Tamanhos

Foto de Fazendo Arte

Apostila do Movie Maker de 11 a 44

Gravando material de origem

Você pode gravar um vídeo através de uma câmera de vídeo (digital ou analógica), uma fita de vídeo, televisão a cabo, aberta ou por satélite. Você também pode gravar um áudio de um aparelho de som, um rádio, uma fita de áudio, uma fita de vídeo ou um CD. O Windows Movie Maker permite transferir o conteúdo gravado para o seu computador. Ao usar uma câmera DV ou analógica, você pode gravar em tempo real ou a partir de uma fita.
O conteúdo gravado no Windows Movie Maker é convertido no formato Windows Media.
Antes de gravar, você tem as seguintes opções:

Tipo de material de origem
Você pode gravar somente vídeo, somente áudio ou vídeo e áudio.

Observação
Se você estiver gravando somente áudio, poderá usar recurso Gravar narração COLOR=blue> para sincronizar o áudio com um projeto colocado no espaço de trabalho na visualização linha do tempo.

Dispositivo de captura.
Se você tiver vários dispositivos de captura no computador, poderá selecionar o dispositivo a ser usado. Se você só tiver um dispositivo, ele será selecionado automaticamente.

Configuração de qualidade.
Você deve gravar na maior configuração de qualidade que o dispositivo de captura consegue gerenciar, pois a qualidade do seu filme depende da qualidade do material de origem. Lembre-se que, quanto maior a configuração de qualidade, maior será o espaço necessário para arquivo no seu computador. Essa configuração também controla a qualidade de vídeo vista na visualização do clipe.

Limite de tempo de gravação
A gravação será interrompida automaticamente quando o limite de tempo transcorrer. O tempo padrão é definido como duas horas.
Se não houver espaço suficiente no disco rígido, o tempo será definido com base na configuração de qualidade e no espaço detectado no disco rígido do seu computador. Se você não selecionar um tempo de gravação máximo, acompanhe a gravação para que possa interrompê-la no momento desejado.

Se a opção Gerar arquivo automaticamente estiver selecionado e o limite de tempo de gravação se esgotar, um novo arquivo de filme com um nome de arquivo genérico (isto é, Fita1.wmv, Fita 2.wmv e assim por diante) será criado no local especificado.

Criar clipes.
Para gravar um vídeo, opte por criar clipes. A criação de clipes divide
um vídeo que você está gravando em tamanhos gerenciáveis. Se você selecionar esse recurso, será criado um clipe sempre que um quadro completamente diferente for detectado no vídeo. Por exemplo, são criados clipes quando você liga a câmera de vídeo ou quando você alterna da pausa para o início da gravação. Se você optar por não criar clipes, o vídeo se tornará um clipe.
Quando as opções corresponderem às suas necessidades, você estará pronto para gravar

Para gravar áudio e vídeo

1. No menu Arquivo, clique em Gravar.

2. Na lista Gravar, clique no tipo de material de origem a ser gravado.

3. Se o computador tiver vários dispositivos de captura, você poderá clicar em Alterar dispositivo para usar um dispositivo de captura diferente nessa sessão de gravação.

4. Na lista Configuração, clique na configuração de qualidade a ser usada.

5. Para interromper automaticamente a gravação depois que um período de tempo transcorrer, marque a caixa de seleção Limite de tempo de gravação e digite ou selecione o período de tempo para a gravação.
6. Para ativar a criação de clipes, marque a caixa de seleção Criar clipes

7. Com os controles do VCR ou da câmera analógica, localize o material de origem ser gravado.

8. No monitor, clique no botão Gravar. A palavra Gravando pisca para indicar que a gravação já está ocorrendo.

9. Com os controles do VCR ou da câmera analógica, execute o material de origem a ser gravado. O vídeo será executado no monitor.

10. A gravação será interrompida automaticamente quando o tempo de gravação máxima esgotar-se ou clique em Parar para terminar a gravação.

11. Em Nome de arquivo,digite o caminho e o nome do arquivo desejado e clique em Salvar. Será exibida uma nova coleção com os clipes do conteúdo gravado e salvo.

Observação

Se você tiver selecionado a opção Gerar arquivo automaticamente e marcado a caixa de seleção Limite do tempo de gravação, um novo arquivo de filme será automaticamente criado e salvo no local especificado com um nome de arquivo genérico(isto é, Fita 1.wmv, Fita 2.wmv e assim por diante) quando o limite de tempo se esgotar.

12. Com os controles do VCR ou da câmera analógica, interrompa a fita.
Para alterar a configuração do dispositivo de captura
1. No menu Arquivo, clique em Gravar
2. Clique em Alterar dispositivo
3. Selecione o dispositivo a ser configurado e clique em Configurar. Configure o dispositivo na área destinada pelo fabricante para a configuração.

Para gravar de uma fita em um dispositivo de vídeo digital
1. Verifique se o dispositivo DV está conectado apropriadamente e, em seguida, selecione o modo de execução do filme gravado.

Observação
Ao gravar de uma fita em uma câmera DV, verifique se sua câmera não está no modo de espera; se estiver, você não será possível gravar. Algumas câmeras automaticamente entrarão no modo de espera se houver uma fita na câmera. Se isso ocorrer, alterne a câmera DV de volta para o modo de reprodução.

2. Na caixa de diálogo Windows Movie Maker, selecione Iniciar a gravação do meu vídeo da posição atual da minha fita e clique em OK.

3. Posicione a fita no local em que deseja iniciar a gravação.

4. Na área Controles da câmera de vídeo digital, clique em Executar.

5. Clique em Gravar para começar a capturar o conteúdo e clique em Parar para terminar a gravação. A palavra Gravando pisca quando você está gravando.

Observação
Você não ouvirá o áudio enquanto capturar o conteúdo.

6. Na área Controles da câmera de vídeo digital, clique em Parar.

7. Na caixa Nome de arquivo, digite o caminho e o nome do arquivos desejados e clique em Salvar.

Observação
Se você tiver selecionado a opção Gerar arquivo automaticamente e marcado a caixa de seleção Limite do tempo de gravação, um novo arquivo de filme será automaticamente criado e salvo no local especificado com um nome de arquivo genérico (isto é, Fita 1.wmv, Fita 2.wmv e assim por diante) quando o limite de tempo se esgotar.

Para gravar conteúdo ao vivo de uma câmera DV

1. No menu Arquivo, clique em Gravar.
2. Defina o modo na câmera DV para gravar conteúdo ao vivo.
3. No Windows Movie Maker, clique em Gravar, para começar a capturar o conteúdo, e clique em Parar, para terminar a gravação. A palavra Gravando pisca quando você está gravando.

Observação
Você não ouvirá o áudio quando capturar o conteúdo.

4. Na área Controles da câmera de vídeo digital, clique em Parar.

5. Na caixa Nome de arquivo, digite o caminho e o nome do arquivos desejados e clique em Salvar.

Observação Se você tiver selecionado a opção Gerar arquivo automaticamente e marcado a caixa de seleção Limite do tempo de gravação, um novo arquivo de filme será automaticamente criado e salvo no local especificado com um nome de arquivo genérico
(isto é, Fita 1.wmv, Fita 2.wmv e assim por diante) quando o limite de tempo se esgotar.

Para desativar a criação automática de clipes

1. No menu Exibir, clique em Opções.
2. Desmarque a caixa de seleção Criar clipes automaticamente.

Para gerar um arquivo de filme automaticamente

1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Marque a caixa de seleção Gerar arquivo automaticamente e digite o local em que deseja salvar o filme.

Gravando uma narração

Você pode gravar áudio para sincronizar com os clipes colocados no espaço de trabalho. Por exemplo, você pode narrar o projeto enquanto o visualiza no monitor. Ao gravar a narração, use o controle deslizante Nível de gravação para ajustar o volume da narração gravada.

Para gravar uma narração

1. No menu Exibir, clique em Linha do tempo.

2. No menu Arquivo, clique em Gravar narração.

3. Para selecionar um dispositivo de captura diferente e uma linha de entrada, clique em Alterar.

4. Na caixa Dispositivo, escolha o dispositivo de captura. Na caixa Linha de entrada, escolha a linha de entrada a ser usada para gravar a narração e clique em OK.

Ao gravar uma narração com um microfone, escolha o microfone para a Linha de entrada.

5. Se você adicionou um clipe de vídeo com áudio, poderá escolher Trilha sonora de vídeo sem áudio de modo que o áudio do clipe de vídeo não seja ouvido durante agravação da narração.
6. Arraste o controle deslizante Nível de gravação para aumentar ou diminuir o volume da narração.

7. Clique no botão Gravar e comece a gravar a narração. Quando terminar a narração, clique no botão Parar para terminar a gravação.
8. Na caixa Nome de arquivo, nomeie o arquivo e clique em Salvar. A narração é salva como um arquivo de áudio com a extensão. wav que, em seguida, é importado automaticamente para o projeto e coleção atuais.

Criando slides com título

Os slides com título são imagens fixas que podem ser usadas para apresentar clipes no seu filme. Os slides com título podem ser imagens criadas e importadas para o Windows Movie Maker. Por exemplo, se você tiver imagens fixas de férias, poderá usar slides com título para apresentar cada um dos vários locais mostrados nas imagens fixas.
É possível criar as imagens dos slides com título usando a Microsoft Paint (incluído no Microsoft Windows ME) ou sua ferramenta gráfica favorita. Você também pode criar e usar slides de uma apresentação do Microsoft PowerPoint exportando-as como imagens fixas com a extensão.jpg e, em seguida, incluindo-as no seu filme.

Para criar com título usando o Microsoft Paint

1. Clique em Iniciar, aponte para Programas, aponte para Acessórios e clique em Paint.

2. No menu Imagem, clique em Atributos.

3. Na área Unidades, clique em Pixels.
Na caixa Largura, digite 320. Na caixa Altura, digite 240.

4. Crie uma imagem com informações sobre o filme, como o título e o autor.

5. No menu Arquivo, clique em Salvar. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a imagem e clique em Salvar

6. . Abra o Windows Movie Maker, importe o arquivo de imagem criado e adicione-o ao seu projeto. Para obter mais informações sobre como importar o arquivo e adicionar o clipe resultante ao projeto, consulte Para importar um arquivo e Para adicionar um clipe a um projeto. COLOR=blue>

Importando arquivos

Você pode criar um filme importando arquivos para o Windows Movie Maker comqualquer um dos seguintes formatos:
Arquivos de vídeo .asf, .avi, .wmv
Arquivos de filme (MPEG) .mpeg, .mpg, .m1v, .mp2, .mpa, .mpe
Arquivos de áudio. .wav, .snd, .au, .aif, .aifc, .aiff, .wma, .mp3
Arquivos do Windows Media .asf, .wm, .wma, .wmv

Imagens fixas .bmp, .jpg, .jpeg, .jpe, .jfif, .gif, .dib

Observação
Um arquivo Portable Network Graphics (.png) não pode ser importado parao Windows Movie Maker, de o Windows ME oferecer suporte para esse tipo de arquivo.

Você pode importar um único arquivo ou vários arquivos de uma pasta. Quando você importar um arquivo de origem, ele permanecerá no mesmo local do qual foi importado. O Windows Movie Maker não armazena uma cópia real do arquivo de origem; em vez disso,
é criado um clipe que se refere ao arquivo de origem e é exibido na área de coleções. Após importar arquivos para sua coleção, não mova, renomeie ou exclua os arquivos de origem.

Se você adicionar um clipe a um projeto após o arquivo de origem ter sido movido ou renomeado, o Windows Movie Maker solicitará o local do arquivo de origem original. Se o arquivo de origem for excluído, ele deverá ser colocado no seu computador e importado novamente.

Se você importar um arquivo do Windows Media com extensão. asf ou .wmv, será criado um clipe para cada marcador do Windows Media contido no arquivo original. Os marcadores ajudam a dividir o arquivo em tamanhos gerenciáveis. É possível inserir marcadores no arquivo do Windows Media original para descrever um evento ou parte específica do vídeo. Mesmo se o arquivo do Windows Media original não contiver marcadores, serão criados clipes quando um quadro completamente diferente for detectado e a criação de clipe for selecionada.

Se você importar um arquivo de vídeo diferente de um arquivo do Windows Media, como um arquivo de vídeo com extensão. avi ou .mpeg, ainda assim poderá optar por criar clipes.

