Sono

Foto de Cecília Santos

EM TODAS AS NOTAS, EM TODOS OS TONS

EM TODAS AS NOTAS... EM TODOS OS TONS
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Música ...
Que invade a alma,
nos faz sonhar.
Nos transporta pra,
tempos longínquos.
Faz parte da vida,
desde que nascemos.
Quando uma canção de ninar,
embalava nosso sono, no
aconchego de um doce abraço.
Cantiga de roda,
ciranda cirandinha.
Infância querida,
que o tempo levou.
Sentido aguçado,
música suave.
Que é um doce enlevo.
Amores, saudades,
beijos, e abraços.
Histórias contadas,
em todas as notas.
Letras alegres,
que nos enaltecem.
Músicas tristes,
que nos fazem chorar.
Que mesmo sem letra,
Nos fazem lembrar.
Recordar um doce beijo,
ou uma doce saudade.
Sonhos desfeitos,
encontros marcados.
Lembranças gravadas,
em todos os tons.

Direitos reservados*
Cecília- 25/04/2007*

Foto de Carmen Lúcia

Acalma meu coração

Acalma meu coração
Fala-me com jeitinho
Com todo o teu carinho
Envolve-me em tua emoção...
Leva-me em teus sonhos
Dorme comigo meu sono
Embala-me em tua canção...
Aperta-me junto a teu peito
Conforta-me com esse teu jeito
Me pega de jeito,no leito...
Liberta todos meus medos
Encosta teu corpo ao meu
Que vibra ao contato do teu...
Sinta minh’alma atrevida
Buscando a tua... que é minha
E juntas, suave combinação
Mistura de amor e paixão
Iremos os dois pela vida,
Nos seremos eterna guarida.

Foto de JGMOREIRA

POEMA DO MENINO JESUS - ALBERTO CAEIRO

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Foto de Naja

VINHA VIDA

MINHA VIDA

Você é no céu a estrela mais brilhante
Você é o radiante sol da manhã
O orvalho reluzente que beijam as flores
É o pássaro que canta linda canção
nos galhos do jasmim.
É meu norte, meu caminho certo
Meu sono tranquilo, sonho de amor
Você é o piscar das luzea da cidade
Brilhants feito colar, ao olhar-se do Mirante
Você é o infinito mostrado na união
do céu e do mar
Através do deslumbrante azul de
seu olhar
Vejo o mundo colorido, festivo,
e assim só posso ...
TE ADORAR

andarela

Foto de Rodrigo Mazoca

Limite da solidão

Aonde chega o limite da solidão?
o meu coração já não aguenta mais a dor..
Ele chora, porem não derramo lágrimas...
Mais no meio dessa escuridão,
Encontrei um forte e novo brilho....
Que saio de seus olhos em direção aos meus....
Com você eu me senti vivo...
Senti a importância de cuidar de alguem novamente..
Senti que para alguem eu era necessário...
Senti a felicidade me tocar, em sua face desacordada...
Felicidade vi em teu sorriso quando acordou...
Olhando em direção a mim, com os olhos de sono de que ainda precisava dormir..
Te levei a suas amigas, que lhe conduziram até em casa.
Te liguei no outro dia para saber como estava.
Ouvi pelo telefone a voz de um romance.
perguntando a ti se eu ainda tinha alguma chance.
viemos a sair para ver no que ia dar.
Essa tarde maravilhosa que vivi
onde com voce estive sempre a contar,
Com carinhos e beijinhos
Nos despedimos nesse mesmo mundo de amar...
Agora me chega a solidão...
A luz se apagou
E novamente no escuro estou..
Feliz por esperar que o brilho apareça
A me dizer que:
Eu quero te amar

Foto de JGMOREIRA

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

NÃO SÃO TRISTES OS QUE AMAM EM VÃO

Não são tristes os que amam em vão
Mãos suadas
Testas peroladas
A gemer pelos cantos da casa
Na ânsia de uma ausência
Que nunca se recheará.

Não. Não são tristes
Com seus olhares oblíquos
Lábios dormentes
A fumaça dos cigarros
A matá-los
– pena não seja de uma só vez.
Lamentam.

Não são tristes. Nem infelizes.
Que a tristeza é a ausência do amor.
A infelicidade, a não existência dele.
Se não são tristes
Se não são infelizes
O que serão os que amam em vão?

Com suas vozes recuadas
As gargantas embargadas
Se em solidão.
As pistolas sempre engatilhadas
Renda envolvendo punhais de prata.

Não são tristes esses tresloucados
Que sem o menor alento
Repousam em santa astenia
Sobre lençóis amarfanhados
De uma noite de solidão
Quando dormiram sono vão.

Não são infelizes
Os que jamais serão felizes
Por amarem em vão.
Com suas caminhadas a esmo
Em pânico pelas ruas
Quase desmaiando
Invejando os que amam
Que caminham enamorados
Com gargalhadas que lhes ruem a emoção.

