Teatro

Foto de Joaninhavoa

Rosa Vermelha! Lá fora no jardim I

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Rosa Vermelha! Lá fora no jardim - I
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Poderia chamar-se rosa enjeitada, pois não fora colhida
nem uma vez para a cerimónia do altar…
Mas a estória não reza assim…
Guardou-se angelical por opção, condição única dos sonhos
imaginados de um dia encontrar seu príncipe, o tal do
Saint Exupéry! Deixa-me rir…
Deixou-se ir na correnteza mansa de um rio sem nome e sem
destino e quando tudo à sua volta se desvanecia em linhos
de bordados e de cachemira, sedas tecidas pelas lagartas
e onde as osgas tinham largado suas bênçãos em noites de
teatro de sopro derrotados pelo desmaio apático da rosa pálida
de não saber o porquê de estar num buquê que não escolheu…
(continua…)

Joaninhavoa
(helenaFarias)
15/02/2009

Foto de Agamenon Troyan

AMIR MIGUEL, O MAETRO DO POVO

AMIR MIGUEL, O MAESTRO DO POVO

O Fanzine Episódio Cultural foi até Serrania-MG, conhecer um cidadão que há anos vem se dedicando à formação de novos músicos. Seu nome, Amir Miguel Sobrinho, 67 anos.
Aos 12 anos já tocava trombone, piston, sax e teclado ouvindo sucessos de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e Lupicínio Rodrigues, graças ao incentivo de seus pais, o Sr. Antônio Miguel Sobrinho e Maria Moreira Sobrinho.
Uma das pessoas que o ajudou a aprimorar-se foi o maestro Emílio Rodrigues, natural de Areado-MG, que durante 20 anos lecionou em Serrania.
O pai de Amir, cujo apelido era “Totonho”, também foi um grande defensor da cultura. Nos anos 50, ele mantinha uma banda (a Lira Serraniense) e uma companhia de teatro amador que se apresentava na região com peças adaptadas de antigas revistas de teatro. Certo dia a cidade ficou em polvorosa: o Circo Teatro Índio do Brasil, mais conhecido como o “Circo do Pelado” estava chegando!
O palhaço “Pelado”, juntamente com o seu filho, Waldemar Augusto, o palhaço “Bigola” – ambos de Martinópolis-MG – por muitos anos apresentaram seu espetáculo no sul de Minas. Amir – que já tinha experiência de palco – acompanhava o circo apresentando-se como palhaço durante suas férias na antiga fábrica de queijo.
O sonho de Amir era oferecer um ensino gratuito de música para crianças, jovens e adultos. Como não encontrou nenhum apoio resolveu encarar o desafio sozinho. Por vários anos ensinou e formou novos músicos sem ganhar nada! A notícia espalhou-se pela região atraindo a atenção de Jornais e Redes de TV.
A bateria usada para ensinar foi presente de um ilustre filho de Serrania, o jornalista Ney Gonçalves Dias. Com seus alunos, Amir montou a “Banda Show Antônio Miguel Sobrinho”. Essa banda – que também não recebe nenhum apoio – vem se apresentando em algumas cidades da região, ora com alunos jovens, ora com adultos. “A música possibilita que as pessoas fiquem mais sensíveis à vida”, disse o maestro.