Será criado um novo clipe sempre que um quadro completamente diferente for detectado no arquivo de vídeo. Se você desmarcar a criação de clipe, o arquivo importado aparecerá como um clipe. Ao importar um arquivo de vídeo, é criada uma nova coleção e o clipe, ou
clipes, resultante é adicionado à nova coleção sob Minhas coleções

Se você importar imagens fixas com orientação de retrato, que têm a altura maior que a largura, elas serão redimensionadas para se ajustarem quando inseridas em um projeto. As partes do seu filme que contêm imagens em tamanho de retrato terão um plano de fundo
Preto, para preencher o espaço vazio quando visualizadas no monitor ou executadas no Microsoft Windows Media Player.

Para especificar o caminho de importação padrão
1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Em Caminho de importação, digite o caminho padrão de onde importar o material de origem.

Para importar um arquivo

1. Clique na coleção para a qual deseja importar o arquivo.

2. No menu Arquivo, clique em Importar.

3. Em Nome de arquivo digite o caminho e o nome do arquivo a ser importado e, em seguida, clique em Abrir. Se o arquivo importado for de áudio ou imagem fixa, os novos clipes serão exibidos na coleção atualmente selecionada. Se o arquivo importado for de vídeo, uma nova coleção será criada sob Minhas coleções e os clipes resultantes serão armazenados nesta nova coleção.

Observação

Você pode importar vários arquivos de uma vez. Para arquivos consecutivos, clique no primeiro arquivo da lista, mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique no último arquivo da lista. Para arquivos não consecutivos, mantenha pressionada a tecla CTRL e clique em cada arquivo a ser importado.

Tirando uma foto

O Windows Movie Maker permite tirar fotos do vídeo que você está visualizando, independentemente de o vídeo ter sido ou não gravado no Windows Movie Maker. Uma foto é salva como um arquivo de imagem fixa com a extensão .jpg.

A configuração padrão para a execução de uma foto importada no seu filme é de cinco segundos; você pode alterar esse padrão para qualquer duração. A duração padrão é determinada pelo tempo definido na opção Duração padrão da foto importada (segundos) no momento em que a foto é importada. Por exemplo, se a duração padrão foi definida como 5 segundos quando a foto foi importada, porém depois você definiu o padrão como 20 segundos, a foto será reproduzida por 5 segundos. Contudo, você também pode ajustar a duração da execução de uma foto no seu filme ajustando as alças de corte depois
que a foto for adicionada ao espaço de trabalho.

Para tirar uma foto

1. Na área de coleções, clique na coleção em que deseja gravar.

2. No menu Arquivo, clique em Gravar.

3. Na lista Gravar, clique no tipo de material de origem a ser gravado.
4. Se o computador tiver vários dispositivos de captura, você pode clicar em Alterar dispositivo para selecionar o dispositivo de captura.

4. Dependendo do tipo de dispositivo de captura que você estiver usando, siga um destes procedimentos: DV. Use os controles da área Controles da câmera de vídeo digital para localizar o quadro a ser fotografado.

5. VCR ou câmera analógica. Use os controles do VCR ou da câmera analógica para localizar o quadro a ser fotografada Câmera Web. Focalize a câmera no objeto ou pessoa a ser fotografado.
TV. Aguarde o quadro a ser fotografado.

6. Quando a imagem a ser capturada for exibida no monitor, clique no botão Tirar foto.

7. Na caixa Nome de arquivo, dê um nome ao arquivo e clique em Salvar. Sua foto é salva como um arquivo de imagem com a extensão.jpg e é importada automaticamente para a coleção atual.

8. Clique em Cancelar para fechar a caixa de diálogo Gravar, ou clique em Tirar foto para tirar outra foto. Se desejar gravar outro material de origem, clique em Gravar. Para obter mais informações sobre a gravação de um material de origem, consulte Gravando um material de origem. COLOR=blue>

Para definir a duração de reprodução de uma foto importada

1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Na caixa Duração padrão da foto importada (segundos), digite o período de tempo (em segundos) durante o qual suas imagens fixas ou fotos importadas devem ser exibidas em um projeto.

Editando projetos

Você pode usar o espaço de trabalho para editar um conteúdo ou criar projetos. O espaço de trabalho consiste em duas visualizações: Storyboard e linha do tempo. As duas visualizações exibem o trabalho em andamento, mas fornecem focos diferentes. A visualização Storyboard exibe a seqüência de clipes e a visualização linha do tempo exibe o tempo dos clipes. Você pode alternar as visualizações enquanto trabalha em um projeto.

Após adicionar clipes ao espaço de trabalho para criar um projeto, você pode fazer o seguinte:

Reorganizar os clipes na seqüência desejada.
Cortar os clipes para ocultar segmentos não desejados.
Criar transições entre os clipes.
Adicionar uma narração sincronizada com os clipes.
Enquanto trabalha, você pode visualizar seu projeto no monitor para ter uma idéia de qual será o resultado final. Você pode salvar o trabalho em andamento como um projeto e voltar a trabalhar nele novamente. Antes que você possa enviar um projeto em uma mensagem de correio eletrônico ou para um servidor Web, primeiro é necessário salvá-lo como um filme.

Para obter mais informações sobre o envio do seu filme em uma mensagem de correio eletrônico ou para um servidor Web, consulte Enviando filmes. COLOR=blue>

Para alternar entre visualizações no espaço de trabalho

No menu Exibir clique na visualização (storyboard ou linha do tempo) desejada.

Para obter mais zoom ou menos zoom da linha do tempo

1. No menu Exibir clique em Linha do tempo

2. Siga um destes procedimentos:

Para obter uma visualização mais detalhada da linha do tempo, no menu
Exibir, clique em Mais zoom.

Para obter uma visualização mais ampla da linha do tempo em um tamanho reduzido, no menu Exibir, clique em Menos zoom.

Para adicionar um clipe a um projeto

1. Na área de coleções, clique na coleção que contém o clipe a ser adicionado ao seu projeto e, em seguida, no clipe a ser adicionado.

2. No menu Clipe, clique em Adicionar ao storyboard/linha do tempo.
Observação
Para adicionar rapidamente um clipe ao seu projeto,arraste o clipe para o espaço de trabalho.

Para remover um clipe de um projeto

Clique no clipe no espaço de trabalho e, em seguida, no menu.
Editar, clique em Excluir.

Para mover um clipe de um projeto

Arraste o clipe para uma nova posição no projeto. Os clipes ao redor dele se movem quando o clipe é solto no espaço de trabalho.

Para salvar um projeto

1. No menu Arquivo, clique em Salvar projeto

2. Na caixa Nome de arquivodigite o caminho e o nome dos arquivos desejados e, em seguida, clique em Salvar

Para abrir um projeto

1. No menu Arquivo, clique em Abrir projeto.

2. Na caixa Nome de arquivo, digite o caminho e o nome do arquivo e clique em Abrir. O projeto é exibido no espaço de trabalho.

Para iniciar um novo projeto

No menu Arquivo, aponte para Novo e clique em Projeto. Editando clipes Você tem várias opções para editar clipes:

Cortando um clipe. Você pode remover partes de um clipe que não deseja no seu projeto. Por exemplo, você pode cortar o início ou o final de um clipe. O corte não remove as informações do material de origem; você pode limpar os pontos de corte para que o clipe retorne ao tamanho original em qualquer momento. Você também pode arrastar as alças de corte, mostradas na imagem a seguir, para cortar partes não desejadas do clipe.

Dividindo um clipe. Você pode dividir um clipe de vídeo em dois clipes. Esse recurso é útil para inserir uma imagem fixa ou uma transição no meio de um clipe.

Combinando clipes. Você pode combinar dois ou mais clipes de vídeo contínuos. Contíguo significa que os clipes foram gravados juntos de forma que o tempo final de um clipe seja igual ao tempo inicial do clipe seguinte. Combinar clipes é útil se você tem vários clipes curtos e deseja exibi-los como um clipe no espaço de trabalho.

Observação
Se você dividir ou combinar clipes cortados anteriormente, perderá os pontos de corte.
Você também pode editar as propriedades de um clipe, como o título e o nome do autor na área de coleções, o que é útil ao organizar clipes.

Para cortar um clipe

1. Na área de coleções, clique na coleção que contém o clipe a ser adicionado e, em seguida, no clipe a ser cortado.
2. No menu Clipe, clique em Adicionar ao storyboard/linha do tempo e, em seguida, no clipe no espaço de trabalho. O clipe é exibido no monitor.

3. No menu Executar, clique em Executar/pausar.
4. Faça o seguinte:

Quando o vídeo atingir o ponto a partir do qual você deseja começar a
cortar, no menu Clipe, clique em Definir ponto inicial de corte.

Quando o vídeo atinge o ponto no qual você deseja parar de cortar, no menu Clipe, clique em Definir ponto final de corte.

Observação
Você também pode definir os pontos de corte arrastando as alças de corte que aparecem quando o clipe é selecionado no espaço de trabalho na visualização linha do tempo.

Para limpar pontos de corte

1. No espaço de trabalho, clique no clipe cortado.

2. No menu Clipe, clique em Limpar pontos de corte. Para dividir um clipe
Na área de coleções, clique no clipe de vídeo a ser dividido.
. No menu Executar clique em Executar/pausar ou posicione a barra de busca no monitor de forma que ela fique no ponto no qual você deseja dividir o clipe.

3. No menu Clipe, clique em Dividir. A parte inicial do clipe mantém o nome original; a parte final do clipe recebe o nome original com um número.

Para combinar clipes contíguos

1. Na área de coleções, selecione os clipes a serem combinados.

2. No menu Clipe, clique em Combinar. O nome e as informações sobre propriedade do primeiro clipe do grupo são usados para o novo clipe e o tempo é ajustado deforma correspondente.

Observação
Para selecionar vários clipes contíguos, clique no primeiro clipe, mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique no último clipe. Para selecionar um clipe por vez, mantenha pressionada a tecla CTRL e clique em cada clipe contíguo a ser combinado.

Trabalhando com transições
Uma transição controla as seqüências do filme entre clipes. Você pode criar uma transição de graduação, o que faz com que os quadros do clipe em execução sejam esmaecidos à medida que os quadros do novo clipe são destacados. Você também pode ajustar a duração da transição até a duração do clipe adjacente. Se você não criar uma transição, haverá um corte direto (sem graduação) entre os dois clipes.

Observação
Você precisa estar na visualização linha do tempo para adicionar e exibir transições.
A figura a seguir exibe um projeto com transições. O tamanho da transição, destacado no quadrado vermelho, é determinada pela quantidade de sobreposição entre as duas imagens.

Para criar uma transição

1. Na linha do tempo, clique no segundo dos dois clipes entre os quais você deseja criar uma transição.

2. Arraste o segundo clipe para à esquerda de forma que ele se sobreponha ao primeiro clipe. A área sombreada indica o tamanho da transição. A duração de uma transição não pode ultrapassar a duração dos clipes adjacentes a ela.

Para alterar o tamanho da transição

1. Na linha do tempo, clique no clipe à direita da transição a ser alterada.

2. Siga um destes procedimentos: Para aumentar a duração da transição, arraste o clipe para a esquerda até atingir o tamanho desejado. A duração de uma transição não pode ultrapassar a duração dos clipes adjacentes a ela.
Para reduzir a duração da transição, arraste o clipe para a direita de modo a reduzir a quantidade de sobreposição entre os dois clipes.

Para excluir uma transição

1. Na linha do tempo, clique no clipe à direita da transição a ser excluída.

2. Arraste o clipe para a direita até que a transição desapareça e solte-o. A linha do tempo move-se para a direita.

Trabalhando com áudio

Você pode inserir clipes de áudio no projeto, da mesma forma que pode inserir clipes de vídeo e clipes de imagens fixas. Os clipes de áudio, como uma música ou uma narração, são exibidos na barra de áudio do espaço de trabalho quando você exibe o projeto na visualização linha do tempo.
Como ocorrem com clipes de vídeo e imagem fixa, os clipes de áudio também podem se
sobrepõe. Entretanto, diferentemente dos clipes de imagens fixas e vídeo, não é inserida uma transição de graduação. O período de tempo em que os dois clipes de áudio são executados juntos é determinado pela quantidade de sobreposição entre os dois clipes. Não é possível sobrepor completamente e executar dois clipes de áudio ao mesmo tempo.
Os níveis de áudio podem ser ajustados entre duas pistas de áudio (o áudio gravado como parte de um clipe de vídeo e o áudio gravado ou importado e adicionado à barra de áudio).
O ajuste dos níveis de áudio determina que pista de áudio será executado em volume mais alto que a outra. A configuração padrão executa o áudio nas duas pistas em níveis iguais.
Os níveis de áudio selecionados serão executados em toda a parte do filme. Ajustando os níveis de áudio, é possível obter efeitos diferentes. Por exemplo, no início do filme, você, pode ter um vídeo em execução com a pista de áudio incluída, enquanto um clipe de áudio separado é executado. Nesse caso, o nível de áudio poderia ser definido de forma que um diálogo no seu clipe de vídeo pudesse ser ouvido sobre a música executada ao fundo.

