Tarde

Foto de Carol Carolina

ANDANDO NA CHUVA...

ANDANDO NA CHUVA...

Andando na chuva
Numa tarde calma
Afoguei as mágoas
Eu e minha alma

Eu e minha alma
Aqui lembrando
De coisas minhas
Continuei andando...

Continuei andando
Sem ligar para nada
Vendo meu reflexo
Na calçada molhada

Na calçada molhada
Nada para descrever
Só o coração sentindo
Não vou te esquecer

Carol Carolina

Foto de Evandro Machado Luciano

Ressurreição

O nome dele era Coronel Mendonça Filho. Grande estrategista militar, sempre fora considerado um dos nomes de maior importância no terreno bélico. Sua atitude ríspida, duramente agressiva, ofensiva, contrastava com seus anseios, seus sonhos. Seria impossível viver seus sonhos, do alto da torre de marfim em que Coronel Mendonça Filho vivia.

Tinha dois filhos, ambos do sexo masculino. Sempre exigira uma masculinidade exacerbada de suas crianças. Masculinidade, esta, que por vezes fora confundida com uma ideologia sexista ultrapassada, reacionária. Criara seus filhos como ideólogos machistas. Ao menos, tentara.

A carreira de Coronel Mendonça Filho fora construída durante longos e prestigiosos anos. Trinta, ao todo. Hoje, Coronel Mendonça Filho, contabiliza 20 primaveras, 5 verões, 10 outonos e 30 invernos. Não é mais nenhum menino, por assim dizer.

Seu caráter, sempre fora alvo da opinião pública. Sim, porque Coronel era uma figura pública. Considerado por muitos, o sucessor no plenário nacional, fora duramente criticado pelo telejornal das oito horas, o que era muito significativo, pois este jornal emanava opiniões que desmantelavam o nível intelectual da população. Mas em nenhum momento teve seus delitos comprovados legalmente.

Tudo estava como deveria ser na vida de Coronel Mendonça Filho. Até que um belo dia – nem tão belo assim, uma tragédia assolara a vida deste sujeito. Seus filhos, ao mesmo tempo, foram alvo de um acidente de trânsito. Veja você, tamanha ironia do destino. Mortos, vítimas de um atropelamento. Coronel Mendonça Filho perdera seus herdeiros. Os herdeiros de sua virtude. Os herdeiros de sua índole. Os herdeiros de sua fortuna.

Agora, nada mais restava na vida de Coronel Mendonça Filho.

Como se não bastasse esse fato catastrófico, Coronel sofrera imensuráveis acusações de crimes de guerra, oriundos do conflito entre Brasil (sim, por que caso não tenha notado, caro leitor, estes fatos ocorreram no Brasil) e França. Sua fortuna estava prestes a ir pelo ralo. Não obstante, nosso Oficial não via mais utilidade para sua quantia monetária exorbitante, visto sua idade avançada e falta de herdeiros. Não se importaria mais em perder seu dinheiro.

Advogados, processos, subornos. Tudo lhe roubava o ouro, conquistado a sangue, suor e retórica. Ao fim, empobrecera.

Sem vintém algum, sem filho algum, com uma mulher que não amava, o Coronel resolveu que não admitiria mais em seus restantes dias de vida, compartilhar com o mundo uma vivência desonesta e fútil. Partiria em rumo de seus sonhos, honestamente, vivendo plenamente as poucas horas vitais que lhe sobraram. Antes tarde, do que mais tarde.

Nascia, assim, Mendonça Filho.

Foto de Carol Carolina

FIM DE TARDE...

FIM DE TARDE...

Um fim de tarde se aproximando
O sol fecha os olhos lentamente
As cortinas do dia vão se cerrando
Pintando de alaranjado o horizonte

Uma cena que sempre fico admirando
Os passarinhos esvoaçam sem parar
Um a um nas árvores vão pousando
Acomodados, um silêncio a pairar

Chega a noite e cobre com seu manto
Salpicado de estrelas cintilantes
Bela a lua surgindo é só encanto
Prateando os recantos mais distantes

Carol Carolina

http://poetisacarolcarolina.blogspot.com.br/

Foto de Alexandre Montalvan

Desatinos & Devaneios

Desatinos
A dor estampada em vermelho
A recusa como nuvem inesperada
Presente desta vida ingrata
A dor refletiu-se em mil espelhos.

