corpo, fazê-lo de remanso
e da mansidão da paz, eterna companheira.

Ver nas tardes lânguidas de outono,
folhas caindo; alimentar meus sonhos
de imagens ricas que vão se formando
e quando concretizados, pensar que estou sonhando.

Quero andar de bem com a vida,
em harmonia com o ontem, hoje e amanhã...
fazer da dor uma aliada, não uma vilã;
despir-me de rancores, vestir todos amores.

_Carmen Lúcia_

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