Contatos: (35) 3284-1449 / Serrania-MG

Foto de Capitão do meu navio

Prosa de um ludico sonhador

Vamos brincar....
Essa noite eu sonhei com você...acordado ou dormindo nao importa.
Sonhei que vc era o meu melhor amigo, sonhei que eu sabia coisas sobre vc que ninguém sabia...sonhei que podia as vezes deita-lo no meu peito, enquanto isso acontecia eu tocava seu rosto, apertava as suas mãos, acariciava a sua barba, fazia cafuné... sonhava com os beijos mais saborosos que experimentei na vida ...nele eu respirava fundo na sua nuca e podia perceber o efeito sazonal que isso provocava nos seus pelos... oabraço era forte...quase real. No sonho tricotávamos sobre o céus e a terra, dividíamos nossas impressões sobre ouniverso,sobre Deus, sobre o mar, sobre Drumond e sobre o Zé colmeia.
Eu ouvia sua raiva com a ética dos homens, escutava seu choro,me divertia com seu humor, te levava as nuvens ou enterrava seus pésna terra... pelo simples prazer da companhia assistia aquele filme de novo..até seus olhos marejarem...eu media aquela cicatriz q vc tem ao lado do olho esquerdo...eu ficava em silencio....so olhando seus olhos...fazia teatro...recitava textos, decorava poemas, escrevia nos blogs, cantava músicas...sim, eu ficava orgulhoso de suas conquistas..eu planejava a nossa foto no Louvre..recebia telefonemas...torpedos...namorava horas a foto do MSN ...vc me devolvia o carinho e aquele sorriso grande...nao queria mais nada... eu estava feliz.
Uma hora a gente acorda... ah..claro que chorei (eu também tenho um tolo coração com todo orhulho)mas nao foi ruim... não chorei por ninguém...nem por vc... porque chorei a vida e o amor..chorei por ter um coração sensível,aberto e cheio de sentimentos. Você tem culpa nisso tudo, mas nao se sinta responsabilizado. eu sou o capitão do meu navio e cuidarei disso...a vc, cheiroso, se tiver omesmo desejo lhe cabe me fazer companhia ,senao haverão outros mares, uns rasos..outros profundos...mas outros, nunca este. Há mares que devem ser navegados devagarinho.... como diz meu amigo Quintana: "baixinho"
Se o sonho é viável...nao sei...(mas quem nunca curtiu uma ilusão adolescente...é gostoso... quem está lendo ouse experimentar... ) mas já valeu te-lo sonhado, te-lo escrito, enviado e saber que foi lido.
Sonho que se sonha só ..apenas sonho. Mas dizem outras coisas sobre os sonhos compartilhados.
tá convidado.
Dizem meus mestres que na prática não ha discurso lúdico, estamos sempre tentando provar algo a alguém,persuadir...nao se sinta assim...nao escrevi pra vc...escrevi pra mim..ai que está o ludico da minha cronica, uma masturbação, um prazer solitário. Dividirei essa sensação com meus leitores...e talvez..vc nem esteja entre eles.
Bemvindo a minha vida (seja lá com a expressão que for). Obrigado por ter me cativado,por motivar essa reflexão, esse texto.

Foto de Carmen Lúcia

Assalto???

Senti a arma
me ameaçar
vi-me forçada
a me entregar...
Fiz de rogada
sapateei...
e desarmada
quase gritei...
mas des amada
me segurei...
Encurralada
não quis fugir
(e nem tentei)
fingi não ver,
dissimulei
e falseei
me defender...
Até que enfim
me entreguei
a esse assalto
à mão armada
(nem precisava)
tanto cuidado
tanta cautela
ao meu teatro...

Joguei a bolsa
os meus sapatos
as minhas jóias
meus aparatos...
Me aproximei
o desarmei
cheguei bem perto
olhos nos olhos
que bem abertos
nos tontearam...
os seus sobrolhos
se levantaram...
Tirei-lhe a máscara
e o beijei...
por um segundo
o sufoquei...
Pelo ladrão
me apaixonei

Tempo passou
com ele estou
e ainda não sei
quem roubou quem...
Se foi assalto
ou atentado
(não ao pudor)
Só sei que ele
enamorado
faz-me afagos
com muito amor!

(Carmen Lúcia)

Foto de sidcleyjr

Adeus estrelinha

Pensei em olhar o céu diariamente
Para nunca esquecer o teu brilho
Algum dia volto a espiar singelos sorrisos seus,
Hoje foi meu ultimo dia no céu
Saudades iram deixar.
Meu grande Deus...
Vós o criador
Cala-me em teus braços fartos
Da luta do poeta vencido,
Que sangra desilusão
E vaga para não mais voltar.
Adeus estrelinha
Deixo-te rosas sem espinhos
Dos que quais os habilitaram a cada parte se meu corpo
Para belas mãos não machucar.
Esqueça o semblante nublado
Sou o personagem principal do teatro
Fantasio aqueles dias molhados,
Um dia amanhecerá.