Será que amam os que amam em vão
Ou apenas sofrem
Por ser o sofrimento o concreto
Contido no abstrato amor quando é em vão?

Notebooks, CIAs, câmaras, assembléias,
Grandes empreendimentos
Celestiais construções
Seminários, submarinos
São, todos, provas do amor em vão.
Não que seja vão o amor com
Que os constroem ou os detonam,
Sendo apenas provas do amor vão.

Ternos impecáveis
Lúgubres moradas
Palácios, trincheiras
Em qualquer lugar encontra-se exemplar
De quem ama em vão.

Insistentes esses recrutas,
Continuam a amar.
Mesmo sabedores de que é em vão.
Será que sabem?
Será que é em vão?
Que força impulsiona esses estóicos
A prosseguirem nessa direção?

Não. Definitivamente, não são infelizes
Os que amam em vão.
O amor os redime
O ser em vão os sublima
Para que passem, gasosos
Pelas tristes lâminas
Que sangram os infelizes
Que amam em vão.

Foto de vivi_gabrielle

Que sentimento é esse?

Que sentimento bobo é esse que tudo que antes era dois agora se transforma em um?
Que faz as horas com você parecerem segundos, mas todos os segundos se transformam em horas?
Que faz te ver em todos os lugares que vou?
Tira-me a fome, me deixa sem sono, a única coisa que permite é de que eu possa pensar em você a cada segundo que estou longe de ti?
Esse sentimento bobo me tira tudo que me da chão, a cada dia fico mais insegura e todos a minha volta tentam me ajudar mas o único q me segura é você.
Sem você sou um nada não enxergo nem respiro só sabe que quando estou com você fico feliz!
Acho q esse sentimento bobo se chama AMOR!
Mas nunca saberei, pois nunca amei!

Foto de Marta Peres

Dorme Minha Cidade

Dorme Minha Cidade

Minha cidade dorme e eu velo seu sono,
Todos dormem e sonham no silêncio da noite,
Silêncio, ouro no descanso dos homens depois
De árduo dia de trabalho...

Sono que refaz forças, revigora memória,
Cada um emudecido em seu solar, ilusões
Se perdem nas lembranças, ódios, dores
E amores que se perdem no tempo...

Dorme minha cidade, dorme, dorme plenamente
Como criança que és, repousa, descansa, enquanto
Eu canto para lhe ninar, é madrugada, dorme
O seu sono junto com seus filhos...

Amanhã minha cidade, quando você acordar,
Suas forças serão maiores, renovadas,
A alegria do sol brilhará mais e as crianças sairão
Pelas ruas e todos se sentirão mais felizes.

Marta Peres

Foto de Flower Medeiros

Sonho

Ontem eu tive um sonho.
Sonhei que voava e lá do alto vi campos floridos.
Vi pessoas que andavam apressadamente, nem notavam que eu estava ali a olhá-los.
Vi pessoas sossegadas, pessoas alegres, satisfeitas pelo dia que se seguia.
Olhei em todos os lugares por onde voei, olhei , olhei, e não consegui te achar.
E procurei por muito tempo.
Parei para descansar, fechei meus olhos e ali estava você, como sempre esteve.
Então fiquei ali por muito mais tempo só te admirando.
Imaginei você sorrindo, senti ternura ao fazer isso.
Imaginei você dançando, me deu alegria.
Imaginei você me beijando, meu coração bateu mais forte....
Gostei disso e passei a imaginar coisas além disso,
Imaginei sua pele, senti seu cheiro no ar,
Imaginei tocando seu rosto, imaginei seus abraços, cada vez mais apertados, cada vez mais íntimos.
E porque não imaginar nossas carícias, nossos beijos, e assim passei a escutar nossos suspiros.
Foi ficando mais alto, foi ficando mais intenso, mais gostoso, mais enlouquecido.

Parei abri os olhos para que meu sangue pudesse percorrer meu corpo mais lentamente.
Enquanto a euforia passava,
Pensei o quanto era bom sonhar com você, mas muito triste saber que é apenas sonho, bem real, mas, só sonho.
Acordei com uma sensação nada boa, fiquei sem sono olhei para o lado e você não estava lá.
Então terminei a noite tentando sonhar de novo com você para terminar o que havíamos começado.

autora: Flower Medeiros

Foto de Edson Cumbane

Sempre versificando, estroficando e poetificando a poesia

Sempre escrevinho ignorâncias
Compostas por tantas estâncias
Num certo instante acontece
Uma certa instância se esquece

Sou poeta amador amando
Dando, escrevinhando e adorando
Sou um Ser inanimado de animosidades
Sou um poeta poetificando Campos e Cidades

Nesta poetificância realizo o soneto
Poeta rima com profeta e também com honesto
Prefiro viver sem manifestar pretexto

Há um mundo formado no fundo do fundo
Um sono profundo invade o coração do mundo
Um poema bem poetificado cura o moribundo

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