Para definir níveis de áudio

1. No menu Editar clique em Níveis de áudio

2. Siga um destes procedimentos:

Para aumentar o nível de áudio de um clipe de áudio, arraste a barra
deslizante para a direita.

Para aumentar o nível de áudio de um clipe de vídeo, arraste a barra
deslizante para a esquerda. Clique no botão Fechar para fechar a caixa de diálogo Níveis de áudio. Para sobrepor a execução de dois clipes de áudio

1. Na barra de áudio da linha do tempo, clique no segundo dos dois clipes de áudio a serem sobrepostos.

2. Arraste o segundo clipe para cima da parte do primeiro clipe que deve ser executada simultaneamente.

Para alterar o período de tempo de sobreposição de dois clipes de áudio

1. Na linha do tempo, clique no clipe de áudio à direita da sobreposição a ser alterada.
2. Siga um destes procedimentos:

Para aumentar o tempo em que dois clipes de áudio são executados juntos, arraste o clipe para a esquerda até o tamanho desejado.

Para reduzir o tempo em que dois clipes de áudio são executados juntos, arraste o clipe para a direita de modo a reduzir a quantidade de sobreposição dos dois clipes.

Visualizando projetos ou clipes
Enquanto trabalha em um projeto, você pode visualizá-lo periodicamente no monitor para verificar a edição. Ou, para visualizar os clipes separadamente, você pode usar a área de coleções para verificar se gravou o material de origem desejado. Use os botões do monitor
para mover-se de um quadro para o outro ou de um clipe para o outro.
Para visualizar um projeto

Faça isso
Executar um clipe
Clique no clipe e, em seguida, no menu Executar, clique em Executar/pausar Executar todos os clipes
No menu Executar, clique em Executando storyboard/linha do tempo.

Para visualizar um item da área de coleções

1.Na área de coleções, clique no clipe a ser visualizado.

2.No menu Executar, clique em Executar/pausar. Para pausar ou parar uma visualização

Enquanto o vídeo estiver sendo visualizado no monitor, no menu Executar, clique em Executar/pausar ou Parar.

Para executar um vídeo em tela inteira

Enquanto o vídeo estiver sendo visualizado no monitor, no menu
Executar, clique em Tela inteira.

Para saltar para um quadro

Enquanto o vídeo estiver sendo visualizado no monitor, no menu Executar, clique em Quadro anterior ou Próximo quadro.

Para saltar para um clipe de um projeto

1. Clique em um clipe no espaço de trabalho.

2. Siga um destes procedimentos:

No menu Executar, clique em Voltar para exibir o clipe anterior do seu
projeto.

No menu Executar, clique em Avançar para exibir o próximo clipe do seu projeto.

Enviando filmes

Você pode salvar um projeto como um filme para reproduzi-lo no seu computador ou pode distribuí-lo enviando esse filme em uma mensagem de correio eletrônico ou para um servidor Web.
Considere vários fatores ao selecionar a qualidade de reprodução do seu filme.

Nível de qualidade. Selecione um nível de qualidade que não ultrapasse o nível da gravação.
Espaço em disco.
Quanto maior o nível de qualidade selecionado, mais espaço em
disco será necessário para o arquivo.

Compatibilidade. Selecione uma configuração que corresponda aos recursos dos computadores nos quais seu filme será exibido.
O público pode exibir filmes enviados para seu servidor Web. No Windows Movie Maker,são fornecidos vários hosts e perfis de sites da Web conhecidos. Um host de sites da Web fornece um local para o armazenamento dos seus filmes, se você tiver uma conta no host.
Se seu host de sites da Web não estiver listado, você poderá criar e salvar um perfil para ele. Depois de estabelecida uma conta com um host, será possível enviar filmes para ela diretamente do Windows Movie Maker. Atualmente, não é possível enviar filmes para
alguns servidores Web.Você também pode enviar o filme criado por correio eletrônico como um anexo. Verifique com o provedor de serviço de correio eletrônico se existe algum limite de tamanho de
arquivo para o envio de anexos.

Para salvar um filme em um arquivo

1. Após adicionar clipes ao seu projeto, no menu Arquivo, clique em Salvar filme

2. Na lista Configuração, clique na configuração de qualidade COLOR=blue> desejada.

3. Na área Exibir informações, digite as informações a serem exibidas quando alguém exibir seu arquivo no Windows Media Player.

4. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para e filme e clique em Salvar.

5. Na caixa de diálogo Windows Movie Maker, clique em Sim se desejar assistirimediatamente ao filme salvo no Windows Media Player.
Para abrir Meus vídeos e assistir a um filme

1. No menu Arquivo, clique em Meus vídeos.

2. Clique duas vezes no filme ao qual deseja assistir no Windows Media Player.Para especificar em que local um filme deve ser salvo temporariamente

1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Na caixa Armazenamento temporário, digite a pasta padrão na qual seus filmes devem ser salvos temporariamente.

Observação
Depois que você salvar seu filme, a cópia temporária desse filme armazenada no local especificado na caixa Armazenamento temporário será removida automaticamente do computador.

Para especificar o autor padrão

1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Na caixa Autor padrão, digite o nome a ser exibido como o autor do filme quando este for executado no Windows Media Player.

Para especificar o programa de correio eletrônico

1. No menu Exibir, clique em Opções.

2. Na área Geral, clique em Opções de correio eletrônico.

2. Na caixa de diálogo Enviar filmes por correio eletrônico, escolha o programa de correio eletrônico usado para enviar uma mensagem de correio eletrônico. Se o programa de correio eletrônico usado não estiver listado, escolha Como um anexo em outro programa de correio eletrônico.

Para enviar um filme por correio eletrônico

1. No menu Arquivo, aponte para Enviar filme para e clique em Correio eletrônico.

2. Na lista Configuração, selecione a configuração de qualidade desejada.

3. Na área Exibir informações, digite as informações a serem exibidas quando alguém exibir seu arquivo no Windows Media Player.

4. Na caixa Digite um nome de arquivo, digite um nome para o seu filme. O filme é salvo como um arquivo do Windows Media com a extensão. wmv.

5. Em Enviar filmes por correio eletrônico, selecione o programa de correio eletrônico. Consulte Para especificar o programa de correio eletrônico, COLOR=blue> a fim de obter informações sobre a seleção do programa de correio eletrônico a ser usado para enviar seus filmes em uma mensagem de correio eletrônico.

6. Envie o filme em uma mensagem de correio eletrônico.

Observação
Como uma alternativa para a execução desses passos, você pode seguir as instruções do procedimento Para salvar um filme em um arquivo COLOR=blue> e anexar o filme salvo em uma mensagem de correio eletrônico.

Para criar um novo perfil de host de sites da Web e enviar um filme
1. No menu Arquivo, aponte para Enviar filme para e clique em Servidor Web.

2. Na lista Configuração, selecione a configuração de qualidade desejada.

3. Na área Exibir informações, digite as informações a serem exibidas quando alguém exibir seu arquivo no Windows Media Player.

4. Na caixa Digite um nome de arquivo, digite um nome para o seu filme. O filme é salvo como um arquivo do Windows Media com a extensão. wmv.

4. Se o nome do seu host de sites da Web não estiver listado na caixa Nome do host clique em Novo.

5. Na caixa Nome amigável do host de sites da Web, digite um nome para o seu novo perfil de host de sites da Web. Esse é o nome que será adicionado à lista de nomes de hosts na qual você poderá fazer suas opções no futuro.

6. Na caixa Endereço de transferência para FTP para enviar um filme para este site digite o endereço de FTP. Se não tiver certeza sobre o endereço de FTP, entre em contato com o provedor do host de sites da Web.

7. Na caixa Endereço da Web para assistir filmes enviados a este site, digite o endereço do site da Web, com inclusão de http:// e, em seguida, digite o nome da sua home page e clique em OK.

8. Na caixa Nome de usuário/login, digite o seu nome de usuário. Muitas vezes, seu nome de usuário é a primeira parte do endereço de correio eletrônico. Por exemplo, se seu endereço de correio eletrônico for alguém@microsoft.com, COLOR=blue> digite alguém.

9. Na caixa Senha, digite sua senha. Para salvar sua senha, marque a caixa de seleção Salvar senha e clique em OK para enviar seu filme para o site da Web.

10. Na caixa Enviando para a Web, clique em Exibir site agora para ir para o site da Web, ou clique em Fechar para fechar a caixa de diálogo.

Observação
É necessário inserir um hyperlink HTML da sua home page para que as
Pessoas possam clicar e ver seu filme. Por exemplo, se sua home page se chamar index.html e seu filme se chamar movie1.wmv, insira um hyperlink em index.html que vá para movie1.wmv.

Para enviar um filme para um servidor Web

1. No menu Arquivo, aponte para Enviar filme para e clique em Servidor Web.

2. Na lista Configuração, clique na configuração de qualidade desejada.

3. Na área Exibir informações, digite as informações a ser exibido quando alguém exibir seu arquivo no Windows Media Player.

4. Na caixa Digite um nome de arquivo, digite um nome para o seu filme. O filme é salvo como um arquivo do Windows Media com a extensão. wmv.

5. Na caixa Nome do host, digite o nome do host de sites da Web.
Observação
Se desejar inscrever-se em uma nova conta com um dos hosts do site da Web listados na caixa Nome do host, clique em Inscrever-me, escolha o provedor que será o host de seus filmes e digite as informações solicitadas.

5. Na caixa Nome de usuário/login, digite o seu nome de usuário. Muitas vezes, seu nome de usuário é a primeira parte do endereço de correio eletrônico. Por exemplo, se seu endereço de correio eletrônico for alguém@ microsoft.com, COLOR=blue> digite alguém.

6. Na caixa Senha, digite usa senha. Para salvar sua senha, marque a caixa de seleção Salvar senha e clique em OK para enviar seu filme para o servidor da Web.

7. Na caixa Enviando para a Web, clique em Exibir site agora para ir para o site da Web, ou clique em Fechar para fechar a caixa de diálogo.

Observação
É necessário inserir um hyperlink HTML da sua home page para que as pessoas possam clicar e ver seu filme. Por exemplo, se sua home page se chamar index.html e seu filme se chamar movie1.wmv, insira um hyperlink em index.html que vá para movie1.wmv.

Organizando coleções e clipes
Você pode organizar o material de origem gravado nas coleções e clipes para uso em projetos futuros. Uma coleção serve como um local para guardar os clipes, que você pode organizar de várias formas. Por exemplo, você pode organizar suas coleções por evento.
Em uma coleção, você pode especificar propriedades de cada clipe individual, como o título, o autor, a data de adição do clipe à coleção, a classificação e a descrição do clipe; isso fornece outra forma de organização de clipes. Além disso, o título do clipe é visualizado pelas pessoas que assistem a seu filme no Windows Media Player.
Você pode alterar a forma como os clipes são exibidos na área de coleções. As diferentes exibições permitem ver mais ou menos detalhes sobre clipes individuais dentro da coleção.
Você pode ver o título e uma imagem de bitmap de cada clipe no modo de exibição
Miniaturas, que é o padrão, ou pode escolher o modo de Lista para ver apenas o título de cada clipe. Ou usar o modo de exibição Detalhes para ver todas as propriedades de cada clipe da coleção.
Após fazer alterações nas suas coleções, como adicionar, excluir, mover, copiar ou renomear clipes, é recomendável fazer backup do arquivo de coleções. O arquivo de coleções, que tem a extensão. col, é um banco de dados que armazena informações sobre a organização de suas coleções e dos clipes contidos nelas. Ao fazer alterações nas coleções e fechar o Windows Movie Maker, você será solicitado a fazer backup do seu arquivo de coleções.
Caso acidentalmente um clipe ou uma coleção sejam removidos ou o arquivo de coleções fique corrompido, você poderá usar o arquivo de backup para restaurar as informações apropriadas. O arquivo de coleções está no seu disco rígido no local \Windows\Application
Data\Microsoft\Movie Maker. Por exemplo, se o Windows estiver instalado na unidade C,escolha o local de backup C:\Windows\Application Data\Microsoft\Movie Maker.