'Macro

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

" VIDA DE ARTISTA "

VIDA DE ARTISTA

Nem só de gloria vive João, pois há de se prover o pão.
Numa luta incessante, João não tem tempo o bastante.
Para ser um desportista, nem tão pouco um artista.
Pois aos seus precisa acolher
Com seus parcos vencimentos, sem lamurias ou lamentos.
Aos seus dar o que comer
Nem só de gloria vive João
Não adianta o estrelato, pois é como cidadão comum.
Que João se sente frágil, não importa ser hábil bonito ou ágil.
E é no anonimato, que João sente a realidade.
Pra que tanta vaidade, se os seus não estão amparados.
Sente uma enorme depressão, de um lado a fama e a glória.
Do outro, a fome e a miséria.
Mas que vida tão inglória, não era isso que João queria.
Ao se deparar um dia, com o glamour e a pobreza.
João chorou de tristeza, pois ao representar com alegria.
Esconde no peito a agonia, de aos seus não conseguir amparar.
Na sua alegre fantasia, João sonhou um dia.
Seu personagem trocar.
Ao contrario do que parece
Ele aparenta ser rico feliz e sem problemas
Mas bem sabe que só ele apenas
Tem um prato para comer
João queria ser artista famoso
Ser saudável rico e charmoso
Mas a realidade é sincera
Não mente esconde ou adultera
A condição de qualquer cidadão
Mas João é perseverante, para levar seu sonho adiante.
Trabalha de dia e representa de noite
O teatro lhe realiza, mas a verdade é um açoite.
Oh dura fantasia, ou será realidade.
João é um homem de verdade
Sem ferir sua hombridade, até mulher teve que ser.
Existem Jogos por toda parte
Cada um exercendo a sua arte
Que para realizarem seus sonhos
Amargam tempos medonhos, para seus ideais alcançar.
E neste ir e vir, só nos resta aplaudir.
Pois o show não pode parar.
E João terminou sua parte, realizou sua talentosa arte.
Agora é hora de ir pro barraco, vestir seus humildes farrapos.
E pro trabalho ir se entregar, porque a vida também não pode parar.

Foto de Rose Felliciano

POR QUE LER POESIAS DO SÉCULO XIX?

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Tenho recebido vários recados solicitando ajuda para um trabalho referente à pergunta: Por que ler Poesias do século XIX? Diante de tantos e-mails, preferi responder coletivamente.

É apenas uma pequena contribuição do que foi o movimento literário no século XIX. Aconselho que leiam mais as obras dos autores citados nesse artigo para que entendam mais a respeito da importância que teve esse século para a Literatura Brasileira.

Ressalto que é importante ler Poesias, independente do século ou momento, mas como a pergunta é sobre o século XIX, vamos lá...

Peço desculpas se esqueci de mencionar algum autor ou escritor que você considere importante ou algum fato relevante também.

Toda a colaboração a esse artigo é válida e será bem vinda e gratificante para os leitores.

Importante aos interessados, que não copiem esse artigo em sua íntegra e sim, que esse sirva apenas de uma pequena fonte para o restante de sua pesquisa.

A referência utilizada está no final deste e isso é muito importante. O livro que me baseei para as informações aqui descritas é de uma riqueza enorme para a literatura e foi utilizado aqui apenas um pequeno resumo.

Com carinho,

Rose Felliciano.

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É importante ler as poesias do século XIX, pois marca o período do verdadeiro nascimento da nossa literatura. Nele, enriqueceu-se admiravelmente a poesia, criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se o circuito autor-obra-público, tão necessário ao estímulo da vida literária.

Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, dos atos de D. João VI que tiveram ressonâncias culturais significativas destacam-se: a abertura dos portos às nações amigas; a criação de bibliotecas e escolas superiores; a permissão para o funcionamento de tipografias (de onde surgiu o jornalismo, importante agente cultural do século XIX). Os Poemas do século XIX são vistos como "um ato de brasilidade" pois abandonaram aos poucos o tom lusitano em favor da fala brasileira, ressaltando o nacionalismo.