As marcas encardiam os céus
Gravadas na gola desbotada
Gotejavam das mãos mal amadas
Gotas de sangue sabor de mel

Embriagada com seu ódio
No suor cheio de vingança
Num sorriso quase eufórico

Escutou o fim da dança
percebeu o tom neurótico
Mas era tarde para mudança

Sacerdotisa

Devaneios
Era de um carmim intenso
As gotas que desta nuvem brotavam
Era tão ingrata a vida, que as feridas
Abriam-se, não fechavam

Você roubou a alma do poeta
Ele perdido na noite, vagava
Na boca o gosto amargo do fel
Procura você, cadê você meu anjo cruel

Eu que tudo assistia tive sorte
Tenho por companhia o sorriso da morte
Como presente do teu ódio

Mas ao teu sinal me ajoelho
Pelo teu adeus. . .Solidão!
Por ti chorar, tenho meus olhos vermelhos
E dor de imensa em meu coração

Alexandre Montalvan

Foto de Paulo Gondim

Recolhimento

Recolhimento
Paulo Gondim
23/01/2013

Contei horas e minutos, um a um
Sem te ver; ficou a dúvida
O desconforto, o desânimo

Olhei pela fresta da porta
E não vi o raio de luz
Um a nevoa fosca cobria o sol
E mais uma vez não te vi
Tua imagem perdeu-se no arrebol

A noite derramou-se sobre a tarde
E a lua também não apareceu
E tudo se fez nublado
Como meu coração magoado

E mais um novo dia, sem sol
Sem um fio sequer de claridade
E me recolho ao claustro úmido
Com o frio de tua saudade

Foto de Danyy Amor Paixao

Saudade

Porque saudade é só uma lembrança bonita, pedindo pra acontecer outra vez. É cheiro de café fresquinho, é colher morango no quintal, depois de chegar do colégio. É desenho animado em um fim de tarde qualquer. É querer reviver o que valeu a pena. Que marcou, e se transformou em mais uma página bonita na vida da gente. Saudade não deve doer. Deve roubar sorrisos e trazer a certeza de que o que foi bonito fica, de alguma forma. Sentir saudade, deixar saudade. Porque o bom é viver para desenhar na vida das pessoas, momentos lindos e dignos de serem lembrados pra sempre...

Foto de Susana Marina

Liberdade

Deixem sair daqui
Deixem me ver o que ainda não vi
Deixem me cantar e dançar
Deixem as estrelas me iluminar

Tenho que me libertar
Antes que seja tarde demais
E perca todo o meu ar para respirar
Ninguém tem o direito
De a minha vida comandar.

(Susana Marina)
22/03/2012

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 23

O que me reserva o futuro? Boa pergunta para se fazer às onze da noite. Os jovens preguiçosos respondem dizendo que devemos aproveitar o presente, ao distorcer os antigos hedonistas. Não sei, e acho que não vou saber tão cedo ou tarde. As tributações vencem, as atribulações me vencem, sou acusado de pobre, trabalhador, humilde e até de honesto. O complô que esse mundo fez no mesmo instante em que nasci me impede até de ser conformista. Risadas forçadas pipocam no meu perfil. Papagaio-as, imito-as com desespero. O tempo passa e leva a juventude, a arrogância, a saúde, a potência, as oportunidades de emprego. O que vai acontecer comigo? Viver? Tomara.

Assim vai indo mais um mês de Janeiro.

Foto de Maria silvania dos santos

O jardim da nossa amizade ainda irá florir

O jardim da nossa amizade ainda irá florir

Infelizmente, nossa amizade foi como uma flor frágil que foi colhida fora da época, e sendo assim, não durou muito tempo, mas valeu a pena o pouco tempo que durou.
Pois talvez, entre esta flor pode ter vingado uma sementinha que mais tarde irá nascer e crescer, e quem sabe multiplicar, e por isto,
Irei eu guarda para sempre, a lembranças que ainda me resta.
Para nossa decepção, você não foi quem eu pensei que fosse, eu não fui quem você pensou eu ser, mesmo assim, valeu.
Tudo na vida tem um fim, mas não digo que nossa amizade chegou ao fim, pode ser apenas o começo, pois enquanto vivermos, teremos tempo de nos refletirmos e nos arrependermos dos nossos erros, e sendo assim nossa amizade ainda pode florir novamente, com uma mente mais madura e delicada, digamos que o que vivemos é apenas uma fase do nosso aprendizado a ser realizado...
Creio eu, que um dia, o jardim da nossa amizade ainda irá florir, e concerteza eu muito feliz irei sorrir...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Maria silvania dos santos

Nada que não possa a ser melhorado

Nada que não possa a ser melhorado

_ Nunca devemos se esquecer, que nunca é tarde para se arrepender, ou até mesmo fazer o que deve ser feito...
Basta erguer-mos a cabeça, firma os pés no chão e ser decidido consciente nas conseqüências da vida...
Podemos sentir-mos um pouco frustrado, mas nada que não possa a ser melhorado...
Não devemos nos deixar ser elevado, por alguma coisa que não deu certo, pois
Não podemos prever os acontecimentos.
Tudo que precisamos saber é seguir adiante, na esperança que o amanhã, seja um dia de vitória...

Autora; Maria silvania dos santos

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