Observação Fazer o backup do arquivo de coleções do Windows Movie Maker, que tem a extensão. col, não implica fazer o backup de um arquivo de origem importado para as suas coleções. Se o arquivo de origem for excluído, renomeado ou movido do local original de onde foi importado, ele não poderá ser usado, a menos que você importe o arquivo novamente. Considere fazer o backup também do local que contém os arquivos de origem.

Tópicos relacionados
Para adicionar ou modificar propriedades de um clipe

1. Na área de coleções, clique no clipe cujas propriedades você deseja modificar.
2. No menu Exibir, clique em Propriedades.
3. Em Título, digite o título ou o nome do clipe.
4. Em Autor, digite o nome da pessoa ou organização que criou o clipe.
5. Em Data, digite a data em que o clipe foi adicionado à sua coleção.
6. Em Classificação, digite a classificação do clipe.
7. Em Descrição, digite as informações que descrevem melhor o clipe e clique em
Fechar.

Observação Só é possível modificar as propriedades dos clipes na área de coleções. Não é possível modificar as propriedades dos clipes no espaço de trabalho. Se você adicionar um clipe a um espaço de trabalho e modificar as propriedades do clipe na área de coleções, as propriedades antigas do clipe inserido no espaço de trabalho ainda serão exibidas. Para usar as novas propriedades do clipe, remova-o do espaço de trabalho, modifique as propriedades do clipe na área de coleções e adicione o clipe ao espaço de trabalho novamente.
Para alterar a visualização do clipe
No menu Exibir, selecione um dos modos a seguir:
Miniaturas. Para visualizar o título e uma imagem de bitmap de cada clipe na coleção.

Lista. Para visualizar o título de cada clipe na coleção.
Detalhes. Para visualizar todas as propriedades de cada clipe na coleção.

Para criar uma coleção

1. Na árvore de coleções, clique na coleção na qual deseja inserir sua nova coleção.
2. No menu Arquivo, aponte para Novo e clique em Coleção. Você também pode clicar na coleção e digitar um novo nome.
Para copiar ou mover uma coleção ou um clipe
Na área de coleções, arraste a coleção ou o clipe para o novo local.
Para excluir uma coleção
1. Na árvore de coleções, clique na coleção a ser excluída.
2. No menu Editar, clique em Excluir e clique em Sim para confirmar.
Para renomear uma coleção
1. Na árvore de coleções, clique na coleção a ser renomeada.
2. No menu Editar, clique em Renomear e digite o novo nome.
Para excluir um clipe de uma coleção
1. Na área de coleções, clique na coleção que contém o clipe a ser excluído e, em seguida, no clipe.
2. No menu Editar, clique em Excluir e clique em Sim para confirmar.
Para que a caixa de diálogo de confirmação não seja exibida no futuro quando você excluir um clipe, marque a caixa de seleção Não avisar novamente.

Observação
Se você excluir um clipe de uma coleção, o material de origem, como um vídeo original com a extensão. avi ou uma foto com a extensão .jpg, permanecerá no local original no computador.
Para fazer backup do arquivo de coleções
1. No menu Arquivo, clique em Sair.
2. Na caixa de diálogo Windows Movie Maker, clique em Sim para salvar um cópia de backup do arquivo de coleções.
3. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome de arquivo ou aceite o nome de arquivo padrão e, em seguida, clique em Salvar. A cópia de backup do seu arquivo de coleções é salva com a extensão .bak.

Observação
Você apenas será solicitado a salvar uma cópia de backup do seu arquivo de coleções ao sair do Windows Movie Maker após ter feito alterações nas suas coleções.

Para restaurar o arquivo de coleções

1. Se receber uma mensagem de erro indicando que o banco de dados de coleções está corrompido, clique em Sim para restaurar o banco de dados.
2. Em Nome de arquivo, digite o caminho e o nome do arquivos desejados e clique emAbrir O nome padrão é Windows Movie Maker Backup.bak. Solução de problemas

Este tópico fornece sugestões para a solução de problemas nas seguintes situações: As situações são organizadas por tipo de problema.

Foto de Alves Barrota

Bucólica

Domingos era pastor,
tratava dos seus rebanhos,
com Deolinda casado.
Acordar madrugador,
que por cuidados tamanhos
pouco dormia, o coitado.

Deolinda, tão sózinha,
em devaneios de amores,
que são coisa apetecida,
vive na sua casinha
suspirando dos ardores
que rompem em sua vida.

Um dia, chegou à aldeia
um padre novo. Mocetão
forte, latinidade obscura,
que logo teve uma ideia:
por meio da confissão
ver do rebanho a natura.

Absolvendo pecados,
ligeiro na penitência,
acurando sempre a todos
como um pastor em cuidados,
foi com tal inteligência
cativando destes modos.

Deolinda, pecadora,
temente de Deus, pudera,
no confessionário, em surdina,
contou do jeito que chora...
Como sonha...Quanto espera...
Ao homem sobrou batina.

Desse momento em diante
dispensou-lhe a confissão,
deixou de ouvir seus segredos.
Juntava-se, a todo o instante,
para lhe dar sua benção
na casinha. Que aconchegos...

O povo já murmurava
sem recato, boca fora,
que com Domingos na serra,
enquanto o gado pastava,
o padre e a pecadora
santificavam-se em terra.

Assustou-se Deolinda.
E chorando tristes ais
p'ra não ser excomungada
deu a coisa como finda.
O padre nunca viu mais...
Recatos de gente casada.

Domingos não era surdo
se bem que parvo parecia
pelo tamanho da orelha.
Porém, achou absurdo
ouvir falar na homilia
num tal Domingos ovelha!

Foi p'ra casa taciturno,
a repensar o assunto.
E com um uso agressivo,
num talho de voz soturno,
olhou Deolinda, bestunto,
e perguntou-lhe o motivo.

Credo! Cruzes! Esbraceja...
A mulher nada sabia
do que o padre inventou.
Abalaram para a igreja,
entraram na sacristia
e nestes termos falou:

"Ó senhor abade, abadinho!
Ó senhor abade, abadão!
Chamou a meu homem, Domingos, ovelha?
O senhor que bebeu meu vinho,
o senhor que comeu meu pão
e rompeu meus lençóis de linho?
Antes lhe chamara corno, cornelha!
Que os tem retorcidos para trás da orelha!"

"Já chega, mulher, já chega",
grita Domingos, aflito
vendo Deolinda em brasa.
"Acaba com isso! Sossega!
Tudo não passou dum dito."
E regressaram a casa...

Foto de Carmen Lúcia

Viajantes

Somos ínfimos pontos de uma imensidão,
Nesse desencontro de universos,
Onde transladam sonhos, barganham versos,
Num transitar perplexo e de abandono.

Buscando seus espaços, almas perdidas
Desfazem-se dos laços, em despedidas,
Anseiam referências, com persistência,
O marco zero da vida, o que inicia... (ou que termina?)

Somos partículas de um todo,
(Ou de um engodo?)
Que atirou a todos em arremesso,
Cada um, nova etiqueta...diversos tamanhos e preços...
E o tributo a ser pago, a revirar ao avesso.

Somos viajantes de um mesmo barco
A tripular pelo oceano, desejos parcos...
Barcos empoeirados, repletos de lama,
A navegar em águas límpidas...
Mas impróprias aos nossos planos.

Foto de Concursos Literários

Encerramento do 4º Concurso Literário de 2007

Encerrado dia 30.11.2007, este foi sem dúvida alguma o recordista em participação, conteúdo e integração.
As postagens que ultrapassaram a data prevista no edital, foram remanejadas aos blogs, visto que a data já estava pré-estipulada no edital.
A data de postagem esta sendo desde dia 07.10.2007 a 30.11.07 ás 23.59 horário de Brasília, textos postados depois serão eliminados.
Apesar de ter-me mantido um pouco ausente o que não significa que não tenha acompanhado os quantitativos e qualificativos postes presente neste concurso que até o presente momento foi o maior em toda história de poemas de amor.

Gostaria de agradecer á todos os participantes, que mais uma vez trouxe á nossa página com tua participação e integração o colorido do dia a dia, a confiança permanente e sobretudo esta partilha de afeto que nasce desta integração, fazendo-nos sentir mais que poetas, mais que aspirantes das letras, mais que participantes, mais que competidores, onde se forma uma grande família que faz deste brilhante meio de comunicação que é a internet, uma página na vida da gente

Página esta que ganhar, ser premiado, já faz parte de nossa história,onde o Google já aponta teu nome de poeta vencendo a barreira do anonimato.
Tenho certeza que em 2008 será ainda melhor e maior a participação, “Poemas de Amor” é um site de 1º ranketing em todo sistema de busca da internet, contando hoje com mais de sessenta mil pessoas que diariamente passam por aqui e tem a oportunidade de ler e de conhecer, não a administração, não á Miguel Duarte, mas á você poeta que com tuas linhas e versos compõe este universo onde sonhar é possível e alcançar nosso ideal.

Ainda selecionando os poemas e participantes, venho agradecer mais uma vez, este baile, esta festa, que vocês poetas vem nos premiando sempre com fidelidade, a qual é exatamente nossa bagagem para continuar em frente sempre lutando por mais e mais conquistas, onde o prêmio se faz presente esta registrado em nossa páginas, onde o nome de cada poeta é marco de nossa história.

Venho comunicar também que “Poemas de Amor” hoje conta com Miguel Duarte, na presidência Fernanda Queiroz na administração e mais três moderadores, a eles o direito de se manifestarem ou não publicamente, e também com uma bancada de jurados internos, formada por “Acadêmicos Profissionais “ somando 11 (onze) jurista, totalizando 15 pessoas que estarão fazendo parte da comissão de julgamento para premiação.
Aos acadêmicos profissionais, também todo direito de se apresentarem ou não, de emitir um comentário público ou não, visto que a liberdade de ação é o que podemos oferecer por tamanhos préstimos e colaboração, filantropicamente ofertada.
A votação popular do site, é um mecanismo criado para se aplicar a popularidade, ficando os Concursos com critérios próprios para elabora o planejamento de julgamento.
Infelizmente serão escolhidos somente 10 premiados, como estabelece o edital.
Premiação:

I - II - III

Para os 3 (três) primeiros lugar na categoria em Poemas:

Um adesivo com teu poema vencedor, ou outro que lhe seja muito especial, o que importa é que você poderá ter um poema teu decorando tua casa, e ainda mais, poderá escolher a cor pela tabela de corres e a fonte que mais gostar, (serão exposto no site), ou você poderá passear pelo site de nosso patrocinador e se encantar com a beleza, bom gosto e qualidade que este vem nos ofertar.
Importante- O adesivo colante decorativo, não poderá se precisar em medidas, visto que é montado onde os caracteres é que formam o prêmio, para isto existe um limite padrão, equivalente a um diâmetro de mais ou menos 90cm em largura e comprimento, em 15 (quinze) linhas contando com a assinatura.
Caso o poema ganhador ultrapasse, este já pré-estipulado padrão, o poeta poderá optar por um trecho do poema que mais gostou, ou se for o caso, escolher um dentre os teus ou até mesmo criar um novo, dentro do limite planejado, mas neste caso, somente se não for demorado, para que a I- Stick possa cumprir com tua premiação no tempo previsto pela mesma.

IV – V – VI Prêmios

Para os 3 (três) primeiros lugar em Contos:

Para esta categoria, fica valendo o mesmo espaço descrito na categoria acima. O poeta poderá optar por um trecho em tua narrativa que mais lhe aprouver, levando assim para tua sala, teu escritório, ou teu quarto, um pedaço de uma história que sempre será marco em Poemas de Amor e em tua vida.

Haverá ainda a distribuição de 4 (quatro) prêmios.

A I-Stick dará o valor de R$ 100.00 (Cem reais) em compras On Line diretamente de teu site, onde vocês poderão escolher na mais sortida linha de decoração, o bom gosto e a harmonia de cores, para enfeitar o teu lar.

