Tarde

Foto de poetisando

Solidão

Vivo alheio deste mundo
Já nem sei mais de mim
Entreguei-me á solidão
Estou muito melhor assim
As muitas voltas que eu dou
Neste mundo em que vivo
Deixei de lembrar de mim
Já nem eu sei se ainda vivo
Muitas lagrimas eu derramei
Lembrando-me do que passei
Foram tantas dores e mágoas
Passado que nunca esquecerei
Bem queria esquecer o passado
Mas ele teima sempre em voltar
Por muitas mais voltas que eu dê
Não consigo do passado me afastar
Talvez mais cedo ou mais tarde
O consiga bem de frente o olhar
Para dar paz ao meu coração
E de novo eu me encontrar
Assim vou vivendo alheio
Deste mundo sem fim
Entregando-me á solidão
Esquecendo-me de mim

De: António Candeias

Foto de poetisando

coração destroçado

O meu coração está destroçado
Anda sem rumo certo
Sem saber para onde vai
Sem saber onde vai chegar
Sonha quando está acordado
Vive numa escuridão total
Dentro do meu peito
Está despedaçado e apertado
Se ele não te amasse tanto
Quem sabe os seus sonhos
Não o atormentariam assim
Talvez em vez de espinhos
Ele visse um lindo jardim
Visse flores dentro de mim
Assim te esqueceria
Voltaria a ter alegria
De viver como tinha
Muito antes de te conhecer
Agora é tarde demais
Já nada lhe posso fazer
Senão ver como ele está a sofrer
De: António Candeias

Foto de poetisando

Não desejo

Não desejo que fiquem comigo
Por de mim terem piedade e dó
Senão gostam como eu sou
Antes quero que me deixem só
Por muita amizade que falem
Quando eu vejo ela não existir
Mostram me boas aparências
Levando todo o tempo a fingir
Por tudo isso que estou vendo
Para que me estarem a enganar
Se é para me verem feliz
Antes sozinho quero estar
Já conheço muita gente
Muita mesmo até demais
Que se dizem meus amigos
Mas que o foram jamais
Desculpem se vos ofendo
Mas tinha que isto dizer
Vale mais estar sozinho
Que mais tarde vir a sofrer

De: António Candeias

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

MOMENTO DE REFLEXÃO

“MOMENTO DE REFLEXÃO”

Com a proximidade das festas vamos nos preocupar menos com presentes materiais, aqueles que as pessoas se endividam no cartão e em financiamentos e depois não tem paciência para ouvir ou entender as pessoas que ela mesmo presenteou pois esta ocupada demais trabalhando para pagar o cartão.
Quem te falou que precisa trocar a geladeira de ano em ano só porque foi lançada uma que tem uma luz de cor diferente, e teu carro, esta seminovo, não precisa se afundar em mais um financiamento só porque o vizinho trocou.
Vamos refletir, vamos presentear as pessoas que amamos com momentos de atenção, vamos ouvi-las, tentar entender suas aflições, suas reinvindicações e não calar suas bocas com presentes caros.
Quem sabe não recebamos o mesmo. Neste mundo materialista e mercadológico em que vivemos as prioridades estão expostas em vitrines a preços atrativos e em diversas prestações.
Em vez de comprar um vídeo game de ultima geração vá jogar bola com seu filho, garanto que ele vai curtir muito mais.
Você mãe proporcione a sua filha adolescente tardes de longas conversas sobre a vida, sobre sexo, sobre boas maneiras, será muito mais produtivo do que um cursinho de Manequim.
Vamos refletir, o homem já atingiu um estagio em que deve repensar a condição de voltarmos para casa. Quando falo em voltar para casa é proporcionar aos nossos momentos inesquecíveis e não presentes fúteis que nada agregam a eles.
Imagine quanto vale uma tarde com bolinho de chuva doce de leite feito em casa, pão caseiro, café com leite, é muito melhor do que Mac Donalds.
Lembro-me muito mais de passeios de bicicleta com meu pai do que algum presente que tenha me dado.
Quanto vale uma pescaria ao lado do pai, uma tarde de bordados ao lado da mãe para as meninas, isso tudo custa quase nada, mas hoje os pais quando percebem que o filho ou a filha vão lhe dar algum trabalho se apressam em dar um dinheirinho para irem no shopping e esta tudo resolvido.
O distanciamento imposto pela falta de tempo dos pais esta lotando as clinicas de tratamentos de drogados, os hospitais, as penitenciarias e os cemitérios.
Neste momento de reflexão eu proponho, faça um pique nique com a família, vá pescar, jogar bola, empinar pipa.
Na Europa até meados dos anos 70 todo jovem aprendia até os 15 anos a fazer um barco e depois velejar. Os adolescentes de hoje estão todos corcundas antes dos 15 de tanto ficar em frente ao computador, crianças de 8 anos já tem sintomas de tendinite.
Vamos refletir, vale a pena dar alguns passos atrás para arriscar encontrar a felicidade.
Vamos incentivar a cultura do “ser” e não apenas a do “ter”.
Um bom Natal e feliz ano novo a todos.