Contemporânea ao movimento da Independência de 1822, a literatura nesse período expressa sua ligação com a política e com o Romantismo, os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que sobressai um intenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista romântico colocando-se como porta-voz dos oprimidos e usando seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. É o ardente nacionalismo e no Brasil gera o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heróico da terra brasileira.

É um momento também Social onde a poesia deixa de ser apenas um lamento sentimental murmurado em voz baixa para ser também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas, e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade e o protesto contra as injustiças, como declara enfaticamente Castro Alves, um dos autores mais importante desse período.

Na segunda metade do século XIX surgem três tendências literárias: o Realismo, na prosa, e o Parnasianismo e o Simbolismo, na Poesia. O Realismo, que teve início na França, surge no Brasil principalmente em virtude da agitação cultural na década de 1870 sobretudo nas academias de Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamentos e de ação por seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias. Com o desenvolvimento dessas cidades brasileiras surge uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.

O Realismo, em oposição ao idealismo romântico, propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o Realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e a corrupção da classe burguesa.

O Simbolismo vem a recuperar a musicalidade da expressão poética, uma vez que o Parnasianismo destaca a valorização excessiva do cuidado formal, o Simbolismo procura não ignorar as formas, mas apresentá-las “musical e doce”, “emocional e ardente”, como se o próprio coração fosse diluído nas estrofes.

Machado de Assis é considerado o melhor escritor brasileiro do século XIX e um dos mais importantes de nossa literatura. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, a qual ajudara a fundar em 1897. A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis, que procurava ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos das ações humana.

Todo esse ambiente sociocultural do século XIX, influencia de maneira decisiva e muito importante para o florescimento da arte dramática, e, nesse sentindo, não se pode falar de teatro brasileiro antes do século XIX.

Movimentos literários do Século XIX

ROMANTISMO

REALISMO

PARNASIANISMO

SIMBOLISMO

Principais Poetas do ROMANTISMO: Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Franklin Távora, Joaquim Manoel de Macedo, Junqueira Freire, Martins Pena, Sousândre, Taunay.

Principais Poetas do REALISMO: Machado de Assis, Adolfo Caminha, Aloísio Azevedo, Domingos Olímpio, França Júnior, Manoel de Oliveira Paiva, Raul Pompéia.

Principais Poetas do PARNASIANISMO: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.

Principais Poetas do SIMBOLISMO: Alphonsus de Guimarães, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza.

Fonte de Pesquisa: Estudos da Literatura Brasileira – Douglas Tufano- 4ª Edição.

Foto de SANDRO KRETUS

Julieta

Se eu estivesse neste momento em algum lugar do passado, contido nas linhas do tempo, te encontraria, e o que seria mais surpreendente e interessante, é que tu estarias iluminado o palco de um lindo teatro, decorado de poesia e arte, onde tu serias a Julieta de Shakespeare, bela e iluminada, onde o amor seria imortalizado pela tua interpretação única e sublime, e eu, um poeta apaixonado, estaria lá parado, admirado com tua perfeição, te desenharia em versos e prosas meu coração, e ao fechar as cortinas, após o beijo envenenado, correia para os teus braços, para sim comprovar que realmente tudo era encenado, e assim alucinado, te daria um beijo de amor.
Talvez te encontre, em algum lugar deste passado, que não sei por que razão invade meu pensamento, ao ver teu rosto suavemente rosado, e ler teu nome perfeitamente alinhado, senti um acréscimo de mim mesmo, como se abrisse uma janela, que a muito não se abria, quem é capaz de entender o sentimento? Quando nos habita aqui dentro, como um pássaro que esta prestes a voar, rasgando o céu da paixão, talvez um único olhar por todo este momento perpetuará, talvez um beijo em tuas mãos, um suspiro em teus cabelos, adorada Julieta, quem sabe o tempo venha se entregar a este encontro, então saberemos de fato, que não seriamos apenas dois no mesmo retrato, mas sim as mãos de Deus entrelaçadas, abrindo as portas deste lindo teatro.