Os Prêmios distribuídos serão para:

VII Prêmio

O melhor Vídeo Poema – Vale à pena premiar esta arte de fazer arte que vem assolando nossas páginas e colorindo imagens aos nossos olhos.

VIII Prêmio

Poeta Revelação – Esta premiação será observada a data da adesão ao Site desde o Dia 01/10/07, quando foi colocada a categoria de Concursos para a realização deste último Concurso Literário de 2007.
Este retrocesso de 7 dias se dá a justiça em que o tema descrito, chamou á atenção de novos poetas, angariando tua participação, portanto que venham os novos poetas, com tuas belas composições, “Poemas de Amor”, quer exatamente descobrir teu talento, incentivando-os cada dia mais a acreditar que o futuro e a realização, começam agora, e pode muito bem ser aqui.
Sejam todos bem vindos.

IX Prêmio

Poeta integração- O que seria poeta integração?
Sabe quando você recebe um comentário onde à interpretação do poema vem junto a um comentário que te deixa exatamente a certeza de que você passou uma mensagem?
Sim, isto se chama integração, se chama leituras aos poetas amigos, se chama participação, se chama fazer de “Poemas de Amor” tua parada obrigatória, como escritor, leitor e incentivador, portanto este prêmio será de sumária importância no site, visando a qualidade, e a quantidade dos comentários efetuados por um único poeta, ele poderá escolher teu prêmio no estoque de bom gosto do nosso patrocinador, I-Stick.
Importante – Moderadores não estarão concorrendo a este prêmio.

X Prêmio.

E o último prêmio em compras On Lime da decoração que faz a emoção da internet, “Poemas de Amor”, reserva o direito de classificar como “Prêmio Surpresa”, o qual será revelado junto aos outros citados acima.
A data da divulgação dos vencedores será do dia 24.12.07 até dia 3l.12.07, ás 23.59. Horário de Brasília.
OBS: Estamos pensando em editar um resultado por dia, caso seja possível, ficaria bem emocionante, começaríamos do 10º Prêmio até o 1º Lugar.

* Importante*As despesas de envio da premiação fora do Brasil, correrá por conta do ganhador.

Sem dúvida alguma teremos deste concurso uma coletânea que será vendida em nosso site, divulgado no sistema operacional de Marketing do Google.
Para que haja realidade além de sonhos é imprescindível que o poeta selecionado, para participar da coletânea terá que se atentarem as normas e datas dos protocolos exigidos, sendo que a relação dos Poemas e Poetas será divulgada On Line, onde cada um deverá se comprometer em registrar em um comente onde poderá postar tua desistência ou o número do protocolo de envio, devidamente registrado ao destino da edição, ou seja Lisboa- Portugal.
Futuramente interessados em edição própria deverá fazer contato com Fernanda Queiroz através do e-mailfernandaqueiroz23@gmail.com.

Meu agradecimento á todos os participantes, leitores e visitantes, que contribui para que este site esteja cada vez melhor.
Obrigada a comissão julgadora na organização do professor Antero, que se prontificou a nos auxiliar neste grande e último evento do ano de 2007.
Obrigada Miguel Duarte, por mais uma vez fazer de tua casa palco de nossas realizações.

Grande abraço.
Fernanda Queiroz

Foto de Lou Poulit

O PORCO-ESPINHO DE ESTIMAÇÃO

CONTO: O PORCO-ESPINHO DE ESTIMAÇÃO

Plac, plac, plac... plac-plac... O relógio antigo pendurado na parede encardida do escritório sequer fazia o tic-tac comum e implacável, com o que qualquer relógio de corda tenta destruir os nervos dos ansiosos. No entanto muito pior, era a impressão de que ele movia o ponteiro mais lentamente, à medida que se aproximava a hora de ir embora.

Plac, plac, plac... plac-plac... Era sexta-feira e fim de mês, mas o salário, que já estava no bolso do Filé, não pagaria as dívidas, nem mesmo todas as despesas normais do mês. Por que então não gastar uma parte, para se divertir um pouco? Depois de um mês inteiro catando milho naquela máquina, datilografando guias carbonadas nas quais era proibido haver uma rasura sequer, isso parecia muito justo. Só que era preciso esperar o maldito relógio apontar a hora de parar.

O Filé, como era amigavelmente tratado no trabalho, era um homem infeliz porque pensava não ter expectativas para a sua vida. Pegar o trem de volta para casa era uma alternativa absurdamente sem graça. Fizera isso o mês inteiro. O cardápio seria o mesmo, assim como as cobranças do senhorio e da mercearia. E da sua mulher, com o sorriso escasseado pela vida dura e fartos depósitos de gordura pelo corpo, ele não poderia esperar nem um lapso de desejo, felizmente. Naquela sexta-feira, pensar em fazer sexo com sua mulher era impensavelmente proibido. Durante o mês inteiro ela o proibira disso e daquilo. Agora era a sua vez de mostrar que também tinha o poder de proibir. Ao menos isso.

Não. Não e não. Naquela noite, assim que o miserável relógio se dignasse a apontar o fim do expediente, ele sairia sem rumo e sem destino. Queria ser o que todo mundo parecia se orgulhar de ser: um cidadão comum, numa cidade comum, sob regime capitalista comum, sem que tivesse que fazer para isso algum esforço incomum. Ora, só queria ter a impressão de que as notas no seu bolso, faziam dele alguém importante, ou pelo menos alguma coisa. Ansiava por julgar justificada a tortura diária de fazer aquele mesmo serviço durante o mês todo. Filé tinha sempre a sensação de ser consumido, agora queria consumir um pouquinho, ser servido, assediado para comprar algo e ter o inusitado prazer de dizer que “não, muito obrigado”, mas não por dissimulada incapacidade. Queria dizer não porque não, e pronto, já que passara o mês dizendo sim. Estava assim determinado a fazer apenas algumas das coisas que todo mundo faz naturalmente. E só poderia fazer isso naquela sexta-feira pois no sábado estaria de novo nas mãos da mesmice.

O Filé sentiu um friozinho na espinha quando o chefe passou pelas suas costas e com um tapinha no ombro autorizou o fim do serviço, segundos antes do relógio. Enfim, ali renascia o rapaz viçoso por cujo sorriso, noutros tempos completo e carnudo, a mulherada perdia a compostura. Não era rico, longe disso, mas se vestia bem e usava algumas pulseiras douradas, além de um grosso cordão, onde se via sempre uma medalha com o triângulo maçônico, cujo significado Alfredo desconhecia por completo, mas tudo fantasia. Sua aparência, somada ao sorriso de quem não tinha dívidas ou qualquer outra preocupação, era o suficiente para que conseguisse a maioria das coisas que desejava. O que na verdade não era muito, porque seus desejos tendiam a uma certa proporcionalidade, em relação à sua, digamos, sintética compreensão do mundo. Alfredo era um rapaz feliz, ironicamente, porque não tinha grandes expectativas.

Filé passou pelas portas do escritório e da entrada do prédio sem deixar de cumprimentar uma única pessoa. Já na rua, passou a se comportar como um respeitável senhor. Não quis entrar em nenhuma condução. Como ainda não sabia para onde estava indo, o melhor era andar pelas calçadas, assim poderia parar em frente às vitrines, e esperar que alguma atendente jovem e gostosa viesse lhe oferecer o seu melhor sorriso. Durante todos os demais dias do mês isso não aconteceria, a menos que estivesse no caminho de alguma daquelas evangélicas, que saem em grupo pelas ruas vendendo revistas de igreja e oferecendo a salvação das almas, ou o inverso, como acreditava o Filé. Logo uma vendedora veio de dentro da loja. Não lhe pareceu tão bonita quanto esperava, mas era razoável. A noite estava começando.

Satisfeito por não ter cedido à tentação das vendedoras que encontrou pelo caminho, que até pediram cartão de visitas e número de telefones para futuras compras, depois de percorrer quatro quarteirões encontrou uma boate do lado oposto da rua. Chegou a parar para atravessar dali mesmo, porém viu entrar e sair da casa pequenos grupos de homossexuais e decidiu que devia aplicar melhor seu rico dinheiro, tão arduamente conseguido. Voltou às vitrines. Ainda era cedo para ele, mas a maioria das lojas já estava fechando as portas. Sem problemas, disse a si mesmo, de qualquer forma não pretendia comprar coisa nenhuma. Mas se não teria mais belas e jovens atendentes para lhe sorrir na porta das lojas, então teria que procurá-las noutros lugares. Não haveria de ser tão difícil. Nos quarteirões próximos decerto as encontraria.

Logo adiante, Alfredo passou por uma bela moça, que parecia esperar pelo namorado, encostada num poste de luz. Não... Pensando bem, não podia ser isso. A mulher parecia uma vitrine ambulante. Estava vestida e postada de modo a oferecer partes suas que, pelo jeito, julgava mais ao gosto popular, e só faltava mesmo uma plaquinha em algum lugar, para indicar o que houvesse ali a preço promocional. Além do mais, estava lhe sorrindo com o mesmo ar de sem-decepções que acabara de ver nos rostos das vendedoras nas lojas. Ah, então ela está a fim de um programinha... É bonita demais – pensou – é perfeita. Nem sua mulher, quando era novinha, era tão perfeita. Ora, por que fora se lembrar dela justo agora? Era como se a lembrança da mulher, de tão concreta, lhe empurrasse pelas costas em direção à garota. Mas assim, tão bonita, com certeza lhe custaria os olhos da cara.

Ei, gostei de você... – Filé falou de mal jeito, pois já nem se lembrava direito como se fazia isso. Ela fez que não o ouviu, e ele remendou perguntando: Quanto custa o chorinho?... Para alguém que pergunta como um extra-terreno é bem mais barato – Respondeu a mulher simpaticamente, fazendo graça... Mais barato quanto?... Depende do que você quiser fazer... Como assim? Tem algum tipo de tabela de preços? – Tentando repetir seu velho e irrecusável sorriso – Tem alguma coisa em promoção?... A mulher não gostou muito, clientes que pedem promoção no início da noite são, no mínimo, idiotas. Entretanto, ela resolveu propor um preço intermediário. Derrubaria esse cliente rapidamente, pensou ela, e depois arrumaria mais dinheiro com outro. Mas como mesmo aquele preço mais barato era inviável para o Filé, ele lamentou com muita sinceridade. Quando virou as costas, ela propôs outro menor e logo um outro ainda mais barato, todos recusados. Filé a ouviu dizer a certa distância que fosse à merda, mas nem se importou. Estava dividido. Dessa vez não tinha sentido prazer em dizer que não. Aquela mulher era realmente muito bonita e ele seria capaz de uma verdadeira loucura, se fosse para tê-la só para si... Quem disse que ela aceitaria? Paciência – confortou-se – a noite é uma criança...

Filé prosseguiu em sua caminhada. Mais uma última vez olhou para trás e ela ainda estava lá, na mesma posição, no mesmo poste de luz. E para se recolocar no lugar de quem decide ele disse à meia-voz: É apenas uma puta... Havia muitas na região em que estava, uma espécie de centro com muitas casas de diversão para homens que tivessem algum dinheiro. Uma cerveja! Sim, para matar a sede que já se fazia sentir. Atravessou a rua e passou por uma vitrine redonda, engastada na parede, onde haviam fotos de streepers. Poderia entrar naquela. Eram todas mais ou menos a mesma coisa.

CAPÍTULO II

De início, o ambiente era escuro demais para que o Filé pudesse identificar o que havia dentro da boate. Mas dava pra ver onde era o balcão do bar e lá ele resolver ficar um pouco, até que sua visão se adaptasse à brusca mudança de luz. Pediu um caneco de cerveja com o tom de uma ordem, foi prontamente servido e bebeu o primeiro todo de uma só vez. Estava com sede por causa da caminhada, mas também queria impressionar. Sabia que durante alguns minutos, embora ele não pudesse observar as pessoas com muita clareza, estaria sendo observado pelas mulheres que já se encontrassem lá desde antes, à espera de um cliente. O espaço era pequeno e o condicionador de ar mantinha a temperatura mais baixa do que ele gostaria. Apontou para uma marca de conhaque que conhecia e, servido, percebeu que já era possível enxergar algumas mesas vazias. Tomou a bebida e levou outra dose para uma daquelas mesas, escolhendo a que estava mais ao canto.

