Tempo

Foto de Costa e Abrantes

Nosso pincel

Sei que o saber que eu sabia se fez
Concreto e animado talvez
Sei que devia deixar e deixei
Viver e aproveitar a vida gostei
Muitas poucas?
Poucas muitas?
Emoções não sei
Para parar de parar de ser pessimista parei
De olhar constantemente para onde não foquei
Viveria e estaria só durante o dia
À noite quem me confortaria?
Quem me levaria para o belo monte?
Onde, onde sei que há paz aos montes?

Até que ponto nos amamos?
Quanto tempo nos beijamos?
Para onde nós vamos?
Para os abraços dos braços envoltos de mel
Para o falar das línguas do céu
Para a transparência análoga do véu
Para o aprender do infinito
Com o nosso pincel.

Foto de fabiovmenezes

Espinhos De Uma Flor

"É uma flor doce
Que olha para os dois lados
ao mesmo tempo...
Olha para um lado e olha para outro
Vê quem está ao seu lado
Quem te ajuda quando tá machucado
Quem te guia quando Vê tudo embasado
Mas que flor egoísta
Da uma chance pra esse artista
Deixa-o pintar sua pétala
Entrega-se de corpo e alma
Ninguém pode impedir
Oque dentro de ti surgir
Desculpe mas não aguento mais
Coração apertado
mais que pote de cola acabado
Quando você fala que vai
matar o cansaço
Não entende oque eu falo
Ignora, desliga e cancela
Chama e cai
Fala que vai, mas não vai
Mente para ficar sozinha
Oh rosa pequenina
Não sabe o bem de uma boa companhia
Fala que vai, mas não vai
Mente pra ficar em “paz”
isso dói ou não dói ?
Isso dói demais!"

Foto de Ivone Boechat

Setenta

Quando se pega
o caminho reto
dos setenta,
ileso, sobrevivente
e salvo
dos vendavais,
cada vez mais discreto,
o homem reduz a pressa,
sentindo, pressentindo
o tempo por um fio
nas primaveras finais...
Setenta?
o rumo fica
mais correto,
a esperança segue
na frente
da caminhada regressa
da vida;
fuja do dissabor,
não se detenha na curva
do desânimo na lida,
se agaselhe desse frio,
evite reclamação,
abrigue-se no abraço
de quem pode acompanhar
seu passo...
ah! vai ter que marchar
no compasso do amor.

Ivone Boechat

Foto de Ivone Boechat

Criança esperança

A esperança desta pátria,
que, até hoje,
não se reconheceu
tão linda e potente,
está depositada
aos pés do Senhor,
de olhos fixos em você,
criança;
abandonada, discriminada,
sofrida, analfabeta e sozinha,
levante-se do chão,
ao desalento,
desfralde a bandeira
desta nação,
corra todos os riscos
para que o idoso
de sua geração,
não fique suplicando,
sem alento
na porta dos hospitais,
sem voz,
o socorro que não chegou
a tempo para nós....
Por favor,
faça melhor do que
seus avós,
seus pais,
ame profundamente
esta terra,
pode-se
promover a paz,
em qualquer idade,
não permita
que a corrupção
ganhe esta guerra
e saia na frente
altaneira e resoluta,
como se fosse
uma virtude
a impunidade.

Ivone Boechat

Foto de Costa e Abrantes

Já deitas toda aberta

Já deitas toda aberta

O tempo parece demorar a passar
Em nosso quarto o tempo é ocioso
Os números dos tempos duas vezes mais infinitos
Não é que não goste disso
Amo prolongar nosso carinho
O nosso belo momento íntimo
Já deitas toda aberta
A fim de travares meu corpo na medida certa
Movimentos estimulantes
Purificando coisas que nos eram aviltantes
Se em pé tu estás
Ajoelho-me perante
Sexo oral fascinante
Quando cansares deite
Prosseguirei e irei avante

E quando estiveres lubrificada
Sei até a posição a ser usada
Frango assado ou de quatro
Vezes quarto fodas no nosso quarto
Batizaremos toda a casa
Faremos no banheiro,
Na cozinha e na sala

Tenho por obrigação agradá-la,
Extasiá-la.
Prover o que a tu és devido
Falando sensual no ouvido
Querendo eu um maior libido
Alimentar-nos-ei com o afrodisíaco
Sem amor não vivo
Sem você inexisto.
Precisamos disso.

Foto de Costa e Abrantes

Prefiro

Prefiro

Muito tempo se tornou pouco
Pouco tempo se tornara muito
Poucos minutos mais valiosos que o mundo
De todo jeito
De todo modo
Procuro o mínimo motivo para estar em teu colo
Se estou moribundo
Basta te ver para ser maior que tudo
Morra o fim da vida
Festeje-se o nascer do novo dia,
Dia de risos vezes risos e risadas no infinito
A lenda vira verdade
E a verdade mito
Prefiro beijá-la a ficar sem isto
Prefiro seu mimo a ser menino
Inocente criança,
Crescerá sorrindo
Será o homem que antes fora menino
Terá uma luz rara de esperança
No profundo íntimo

Foto de Costa e Abrantes

Soneto da virgem

Soneto da virgem

Narrarei minha história
O beijo ardente e a glória
A virgem que fui outrora

Fora bom como disse a senhora
Sensação imensa na hora
Minhas roupas arrancadas fora

Morrendo de prazer antes e agora
Quisera eu que o tempo parasse
O movimento continuasse
O momento não acabasse

E que o deleite em mim se personificasse
Que a noite perdurasse
Que o falo não faltasse
É gostoso perder a virgindade!

Foto de Arnault L. D.

Pedras da Lua

O amor, mesmo consumido
jamais torna-se em nada.
Ele muda o jeito sentido,
torna-se encanto de fada...

Doce a amargar a boca
e aos olhos úmidos brotar,
feito em tristeza; a concha oca
de ser, porém, não mais estar.

O amor está aonde ecoa,
o meu, está em mim, quiçá...
Em não sei está, se escoa,
nalgum lugar do tempo há.

Juntos no oculto, sob a lua,
ouço um eco assim dizer,
palavras doces da voz sua,
antes de tê-la e me esquecer.

Assim, espreito tal um voyer.
Vultos sentir qual foi sentindo,
com olhos da alma mister
reve-la fora ao mundo infindo

No intáctil ainda se ama...
Rir lágrimas secas, velho jogo.
No frio carvão, sopro chama,
logo se inflama e luz o fogo.

Ainda estou em mim guardado,
preservado onde fora aquém.
Tempo, ruas, vez fossilizado,
nas pedras que a memória tem.

Foto de ArielFF

Poeminha de domingo

No domingo perdì a graça
Soltei fumaça
Perdì o tempo
Cortei o vento

No domingo me fugiu a vontade
Me chegou a idade
Me sumiu a calma
E morreu minha alma

No domingo eu perdì a hora
E escrevi uma nota
Pra ver se la fora
Avançava o tempo

No domingo me findou a vida
Houve despedida
Sem haver partida

E domingo era todo dia
Em que perdì a vida
E não pude amar

Foto de ArielFF

Eu torta

Perdoe meu mal jeito
É que se venho em passos tortos
Caminhando toda incessante
Toda desconcertada
Toda errante
É que assim que me fez a vida:
Tornou de entortar-me as costas
E de tornar minhas pernas
Pobres e indispostas
Ora um, ora outro,
Meus pés ficam para trás.

Pobre de mim, me atrevo a admitir
Tão pouco que já vivì
E a vida já veio me assolar
A morte já chega a me ameaçar
O tempo já escureceu meu olhar
A mágoa já tornou em me amargar

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