Edson Paes.

Foto de Carmen Lúcia

Entardecer

Tanta beleza a tarde traz...
Perco-me em horizontes
desmaiados no infinito
englobando céu e mar,
envolvendo a terra na perplexidade
de não ser dia nem noite...
Ser cores foscas, nuvens afoitas,
embaçadas, a espera do que será...

Ser tarde, ao se despedir da manhã
e saudar a noite que virá...
Sou tarde no momento da transição,
quando o sol vai se apagando,
as cores abrandando
a intensidade de sua gradação.

Sou tarde no momento da aparição
do brilho da primeira estrela,
a anunciação...
Quando se acende a candeia
no auge da imaginação...

Quando o belo se personifica
na plenitude de meu sonhar,
quando tomo a atitude
de com a tarde me identificar,
de com a tarde esvaecer,
de com a tarde, entardecer
...e tarde ser.

(Carmen Lúcia)

Foto de Carmen Lúcia

Poetando

A noite estrelava em minha janela aberta...
Chamava-me até ela para que eu visse o quanto estava bela.
Num impulso “Bilacquiano”, comecei a vê-las...
Como é lindo entendê-las!Amar é ouvir estrelas...
Meu sonhar levou-me até elas...

Sonho é essência da vida...
E, segundo Neruda, em versos,
passa incólume por ela
quem não ousa o incerto,
sucumbindo no que julga certo
e desiste de seus sonhos...

Aprendi com Shakespeare,
que os acontecimentos do dia
é que tecem a fantasia...
E que nos fazem sonhar...
E tornam a vida espetacular...
Que o tempo não cura ferida nem dor.
Somente o Amor!

De Clarice, um pensamento Lispectoriano:
Não devemos passar o tempo enganando,
mentindo pra nós mesmos, quando não se ama mais...
“Ainda te quero como sempre quis”,
inverdade que com o coração não condiz...
Mas, de tudo, aprende-se lição.
Nada é em vão...

Sabemos do começo, nunca do fim...
A vida pode ser curta ou longa demais...
Cora Coralina, semi-analfabeta, ensina:
ninguém sabe de nada, de antemão...
Por isso, para que o viver tenha sentido,
pra que nada tenha sido inútil,
toquemos as pessoas com o coração...

E no tarde da vida, decorridos os anos,
quando a carência de afeto humano
bate tão forte... Desmedida e sem norte...
“Saudade de quem quero abraçar e não vejo”,
“Acabo de receber pelo correio, um beijo.”
Adélia Prado, em seu verso alado,
“Não quero faca nem queijo.Quero a fome.”
Todo o resto, agora, me consome.

(Carmen Lúcia)
09/07/2008

Foto de Maria silvania dos santos

Não prometo te esquecer

Não prometo te esquecer

_ Não prometo te esquecer, mas prometo nunca mais te procurar, talvez você não sabe quem sou, mas poderas ter certeza de que a minha amizade você sempre a desprezou, a minha amizade você nunca deu valor...
Por isto não quero mais a sua amizade mendigar, não estou só, tenho outras em outro lugar, o seu lugar, estaras vazio, ninguém irá ocupar, mas poderei eu em outros corações morar...
Não digo que te esqueci, pois nada disto é verdade, se eu tivesse te esquecido não estaria escrevendo o que estarei a escrever nas linhas a a seguir, a única verdade é que estou vivendo uma outra realidade...
Estou do lado de quem és meus amigos de verdade, sei que você é tão carente de si mesmo, que você mesmo colocou barreiras entre nossas amizades, amizade que te tem uma pessoa especial...
Que pena! Você não conhece o verdadeiro sabor da amizade!
A amizade é a raiz da nossa felicidade, é um complemento para vivermos sem tanto sofrermos, esqueceu que é o amigo que nos segura quando tropeçamos, se este não, talvez o outro sim, mas sempre temos uma mão a segurar, a amizade é uma riqueza que não podemos a desprezar...
Pois nossa pobreza, poderar mais tarde nos machucar.
Ainda me lembro quantas vezes dirigi ate você, quis que sentisse que sou sua amiga, você me inguinorou, de chata me chamou, minha reputação no chão você jogou, pisou, pisoteou, cuspiu, meu coração você feriu, sobre minha amizade você dizia que tanto faz...
Cansei, hoje refleti no que vivi, não quero mais mendigar sua amizade, não es necessário, sei que es ovelha perdida e me deixas entristecida, mas irei curar minhas feridas, mas de você, não irei desistir, pois sei que de uma forma ou de outra ainda pensa em mim, sendo assim, ainda viverei eu em sua memória.
Mas agora, prefiro deixar o destino agir, dele, mesmo que queremos não podemos fugir...
Sobre a minha reputação, a qual um dia você jogou no chão, pisou, pisoteou, cuspiu e a desprezou sem pensar no futuro e sem examinar meus sentimentos, confundiu e não sentiu nenhum lamento, hoje eu a reconstri, quero e vou seguir um novo caminho, sei que nosso destino está marcado pelas gotas de sangue que em nossas veias estão misturado. Se um dia você acorda e lembrar da minha amizade, não tenhas duvidas, tenhas certeza que ela ainda existe como sempre existiu, porem com grandes diferenças...
Autora; Maria silvania dos santos