Em alguns minutos já havia desprezado vários olhares. Havia ali mulheres de vários tipos, para muitos gostos, sendo naquela casa a maioria composta de mulatas bundudas. Uma das mulheres lhe chamava mais a atenção, uma loira alta e carnuda, porém ela sequer olhava pra ele. Irritado com o que lhe parecia uma falta de consideração da tal mulher, o Filé chamou uma das meninas e mandou que levasse um recado seu. Precisou esperar por longos minutos, mas enfim a mulher levantou-se e veio ao seu encontro, sentando-se no lado oposto da mesa sem cerimônias. Ao chegar trouxera o mesmo sorriso de sem-decepções e, antes que ele o perguntasse, foi logo adiantando o seu preço para o serviço mais rápido, um boquete à queima-roupa. Ele balançou a cabeça positivamente, mas começou uma conversa qualquer. Queria beber mais e ganhar tempo para criar algum clima. Ela preferiu cerveja e Filé mandou que trouxessem para si próprio a garrafa de conhaque.

Dizendo se chamar Paula e mantendo uma aparência de interesse profissional, a mulher aceitou a tal conversa qualquer, mas a partir de certo ponto encurtou a distância e começou a tocá-lo, pegando em sua mão. Ela tinha um hálito forte de bala sabor eucalipto e palavras doces que, entretanto, não dissimulavam o timbre de voz surpreendente, encorpado demais para uma mulher tão bela. O Filé, que se sentia o dono da situação e mantinha um ritmo de goles acima do hábito, tinha a sua capacidade de avaliação já comprometida. Estranhou apenas que ela o tocasse com força e, depois, que suas mãos eram de fato grandes e fortes. Começou então a pensar, que aquela também não era a mulher ideal. Ela bebia muito pouco e, a julgar pelo tamanho do corpo e pela robustez das mãos, caso tivesse que pegá-la à força teria muita dificuldade. Contudo, como já estava mesmo gastando o seu parco dinheiro, era preferível que não fosse em vão.

Com o andar da conversa Filé foi se sentindo cada vez mais pressionado. A doçura inicial cedera lugar a palavras sempre mais impositivas e isso dava a ele a frustrante impressão de que ela estava no comando das ações. Em contra-partida, as suas coxas eram irrecusáveis e ele não resistiu à tentação de pegar nelas ali mesmo. Podiam estar melhor depiladas, porém ele estava perto demais do que pretendia, e não quis recuar. E foi chegando a mão, até que ela o interrompeu e decidiu: Vamos subir, tem um quarto lá em cima esperando por nós. O homem olhou para a escada, que lhe pareceu muito longa, mas normal para uma casa de sobrado como era aquela, e concordou.

Passaram por um corredor escuro, estreito e curto, no alto da escada, e depois por outro maior. De ambos os lados, vários espaços, separados por placas prensadas à guisa de biombos, eram destinados aos amantes com um mínimo de estética e conforto, e sem janelas. Impaciente com a lerdeza etílica dele, Paula o puxava pela mão. Filé parou de repente, se esforçando para conter aquele trem, e perguntou para onde estavam indo. Tenho um quartinho logo ali, só para clientes especiais – ela explicou. Ele achou razoável, pois uma mulher com tanto comprimento não caberia mesmo num daqueles cubículos. Subiram mais dois lances curtos de escada, numa passagem de penumbra que cheirava a forro de telhado, e finalmente Paula abriu a porta do tal quarto. Era apenas um pouco maior que os demais. Como ventilação, o que poderia fornecer um basculante de dois palmos, uma cama e um criado-mudo, uma mesa de bar com duas cadeiras, pregos nas paredes serviam de cabide e uma lâmpada pequenina, a mesma que iluminava uma pequena imagem de Santa Joana D’Arc, colocada no alto, acima da cabeceira da cama.

A sós com aquele mulherão, o Filé devia estar feliz. Tão perto dos seus atrativos, devia estar muito excitado. Prestes a consumar o seu plano, devia jogá-la na cama e obrigá-la a fazer todas as suas vontades, sem avisos ou ponderações, e com todas as concessões. Entretanto, ficou ali mesmo, parado como um bichinho indefeso esperando o bote do predador á sua frente. A mulher desistiu de esperar pela iniciativa dele e foi para cima. Empurrou o Filé para a cama e começou a lhe tirar a camisa, com pouca ou nenhuma delicadeza. Aceitando o pega aqui e espreme ali, o homem chegou rapidamente a duas conclusões pouco desejáveis: primeiro que ela era musculosa e dura demais, o extremo oposto da mulher passiva à qual estava acostumado, e segundo, que estava por demais armada entre as pernas!...

Que isso, mulher... Isso é um assalto? – Perguntou ele com o seu sorriso mais tímido... Não, meu amor, é só uma brincadeira que nós vamos fazer... Que brincadeira?... Meinha, amor... Que estória é essa de meinha?... Assim ó, primeiro você, pode até esculachar que eu topo, mas depois será a minha vez... Pode parar que eu sou macho – garantiu o Filé, tentando parecer bravo e definitivo... Mas Paula ajoelhou-se na cama e, muito convincentemente, arrancou de um só golpe o próprio vestido. Depois disse com inacreditável doçura: E daí, meu amor? Eu também sou, olha aqui ó... Não senhor! Então você quer me comer, seu viadão?... Não amor, só o seu pintinho medroso...

O que se seguiu foi um verdadeiro pandemônio, um arranca-rabo que não poderia caber num espaço tão exíguo, com o fundo sonoro dos gemidos do estrado e das juntas da cama. Sobretudo, não havia espaço para escapar! Pequeno, magrelo e bêbado, o Filé esperneava e dava coices, suas mordidas pareciam inúteis. Pensou em gritar por socorro, talvez alguém o escutasse, mas achou que isso seria vergonhoso demais para um macho com passado glorioso. Para aumentar seu desespero, embora procurasse não conseguia saber exatamente onde estava a porta, cuja face interna era pintada com a mesma tinta da parede. Com tanto pega, estica e puxa, veio enfim o cansaço, o esgotamento precipitado pelo álcool, e uma grande e desesperadora perda de esperança. O homem era muito mais forte e o Filé sentiu os olhos embaçarem, eram as suas lágrimas, que não podia mais conter. Sentiu-se bruscamente levantado pela cintura e posto de quatro na cama. Esperou o golpe de misericórdia. Mas este não veio.

Inexplicavelmente, a imagem da incólume Santa Joana D’Arc havia despencado do seu dossel. Surpreso, Paula a pegou com desesperado carinho, e depois sentou na cama com tal desgosto, que o estrado já alquebrado não suportou e desabou, levando os três para o chão. O Filé já não estava mais tão bêbado que não pudesse entender a raríssima oportunidade que estava tendo. Lembrou-se ainda de pegar a sua camisa, e para escapou daquela bicha enorme, esparramada no que sobrou da cama, achou a maldita porta camuflada e foi-se embora, escorregando nos degraus escuros, segurando as calças à meia-bunda. Aos trancos e barrancos, passou pelos largos homens da segurança e ganhou afinal a rua. Estava ofegante, mas aliviado. Poucas vezes na vida sentira um tamanho alívio.

CAPÍTULO III

Depois de andar mais alguns quarteirões, sempre olhando para trás porque havia saído sem ter pago a ninguém, a garganta novamente secou e o Filé escolheu um bar qualquer para beber alguma coisa. Entrou sob os olhares desconfiados dos que estavam bebendo no balcão, e teve de passar por todos eles, porque o bar era comprido e estreito, só havendo uma vaga no final. Lá também haviam várias mulheres, mas àquela altura todas lhe pareciam suspeitas.

Ali foi bebendo, sem prestar atenção às conversas dos outros que, entretanto, queriam que participasse e volta-e-meia perguntavam sua opinião sobre uma coisa qualquer. Eles não sabiam, mas o Filé ainda não se recuperara do susto e sua falta de sorte podia estar teimando, querendo mais. Além do que, nesse bar não havia nem um calendário com a figura de Santa Joana D’Arc! Junto à caixa registradora, até havia um calendário, mas o Filé não sabia de que santo era. E disse a si mesmo que se ele não conhecia o santo, com certeza a recíproca era verdadeira. Como se não bastasse, aquele santo, em vez de estar num dossel, estava num pregador metálico dos grandes. Não dava pra acreditar que o tal santo fizesse tamanho esforço por um desconhecido.

Na verdade, o pessoal do balcão queria trazê-lo para a conversa porque a conta já estava alta. E tanto fizeram, que o Filé sentiu-se à vontade para dar uma curta opinião a respeito da questão em pauta: um jogo de futebol. Foi o suficiente, já estava dentro. Assim, pediram mais bebida e algum tira-gosto. Agora já gostavam do Filé, que soltava cada vez mais. Achavam que ele entendia tudo de futebol e não economizava palavras, empolgava-se e seus argumentos deixavam a todos convencidos. Porém, de repente, o assunto mudou para mulheres boas de cama. Então a performance do Filé mudou, não queria falar sobre isso. Falou apenas para defender a sua opção sexual, posta em dúvida por brincadeira e tão infeliz coincidência. No mais se calava, comia e bebia, mais dedicado aos seus próprios pensamentos do que à conversa.

Lá pelas tantas, alguém sugeriu um jogo de palitos para decidir quem pagaria a conta. Filé gostou da idéia, pois na purrinha ele se garantia. Contudo a idéia foi derrubada pela maioria. O bar era de um velho senhor, que entregava toda a responsabilidade a seu filho adotivo. Tinha plena confiança nele, havia tirado o negrinho da rua. Ele sabia que tinha sido abandonado à própria sorte pelos pai e era de devotada gratidão ao velho. Porém não era mais o moleque franzino que vivia de esmolas e pequenos furtos. O negro agora era um homem grande e falava grosso, para quem quisesse ouvir.

Olha aí, pessoal, deu só isso aí. Já dividi e a cota de cada um está no avesso. Mas vocês já sabem que aqui não vale cartão, quero grana, dinheiro vivo... Num pedaço de papel, rasgado de algum pacote de cigarros, estava uma discriminação incompreensível do total. O Filé resolveu protestar, pediu que o negro explicasse a conta e o homem torceu o beiço: Mas tu é marrento, heim... Todos ali sabiam que o Filé tinha a sua razão, mas o negro tinha fama de encrenqueiro e ninguém queria passar a noite na delegacia. A maior parte deles concordou, sem saber se a conta estava certa, e o Filé teve que se conformar. O dinheiro que tinha dava para pagar a sua cota, mas faria diferença mais na frente, ainda queria andar para achar uma mulher que valesse à pena.

Esgotadas as escaramuças, todos meteram a mão nos seus bolsos sob o olhar satisfeito do negro. Em princípio ninguém percebeu, porém o Filé não estava nem ali, ou preferia não estar. Sua mente vasculhava desesperadamente a memória recente, em busca de uma pista. Por eliminação de todas as possibilidades restantes, a dedução parecia certa: Aquele viado da boate, bateu a minha carteira! Eu devia ter imaginado, lógico, por isso me deixaram escapar e nem vieram atrás de mim. E agora? Sem a grana da cota da despesa e sem santinha... Achou que tivera mais sorte antes, pois lá seria apenas um! Só de olhar para o negão, já dava vontade de sair correndo. Era o que queria fazer, mas com toda aquela gente entupindo o corredor do balcão... Lembrou-se do mictório, talvez lá houvesse um basculante por onde pudesse escapar. Foi até o fundo do bar, mas logo viu-se frustrado. Era apenas um cubículo. Além de não haver nele nenhuma passagem além da porta, sentiu-se mal ali. Era inseguro demais, muito menor que o quartinho da boate. Estreito como um curral de matadouro, era o lugar ideal para o negão demonstrar a sua imensa generosidade.

Não havia outra esperança, teria muito o que correr, se conseguisse chegar até a calçada. Como esperava, ao abrir a porta do mictório para sair, deu de cara com um olhar terrivelmente coletivo. Feita e refeita a soma do pagamento, faltava exatamente uma cota e só podia ser do cotista ausente. Eu já sei que vocês não vão querer acreditar, mas roubaram a minha carteira... – O Filé optou por ser sincero. O mais velho dos cotistas, tentando ajudar, sugeriu que ficasse para limpar pratos e copos. Porém o negro tinha uma outra alternativa: Não... Tenho aqui uma coisa pra ele deixar bem limpinha...