( O príncipe de Tartária)

http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1066234

Foto de Gideon

Abismo de Amor

De que é feito um homem, senão da esperança de ter uma grande mulher?
No entanto quando estamos diante de uma grande mulher sentimos-nos pequenos, dependentes.

Muitas mulheres passam, no dia-a-dia, por nós homens.
Diante de algumas delas postamo-nos como superiores, sabichões e até mesmo, às vezes, arrogantes.
Mas quando meio sem esperar nos deparamos com uma grande mulher tudo desmorona, tudo é posto aos pés.
Se falávamos bem e impostadamente agora falamos baixinho, rouco e gaguejantes.
Se tínhamos tantas "conquistas" e vitórias para nos gabar, agora achamo-nos vazios de palavras
e buscamos desesperadamente na memória fatos que possam impressioná-la e nada, nada surge de importante.
E aí, quando pior, desandamos em falar besteiras e baboseiras como verdadeiros idiotas diante de uma grande mulher...

Se sabíamos tantos galanteios e palavras de efeitos, agora não nos atrevemos em tentar pronunciar um elogio sequer.
Ele sai meio avexado e logo baixamos o nosso olhar para não ver a possível reação de desprezo no rosto dela... Enfim, sabemos claramente quando estamos diante de uma grande mulher.

Dias destes estive diante desta grande mulher.
Além de tudo o que escrevi acima tinha vontade de ficar olhando-a infinitamente, reparando em cada detalhe que forma o seu belíssimo rosto, semblante, corpo, mãos...
Ah, as mãos, estas ela me ofereceu como um presente que rápido e sabiamente agarrei-as, e pus-me a acariciá-las. Tentei desesperadamente armazenar na memória do amor cada sentido do contato que experimentei.

Depois das mãos veio o corpo procurando o carinho e o contato acolhedor impulsionado pelo bendito frio do teatro João Caetano.
Senti-me um rei, um super-homem, um feliz-homem, um sei-lá-o-que-homem, mas muita coisa de homem quando a tive em meu ombro algemada às minhas mãos agora sôfregas e impacientes... (sei que ela notou).
A cada frase da Fernanda Torres, que seria meramente uma pronúncia do monólogo frenético que se desenrolava na peça, transformava-se pelos meus dedos em afagos urgentes de carinhos sinceros, de prazer, de vida, de esperança...

O olhar da grande mulher é penetrante, mas paciente.
Entrecortado por um piscar em câmera lenta sem, contudo, desviar o foco do alvo, o pobre e pequeno homem, que tenta encolher-se, esconder-se de diante de tamanha grandeza.

Claro, ela talvez não perceba que seja grande, penetrante, impostadora, perturbadora...
Por outro lado não sou e nem me sinto pequenino e frágil, mas diante da grande mulher cá estou eu meio desequilibrado, trôpego e louco para ser sua vítima mais uma vez.
Vítima talvez do seu amor...

Aonde iria mergulhar? Penso. Será profundo este abismo de amor ou seria apenas um reflexo de uma imagem distorcida pela inflexão da imagem no abismo?

Vou apressar-me em arranjar um pára-quedas para me proteger e tentar pousar suave neste inevitável precipício da paixão, que talvez eu esteja prestes a cair.

Foto de Carmen Lúcia

Sem palco!

Desce desse palco!
O teatro acabou...
A realidade convida...
Se a vida imita a arte
Que a arte viva a vida.

Sem máscaras na face,
Autenticidade e verdade,
Rouba-nos a alma o disfarce...
É hora de viver !
O tempo passa a correr...

Resgata tua identidade,
Vem viver de verdade...
A vida aqui fora
Esquece-se da hora,
Longe da alienação.

As flores têm perfume,
Aromas florais, naturais,
Os matizes pintam cores
Sem tinta nem pincel...
As manhãs não têm cenários,
Nem um sol imaginário...
Lindo ver o azul do céu!

Os enredos rolam livres...
Não se prendem a uma história,
Onde atores marionetes
Rendem-se às mãos de autores
Ambiciosos por glória!

Vem...Dá-me tua mão!
Vamos viver agora...

(Carmen Lúcia)

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