Foto de raziasantos

Um Lugar Para Descansar.

“Nos fins de tarde eles cruzam as cidades”
Perambulam sem destino.
Em busca do sol...
A mãe tenta amenizar a dor do filho que chora de fome.
Agasalhados entre trapos traspõem o véu
Do descaso e preconceito.
O sino da catedral começa a badalar
Anunciando para os afortunados que
Que é hora do jantar.
O som do estomago vazios são como melodias
(Fúnebres).
Os pobres coitados com olhos vazios
Caminham em silencio para engar a fome dos filhos
Que esperam ansioso chegar algum lugar.
A escuridão cobre o sol.
Nem mesmo o brilho da lua e a beleza das estrelas
São capazes de dar alentos aos pobres coitados.
Acoitados pela vida destituída do direito de sonhar.
Fragilizados, e humilhados, pela dor, fome, miséria e abandonou.
Violentados em seus direitos de ir e vir embora não tenham
Nunca para onde ir...
São os filhos do abandono.
De sorriso apagado pela fome.
Que rastejam pelos esgotos das cidades.
São anjos sem asas que não pode voar.
Depois de vagar no vazio em busca de um lugar para descansar.
Debruçam em sua realidade olham para o céu e pedem perdão! Perdão Deus por eu não ter nem um pedaço de pão. Para alimentar o meu filho que dorme no berço da solidão.

Foto de poetisando

Continuar?

Para que continuar aqui
Do passado quero esquecer
Vou embora para longe
Sinto-me aqui a morrer

Queria ser muito feliz
Ser amado por alguém
Entregar-me de corpo e alma
E amar muito também

Para que continuar aqui
Se o que queria é diferente
Queria ser amado como sou
Para me sentir como gente

Não vou mais aqui continuar
Vou por tempo me ausentar
Dar um descanso ao coração
Mais tarde ou mais cedo voltar

Para que continuar a aqui
Se sinto que estou a morrer
O passado não me quer largar
Quanto mais o tento esquecer
De: António Candeias

Foto de Maria silvania dos santos

Uma pedra dura que não pulsava!

Uma pedra dura que não pulsava!

Hoje te enchergo de uma outra forma, no meu coração á espasso para outras ilusões.
Um dia no passado, no meu coração, só você encontrava, pensei que o-amava o suficiente para não sofrer, senti frio e quis em seus braços me aquecer, esqueci que entre eles avia uma pedra e podia me ferir, não pensei que mais tarde eu poderia me arrepender e ate mesmo nunca mais te ver.
Você aproveitou, do meu coração você apossou, ele você contaminou com falsas ilusões, você me pinoteou, dos meus carinhos você abusou.
Com o tempo, o meu coração você esfaqueou, ele sangrou, sangrou e doeu demais.
Fui fraca, não aguentei, derramei lágrimas pensando em você, pensei que o-amava e que não podia te perde.
O tempo passou, enquanto você se sentiu só, você me usou, hoje você me abandonou, acha que sou simplesmente uma coitada e que não sirvo a nada.
Hoje estou eu sentindo sua falta, apenas o que ainda me resta são marcas de um passado dolorido que deveria ser apagado e não mais lembrado, são marcas de lágrimas que percorre em meu rosto.
Sãos as lembranças das noites mal dormidas pensando em você e o toque do celular a vibrar debaixo do meu travesseiro, era o som das mensagem que você me enviava e com elas você me enganava.
Entre elas o poder da sua energia que me contagiava noite e dia.
Mas com o tempo a magia daquela energia foi acabando, com o tempo comecei a perceber, que o meu caminho estava coberto de espinho e que entre eles eu navegava sozinha, o seu coração estava parado, no lugar do seu coração uma pedra dura que não pulsava!

Autora: Maria silvania dos santos

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