Prevendo o que estava para acontecer, uma senhora levantou-se de uma das mesas enfileiradas junto à parede e pediu que deixassem o pobre-coitado, e que ela pagaria a parte dele. Ninguém quis acreditar, muito menos o Filé. Ele olhou a negra velhinha de cima a baixo e pensou em recusar a ajuda, mas depois se lembrou de que não tinha alternativa, e ficou olhando, procurando entender o que estava acontecendo. Era uma mulher idosa e mal vestida, tinha ao lado um despencado carrinho de feira e nele amarradas, com barbantes e tiras de trapos, várias bugingangas sem valor. A negra cheirava mal e estava bebendo cachaça, mas em uma caneca feita de lata de salsicha. Ora, era uma mendiga. Como poderia ter dinheiro para pagar a sua cota? Acanhado, o Filé se aproximou para agradecer e foi então que reparou em algo embaraçoso. Pendurada em seu pescoço, ruço por falta de banho, havia uma medalha enzinabrada, onde ainda se podia ver a imagem de santo, o mesmo santo do calendário, que protegia a caixa registradora do bar.

A mulher resolveu acabar com todo aquele descrédito. Meteu a mão na sua sacola de perna de calça jeans, tirou uma nota de cinqüenta, entregou ao negro e ainda lhe disse que não precisava fazer troco, porque da próxima vez que viesse tomaria umas doses por conta. Passado o aperto, os demais foram tomando cada um o seu caminho, uns fazendo piada, e outros perguntas, cujas respostas explicassem aquilo. O Filé convenceu-se de que a mendiga era louca, coitada, e sentou na outra cadeira da mesa, só para não ir embora assim, sem demonstrar uma gratidão mais verdadeira. Para ter o que falar, ele perguntou a ela que santo era aquele, gravado na medalha. A velha disse que não sabia, mas era de muita estimação. O Filé torceu o beiço, em sinal de dúvida. Qual é o problema? Você nunca teve nada de estimação?... – Disse ela desconfiada...Problema nenhum, mas eu nunca tive não. Não gosto de bichos de estimação, nem de me sentir preso a nada. Aliás, já tenho a encrenca da minha mulher pra me prender... Porém a mendiga não achou a graça que ele esperava. Torceu, agora ela, os beiços largos e úmidos de cachaça, como sinal de desaprovação, e lhe disse que tratasse de não fazer mais tantas perguntas. E que voltasse para o seu caminho, com a proteção do santinho, qualquer que fosse o nome. Sem jeito, o Filé foi mesmo embora.

CAPÍTULO IV

A maré estava mais baixa do que o normal. O mar havia recuado vários metros. Diversas traineiras e canoas, de todos os tamanhos, ficaram tombadas no fundo de areia e lodo da praia, normalmente submerso, e que agora exibia uma insuspeita diversidade de coisas, umas naturais e outras bastante estranhas. Dentro de uma canoa enorme e antiga, das que eram talhadas de um único e imenso tronco de árvore, um grupo de mendigos, desinteressados do fundo do mar e dos latidos distantes e furiosos de um vira-latas, dormia profundamente, bem próximo da parede de pedras cimentadas que descia da calçada para a praia. Apesar da miséria, sentiam-se felizes e seguros, no lugar que escolheram para passar a noite, aproveitando a baixa-mar tão pronunciada. A canoa mais parecia um grande balaio-de-gatos, grandes e pequenos, sendo impossível saber-se onde começava e terminava a mesma pessoa. Salvo no caso dos casais que haviam feito sexo antes de dormir, porque estes ainda estavam cobertos pelos seus panos, que haviam usado como se isso diminuísse a intimidade generalizada.

Os seus sonhos nada rasos, entretanto, foram bruscamente interrompidos. Alguém viera correndo pela calçada, que ficava bem acima do nível da praia e, para escapar da perseguição do vira-latas zangado, bem perto dos seus calcanhares, havia saltado para a areia, sem ter tempo de medir onde cairia. Pois caiu estrondosamente, justo na proa da canoa onde estavam os mendigos. Com o susto, foi mendigo para todo lado. Uns ainda se lembraram de catar por instinto alguns pertences seus, enquanto outros, com dificuldade para suspender as próprias calças, não tiveram tempo nem mãos livres para isso. Algumas crianças de colo berravam, abandonadas que foram, mas ninguém ali sabia ainda o que estava acontecendo, tão pouco imaginava para onde estava indo.

Todo dolorido, o Filé se levantou para ver se o seu perseguidor também havia pulado da calçada para baixo, e viu que felizmente ficara no alto da parede. Dois dos mendigos se aproximaram dispostos a mostrar sua raiva, porém foram surpreendidos pela ira do intruso. Mas não contra eles. O Filé estava furioso porque só agora estava vendo que o tal cão, que ainda latia para ele do beiral da calçada, não era de meter medo nem a um gatinho faminto. Muito pequeno e magro, se não houvesse corrido poderia tê-lo pego pelo pescoço e arremessado longe. Em vez disso, quase quebrara o próprio pescoço, ou o de alguém inocente, naquela queda estúpida.

Compreendendo que não se tratava da polícia, nem de alguma das ameaças comuns à vida de rua, e vendo que o homem não conseguia se aprumar direito dentro da canoa, alguns mendigos mais piedosos foram lhe ajudar. Um deles, o mais velhinho, lhe ofereceu da sua própria cachaça, insistindo para que tomasse ao menos um gole, sob uma duvidosa alegação: É pra não inflamar. Constrangido pela boa fé do velhote, o Filé acabou tomando um gole. Depois outro e logo mais um. Acabaram achando que o intruso era apenas atabalhoado, ou azarado, mas que não era tão diferente assim, afinal, também gostava de cachaça. Tudo foi virando uma galhofada, na medida em que foram aparecendo outras garrafas.

O Filé acabou contando a sua estória, desde que saíra do escritório. Sobre a corrida e o salto desesperado, conseguiu uma gargalhada geral dos mendigos, contando que aquele vira-latas só podia ter pensado, que ele ia pegar o frango que estava num despacho na encruzilhada. Essas madames ficam trazendo comida pros cachorros de rua, o bicho, que não sabe o que é despacho, pensa que é santo e não quer dividir com ninguém... Tava só esperando a vela apagar... – Remendou o mais velho... Também, você nem pra pedir licença... – Outro fez graça... Eu? Que pedir licença? Eu só passei por perto porque me desequilibrei... Não chegava a ser uma estória surpreendente, cada um ali tinha a sua própria, no mais das vezes bem pior e mais prolongada. Ademais, se ele não tinha grana, de que poderia lhes servir? Era somente mais um e dos mais mentirosos. Onde já se viu, uma mendiga pagar a conta de alguém que sequer conhece? A cachaça acabou e os mendigos foram se acomodando novamente na canoa.

Já era madrugada quando o Filé resolveu retomar o seu caminho, por mais desafortunado que ele fosse. Uma idéia não lhe saía da cabeça, agora enfeitada por um galo doído: ainda faltava uma mulher. Estava decidido, era então uma questão de honra. Não voltaria para casa sem antes pegar uma mulher. Procurou em vão aquele maldito vira-latas, que já devia estar dormindo também, e com o caminho livre pôs-se novamente a andar a esmo. Em razão do esforço de continuar, suas escoriações incomodavam, a visão embaçava, transpirava por todos os poros e tinha a impressão de estar ficando febril. Mas pensou que só podia ser efeito de tanta cachaça.

Depois de algum tempo, tropeçando aqui e ali, vinha-lhe à mente o corpo pesadíssimo da sua mulher. Ele era esteticamente feio, mas estava lá à sua disposição, bastando entrar em uma condução e voltar para casa. Poderia então se esparramar sobre ele, servir-se do que quisesse e depois dormir ali mesmo, como se fosse um colchão macio. Ela não se importaria, nessas horas sempre fora muda e obediente. Alfredo sempre fora a sua única ambição de consumo. Agora ela não tinha mais nenhuma. Mas não... Não, não e não! O homem se aprumava e seguia adiante. Depois de passar por tantos sufocos, ter os seus documentos roubados junto com o dinheiro do mês... Escapar, por um segundo milagre na mesma noite, de apanhar e ser literalmente encurralado no mictório do bar. Por pouco não quebrou o pescoço e ainda foi acolhido, pelo grupo de miseráveis sobre cujos pescoços havia acabado de cair! Definitivamente, não. Ou encontrava uma mulher para se vingar do azar, ou não voltava para casa.

Mais à frente, o Filé estava atravessando um parque público, com grama e jardins, cujos postes de iluminação incandescente por entre arvoredos espalhavam sombras sobre os canteiros. Viu então adiante um vulto estranho, que fazia movimentos pequenos mas ritmados. Da distância em que estava e com os olhos embaçados não conseguia distinguir o que era. Mais próximo, achou que eram duas e não apenas uma pessoa. Tentando não fazer barulho chegou mais perto. Estava agora certo de que era um casal de namorados e quis ver o que estavam fazendo. Ora, o que um casal de namorados poderia estar fazendo, em uma posição incômoda, entre as sombras de um parque lá pelas tantas da madrugada? Devia ser bom de se fazer. Pelo menos, de se ver.

De modo a não ser percebido, deu a volta num dos canteiros para chegar em uma outra posição, de onde certamente poderia ser um expectador privilegiado. Porém, assim que chegou onde pretendia, ouviu latidos próximos. Caramba, uma mulher que late enquanto faz sexo! Isso era muito mais do que estava procurando. Mas por entre as plantas do canteiro, enfim conseguiu ver que se tratava apenas de mais um mendigo e, deitado ao seu lado, o seu cachorro de estimação. Não... Outro cachorro?... Com base em sua memória recente, estava em perigo. Droga, por que os cachorros gostam tanto de mendigos? Não tem nenhum despacho por perto e aquele cão está latindo pra mim... Filé não entendia mesmo nada de cachorros. Novamente ele correu e de novo foi perseguido. O animal só parou depois que ouviu o assobio do seu dono. E o Filé gastou em mais essa corrida as últimas energias de que dispunha.

CAPÍTULO V

Sentado em um banco de ripas de madeira, O Filé sentia-se esgotado, mas descansaria ali um pouco e depois prosseguiria. Quando as suas pálpebras começaram a pesar, para não adormecer ele respirou fundo e pôs-se a caminho de novo. Seguindo na sua obstinada peregrinação, ele encontrou o que fora, por pouco tempo, um outro despacho. Esse havia sido maior e mais variado, coisa de madame. Porém já não restava quase nada, aquele cão com certeza chegara antes. O Filé chegou perto para espiar. Por um instante achou que pudesse adivinhar o que o cão havia encontrado para o jantar. Não seria uma tarefa fácil, mas uma coisa era certa: ali havia uma galinha, pois haviam penas por todo lado. Uma coisa o intrigou. Por que motivo o cão havia deixado as vísceras onde devia estar a galinha inteira? Com certeza ele fizera um trato com o santo, do tipo “eu como só a galinha e deixo as tripas pro senhor”. Ora, será que ele achou que quando eu chegasse ia lamber o fundo do alguidar? – Perguntou a si mesmo. O homem se divertiu por algum tempo consigo próprio, mas logo o seu sarcasmo perdeu a graça e ele retomou os seus passos de filigranas, não estava mais interessado em despachos.

Ao passar pelo último canteiro do parque, Filé sentiu um aroma no ar que lhe despertou a fome. Lembrou-se então de que não havia comido quase nada, desde a hora do almoço. Então percebeu que do meio do canteiro subia uma fumaça tênue e ficou curioso por saber do que se tratava. Tendo ouvido que alguém se aproximava, de dentro do canteiro, que tinha forma circular, uma velha mendiga interrompeu os preparativos do seu jantar. Sentada na grama e protegida pela cerca-viva do canteiro, ela tinha entre as pernas quase todos os principais ingredientes para isso, retirados do despacho que haviam deixado no parque. Por entre os galhos, o Filé via apenas o seu vulto.

Desconfiada do intruso, que devia ser um mendigo covarde disposto a lhe tomar a refeição, ela pegou a galinha, virou de cabeça para baixo e, pelo buraco aberto por ela no ventre para retirar as vísceras que não comeria, ela foi despejando o que havia em volta. E assim foram para dentro o dendê, a farinha e a pimenta malagueta. Na pressa, ainda foram indevidamente para dentro do buraco alguns cigarros e muitos palitos de dente. Com mais pressa ainda retirou da sua sacola uma latinha de condimentos, ia destampá-la, mas achou que não haveria mais tempo. Pensou que, caso colocasse a galinha na água de cozimento, que já fervia, o pilantra logo a encontraria, então a negra empurrou a galinha para o lugar que lhe parecia mais seguro, onde ninguém nunca queria mexer: debaixo da saia, entre as suas pernas. Depois, imaginando que ainda não estivesse segura o bastante, por via das dúvidas, empurrou ainda mais para dentro das pernas, até senti-lo em segurança, junto da sua genitália.

Bem, não se tratava exatamente de um mendigo. Tão pouco o homem tinha a galinha por prioridade. Todavia, ela não o sabia. A mendiga não pode imaginar que ele tivesse uma única coisa em mente, que por isso ele seria capaz de qualquer coisa, e ainda que, vendo-o depois dele passar pelas plantas do canteiro, reconheceria nele o pobre coitado, cuja conta havia pago quando estavam no bar. Ué, você de novo?... – Ela logo perguntou com surpresa e simpatia. Achando que não havia motivo para toda aquela sua preocupação e que o perigo havia passado, ela começou a reclamar com ele, porque havia lhe dado um susto dos diabos, nem pudera temperar direito o seu jantar. Contudo o Filé, que não a reconhecia do bar, sequer a estava ouvindo.

Na verdade, ele estava diante de uma decisão muito difícil. Se perdesse aquela oportunidade, com certeza não encontraria outra mulher para saciar seu desejo imperativo. Aquela velha mendiga, esmulambada demais para ser despida, suja demais para ser pega e fedorenta demais para se chegar perto, era a sua única alternativa. Por uma mísera fração de segundo, ele julgou que os fartos depósitos de gordura da sua mulher eram preferíveis, porém todos os sofrimentos que juntos lotavam sua memória, faziam da velha magrela uma alternativa válida. Afinal, ela estava logo ali, tão disponível e com um inesquecível sorriso de três dentes na cara. Como ele se mantinha mudo, a mendiga já não sabia se a sua galinha estava de fato em segurança. E preferiu deixá-la onde estava, para não despertar atenção dele.

No que você tava remexendo quando eu cheguei? – Quis saber ele. Deduzindo pela pergunta que ele não sabia da sua galinha, ela arriscou uma mentira por garantia: O que? Eu? Ah... Era a minha coelhinha de estimação... O que o Filé pensava saber existir entre as pernas dela, não era o que ele chamaria de coelhinha de estimação, mas lhe pareceu que aquela expressão devia ser uma espécie de convite. Ou melhor, uma gentil concessão. Ora, naquelas alturas dos acontecimentos fosse uma coelhinha ou uma porquinha, que diferença poderia fazer o nome do bicho?

O homem tirou do bolso um pedaço de papel. Sem tirar os olhos dela, rasgou e enrolou fazendo dois tampões, que meteu nas narinas. Ah... – Ela arriscou de novo – To vendo que você também gosta de um pozinho, eu também, mas tem um tempão... Antes que a mulher pudesse terminar o que ia dizendo, o Filé atirou-se em cima dela como um doido. Com o impacto do corpo dele ela caiu para trás, e sentindo sua mão a lhe levantar os panos ela gritava: Não! Deixa a minha galinha aí!... Não! A minha galinha não!... Ela pensava que gritando alguém poderia vir lhe socorrer, contudo, nem o Filé e nem ninguém podia acreditar que existisse alguma galinha por ali. O homem ensandecido meteu uma perna sua entre as delas, depois a outra perna, abriu as coxas da velha e aplicou o seu golpe de misericórdia. Logo de início achou que era bem melhor do que pudera imaginar. Estava bom – pensava ele – doía um pouco e ardia muito, mas estava bom! Tanto que até se demorou. Já a velha não parecia estar gostando. Resmungava e fazia careta de nojo, dizia que parasse com aquela porcaria e prometia nunca mais pagar a sua conta no bar, com o dinheiro emprestado pelo santo.

Só então ele se deu à razão. A mendiga era a mesma do bar e, em vez de lhe ajudar, havia lhe repassado a sua dívida com o tal santo! O homem de um só pulo ficou de pé. Quer dizer que a senhora pagou a minha cota na despesa lá do bar, com o dinheiro que roubou da macumba?... Pera lá, mocinho. “Roubei” não, que isso é muito feio pra uma senhora da minha idade. Na verdade eu pedi emprestado... E agora eu é que devo ao santo?... Não senhor, não era santo não, agora você deve ao diabo, que era o dono do despacho... Eeeuuu?!... Você, sim. Quem mais poderia ser? Mas não se desespere, nem precisa pagar tudo de uma vez só não. Pague como eu pagaria, em suaves prestações. Ele não vai se importar. O que ele quer mesmo é a sua alma – disse ela com voz grossa, para aterrorizá-lo... E como eu faço pra pagar?... Quando você tiver a grana me procura, que eu te explico tudo bem direitinho...

O Filé refletiu por três segundos e depois protestou: Não senhora, você me enganou, mentiu pra mim... Eu não, mocinho. Fique sabendo que eu não sou mulher de mentiras. Você foi quem veio pulando em cima de mim como um cão esfomeado, e eu uma pobre e indefesa velhinha... Furioso, o Filé virou as costas para ir embora e a mendiga ficou reclamando com a galinha na mão, porque teria que lavá-la para refazer o tempero. Mas de repente ele se voltou e ela meteu de novo a galinha entre as pernas. Você mentiu pra mim sim, me disse que tinha uma coelhinha de estimação – ele se lembrou... Ah é, mas porque antes você também mentiu pra mim... Você ta louca. Eu? Quando?... Mentiu, quando me disse que nunca teve bicho de estimação... E é a verdade, nunca tive mesmo – o Filé reafirmou com convicção... Ah, não?... Não!... Então de quem é esse porco-espinho aí, todo colorido, saindo pela sua braguilha afora?

Foto de Joaninhavoa

Quem é que te vai tocar?..

O Sol está lá bem alto
Como é que se pode alcançar?
Só duas mãos com magia
e um mago a orientar!..

A lua está lá no céu
Como é que se pode alcançar?
Só duas mãos feiticeiras com um
véu para enfeitiçar!..

E as estrelas lá do céu
Como é que se podem tocar?
Só duas mãos prazenteiras com seus gizos de encantar!..

Triste melodia e eu meio a dormitar
notei que estava a sonhar cantando
pr`a dentro!..

"Quem é que te vai tocar?.."
Só duas mãos de encantos tamanhos...
Que te podem tocar e por a sonhar!..

Joaninhavoa, em
19 de Novembro de 2007

Foto de HELDER-DUARTE

Verdes pomares

Oh vós verdes pomares,

E verdes serras de Lamego!

Provai me amares,

Pois eu amor por vós tive cedo.

Escondei-me por entre vós,

De ventos do litoral vindos!

Eles com o seu soprar, querem que fiqueis sós,

Do meu amor privados!

Mas ficai sabendo!

Vento estranhos,

Que eu e os bosques de Lamego, não estamos de vós medo tendo!

Pois aqui os nossos bosques,

Têm a ajuda de outros ventos tamanhos,

Do alto vindos, e mais que os vossos, estes são fortes!

HELDER DUARTE

Foto de Carmen Lúcia

Reminiscências

De repente bateu-me a saudade.
Viajei pelo túnel do tempo e me vi criança.Feliz, esperançosa, risonha, saudável.
Andava por um caminho ladeado de frondosas árvores.Altas, tão altas que alcançavam o céu.Circundavam-nas florinhas de todas as cores, todos os tamanhos, todas as fragrâncias.
O ranger de um carro-de-boi...e a expectativa de um passeio diferente para mim.Sonho realizado!Acomodei-me nele como se fora um carro-de-boi-alado.
Um riacho murmurava lânguidas canções que pareciam apaziguar o gado, que bem pertinho dali, pastava serenamente.Uma cachoeira despencava pelas montanhas, num festival de águas cristalinas, qual grinalda de noiva.
Pássaros, em grande profusão, ornamentavam o pequeno rincão e faziam algazarra; festa para os corações.Pousavam nos galhos e voavam pra todos os lugares, como se brincassem de esconde-esconde.
Quando passava por uma casinha branca de telhado quase grená, eu não resistia.O cheirinho de doce de cidra e de abóbora, anunciado pela fumacinha de uma chaminé, me fazia descer do carro-de-boi e pedir uma porção à doceira, pessoa que sempre me encantava com suas
histórias fantásticas de duendes,fadas e assombrações.Ali eu permanecia, deslumbrada pela magia de seus contos e saciada da vontade de seus deliciosos doces.
Ao soar o sino de uma capelinha de arquitetura rústica, construída no alto de uma colina, eu e todos os que habitavam o lugar, íamos, como em romaria, fazer nossas orações, pedir alento e agradecer a Deus por tudo que nos havia concedido.Eram momentos de graça.Hora da Ave-Maria.
Antes do sol se pôr, um berrante chamava o gado, que obedecia docilmente, parecendo estar cônscio de ter desempenhado sua função diária.E ia descansar lá no estábulo.
À noitinha, da janela de meu quarto, eu me sentia pertinho das estrelas, vendo-as mudar de lugar, chamando a atenção da lua, que sorria de suas traquinagens.
Na varanda, verdejante por samambaias em xaxins, sentados numa namoradeira, meus pais trocavam juras de eterno amor, iluminados pelo prata do luar.
Volto ao hoje.Tais lembranças adocicaram minha alma,apesar da realidade triste que reina no local do lindo rincão.
A tecnologia acabou com tudo, dando lugar à modernidade de fábricas poluentes,barulhos incessantes,pessoas irritadas, subordinadas a horários, regras, burocracias e competições descabidas.A luta desleal pelo poder.
A auto-destruição do homem.

Foto de Suavenigma

Outono que amo

Outono: De 21 de março a 21 de junho

Do latim: autumno. Também conhecido como o tempo da colheita, pois é nesta época que ocorrem as grandes colheitas. Os dias ficam mais curtos e mais frescos. As folhas e frutas, já estão bem maduras e começam a cair no chão. Os jardins e parques ficam cobertos de folhas de todos os tamanhos e cores.

Aproxima-se minha estação preferida!
Estas cores e matizes de ouro com que se revestem nossos parques, estes meios tons, estas nuances intensas que prenunciam um depois, ainda que distante...
Com ela estou, também a me renovar, folhas caindo para serem trocadas por novas na próxima primavera, é tempo de armazenar energias e promover mudanças.

Em breve não teremos mais acácias, já não se sentem perfumes de jasmim.
A dama da noite, solitária, venenosa, com seu perfume doce e exótico já não excitara mais nosso olfato.
Os bem (não mal)-me-queres, tantas vezes despetalados por mãos apaixonadas, naquele jogo ingênuo de adivinhar quereres; estarão ausentes, até a próxima primavera e amores.
O amor (já não, tão perfeito)-perfeito sobrevivera apenas por dentre as páginas de um livro de poesias, um molho de cartas amarelecidas, ou postado delicadamente entre uma bela moldura, enfeitando uma foto (como fiz com a tua um dia).
Tudo cumpre seu ciclo.
Nascer... morrer...renascer!
Adoro mudanças profundas!
Resgatar, substituir, renovar...
Afinal viver é, um todo adequar-se.
Quem sabe!?
Chega de calor!!!!

Suavenigma®

Foto de angela lugo

Olhai...

Olhai o mar calmo e límpido!
Enquanto ainda é possível vê-lo
Um dia a humanidade o destruirá

Olhai os rios com suas águas cristalinas!
Enquanto ainda é possível desfruta-la
Um dia estaram estagnadas e mortas

Olhai os peixes que nadam despreocupados!
Enquanto podemos ver sua dança solta
Um dia eles pereceram tamanhos é a poluição

Olhai as árvores com atenção!
Enquanto podemos ver o balanço de seus galhos
Um dia não restará nenhuma com a ganância do homem

Olhai os campos floridos!
Enquanto existem flores e campos
Um dia o homem e suas máquinas os destruirão

Olhai com muito carinho e atenção a natureza!
Enquanto ela pode nos proporcionar esta visão
Um dia com a loucura do homem nada restará

Olhai para dentro de si mesmo!
Enquanto pode perguntar-se o que pode fazer
Um dia não haverá mais tempo para uma resposta

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